Prévia do material em texto
QUESTÃO 1 O que é o PBL, qual sua origem, quais suas vantagens e desvantagens? 1.1) ORIGEM DO PBL (PROBLEM BASED LEARNING) FONTE: APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (PBL), 2011 - A aprendizagem baseada em problemas (ABP ou PBL) é uma proposta pedagógica que começou a ser desenvolvida no final da década de 60 na McMaster University (Canadá) e posteriormente na Universidade de Maastrich (Holanda) - A PBL tem origem conceitual nas idéias do psicólogo americano Jerome Seymour Bruner (confronto de estudantes com problemas e na busca de sua solução por meio da discussão em grupos, chamada de Learning by Discovery (Aprendizagem pela Descoberta) do filósofo Jonh Dewey (educação como reconstrução da experiência e crescimento e na motivação como força motriz da aprendizagem) - Mas os iniciadores dessa nova estratégia de ensino na Universidade de McMaster apontam o surgimento da PBL a partir de uma experiência embrionária na Business School de Harvard; recriada na escola médica de MacMaster e, a partir de então, disseminada para outras universidades, em especial para a Universidade de Maastrich, Holanda 1.2) CONCEITO DE PBL - Esta proposta é centrada no aluno, onde se procura que este aprenda por si próprio, em vista da mudança de olhar que essa estratégia metodológica proporciona aos estudantes; em especial pelo seu caráter formativo, à medida que estimula uma atitude ativa do aluno em busca do conhecimento e não meramente informativa como é o caso da prática pedagógica tradicional. - A PROPOSTA PEDAGÓGICA: Nas unidades pelos quais se estrutura o currículo O currículo é dividido em unidades temáticas (eixos), que não são disciplinas, mas sim envolvem disciplinas variadas. E cada tema deve cobrir uma parte do conteúdo proposto utilizando-se de um problema (uma ou mais questões) elaborado pela unidade educadora para este fim. Nos Problemas (situações problemas) O problema: Um problema deve levar em consideração os conhecimentos prévios do aluno (mesmo que seja a experiência com o próprio corpo ou o senso comum), proposto de modo simples, objetivo e direto. Nos grupos tutoriais Os alunos trabalham em pequenos grupos (8-10 alunos), chamados de grupo tutorial, no qual o problema é analisado e os objetivos da aprendizagem definidos. O grupo tutorial atua com o apoio de um tutor, cujas atribuições são estimular o processo de aprendizagem e ajudar o grupo a conduzir o ciclo de atividades da PBL, utilizando-se de diversos meios, dentre eles a apresentação de perguntas – e não de respostas, como é papel do professor nos currículos tradicionais – e sugestões. Os estudantes identificam o problema, investigam, debatem, interpretam e produzem possíveis justificações e soluções ou recomendações. Os alunos devem ter a sua disposição e devem ser estimulados a utilizarem os recursos da internet, biblioteca, livros e artigos de periódicos como fontes de informações. Obs: - Além dos grupos tutoriais são oferecidas aos alunos outras atividades curriculares tais como o treinamento de habilidades (aulas práticas) e estágios - São realizadas avaliações ao final de cada módulo temático. Ocorrem avaliações periódicas por meio de provas escritas e provas práticas, além de avaliações periódicas de feedback. (Feedback: É por intermédio do feedback que os estudantes têm conhecimento de como devem se comportar, raciocinar e realizar algo num determinado contexto para conseguir atingir objetivos. A investigação revela que o feedback dos professores é dos mais valorizados pelos estudantes, e que quando eficaz tem um impacto positivo na aprendizagem e no crescimento pessoal) ARTIGO “VOZES DO ALUNO SOBRE O FEEDBACK: UM ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR” 1.3) Vantagens e desvantagens do método PBL FONTE: ENSAIO SOBRE A EDUCAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA FRENTE ÀS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROBLEM BASED LEARNING (PBL) Vantagens: - Um dos pontos importantes a se destacar na PBL é o despertar, no aluno, da sua autonomia como ser pensante. - Esta autonomia de pensamento não apenas contribui para a carreira profissional do indivíduo, mas também, contribui para a formação do indivíduo como um ser social e político, agente de seu meio e não mais paciente. - As universidades devem preparar os alunos para aprender a aprender, o trabalho em equipe, a comunicação, a agilidade frente às situações e a capacidade propositiva. - Esta metodologia pretende o desenvolvimento de competências de comunicação, de pensamento crítico, de tomada de decisões, de auto e hetero-avaliação. - Aumento do senso de responsabilidade dos estudantes, que agora precisam ter vontade e disciplina para estudar e aprender por conta própria - Estimula e desenvolve a habilidade do trabalho em equipe através dos grupos de discussão. - Permite a interlocução das disciplinas e especialidades distintas e a troca de informações entre elas. (Por exemplo, na SP0 pudemos discutir acerca da metodologia ativa e do Suporte Básico de Vida) - Estimulo a leitura, ao emprego do raciocínio lógico - O acesso precoce dos estudantes ao meio prático da profissão escolhida -Aprendizagem duradoura de conhecimentos específicos Desvantagens: -Alunos com dificuldade de trabalhar em equipe podem demorar a se adaptar - Como não há muitas provas, os alunos podem ficar mais negligentes e relaxados - A responsabilidade de estudar sozinho pode dificultar o aprendizado e a saúde psicológica dos alunos - Não há a garantia de memorização na aprendizagem por parte dos alunos - Os estudantes não tem acesso a todas as informações do problema em questão - O método exige muito do docente, por não prever as respostas que os estudantes trarão ao problema - Esse tipo de metodologia, centrada apenas no aluno, pode fugir do controle do currículo e planejamentos docentes - Imprecisão no conhecimento de teorias mais avançadas - Requer mais tempo de dedicação, o que pode dificultar o estudo das outras disciplinas. - Os alunos costumam ressentir e ter dificuldades com a mudança brusca de metodologia, visto que no ensino médio as disciplinas são lecionadas de forma tradicional https://maaz.ihmc.us/rid=1R0T4GDTP-1ZWZ1ND- 1DT2/Claudia%20Wolff%2010160707%20Trabalho%20mapa%20conceptual%20PBL.cmap QUESTÃO 2 https://maaz.ihmc.us/rid=1R0T4GDTP-1ZWZ1ND-1DT2/Claudia%20Wolff%2010160707%20Trabalho%20mapa%20conceptual%20PBL.cmap https://maaz.ihmc.us/rid=1R0T4GDTP-1ZWZ1ND-1DT2/Claudia%20Wolff%2010160707%20Trabalho%20mapa%20conceptual%20PBL.cmap O que é a tutoria? TUTORIA Origem: - A polis de Atenas foi a que mais se desenvolveu, tornando-se o centro intelectual da Grécia, fundado na liberdade de expressão e na condução coletiva dos negócios públicos1. A liberdade de expressão foi responsável por atrair matemáticos, arquitetos, artistas, pensadores e sofistas, também conhecidos como professores da oratória, para o local. Estes professores eram contratados pelos membros da oligarquia ateniense e estabeleciam uma relação de tutor e aprendiz baseada em estima mútua, afetividade e amizade. - As universidades foram fundadas no início do século XIII por associações de estudantes e professores. Na primeira delas, a Universidade de Nápoles, o aluno era designado a um professor, que ficava responsável por lhe ensinar habilidades específicas, como a leitura. Este aluno, supervisionado pelos mestres, passava então a ensinar os estudantes mais jovens. Essa relação define claramente a existência da relação tutor-aprendiz nos primórdios daqueles novos centros educacionais - A mudança caracteriza-se pela transição do modelo tradicional, próprio de uma sociedade mecanicista, compartimentada, reducionista, na qual prevalecia a objetividade, ou seja, a separação entre o sujeito e o objeto e os sujeitos entre si, para um novo modelo centrado em umsujeito que pensa, faz escolhas, decide, reflete. - A nova forma de ação pressupõe controle, consciência, estímulo à criação e à originalidade. Olha-se, portanto, para o ser humano, não apenas como processador de informações ou mero executor de tarefas, mas como sujeito que cria e posiciona-se. - As práticas pedagógicas devem, pois, permitir e estimular que os estudantes se tornem autônomos em sua aprendizagem, regulem e controlem suas cognições, motivações e comportamentos, com o intuito de alcançar objetivos e metas traçadas Os papeis na tutoria Tutor: - O TUTOR é profissional formado, preparado de forma adequada para esta tarefa. - O tutor deve ser capaz de instigar reflexões e acompanhar o aprendiz na execução das metas traçadas. - Para isso, pode formular perguntas que gerem respostas discursivas; evitar propor soluções para problemas que surgem, estimulando os aprendizes a reconhecê-los e solucioná-los. - Encorajar o aprendiz a acreditar nas próprias ideias, promovendo críticas úteis e construtivas. - Deve ter aptidão para a comunicação, apresentar características pessoais como paciência, tolerância, senso ético, autenticidade e controle emocional Aprendizes: - O aprendiz geralmente é uma pessoa mais nova do que seu tutor, em busca de auxílio e orientação. Deve ter um papel ativo no desenvolvimento da relação, uma vez que esta é centrada nele e tem como objetivo beneficiá-lo - A adesão e o envolvimento do aluno são apontados como fundamentais para o estabelecimento da dinâmica relação de tutoria e da satisfação do tutor - Nos programas formais, é fundamental que o aluno se envolva com a tutoria e não julgue esta atividade menos importante para seu currículo em relação a outras, como ligas acadêmicas, iniciação científica e estágios Como funciona A tutoria de pequeno grupo envolve geralmente até oito aprendizes, e a de grupos envolve maior número de pessoas. Trata-se de um modelo muito utilizado nas graduações e está destinado a ter melhores resultados quando os envolvidos já se conhecem e o grupo se torna coeso, facilitando transpor barreiras, como a organização dos encontros e a confidencialidade do grupo. Os pontos positivos são a troca de experiências profissionais e pessoais, e o encorajamento mútuo Uma vez que o processo tutorial é, na essência, uma via de mão dupla, tanto aprendizes quanto tutores apresentam crescimento profissional e pessoal Obs: Na tutoria um-para-um, também conhecida como dyadic mentoring, o processo é extremamente individualizado e avança concomitantemente ao desenvolvimento profissional do aprendiz. Este modelo exige que o tutor, além de adequada formação, possua uma posição profissional de destaque. Trata-se do modelo mais adequado para aqueles que já estão avançados na formação profissional, como ocorre nos processos de pós-doutorado O peer-mentoring é o modelo de tutoria no qual os aprendizes são alunos no início da formação profissional, e os tutores são alunos mais avançados no processo de formação. São estabelecidos pares dentro do grupo, e metas são traçadas para as duplas e o grupo. Trata-se de um modelo com menor disparidade de poder, permitindo o compartilhamento de opiniões, planos pessoais, problemas do dia a dia, oportunidade de reflexão, além de apoio pessoal e social COORDENADOR: assume a liderança da discussão em grupo (aluno é escolhido na abertura) - Orienta a discussão (quem será o próximo a falar) - Reforça e enfatiza ao grupo qual objetivo está sendo discutido - Organiza a ordem das manifestações/ opiniões dos membros do grupo - Mantém a discussão dentro do objetivo da aula (evitar conversas paralelas) - Incentivar os alunos mais reservados a opinar e argumentar - Evitar dominância de um só membro falando por todos - Avaliar a participação de todos os membros do grupo para a discussão não ficar polarizada. Todos devem participar (ter voz) - Auxiliar o relator. RELATOR: aluno escolhido na abertura (redação/relatório/formulário avaliação) - Registrar tudo o que aconteceu durante a reunião do grupo - Quais foram os objetivos levantados (quem ficou responsável por qual objetivo) - Anotar as palavras-chave/ palavras desconhecidas - Auxiliar o coordenador (evitar polarização discussão/ incentivar participação) - Elaborar o Mapa conceitual - Resumir posteriormente tudo o que foi discutido durante o processo tutorial Referências: A tutoria como estratégia educacional no ensino médico, 2014 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000400015&script=sci_arttext&tlng=pt Tutoria entre estudantes: uma proposta de trabalho que prioriza a aprendizagem, 2012 http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871- 91872012000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt QUESTÃO 3 O que é o Suporte Básico de Vida e quais suas diretrizes? Protocolo: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000400015&script=sci_arttext&tlng=pt http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872012000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872012000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf Suporte avançado de vida: http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/SUPORTE%20AVAN%C3%87ADO%20DE%20VIDA.pd f http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/SUPORTE%20AVAN%C3%87ADO%20DE%20VIDA.pdf http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/SUPORTE%20AVAN%C3%87ADO%20DE%20VIDA.pdf Neste contexto, o suporte básico de vida (SBV) é essencial para bons resultados nas vítimas de PCR. A realização de compressões torácica externas (CTE) e ventilações mantêm o fluxo sanguíneo cardíaco e cerebral até que o retorno da circulação seja alcançado. As etapas do SBV para adultos e adolescentes são: a identificação da inconsciência e ausência de respiração; O acionamento do SME (Serviço médico de emergência) ; A verificação do pulso e a realização de CTE alternadas com ventilações nos indivíduos em PCR e a realização de desfibrilação precoce nos casos de fibrilação ventricular. No entanto, é importante que antes de iniciar qualquer atendimento de emergência, a pessoa que presta socorro deve certificar se de que o local para o atendimento da vítima é seguro, para que não se torne mais uma vítima que precise de ajuda Antes de prestar o atendimento a qualquer pessoa com suspeita de PCR, deve-se posicioná-la em decúbito dorsal horizontal e em superfície rígida, pois, em caso de necessidade de CTE (Compressões torácicas externas), essa posição permite maior efetividade nesta técnica. Para avaliar a consciência de um indivíduo o socorrista deve tocar nos ombros do mesmo, enquanto pergunta em voz alta: “Você está bem? ” “Você pode me ouvir? ”. Ao mesmo tempo em que avalia a consciência, o socorrista deve observar, rapidamente, se o indivíduo respira e se a respiração está normal Após a identificação da inconsciência e ausência de respiração, a pessoa que presta socorro deve, imediatamente, gritar por ajuda e, se ninguém responder, acionar o SME (Serviço médico de emergência) e verificar a existência de um desfibrilador externo automático (DEA) no local. O rápido acionamento do SME tem por objetivo a continuidade do atendimento pela equipe de emergência e o transporte do paciente para um serviço de referência. No Brasil, para acionar o SME basta ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no número 192. A pessoa que pede socorro deve manter-se calma, fornece todas as informações solicitadas pelo atendente e, somente, desligar o telefone quando este autorizar. É imprescindível que se peça por um DEA, uma vez que a maior parte dos casos de PCR é decorrente de fibrilação ventricular, ou seja, arritmias com melhores chancesde serem revertidas por meio da desfibrilação precoce (BERG et al., 2010). Após o acionamento do SME deve-se proceder a verificação do pulso. Este deve ser aferido na artéria carótida, por no máximo 10 segundos e em caso de ausência de pulso, iniciam-se as CTE. A técnica correta para aplicação de CTE é com a região hipotenar ou o “calcanhar” das duas mãos apoiadas no centro do tórax e os braços esticados, sendo que o peso utilizado para cada compressão deve ser o peso do tronco do socorrista. As CTEs devem ser administradas de forma regular, a uma frequência mínima de 100 compressões/minuto, sendo que a cada compressão o tórax deve ser afundado por pelo menos 5 cm. A cada CTE deve-se permitir o retorno total do tórax à posição original, o que proporciona o enchimento do coração para uma nova compressão. Os socorristas devem comprimir rápido e forte e minimizar os atrasos e as interrupções na aplicação das compressões Adicionalmente, o socorrista deve aplicar 30 CTEs seguidas da abertura das vias aéreas e aplicação de duas ventilações. Para aplicação de ventilações é imprescindível que se tenha disponível um dispositivo de barreira, como uma máscara com válvula unidirecional. Caso um dispositivo de barreira não esteja disponível, os socorristas devem aplicar somente a CTE. Para se manter a qualidade da RCP, é necessário que a pessoa que aplica as CTEs seja substituída a cada https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/19924/15258 https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/19924/15258 QUESTÃO 4 Como adquirir os conhecimentos sobre os Primeiros Socorros? Quem o propôs? Quais os limites éticos? Origem - Os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço Jean Henry Dunant, no ano de 1859, projeto apoiado pelo imperador francês Napoleão III, e tinha o intuito de instruir pessoas das comunidades locais, principalmente aquelas que viviam em estado de guerra. - Ao presenciar o sofrimento do povo na frente de combate na Batalha de Solferino, em 1859, ele organizou de imediato um serviço de primeiros socorros. - Dessa sua experiência, nasceu o livro Un souvenir de Solferino, escrito em 1862, em que Dunant sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar os feridos em situações de guerra, propondo uma organização internacional que permitisse melhorar as condições de vida dessas pessoas. Posteriormente, participou da comissão criada que resultou na fundação da Cruz Vermelha Internacional, reconhecida, no ano seguinte, pela Convenção de Genebra A Cruz Vermelha é uma organização internacional, sem fins lucrativos, cujo objetivo principal é prestar socorro e assistência às pessoas vítimas de guerras e catástrofes naturais (terremotos, tornados, enchentes, etc.). Foi fundada, em 1863, pelo suíço Jean Henri Dunant. As ações de Dunant lhe renderam, em 1901, o Prêmio Nobel da Paz Quem pode atuar nos primeiros socorros Fonte: Manual de Primeiros Socorros Fiocruz, 2003 http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros .pdf Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros, conduzindo-se com serenidade, compreensão e confiança. Manter a calma e o próprio controle, porém, o controle de outras pessoas é igualmente importante. Ações valem mais que as palavras, portanto, muitas vezes o ato de informar ao acidentado sobre seu estado, sua evolução ou mesmo sobre a situação em que se encontra deve ser avaliado com ponderação para não causar ansiedade ou medo desnecessários. O tom de voz tranquilo e confortante dará à vítima sensação de confiança na pessoa que o está socorrendo. O desenvolvimento das atividades nas instituições de saúde pública oferece riscos específicos de acidentes de trabalho, sendo assim, os funcionários destas instituições devem ter conhecimentos de princípios básicos em primeiros socorros. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf -Prestar assistência a uma pessoa, visando a manutenção do suporte básico de vida e a estabilização para adequado transporte, é uma obrigação ética e social, a saber, a prestação de auxílio em caso ou situação de necessidade. Assim, os conhecimentos de suporte básico de vida são do nível de cidadania, ou seja, qualquer cidadão deveria ser capaz de o realizar. -Trata-se da preparação ou da capacitação necessária para procurar preservar a vida, até que haja outro cuidado avançado. -Um aspeto relevante é que não se pode esperar que uma pessoa se coloque a si mesma em perigo para prestar um hipotético socorro a terceiros – é claro o exemplo de, numa madrugada ou num local deserto, ir a passar de carro e ver outro veículo parado com uma pessoa no chão e outra em pé, a gesticular; posso entender que não é seguro parar, mas isso não quer dizer que não faça nada; posso telefonar e dar o alerta. -Os princípios éticos em cuidados de saúde, são a beneficiência, a não-maleficência, o respeito pela autonomia e a justiça. *O princípio da beneficência diz respeito a fazer o bem e que existam benefícios reais para a pessoa com uma ação ou intervenção que se vai realizar; está na base, por exemplo, dos programas de acesso público a desfibrilhação automática externa *O princípio da não-maleficência refere-se a não causar dano ou prejuízo – por isso, pode ser invocado, por pessoa competente para tal, para não incentivar a tentativa de reanimação em situações de futilidade. *O princípio da justiça implica na equidade no acesso aos cuidados. *O princípio do respeito pela autonomia diz respeito a atender à vontade expressa pela pessoa (ligando-se ao consentimento informado ou à declaração antecipada de vontade). -Da situação fora dos hospitais, quando a informação clínica sobre a pessoa é inconclusiva e o tempo é escasso, dir-seque todas as pessoas em paragem cardiorespiratória devem ser reanimadas, sempre e de imediato (excepto se se verificarem lesões incompatíveis com a vida). -Este é, claramente, um princípio básico para a atuação, ancorado no reconhecimento da dignidade da pessoa humana - e esta dignidade exige o respeito pelos seus direitos, de entre os quais se destaca o direito à vida, pois que “a vida humana é inviolável”. -Finalmente, tenha-se em conta que um profissional de saúde que não esteja em serviço e esteja acidentalmente no local, tem o mesmo dever de todos os cidadãos; a diferença é que a pessoa em necessidade pode dispôr de uma intervenção mais capacitada e mais adequada, pois cada um de nos coloca os seus saberes e competências ao serviço do Outro. Fonte: LEIGO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, 2008 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000400021 Em situações de emergência a avaliação da vítima e seu atendimento devem ser eficazes, permitindo a redução de sequelas e o aumento da sobrevida. Assim, ao se constatar a perda súbita de consciência de um indivíduo adulto, a primeira atitude do socorrista deve ser o acionamento do serviço médico de emergência(1-2). A região de Campinas conta com dois serviços de emergência especializados, o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) – 192 ou Resgate – 193(3). É de fundamental importância o esclarecimento e treinamento da população para o atendimento das situações de emergência e da parada cardíaca, evitando a paralisia do socorrista no momento de decidir qual o próximo passo a seguir(2). Acrescenta-se que a população deve estar capacitada para agir em qualquer situação de emergência, prestando atendimento de primeiros socorros. Define-se primeiros socorros como atendimento imediato providenciado à pessoa doente ou ferida e que pode ser realizado pela população em geral(4). Em situações de emergência, a avaliação da vítima e seu atendimento devem serrealizados de forma rápida, objetiva e eficaz, proporcionando aumento da sobrevida e a redução de seqüelas. O suporte básico vida (SBV) inclui etapas de socorro à vítima em situação de emergência que represente risco à vida e, em sua maioria, esse atendimento pode ser iniciado no ambiente pré-hospitalar(1). O SBV é definido como sendo a abordagem inicial da vítima, realizada por leigos capacitados ou profissionais da saúde, abrangendo desobstrução das vias aéreas, ventilação e circulação artificiais(5). Acrescentam-se a essas manobras de ressuscitação o acesso precoce ao sistema médico de emergência, o atendimento avançado e a desfibrilação precoce(6). O SBV consiste em etapas realizadas seqüencialmente e incluem, em cada fase, uma avaliação e uma intervenção(2). Recentemente um estudo nacional, em hospital público, mapeou o processo de treinamento e os custos em ressuscitação cardiopulmonar para técnicos e auxiliares de enfermagem de UTI e Semi-Intensiva de Adultos, este programa de treinamento visa a qualidade e investimento em pessoal(7). É necessário, também, o investimento nos cursos de treinamento em SBV, para a população leiga, pois apesar de ser uma realidade ainda há grande falha em se iniciar as manobras básicas, devido à falta de conscientização e ao medo de reprovação social pelo possível fracasso(8) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000400021 Questão 5 QUAIS INSTITUIÇÕES DARIAM SUPORTE Fonte: Apostila de Primeiros Socorros UFMG, 2018 https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros- DAST.pdf Existem alguns serviços de urgência disponíveis 24hs, cujos telefones devem ser conhecidos. Por exemplo: Corpo de Bombeiros (193), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU (192), Policia Militar (190). Mesmo Uberlândia não tendo feito parceria com o SAMU, existe uma possibilidade de o Município firmar uma parceria com o Corpo de Bombeiros para a criação de um sistema parecido com o Samu, o Serviço Intermediário de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate). “É um serviço intermediário que funciona em atendimento a traumas e emergências clínicas. É composto por equipes mistas, ou seja, com bombeiros e profissionais de saúde contratados pelo Município. Nos atendimentos, a viatura iria sempre composta por uma equipe mista. O serviço contaria com um médico na regulação telefônica e um segundo médico, intervencionista, à disposição para casos mais complexos e que requerem a presença do médico no local”, explica. Ao discar o número 192, o cidadão ligará para uma central de regulação, que conta com profissionais treinados para realizar o atendimento e médicos que darão as orientações de primeiros socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, o tipo de ambulância e equipe adequada a cada caso. Há situações em que basta somente uma orientação por telefone. O SAMU/192 atende pacientes na residência, no local de trabalho, na via pública, ou seja, através do telefone 192 o atendimento chega ao usuário onde ele estiver. De acordo com a situação do paciente, o médico regulador pode: a) Orientar a pessoa a procurar uma unidade de atendimento ( centro de saúde , ambulatório de convênio,etc) ou Unidade de Pronto Atendimento ( UPA), por meios próprios; b) Atender a solicitação, enviando ao local uma ambulância com auxiliar de enfermagem e socorrista; https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros-DAST.pdf https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros-DAST.pdf c) Em casos graves, será enviada uma USA (Unidade de Suporte Avançado), com Médico e Enfermeiro. Ao mesmo tempo será avisado ao hospital público mais próximo, para que o tratamento tenha continuidade com mais rapidez. Unidades de Pronto Atendimento UPAs As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades Hospitalares. Junto a estas, compõem a rede de Atenção às Urgências. As UPAs funcionam 24h e são integrantes do componente hospitalar fixo. Devem ser implantadas em locais estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência, com acolhimento e classificação de risco em todas as unidades, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências6. A estratégia de atendimento está diretamente ligada ao trabalho do SAMU, que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado a cada situação6