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PBL PROBLEM BASED LEARNING

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QUESTÃO 1 
O que é o PBL, qual sua origem, quais suas vantagens e 
desvantagens? 
1.1) ORIGEM DO PBL (PROBLEM BASED LEARNING) 
 
FONTE: APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (PBL), 2011 
 
- A aprendizagem baseada em problemas (ABP ou PBL) é uma proposta pedagógica que 
começou a ser desenvolvida no final da década de 60 na McMaster University (Canadá) 
e posteriormente na Universidade de Maastrich (Holanda) 
- A PBL tem origem conceitual nas idéias do psicólogo americano Jerome Seymour 
Bruner (confronto de estudantes com problemas e na busca de sua solução por meio da 
discussão em grupos, chamada de Learning by Discovery (Aprendizagem pela 
Descoberta) do filósofo Jonh Dewey (educação como reconstrução da experiência e 
crescimento e na motivação como força motriz da aprendizagem) 
- Mas os iniciadores dessa nova estratégia de ensino na Universidade de McMaster 
apontam o surgimento da PBL a partir de uma experiência embrionária na Business 
School de Harvard; recriada na escola médica de MacMaster e, a partir de então, 
disseminada para outras universidades, em especial para a Universidade de 
Maastrich, Holanda 
 
1.2) CONCEITO DE PBL 
- Esta proposta é centrada no aluno, onde se procura que este aprenda por si próprio, 
em vista da mudança de olhar que essa estratégia metodológica proporciona aos 
estudantes; em especial pelo seu caráter formativo, à medida que estimula uma 
atitude ativa do aluno em busca do conhecimento e não meramente informativa como 
é o caso da prática pedagógica tradicional. 
- A PROPOSTA PEDAGÓGICA: 
 Nas unidades pelos quais se estrutura o currículo 
O currículo é dividido em unidades temáticas (eixos), que não são disciplinas, mas sim 
envolvem disciplinas variadas. 
E cada tema deve cobrir uma parte do conteúdo proposto utilizando-se de um problema 
(uma ou mais questões) elaborado pela unidade educadora para este fim. 
 
 Nos Problemas (situações problemas) 
O problema: Um problema deve levar em consideração os conhecimentos prévios do 
aluno (mesmo que seja a experiência com o próprio corpo ou o senso comum), proposto 
de modo simples, objetivo e direto. 
 Nos grupos tutoriais 
Os alunos trabalham em pequenos grupos (8-10 alunos), chamados de grupo tutorial, 
no qual o problema é analisado e os objetivos da aprendizagem definidos. 
O grupo tutorial atua com o apoio de um tutor, cujas atribuições são estimular o 
processo de aprendizagem e ajudar o grupo a conduzir o ciclo de atividades da PBL, 
utilizando-se de diversos meios, dentre eles a apresentação de perguntas – e não de 
respostas, como é papel do professor nos currículos tradicionais – e sugestões. 
Os estudantes identificam o problema, investigam, debatem, interpretam e produzem 
possíveis justificações e soluções ou recomendações. 
Os alunos devem ter a sua disposição e devem ser estimulados a utilizarem os recursos 
da internet, biblioteca, livros e artigos de periódicos como fontes de informações. 
Obs: 
- Além dos grupos tutoriais são oferecidas aos alunos outras atividades curriculares tais 
como o treinamento de habilidades (aulas práticas) e estágios 
- São realizadas avaliações ao final de cada módulo temático. Ocorrem avaliações 
periódicas por meio de provas escritas e provas práticas, além de avaliações periódicas 
de feedback. 
(Feedback: É por intermédio do feedback que os estudantes têm conhecimento de como 
devem se comportar, raciocinar e realizar algo num determinado contexto para 
conseguir atingir objetivos. A investigação revela que o feedback dos professores é dos 
mais valorizados pelos estudantes, e que quando eficaz tem um impacto positivo na 
aprendizagem e no crescimento pessoal) ARTIGO “VOZES DO ALUNO SOBRE O 
FEEDBACK: UM ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR” 
 
1.3) Vantagens e desvantagens do método PBL 
FONTE: ENSAIO SOBRE A EDUCAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA FRENTE ÀS 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROBLEM BASED LEARNING (PBL) 
 
 
 
Vantagens: 
- Um dos pontos importantes a se destacar na PBL é o despertar, no aluno, da sua 
autonomia como ser pensante. 
- Esta autonomia de pensamento não apenas contribui para a carreira profissional do 
indivíduo, mas também, contribui para a formação do indivíduo como um ser social e 
político, agente de seu meio e não mais paciente. 
- As universidades devem preparar os alunos para aprender a aprender, o trabalho em 
equipe, a comunicação, a agilidade frente às situações e a capacidade propositiva. 
- Esta metodologia pretende o desenvolvimento de competências de comunicação, de 
pensamento crítico, de tomada de decisões, de auto e hetero-avaliação. 
- Aumento do senso de responsabilidade dos estudantes, que agora precisam ter 
vontade e disciplina para estudar e aprender por conta própria 
- Estimula e desenvolve a habilidade do trabalho em equipe através dos grupos de 
discussão. 
- Permite a interlocução das disciplinas e especialidades distintas e a troca de 
informações entre elas. (Por exemplo, na SP0 pudemos discutir acerca da metodologia 
ativa e do Suporte Básico de Vida) 
- Estimulo a leitura, ao emprego do raciocínio lógico 
- O acesso precoce dos estudantes ao meio prático da profissão escolhida 
-Aprendizagem duradoura de conhecimentos específicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desvantagens: 
-Alunos com dificuldade de trabalhar em equipe 
podem demorar a se adaptar 
- Como não há muitas provas, os alunos podem 
ficar mais negligentes e relaxados 
- A responsabilidade de estudar sozinho pode 
dificultar o aprendizado e a saúde psicológica dos 
alunos 
- Não há a garantia de memorização na 
aprendizagem por parte dos alunos 
- Os estudantes não tem acesso a todas as 
informações do problema em questão 
- O método exige muito do docente, por não prever as respostas que os estudantes 
trarão ao problema 
- Esse tipo de metodologia, centrada apenas no aluno, pode fugir do controle do 
currículo e planejamentos docentes 
- Imprecisão no conhecimento de teorias mais avançadas 
- Requer mais tempo de dedicação, o que pode dificultar o estudo das outras disciplinas. 
- Os alunos costumam ressentir e ter dificuldades com a mudança brusca de 
metodologia, visto que no ensino médio as disciplinas são lecionadas de forma 
tradicional 
 
https://maaz.ihmc.us/rid=1R0T4GDTP-1ZWZ1ND-
1DT2/Claudia%20Wolff%2010160707%20Trabalho%20mapa%20conceptual%20PBL.cmap 
QUESTÃO 2 
https://maaz.ihmc.us/rid=1R0T4GDTP-1ZWZ1ND-1DT2/Claudia%20Wolff%2010160707%20Trabalho%20mapa%20conceptual%20PBL.cmap
https://maaz.ihmc.us/rid=1R0T4GDTP-1ZWZ1ND-1DT2/Claudia%20Wolff%2010160707%20Trabalho%20mapa%20conceptual%20PBL.cmap
O que é a tutoria? 
 
TUTORIA Origem: 
- A polis de Atenas foi a que mais se desenvolveu, tornando-se o centro intelectual da 
Grécia, fundado na liberdade de expressão e na condução coletiva dos negócios 
públicos1. A liberdade de expressão foi responsável por atrair matemáticos, arquitetos, 
artistas, pensadores e sofistas, também conhecidos como professores da oratória, para 
o local. Estes professores eram contratados pelos membros da oligarquia ateniense e 
estabeleciam uma relação de tutor e aprendiz baseada em estima mútua, afetividade e 
amizade. 
- As universidades foram fundadas no início do século XIII por associações de estudantes 
e professores. Na primeira delas, a Universidade de Nápoles, o aluno era designado a 
um professor, que ficava responsável por lhe ensinar habilidades específicas, como a 
leitura. Este aluno, supervisionado pelos mestres, passava então a ensinar os estudantes 
mais jovens. Essa relação define claramente a existência da relação tutor-aprendiz nos 
primórdios daqueles novos centros educacionais 
- A mudança caracteriza-se pela transição do modelo tradicional, próprio de uma 
sociedade mecanicista, compartimentada, reducionista, na qual prevalecia a 
objetividade, ou seja, a separação entre o sujeito e o objeto e os sujeitos entre si, para 
um novo modelo centrado em umsujeito que pensa, faz escolhas, decide, reflete. 
- A nova forma de ação pressupõe controle, consciência, estímulo à criação e à 
originalidade. Olha-se, portanto, para o ser humano, não apenas como processador de 
informações ou mero executor de tarefas, mas como sujeito que cria e posiciona-se. 
- As práticas pedagógicas devem, pois, permitir e estimular que os estudantes se tornem 
autônomos em sua aprendizagem, regulem e controlem suas cognições, motivações e 
comportamentos, com o intuito de alcançar objetivos e metas traçadas 
Os papeis na tutoria 
Tutor: 
- O TUTOR é profissional formado, preparado de forma adequada para esta tarefa. 
- O tutor deve ser capaz de instigar reflexões e acompanhar o aprendiz na execução 
das metas traçadas. 
- Para isso, pode formular perguntas que gerem respostas discursivas; evitar propor 
soluções para problemas que surgem, estimulando os aprendizes a reconhecê-los e 
solucioná-los. 
- Encorajar o aprendiz a acreditar nas próprias ideias, promovendo críticas úteis e 
construtivas. 
- Deve ter aptidão para a comunicação, apresentar características pessoais como 
paciência, tolerância, senso ético, autenticidade e controle emocional 
 
Aprendizes: 
- O aprendiz geralmente é uma pessoa mais nova do que seu tutor, em busca de 
auxílio e orientação. Deve ter um papel ativo no desenvolvimento da relação, uma 
vez que esta é centrada nele e tem como objetivo beneficiá-lo 
- A adesão e o envolvimento do aluno são apontados como fundamentais para o 
estabelecimento da dinâmica relação de tutoria e da satisfação do tutor 
- Nos programas formais, é fundamental que o aluno se envolva com a tutoria e 
não julgue esta atividade menos importante para seu currículo em relação a outras, 
como ligas acadêmicas, iniciação científica e estágios 
 
Como funciona 
A tutoria de pequeno grupo envolve geralmente até oito aprendizes, e a de grupos 
envolve maior número de pessoas. 
 
Trata-se de um modelo muito utilizado nas graduações e está destinado a ter 
melhores resultados quando os envolvidos já se conhecem e o grupo se torna coeso, 
facilitando transpor barreiras, como a organização dos encontros e a 
confidencialidade do grupo. 
 
Os pontos positivos são a troca de experiências profissionais e pessoais, e o 
encorajamento mútuo 
 
Uma vez que o processo tutorial é, na essência, uma via de mão dupla, tanto 
aprendizes quanto tutores apresentam crescimento profissional e pessoal 
 
Obs: Na tutoria um-para-um, também conhecida como dyadic mentoring, o processo 
é extremamente individualizado e avança concomitantemente ao desenvolvimento 
profissional do aprendiz. Este modelo exige que o tutor, além de adequada formação, 
possua uma posição profissional de destaque. Trata-se do modelo mais adequado 
para aqueles que já estão avançados na formação profissional, como ocorre nos 
processos de pós-doutorado 
 
O peer-mentoring é o modelo de tutoria no qual os aprendizes são alunos no início 
da formação profissional, e os tutores são alunos mais avançados no processo de 
formação. São estabelecidos pares dentro do grupo, e metas são traçadas para as 
duplas e o grupo. Trata-se de um modelo com menor disparidade de poder, 
permitindo o compartilhamento de opiniões, planos pessoais, problemas do dia a 
dia, oportunidade de reflexão, além de apoio pessoal e social 
 
 
 
 
COORDENADOR: assume a liderança da discussão em grupo (aluno é escolhido na abertura) 
- Orienta a discussão (quem será o próximo a falar) 
- Reforça e enfatiza ao grupo qual objetivo está sendo discutido 
- Organiza a ordem das manifestações/ opiniões dos membros do grupo 
- Mantém a discussão dentro do objetivo da aula (evitar conversas paralelas) 
- Incentivar os alunos mais reservados a opinar e argumentar 
- Evitar dominância de um só membro falando por todos 
- Avaliar a participação de todos os membros do grupo para a discussão não ficar polarizada. 
Todos devem participar (ter voz) 
- Auxiliar o relator. 
RELATOR: aluno escolhido na abertura (redação/relatório/formulário avaliação) 
- Registrar tudo o que aconteceu durante a reunião do grupo 
- Quais foram os objetivos levantados (quem ficou responsável por qual objetivo) 
- Anotar as palavras-chave/ palavras desconhecidas 
- Auxiliar o coordenador (evitar polarização discussão/ incentivar participação) 
- Elaborar o Mapa conceitual 
- Resumir posteriormente tudo o que foi discutido durante o processo tutorial 
 
Referências: 
A tutoria como estratégia educacional no ensino médico, 2014 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000400015&script=sci_arttext&tlng=pt 
 
Tutoria entre estudantes: uma proposta de trabalho que prioriza a 
aprendizagem, 2012 
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-
91872012000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt 
 
QUESTÃO 3 
O que é o Suporte Básico de Vida e quais suas diretrizes? 
 
Protocolo: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000400015&script=sci_arttext&tlng=pt
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872012000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872012000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf
 
 
Suporte avançado de vida: 
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/SUPORTE%20AVAN%C3%87ADO%20DE%20VIDA.pd
f 
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/SUPORTE%20AVAN%C3%87ADO%20DE%20VIDA.pdf
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/SUPORTE%20AVAN%C3%87ADO%20DE%20VIDA.pdf
 
 
Neste contexto, o suporte básico de vida (SBV) é essencial para bons resultados nas 
vítimas de PCR. A realização de compressões torácica externas (CTE) e ventilações 
mantêm o fluxo sanguíneo cardíaco e cerebral até que o retorno da circulação seja 
alcançado. As etapas do SBV para adultos e adolescentes são: a identificação da 
inconsciência e ausência de respiração; O acionamento do SME (Serviço médico de 
emergência) ; A verificação do pulso e a realização de CTE alternadas com ventilações 
nos indivíduos em PCR e a realização de desfibrilação precoce nos casos de fibrilação 
ventricular. No entanto, é importante que antes de iniciar qualquer atendimento de 
emergência, a pessoa que presta socorro deve certificar se de que o local para o 
atendimento da vítima é seguro, para que não se torne mais uma vítima que precise 
de ajuda 
 
Antes de prestar o atendimento a qualquer pessoa com suspeita de PCR, deve-se 
posicioná-la em decúbito dorsal horizontal e em superfície rígida, pois, em caso de 
necessidade de CTE (Compressões torácicas externas), essa posição permite maior 
efetividade nesta técnica. Para avaliar a consciência de um indivíduo o socorrista deve 
tocar nos ombros do mesmo, enquanto pergunta em voz alta: “Você está bem? ” “Você 
pode me ouvir? ”. Ao mesmo tempo em que avalia a consciência, o socorrista deve 
observar, rapidamente, se o indivíduo respira e se a respiração está normal 
 
Após a identificação da inconsciência e ausência de respiração, a pessoa que presta 
socorro deve, imediatamente, gritar por ajuda e, se ninguém responder, acionar o SME 
(Serviço médico de emergência) e verificar a existência de um desfibrilador externo 
automático (DEA) no local. O rápido acionamento do SME tem por objetivo a 
continuidade do atendimento pela equipe de emergência e o transporte do paciente 
para um serviço de referência. 
No Brasil, para acionar o SME basta ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU), no número 192. A pessoa que pede socorro deve manter-se calma, 
fornece todas as informações solicitadas pelo atendente e, somente, desligar o telefone 
quando este autorizar. 
É imprescindível que se peça por um DEA, uma vez que a maior parte dos casos de PCR 
é decorrente de fibrilação ventricular, ou seja, arritmias com melhores chancesde 
serem revertidas por meio da desfibrilação precoce (BERG et al., 2010). 
Após o acionamento do SME deve-se proceder a verificação do pulso. Este deve ser 
aferido na artéria carótida, por no máximo 10 segundos e em caso de ausência de 
pulso, iniciam-se as CTE. A técnica correta para aplicação de CTE é com a região 
hipotenar ou o “calcanhar” das duas mãos apoiadas no centro do tórax e os braços 
esticados, sendo que o peso utilizado para cada compressão deve ser o peso do tronco 
do socorrista. As CTEs devem ser administradas de forma regular, a uma frequência 
mínima de 100 compressões/minuto, sendo que a cada compressão o tórax deve ser 
afundado por pelo menos 5 cm. 
 A cada CTE deve-se permitir o retorno total do tórax à posição original, o que 
proporciona o enchimento do coração para uma nova compressão. Os socorristas 
devem comprimir rápido e forte e minimizar os atrasos e as interrupções na aplicação 
das compressões 
Adicionalmente, o socorrista deve aplicar 30 CTEs seguidas da abertura das vias aéreas 
e aplicação de duas ventilações. Para aplicação de ventilações é imprescindível que se 
tenha disponível um dispositivo de barreira, como uma máscara com válvula 
unidirecional. 
Caso um dispositivo de barreira não esteja disponível, os socorristas devem aplicar 
somente a CTE. Para se manter a qualidade da RCP, é necessário que a pessoa que aplica 
as CTEs seja substituída a cada 
 
https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/19924/15258 
https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/19924/15258
 
 
 
QUESTÃO 4 
Como adquirir os conhecimentos sobre os Primeiros 
Socorros? Quem o propôs? Quais os limites éticos? 
 
Origem 
- Os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço Jean Henry 
Dunant, no ano de 1859, projeto apoiado pelo imperador francês Napoleão III, e tinha 
o intuito de instruir pessoas das comunidades locais, principalmente aquelas que 
viviam em estado de guerra. 
- Ao presenciar o sofrimento do povo na frente de combate na Batalha de Solferino, em 
1859, ele organizou de imediato um serviço de primeiros socorros. 
- Dessa sua experiência, nasceu o livro Un souvenir de Solferino, escrito em 1862, em 
que Dunant sugeria a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar os feridos em 
situações de guerra, propondo uma organização internacional que permitisse 
melhorar as condições de vida dessas pessoas. Posteriormente, participou da comissão 
criada que resultou na fundação da Cruz Vermelha Internacional, reconhecida, no ano 
seguinte, pela Convenção de Genebra 
A Cruz Vermelha é uma organização internacional, sem fins lucrativos, cujo objetivo 
principal é prestar socorro e assistência às pessoas vítimas de guerras e catástrofes 
naturais (terremotos, tornados, enchentes, etc.). Foi fundada, em 1863, pelo suíço Jean 
Henri Dunant. 
As ações de Dunant lhe renderam, em 1901, o Prêmio Nobel da Paz 
 
Quem pode atuar nos primeiros socorros 
 
Fonte: Manual de Primeiros Socorros Fiocruz, 2003 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros
.pdf 
 
Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros, conduzindo-se com 
serenidade, compreensão e confiança. Manter a calma e o próprio controle, porém, o 
controle de outras pessoas é igualmente importante. Ações valem mais que as palavras, 
portanto, muitas vezes o ato de informar ao acidentado sobre seu estado, sua evolução 
ou mesmo sobre a situação em que se encontra deve ser avaliado com ponderação para 
não causar ansiedade ou medo desnecessários. 
O tom de voz tranquilo e confortante dará à vítima sensação de confiança na pessoa 
que o está socorrendo. O desenvolvimento das atividades nas instituições de saúde 
pública oferece riscos específicos de acidentes de trabalho, sendo assim, os funcionários 
destas instituições devem ter conhecimentos de princípios básicos em primeiros 
socorros. 
 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf
-Prestar assistência a uma pessoa, visando a manutenção do suporte básico de vida e a 
estabilização para adequado transporte, é uma obrigação ética e social, a saber, a 
prestação de auxílio em caso ou situação de necessidade. Assim, os conhecimentos de 
suporte básico de vida são do nível de cidadania, ou seja, qualquer cidadão deveria ser 
capaz de o realizar. 
-Trata-se da preparação ou da capacitação necessária para procurar preservar a vida, 
até que haja outro cuidado avançado. 
-Um aspeto relevante é que não se pode esperar que uma pessoa se coloque a si mesma 
em perigo para prestar um hipotético socorro a terceiros – é claro o exemplo de, numa 
madrugada ou num local deserto, ir a passar de carro e ver outro veículo parado com 
uma pessoa no chão e outra em pé, a gesticular; posso entender que não é seguro parar, 
mas isso não quer dizer que não faça nada; posso telefonar e dar o alerta. 
-Os princípios éticos em cuidados de saúde, são a beneficiência, a não-maleficência, o 
respeito pela autonomia e a justiça. 
*O princípio da beneficência diz respeito a fazer o bem e que existam benefícios reais 
para a pessoa com uma ação ou intervenção que se vai realizar; está na base, por 
exemplo, dos programas de acesso público a desfibrilhação automática externa 
*O princípio da não-maleficência refere-se a não causar dano ou prejuízo – por isso, 
pode ser invocado, por pessoa competente para tal, para não incentivar a tentativa de 
reanimação em situações de futilidade. 
*O princípio da justiça implica na equidade no acesso aos cuidados. 
*O princípio do respeito pela autonomia diz respeito a atender à vontade expressa pela 
pessoa (ligando-se ao consentimento informado ou à declaração antecipada de 
vontade). 
 
-Da situação fora dos hospitais, quando a informação clínica sobre a pessoa é 
inconclusiva e o tempo é escasso, dir-seque todas as pessoas em paragem 
cardiorespiratória devem ser reanimadas, sempre e de imediato (excepto se se 
verificarem lesões incompatíveis com a vida). 
-Este é, claramente, um princípio básico para a atuação, ancorado no reconhecimento 
da dignidade da pessoa humana - e esta dignidade exige o respeito pelos seus direitos, 
de entre os quais se destaca o direito à vida, pois que “a vida humana é inviolável”. 
-Finalmente, tenha-se em conta que um profissional de saúde que não esteja em 
serviço e esteja acidentalmente no local, tem o mesmo dever de todos os cidadãos; a 
diferença é que a pessoa em necessidade pode dispôr de uma intervenção mais 
capacitada e mais adequada, pois cada um de nos coloca os seus saberes e 
competências ao serviço do Outro. 
 
Fonte: LEIGO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, 2008 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000400021 
Em situações de emergência a avaliação da vítima e seu atendimento devem ser 
eficazes, permitindo a redução de sequelas e o aumento da sobrevida. Assim, ao se 
constatar a perda súbita de consciência de um indivíduo adulto, a primeira atitude 
do socorrista deve ser o acionamento do serviço médico de emergência(1-2). A 
região de Campinas conta com dois serviços de emergência especializados, o 
Serviço Móvel de Urgência (SAMU) – 192 ou Resgate – 193(3). 
É de fundamental importância o esclarecimento e treinamento da população para o 
atendimento das situações de emergência e da parada cardíaca, evitando 
a paralisia do socorrista no momento de decidir qual o próximo passo a seguir(2). 
Acrescenta-se que a população deve estar capacitada para agir em qualquer 
situação de emergência, prestando atendimento de primeiros socorros. Define-se 
primeiros socorros como atendimento imediato providenciado à pessoa doente ou 
ferida e que pode ser realizado pela população em geral(4). 
Em situações de emergência, a avaliação da vítima e seu atendimento devem serrealizados de forma rápida, objetiva e eficaz, proporcionando aumento da 
sobrevida e a redução de seqüelas. O suporte básico vida (SBV) inclui etapas de 
socorro à vítima em situação de emergência que represente risco à vida e, em sua 
maioria, esse atendimento pode ser iniciado no ambiente pré-hospitalar(1). 
O SBV é definido como sendo a abordagem inicial da vítima, realizada por leigos 
capacitados ou profissionais da saúde, abrangendo desobstrução das vias aéreas, 
ventilação e circulação artificiais(5). Acrescentam-se a essas manobras de 
ressuscitação o acesso precoce ao sistema médico de emergência, o atendimento 
avançado e a desfibrilação precoce(6). O SBV consiste em etapas realizadas 
seqüencialmente e incluem, em cada fase, uma avaliação e uma intervenção(2). 
Recentemente um estudo nacional, em hospital público, mapeou o processo de 
treinamento e os custos em ressuscitação cardiopulmonar para técnicos e auxiliares 
de enfermagem de UTI e Semi-Intensiva de Adultos, este programa de treinamento 
visa a qualidade e investimento em pessoal(7). 
É necessário, também, o investimento nos cursos de treinamento em SBV, para a 
população leiga, pois apesar de ser uma realidade ainda há grande falha em se 
iniciar as manobras básicas, devido à falta de conscientização e ao medo de 
reprovação social pelo possível fracasso(8) 
 
 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000400021
Questão 5 
QUAIS INSTITUIÇÕES DARIAM SUPORTE 
 
Fonte: Apostila de Primeiros Socorros UFMG, 2018 
https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros-
DAST.pdf 
Existem alguns serviços de urgência disponíveis 24hs, cujos telefones devem ser 
conhecidos. Por exemplo: Corpo de Bombeiros (193), Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência - SAMU (192), Policia Militar (190). 
Mesmo Uberlândia não tendo feito parceria com o SAMU, existe uma possibilidade 
de o Município firmar uma parceria com o Corpo de Bombeiros para a criação de 
um sistema parecido com o Samu, o Serviço Intermediário de Atendimento ao 
Trauma em Emergência (Siate). 
 
“É um serviço intermediário que funciona em atendimento a traumas e 
emergências clínicas. É composto por equipes mistas, ou seja, com bombeiros e 
profissionais de saúde contratados pelo Município. Nos atendimentos, a viatura iria 
sempre composta por uma equipe mista. O serviço contaria com um médico na 
regulação telefônica e um segundo médico, intervencionista, à disposição para 
casos mais complexos e que requerem a presença do médico no local”, explica. 
 
Ao discar o número 192, o cidadão ligará para uma central de regulação, que conta 
com profissionais treinados para realizar o atendimento e médicos que darão as 
orientações de primeiros socorros por telefone. 
São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, o tipo de ambulância e 
equipe adequada a cada caso. Há situações em que basta somente uma orientação 
por telefone. O SAMU/192 atende pacientes na residência, no local de trabalho, na 
via pública, ou seja, através do telefone 192 o atendimento chega ao usuário onde 
ele estiver. 
De acordo com a situação do paciente, o médico regulador pode: 
a) Orientar a pessoa a procurar uma unidade de atendimento ( centro de saúde , 
ambulatório de convênio,etc) ou Unidade de Pronto Atendimento ( UPA), por meios 
próprios; 
b) Atender a solicitação, enviando ao local uma ambulância com auxiliar de 
enfermagem e socorrista; 
https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros-DAST.pdf
https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros-DAST.pdf
c) Em casos graves, será enviada uma USA (Unidade de Suporte Avançado), com 
Médico e Enfermeiro. Ao mesmo tempo será avisado ao hospital público mais 
próximo, para que o tratamento tenha continuidade com mais rapidez. 
 
Unidades de Pronto Atendimento UPAs 
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são estruturas de complexidade 
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades Hospitalares. Junto 
a estas, compõem a rede de Atenção às Urgências. As UPAs funcionam 24h e são 
integrantes do componente hospitalar fixo. Devem ser implantadas em locais 
estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência, com 
acolhimento e classificação de risco em todas as unidades, em conformidade com a 
Política Nacional de Atenção às Urgências6. 
A estratégia de atendimento está diretamente ligada ao trabalho do SAMU, que 
organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde 
adequado a cada situação6

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