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APG 15 - Paratireoide e Metabolismo do Cálcio

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Apg 15: Glândula Paratireoide e Metabolismo do Cálcio 
Objetivos 
 
 
 
OBJETIVO 1: Compreender a anatomia, histologia e fisiologia da paratireoide 
OBJETIVO 2: Entender o metabolismo do cálcio 
OBJETIVO 3: analisar quais são os tipos de erros médicos 
 
Glândula Paratireóide 
 
aspectos anatômicos 
 
➔ Parcialmente incrustradas na face posterior dos 
lobos direito e esquerdo da glandula tireoide 
➔ Massas de tecido 
➔ Cada auma pesa cerca de 40 mg 
➔ De modo geral, uma glandula paratireoide inferior e 
uma superior estãoo fixadas em cada lobo da 
tireoide, totalizando 4 paratireoides. 
 
 
 
Histologia 
➔ Contém 2 tipos de células epiteliais 
 são as mais numerosas e 
responsáveis pela produção do paratormônio (PTH) 
 não é conhecida na glândula 
paratireoide normal. Sua presença ajuda a identificar 
com clareza a glândula paratireoide do ponto de vista 
histológico devido às suas características únicas de colo-
ração. Além disso, em casos de câncer, as células oxifili-
cas secretam PTH em excesso. 
 
Fisiologia 
 
O PTH e a reabsorção de cálcio 
➔ O paratormônio é um dos hormônios reguladores 
de cálcio mais importantes no organismo 
➔ Sua ação principal nos rins é a de elevar a 
reabsorção tubular de cálcio, especialmente nos 
túbulos distais e com muita probabilidade tam-
bém nas alças de henle 
 
➔ O PTH também tem outras ações como: inibição 
da reabsorção de fosfato pelo túbulo proximal e a 
estimulação de reabsorção de magnésio pela alça 
de Henle. 
O Paratormônio 
➔ Representa um potente mecanismo para o contro-
le das concentrações extracelulares de cálcio 
e fosfato, mediante redução da reabsorção intesti-
nal, da excreção renal e do intercambio desses íons 
entre o líquido extracelular e o osso 
➔ A atividade excessiva da paratireoide provoca rápi-
da liberação de sais de cálcio dos ossos, com con-
sequente hipercalcemia. De modo inverso, a bai-
xa atividade das glândulas paratireoides causa hipo-
calcemia. 
Controle da secreção de calcitonina e 
do PTH 
➔ O nível de cálcio no sangue é o fator principal 
no controle da secreção de calcitonina e parator-
mônio 
➔ A regulação ocorre por meio de alças de feed-
back negativo que não envolvem a hipófise 
Nível sanguíneo de íons cálcio acima do 
normal: 
1. estimulam as células parafoliculares da tireoide 
a liberarem mais calcitonina 
2. A calcitonina inibe as atividades dos osteoclastos, 
diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo de Ca+. 
Nível sanguíneo de íons cálcio abaixo do 
normal: 
1. Estimula as células principais da paratireoide a 
liberarem mais PTH 
2. O PTH promove a reabsorção de matriz óssea 
extracelular, que libera Ca+ no sangue e retar-
da a perca de Ca+ na urina, elevando o nível de 
Ca+ no sangue. 
3. O PTH estimula os rins a sintetizarem calci-
trol, que consiste na forma ativa da vitamina D 
4. O calcitrol por sua vez estimula a absorção mais 
acentuada de Ca+ dos alimentos no sistema 
digestório, o que ajuda a aumentar o nível san-
guíneo de Ca+. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
• TORTORA, G. J. Princípios de anatomia h hu-
mana. 12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de 
Janeiro, 2013. 
 
• GUYTON, A.C. e Hall J.E. – Tratado de Fisiolo-
gia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. 
 
Metabolismo do cálcio 
 
Concentrações de Cálcio no Plasma 
➔ O cálcio é importante para diversas funções fisioló-
gicas, logo, sua concentração plasmática é es-
treitamente regulada 
➔ A homeostasia segue o princípio de balanço de 
massa = entrada – saída 
➔ O cálcio corporal total é todo o cálcio presente no 
corpo, ao longo dos três compartimentos 
Entrada de Cálcio no Corpo 
➔ É o cálcio ingerido na dieta e absorvido no 
intestino delgado. 
➔ Somente 1/3 do cálcio ingerido é absorvido 
➔ A regulação é regulada hormonalmente 
➔ A absorção intestinal é transcelular e parace-
lular (entre as células). O transporte transcelular é 
realizado pela entrada no enterócito via canais api-
cais de Ca²+. Uma vez dentro da célula o Ca²+ se 
liga à uma proteína chamada calbindina, que aju-
da a manter baixa concentração de Ca²+ livre in-
tracelular. Isso é necessário devido ao papel do 
Ca²+, livre como uma molécula de sinalização intra-
celular. 
➔ Na região basolateral da célula, o Ca²+ sai por um 
trocador de Na+Ca²+ (NCX) e por transportadores 
Ca²+ 
➔ A absorção transcelular é regulada hormonalmente, 
a paracelular não é regulada 
Saída de Cálcio no Corpo 
➔ Ocorre pelos rins, com uma pequena quantidade 
excretada pelas fezes 
➔ O Ca²+ ionizado é livremente filtrado no glomérulo 
e reabsorvido ao longo do comprimento dos né-
frons 
➔ A reabsorção hormonalmente regulada ocorre 
através do néfron distal e utiliza transportadores si-
milares aos encontrados no intestino. Não há trans-
porte paracelular nos rins. 
 
Controle de Equilíbrio do Cálcio 
➔ A regulação do movimento de Ca² entre osso, rim 
e intestino é feito por 3 hormônios: paratireoide 
(PTH), calcitrol (vitamina D3 e calcitonina. 
➔ O PTH e calcitonina são os mais importantes em 
seres humanos adultos. 
➔ Hormônio da tireoide: 
➔ As paratireoides secretam PTH, peptídeo que pos-
sui função principal de aumentar as concentrações 
plasmáticas de Ca²+. 
➔ O estímulo para a liberação de Ca²+ é a baixa con-
centração do mesmo no sangue, monitorada por 
um receptor sensível (Ca²-sensing receptor - 
CaSR), localizado na membrana celular. 
➔ O CaSRé um receptor acoplado a proteína G 
 
➔ O Ca²+ plasmático elevado atua como retroalimen-
tação negativa e desliga a secreção de PTH 
➔ O PTH hormônio da paratireoide aumenta o Ca²+ 
plasmático de 3 formas: 
1. O PTH mobiliza cálcio dos ossos: o aumen-
to da reabsorção óssea pelos osteoclastos leva 
aproximadamente 12h para se tornar mensurá-
vel. Embora osteoclastos sejam responsáveis 
por dissolver a matriz calcificada, eles não pos-
suem receptores para PTH, assim, os efeitos 
do PTH são mediados por um conjunto de 
moléculas parácrinas, incluindo a osteoprotege-
rina (OPG). E um fator de diferenciação dos os-
teoclastos, chamado de RANKL. 
2. O PTH aumenta a reabsorção renal de 
cálcio: a reabsorção renal ocorre no néfron 
distal. O PTH aumenta a excreção renal do fos-
fato, reduzindo sua reabsorção. Os efeitos 
opostos do PTH sobre o cálcio e fosfato são 
necessários para manter suas concentrações 
combinadas abaixo de um nível crítico. Se as 
concentrações excedem esse nível, formam-se 
cristais de fosfato de cálcio, conhecidos como 
cálculos renais. 
3. O PTH aumenta indiretamente a absorção 
intestinal de cálcio pela sua influência na 
vitamina D3. 
 
Calcitriol 
➔ Responsável pela absorção intestinal do cálcio 
➔ O corpo forma calcitrol através da vitamina D que 
foi obtida pela dieta ou sintetizada na pele pela ação 
da luz solar sob os precursores formados a partir 
de acetil-Coa. Pessoas que vivem acima de 37º de 
altitude ao norte ou abaixo de 37º de altitude ao sul 
não recebem luz solar suficiente para produzir 
quantidades adequadas de vitamina D, exceto no 
verão. Essas pessoas devem considerar tomar su-
plementos vitamínicos. 
➔ A vitamina D é modificada em 2 passos – pri-
meiro no fígado e depois nos rins, para que ocorra 
a formação de vitamina D3 ou calcitrol 
➔ Além da absorção intestinal ele facilita a reab-
sorção renal de Ca2+ e ajuda a mobilizar o cálcio 
para fora dos ossos. 
➔ A produção de calcitrol é regulada no rim por 
ação do PTH. Concentrações diminuídas de cálcio 
estimulam a secreção de PTH, que estimula a sín-
tese de calcitrol. 
➔ A absorção intestinal de cálcio aumenta a concen-
tração de cálcio no sangue, desligando o PTH em 
uma alça de retroalimentação negativa, que 
diminui a síntese de calcitrol. 
➔ A prolactina (hormônio responsável pela produção 
de leite) também estimula a síntese de calcitrol. 
Calcitonina 
➔ Peptídeo produzido pelas células C da tireoide. 
➔ Suas ações são opostas as do hormônio da parati-
reoide 
➔Quando a calcitonina é liberada as concentra-
ções de Ca² aumentam 
➔ Ela desempenha um papel secundário no equilí-
brio diário de cálcio 
➔ Os pacientes cujas glândulas tireoides foram retira-
das não apresenta nenhum distúrbio no equilíbrio 
do cálcio. 
➔ A calcitonina tem sido usada no tratamento da do-
ença de Paget, na qual os osteoclastos são supera-
tivos e o osso se torna enfraquecido devido a re-
absorção. Nesses pacientes a calcitonina estabiliza a 
perda óssea normal. 
Homeostasia do cálcio e do fosfato estão as-
sociadas 
➔ A homeostasia do fosfato é intimamente rela-
cionada à homeostasia do cálcio. O fosfato é o 
segundo ingrediente principal da hidroxiapatita no 
osso, e grande parte do fosfato presente no corpo 
está no osso. 
➔ Os fosfatos possuem outros papeis fisiológicos, 
incluindo a transferência e armazenamento de 
energia em ligações de fosfato de alta energia e a 
ativação ou desativação de enzimas, transportado-
res e canais iônicos via fosforilação e defosforilação. 
➔ Os fosfatos também fazem parte da estrutura do 
DNA e do RNA 
➔ A homeostasia do fosfato é paralela a do Ca². 
➔ O fosfato é absorvido no intestino, filtrado e 
reabsorvido nos rins e distribuído entre ossos 
LEC e compartimentos intracelulares. 
➔ A vitamina D3 facilita a absorção intestinal de 
fosfato. A excreção renal é afetada tanto pelo PTH 
(promove a excreção de fosfato) como pela vita-
mina D3 (promove a reabsorção do fosfato) 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
• SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma 
Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 
2017. 
 
 
Erros médicos 
 
➔ É um ato praticado pelo médico que causa danos 
ao paciente. 
➔ para caracterizá-lo é necessário identificar se a 
obrigação do profissional era de meio ou de resul-
tado. 
➔ Obrigação de meio: aquela em que o médico é 
impossibilitado de garantir o resultado. 
➔ Obrigação de resultado: quando o médico ga-
rante o resultado, por exemplo, intervenções esté-
ticas, cirurgias plásticas. 
➔ Se a obrigação for de meio deve se verificar se 
houve negligência. 
➔ Nos casos de obrigações de resultado não há ne-
cessidade de averiguar a culpa pois ele está obriga-
do a entregar o resultado prometido. 
Tipos de erros médicos: 
➔ Imprudência: é uma ação que foi feita de forma 
precipitada e sem cautela. O agente toma sai atitu-
de sem cautela e zelo necessário que se esperava. 
Significa que ele sabe fazer a ação da forma corre-
ta, mas não toma o devido cuidado para que isso 
aconteça. 
➔ Negligência: quando o agente deixa de fazer 
algo que sabiamente deveria ter feito, dando causa 
ao resultado danoso. Como agir com descuido, de-
satenção ou indiferença, sem tomar as devidas 
precauções 
➔ Imperícia: consistem em o agente não saber 
praticar o ato. Ser imperito para uma determinada 
tarefa e realizá-la sem ter o conhecimento técnico, 
teórico e prático necessário. 
Prontuário médico: 
➔ O paciente possui acesso ao prontuário e pode 
usá-lo como prova em caso de erro médico 
Erro Médico – o que a Lei prevê? 
➔ A lei prevê que haja reparação integral do dano, 
seja ele material (valores gastos, que serão gastos 
e que se deixou de ganhar por causa desta con-
duta lesiva do profissional da saúde), dano moral 
(caso haja a lesão à integridade moral do paciente) 
e danos estéticos (que importam não necessaria-
mente na diminuição da beleza do indivíduo, mas 
sim na deformidade causada à integridade física do 
paciente em comparação ao corpo antes da in-
tervenção. Ou seja, os danos estéticos visam re-
parar a lesão à integridade física do indivíduo). 
 
Tópicos importantes: 
 
• O estímulo para a liberação do PTH é a dimi-
nuição de cálcio no sangue 
• O PTH é inibido quando existem altas concen-
trações de Ca²+ no sangue 
• O PTH atua nos rins, ossos e intestino 
• O PTH estimula os osteoclastos a dissolverem 
a matriz calcificada, liberando Ca2+; diminuem 
também a excreção de cálcio na urina, deste 
modo, aumentando a reabsorção do mesmo; ati-
vam a vitamina D que estimula a captação de 
cálcio pelo intestino

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