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ANÁLISE DE CASO EIMERIOSE Infecção e Parasitose Animal Aluna: Antônia Iasmin Maciel Matos 1. Identifique o agente causal (taxonomia – reino, filo, família e gênero, morfologia e ciclo de vida). Agente causal: Eimeria spp Reino: Protozoa Filo: Apicomplexa Família: Eimeriidae Gênero: Eimeria Morfologia: em geral, são esféricos, ovais ou elípticos, e as espécies mais comuns variam de 15 a 50 μm. O oocisto possui quatro esporocistos, e cada um contém dois esporozoítos. Ciclo de Vida: oocistos não esporulados liberados por hospedeiros infectados, são constituídos de uma massa nucleada. No meio ambiente, os oocistos dividem-se por esporogonia, originando quatro esporocistos com dois esporozoítos cada, tornando-se esporulados. Para que ocorra a esporulação, o oocisto necessita de condições adequadas de oxigênio, umidade e temperatura. Após a ingestão pelos animais, os oocistos esporulados liberam formas infectantes que penetram no epitélio intestinal, multiplicam-se e liberam os merozoítos. Esse processo compreende a reprodução assexuada. Os merozoítos dão início à reprodução sexuada quando invadem as células intestinais e diferenciam-se em microgametas. A fusão dos núcleos dos micro gametas masculinos e femininos originará o zigoto ou oocisto não esporulado, que é liberado para o ambiente pelas fezes. 2. Identifique a doença e qual a sua patogenia (resposta imune e sinais clínicos). A Eimeriose é uma doença entérica causado por protozoários coccídios do gênero Eimeria. Acomete diversas espécies domésticas, principalmente animais jovens. A patogenicidade varia de acordo com a espécie do parasito, e poucas Eimerias são consideradas patogênicas o suficiente para causar manifestações clínicas da doença. Em geral, as infecções são mistas e nos casos clínicos de coccidiose é comum a coinfecção por mais de uma espécie por Eimeria. As células intestinais infectadas criam as áreas de microulcerações. A lâmina própria se contrai e reduz o tamanho das vilosidades e, como consequência, diminui a superfície de absorção do epitélio. A demanda contínua de células determina hiperplasia do epitélio das criptas. As alterações funcionais causadas pela Eimeriose dependem das espécies envolvidas, da localização intestinal e do grau de destruição dos tecidos, essas alterações podem ser locais ou sistêmicas.Clinicamente, a doença é caracterizada por diarreia, sinais de desidratação, perda de apetite, emaciação e apatia. 3. Determine a técnica de diagnóstico e o tratamento. Diagnóstico: os métodos de diagnósticos tradicionais baseiam-se em exames de fezes, os quais visam a identificar as características morfológicas dos oocistos, a biologia do parasito, os sinais clínicos dos animais acometidos e as lesões macroscópicas dos órgãos afetados durante a necrópsia. No diagnóstico de rotina, utiliza-se o método de flutuação de McMaster, identificam-se as espécies por meio das fezes parasitadas misturadas ao dicromato de potássio (a 2,5%) para esporulação. As características morfológicas apresentadas pelos oocistos permitem a caracterização das espécies. Exames histopatológicos dos órgãos acometidos de animais que evoluem para óbito permitem determinar o tipo de processo inflamatório e a identificação do agente causal. Tratamento: estão disponíveis diversos fármacos para o tratamento de Esmeriose. De maneira geral, as sulfonamidas são indicadas no tratamento da Eimeriose em bovinos, equinos, suínos, pequenos ruminantes, coelhos e aves, na dose de 50 mg/kg no primeiro dia e depois a 25 mg/kg, a cada 24h, por 21 dias. O amprólio (solução a 9,6%) é indicado no tratamento de bovinos, aves e equinos, além de outros animais domésticos com Eimeriose, na dose de 3 ml diluídos em 3, 8l de água, oferecido na água fornecida aos animais por 21 dias. 4. Descreva as medidas de prevenção e controle desta enfermidade e esclareça se é necessário a notificação obrigatória desta enfermidade (legislação). Para a profilaxia da Eimeriose é recomenda-se que os animais criados em instalações limpas e secas, separados de acordo com a idade e, sempre que possível, deve-se evitar grandes concentrações em pequenas áreas por longos períodos. Os bebedouros e comedouros precisam ser dispostos de maneira que não possibilitem a contaminação com material fecal dos animais. A remoção de fezes e camas dos animais deve ser realizada com maior frequência para reduzir a disponibilidade de oocistos no meio ambiente. Para o controle da Eimeriose, muitos coccidiostáticos são incorporados na alimentação dos animais. Água, ração, leite e até mesmo no sal mineral (este último para os ruminantes) são substratos utilizados para a administração desses fármacos que visam ao controle da doença nos criatórios. A notificação da Eimeriose é obrigatória
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