Ciclo Menstrual por RCalvano

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Ciclo Menstrual 1
Ciclo Menstrual
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Matéria Ginecologia & Obstetrícia
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Ciclo Menstrual Resumido!
Primeira fase: folicular proliferativa
Ocorre hiperplasia das células do endométrio, ou seja, ocorre aumento do número de células
endometriais.
Nessa fase o GnRH, que é o hormônio liberador de gonadotrofinas produzido no hipotálamo, 
é liberado agindo na adenohipófise e estimulando a liberação de FSH e LH.
O FSH é o hormônio foliculo estmulante e vai agir estimulando recrutação de folículos e 
escolhendo o folículo dominante (apenas um será esse). Os demais folículos que não foram 
recrutados vão se fundir e essa fusão vai estimular a produção de INIBINA B, que evita que 
vários folículos sejam selecionados. Basicamente a inibina B atua evitando a 
superfertilização.
O LH é o hormônio luteinizante e tem função de agir estimulando o amadurecimento 
folicular, e seu pico demarca a ovulação. Na segunda fase do ciclo o LH também tem função 
de estimular produção de progesterona.
O folículo selecionado (também chamado de folículo dominante) possui em sua conformação 
células da teca e células da granulosa. As células da granulosa sofrem ação do FSH e as 
células da teca sofrem ação do LH. As células da teca possuem afinidade por colesterol e 
são responsáveis por captar essa molécula, que é precursora de androgênios. Dentro do 
ovário, a comunicação entre as células é parácrina.
💡 A aromatase é a enzima responsável por transformar testosterona em estradiol.
Nessa fase, o LH encontra-se crescente e converte o colesterol em androgênio, formando 
androstenediona e testosterona. Os androgênios vão entrar nas células da granulosa e, 
através do FSH, são convertidos em estrogênio. Existem três tipos de estrogênio 
produzidos no ovário, a estrona, o beta estradiol e estriol.
O estrogênio vai ser responsável pela libido e por inibir o FSH em um feedback negativo, 
evitando também a seleção de outros folículos.
💡 A inibição do FSH se dá de duas formas: inibina B - produzida por folículos não 
selecionados - e estrogênio - produzido pelo próprio folículo selecionado; 
feedback negativo.
Quando a quantidade de estrogênio atinge um nível específico, ou seja, atinge um limiar, 
isso provoca um aumento súbito - surto pré-ovulatório - de FSH e principalmente LH. Isso 
faz com que ocorra ruptura do folículo e liberação do "óvulo" (ovulação). Esse é o 
chamado pico de LH que demarca a ovulação, e assim o folículo é rompido cerca de 10 a 12 
horas depois do pico. Dizemos que isso ocorre no 14º dia de ciclo, e é quando o estrogênio
começa a cair e a progesterona a aumentar.
💡 O ovário também produz estrogênio, mas mais especificamente o 17B Estradiol!
@01/02/2021
Ciclo Menstrual 2
A: liberação pulsátil de LH e FSH;
B: aumento da quantidade de estrogênio;
C: redução dos pulsos de LH e FSH;
D: surtos pré-ovulatórios de LH e FSH;
E: estrogênio e grandes quantidades de progesterona 
secretados devido à ovulação;
F: não havendo fecundação a quantidade de estrogênio e 
progesterona caem;
Não havendo fecundação a quantidade de estrogênio e 
progesterona caem, provocando diminuição de LH e FSH. 
Isso faz com que o corpo lúteo regrida - fase 
luteínica - e reduz ainda mais a produção de 
estrogênio e progesterona, fazendo com que o 
endométrio descame ocorrendo a menstruação e dando 
enfim origem a um novo ciclo.
Segunda fase: luteínica secretória
Ocorre hipertrofia do endométrio (ele aumenta seu tamanho para que possa comportar uma 
gestação).
Dizemos que nessa fase o principal hormônio atuante é a progesterona. Nessa fase há uma 
queda de estrogênio.
A partir dessa fase o oócito maduro é formado e liberado, ocorre o rompimento folicular e 
esse folículo começa a se atresiar e formar o corpo lúteo, que é um importante produtor de 
progesterona. Isso é importante pois a progesterona tem ação de manter a cavidade 
endometrial para que ocorra uma possível nidação, além de tornar o muco cervical mais 
hostil e endurecido. Caso não ocorra fecundação, há uma queda de estrogênio e 
principalmente progesterona e ocorre a descamação do endométrio, demarcando assim o início 
de um novo ciclo menstrual. Essa fase tem duração fixa de 14 dias. O ovócito secundário 
irá romper o folículo (ovulação) e irá para a trompa na esperança de encontrar o 
espermatozóide.
Caso haja fecundação, o óvulo fecundado inicia a produção de gonadotrofina coriônica 
humana (HCG), que se liga aos receptores de LH e continua estimulando o corpo lúteo a 
existir, mantendo assim sua função de produção de progesterona (mantém a progesterona alta
para que não ocorra descamação e esse óvulo fecundado não seja jogado fora). É bem 
interessante essa interação pois o óvulo fecundado faz com que o corpo lúteo continue 
existindo, e o corpo lúteo faz com que o óvulo fecundado não seja jogado fora por causa da
descamação.
Ciclo Menstrual 3