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Avaliação Pré-Operatória - CIRURGIA ORAL

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Avaliação Pré-Operatória 
 AVALIAÇAO PRÉ-OPERATÓRIA DE 
PACIENTES 
A avaliação pré-operatória em 
odontologia é de extrema 
importância para aumentar a 
margem de segurança para 
procedimentos considerados mais 
invasivos, diminuindo também os 
índices de morbidade e mortalidade, 
sendo necessário seguir alguns 
protocolos antes. 
Todo e qualquer paciente destinado 
a passar por uma cirurgia deve 
estar idealmente na melhor forma 
física e mental possível, porém, 
nem sempre isso é possível. Assim, 
cabe ao profissional determinar as 
modificações especificas 
necessárias para assim reduzir o 
risco cirúrgico, percebendo a 
condição de cada paciente e 
promovendo segurança e bem-estar 
ao paciente. 
• Condição física e psicológica; 
• Natureza da cirurgia; 
• Observar os aspectos sociais e 
culturais de 
cada paciente; 
• Adequar a linguagem a cada 
paciente; 
• Transmitir confiança ao paciente; 
• Empatia e Sensibilidade. 
Embora boa parte dos 
procedimentos realizados em 
consultório odontológico muitas 
vezes não apresente grandes riscos 
ao paciente, deve-se atentar em 
realizar uma anamnese bem dirigida 
e um minucioso exame físico 
perfeitamente adequado e suficiente 
para uma completa avaliação pré-
operatória. Fazer uma avaliação dos 
riscos também é necessário, 
avaliando a classificação ASA de 
cada paciente e se a cirurgia é de 
menor risco (pequeno porte) ou 
maior risco (médio e grande porte), 
devido a potencial de risco 
hemorrágico. 
AMERICAN SOCIETY OF 
ANESTHESIOLOGISTS (ASA) 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FÍSICO 
 
ASA I: Paciente 
normal, 
saudável 
ASA II: 
Paciente com 
doença 
sistêmica leve 
ou com um 
significante 
risco de saúde 
ASA III: Paciente 
com doença 
sistêmica grave 
que não é 
incapacitante 
ASA IV: 
Paciente com 
doença 
sistêmica 
grave que 
oferece risco 
de vida 
constante 
ASA V: Paciente 
moribundo que 
ASA VI: 
Paciente com 
provavelmente 
não sobreviverá 
sem a operação 
morte cerebral 
declarada que 
está passando 
por remoção 
de órgãos para 
doá-los 
 
Primeiramente, deve ser feita uma 
série de perguntas que nada mais é 
do que uma entrevista que é feita ao 
paciente afim de que se descubra a 
história médica do paciente e muitas 
vezes pistas sobre possíveis 
problemas já existentes e que o 
paciente não informa sendo 
necessário identificar e abordar 
condições clínicas visando à 
otimização do estado clínico do 
indivíduo, antecipando e reduzindo 
a incidência de complicações. 
Devemos sempre esclarecer ao 
indivíduo e partilhar com ele o que 
acontecerá durante o procedimento 
cirúrgico, suas características e os 
riscos envolvidos, de forma que ele 
tenha consciência no processo de 
tomada de decisão e diminuir a 
ansiedade, que é comum nessa 
situação principalmente em cirurgias 
orais. 
 ANAMNESE 
1. Dados biográficos: Nome, 
sexo, idade 
2. Queixa principal e seu 
histórico: Algumas condições 
clínicas que motivam o ato cirúrgico 
possuem características anatômicas 
e fisiológicas com repercussões 
específicas. Esta parte do histórico 
de saúde pode ser mais simples e 
direta, como um histórico de dor de 
dois dias e uma ocorrência de um 
inchaço em torno do terceiro molar 
irrompido. 
3. História médica: A história de 
eventos graves pessoais ou 
familiares relacionados a 
intervenções cirúrgicas é um sinal 
de alerta para condições clínicas de 
importante repercussão, 
destacando-se na história pessoal a 
ocorrência de infarto agudo do 
miocárdio, parada 
cardiorrespiratória e anafilaxias. 
4. Histórico social e médico da 
família: Informa as condições de 
vida que envolve o paciente e seus 
familiares, bem como seu nível de 
escolaridade. 
5. Revisão de sistemas: é um 
método sequencial e detalhado de 
conferir os sintomas do paciente 
órgão por órgão. A revisão dos 
sistemas pode revelar condições de 
saúde que não foram 
diagnosticadas. Por exemplo, a 
revisão do sistema cardiovascular 
em um paciente com histórico de 
doença isquêmica do coração inclui 
perguntas sobre desconforto no 
peito (durante esforço, refeições ou 
momento de descanso), palpitações 
desmaios e edema em membros 
inferiores. Tais perguntas ajudam o 
cirurgião-dentista a decidir se 
realizará a cirurgia ou mudará os 
métodos cirúrgicos e anestésicos. 
6. Exame físico: O exame físico do 
paciente odontológico observa 
atentamente a cavidade oral e toda 
região maxilofacial (Inspeção, 
Palpação, Percussão, Auscultação). 
7. Resultados laboratoriais e de 
imaginologia: Resultado de 
exames necessários para realização 
ou não dos procedimentos 
cirúrgicos. 
 BASE PARA DADOS DE HISTÓRICO 
DE SAÚDE 
1. Internações anteriores, 
operações, lesões traumáticas e 
doenças graves 
2. Doenças leves recentes ou 
sintomas 
3. Medicações usadas no momento 
ou recentemente e alergias (em 
especial, alergias a drogas) 
4. Descrição de hábitos 
relacionados à saúde ou vícios 
como o uso de álcool, tabaco, 
drogas ilícitas, e a quantidade e tipo 
de exercício diário 
5. Data e resultado do último 
checkup médico ou visita ao clínico 
 DOENÇAS COMUNS À POPULAÇAO 
(GERAL) 
 Hipertensão Arterial 
Sistêmica: a hipertensão arterial, 
especialmente quando associada a 
valores elevados de pressão, pode 
ou não consistir em causa 
importante de suspensão e 
adiamento de cirurgias e sua 
presença deve ser um alerta. Os 
anti-hipertensivos a princípio devem 
ser mantidos para haver um 
controle da pressão arterial. 
Cirurgias bucais de emergência em 
pacientes severamente hipertensos 
devem ser realizadas em um 
ambiente bem controlado ou em um 
hospital para que o paciente possa 
ser monitorado com cuidado 
durante o procedimento e o controle 
da pressão sanguínea aguda possa 
ser controlado. 
 
(Medição da pressão arterial sistêmica). 
(HUPP e ELLIS, 2009). 
 Angina Pectoris: 
basicamente, uma dor no peito 
causada pelo estreitamento ou 
espasmo em uma das artérias 
coronárias, o que ocasiona em uma 
diminuição do abastecimento de 
oxigênio e nutrientes ao coração 
(isquemia). O paciente pode 
relatar/apresentar: dor no peito, 
cansaço, náuseas, sudorese e 
bradicardia (batimento cardíaco 
lento). 
No entanto, se os episódios de 
angina ocorrem com mínimos 
esforços [...] a cirurgia programada 
deve ser postergada até uma 
consulta médica ser realizada. Uma 
alternativa é o encaminhamento do 
paciente para um cirurgião buco-
maxilo-facial, se uma cirurgia de 
emergência for necessária. 
 Arritmias: A presença de 
arritmias cardíacas, sendo a arritmia 
crônica mais comum a fibrilação 
atrial, deve ser registrada na 
avaliação pré-operatória. 
 Diabetes mellitus: A 
diabetes mellitus é uma condição 
associada em que os níveis de 
glicose se encontram alterados. É 
comumente subdividida em diabetes 
dependente de insulina (tipo I) e 
diabetes não dependente de 
insulina (tipo II), mas também há os 
pré-diabéticos e a Diabetes 
Gestacional. 
Tipo I: Doença crônica em que o 
pâncreas produz pouca ou 
nenhuma insulina 
Tipo II: Doença crônica que afeta a 
forma como o corpo processa o 
açúcar do sangue (glicose). Esse 
tipo de diabetes tipicamente tem 
início na fase adulta, é exacerbada 
pela obesidade e, normalmente, não 
precisa de terapia com insulina. 
Pré-diabéticos: Condição em que o 
açúcar no sangue está elevado, 
mas não o suficiente para ser 
classificado como diabetes do tipo 
2. 
Diabetes Gestacional: Altos níveis 
de açúcar no sangue que afetam 
gestantes. 
 Doenças Hepáticas: 
Pacientes com sinais e sintomas 
clínicos compatíveis com doença 
hepática levando a disfunção 
orgânica devem ser diagnosticados 
adequadamente e seu status 
funcional avaliado através de 
exames complementares. 
O paciente pode relatar danos no 
fígado resultantes de doença 
infecciosa, abuso de álcool, 
congestão biliar ou vascular 
precisando assim de atençãoespecial antes da realização da 
cirurgia bucal. A produção de 
vitamina K – fatores de coagulação 
vitamina K-dependentes (II, VII, IX, 
X) podem ser reduzidos devido às 
doenças hepáticas severas. 
Logo exames complementares que 
avaliem INR (sigla em inglês de 
Relação Normalizada Internacional), 
o tempo de protrombina (TP) ou 
tempo de tromboplastina parcial 
(TTP) são de auxilio importante para 
diagnósticos, bem como TGO e 
TGP. 
 ANTIBIOTICOPROFILAXIA 
Avaliar a real necessidade; 
(febre reumática, condições 
autoimunes, diabético 
descompensado, portador de valva 
cardíaca, cardiopatia congênita, 
histórico prévio de endocardite 
infecciosa, valvopatia adquirida em 
transplante, imunocomprometidos, 
portadores de prótese cardíacas e 
articulares, pacientes hemofílicos e 
em hemodiálise, grande extensão 
de tecido necrosado, etc) 
O QUE DETERMINA A CHANCE DE OCORRER 
UMA ENDOCARDITE? 
 Procedimentos invasivos e 
demorados. 
 Condição de péssima saúde 
oral 
 Condição de saúde geral 
(imunológico, sistêmico) deficiente 
que favoreça a endocardite. 
 
 EXAME FÍSICO ANTES DE CIRURGIA 
BUCAL E MAXILOFACIAL 
Inspeção 
• Cabeça e rosto: Forma geral, 
simetria, distribuição de cabelo; 
• Ouvido: Reação normal a sons 
(examinar com otoscópio, se 
indicado); 
• Olho: Simetria, tamanho, 
reatividade das pupilas, cor da 
esclera e da conjuntiva, movimento, 
teste de visão; 
• Nariz: Septo, mucosa, 
permeabilidade; 
• Boca: Dentes, mucosa, faringe, 
lábios, tonsilas; 
• Pescoço: Tamanho da glândula 
tireoide, distensão venosa jugular. 
 
Palpação 
• Articulação temporomandibular: 
Crepitação, sensibilidade; 
• Paranasal: Dor nos seios 
paranasais; 
• Boca: Glândulas salivares, 
assoalho da boca, lábios, músculos 
da mastigação; 
• Pescoço: Tamanho da glândula 
tireoide, linfonodos. 
 
Percussão 
• Paranasal: Ressonância nos seios 
paranasais (dificuldade em avaliar); 
• Boca: Dentes. 
 
Auscultação 
• Articulação temporomandibular: 
Cliques, crepitação; 
• Pescoço: Sons da carótida. 
 EXAME FÍSICO EXTRABUCAL 
O exame físico extrabucal vai 
começar pela avaliação dos 
linfonodos. Estes órgãos fazem 
parte do sistema imune e estão 
espalhados por todo corpo. Três 
cadeias principais vão ter 
importância para a odontologia: a 
cadeia cervical superficial, que 
acompanha o músculo 
esternocleidomastoideo, os da 
região submandibular, e os 
submentonianos. 
Para avaliar os submandibulares 
devemos nos posicionar atrás do 
paciente, inclinar sua cabeça para o 
lado e usar a ponta dos dedos para 
movimentar os tecidos moles em 
direção a mandíbula, que vai servir 
como um anteparo para 
percebermos esses linfonodos. 
Para os submentonianos, deve-se 
inclinar a cabeça para frente e ir 
jogando o tecido mole contra a 
mandíbula, e assim percebendo se 
há algum linfonodo palpável na 
região. Quanto aos cervicais, se 
apalpa desde o processo mastoide 
próximo ao pavilhão auditivo até a 
região junto à clavícula. 
A partir da palpação, será possível a 
identificação de linfonodos 
palpáveis, o que pode representar 
doenças inflamatórias (ativas ou 
não) ou neoplásicas. Essa distinção 
é possível com base na análise das 
características dos linfonodos 
quando esses são percebidos por 
estas manobras de palpação. 
 EXAME FÍSICO INTRABUCAL 
Feito o exame da parte de fora da 
boca, da pele, linfonodos e dos 
músculos mastigatórios, vamos para 
o exame da mucosa bucal 
propriamente dita. Importante 
lembrar que todas as regiões da 
boca devem ser incluídas nesse 
exame. Uma boa dica é ter uma 
ordem sistemática, que compreenda 
todas as regiões, sendo esta 
repetida em cada atendimento. O 
exame é relativamente simples, 
dependendo de uma boa 
iluminação, espátulas de madeira e 
uma compressa de gaze. 
 
(Representação de exame físico intraoral por 
meio de inspeção e palpação). (HUPP e ELLIS, 
2009). 
 CONTROLE DA ANSIEDADE 
Antes e durante a cirurgia, os sinais 
vitais devem ser monitorados 
periodicamente. Além disso, deve 
ser mantido contato verbal regular 
com o paciente. 
 PROTOCOLO GERAL DE REDUÇÃO 
DE ANSIEDADE 
 
 Antes da Cirurgia 
• Agente hipnótico para estimular o 
sono na noite anterior à cirurgia 
(opcional); 
• Agente sedativo para diminuir a 
ansiedade na manhã da cirurgia 
(opcional); 
• Consulta matinal agendada para 
reduzir o tempo na sala de 
recepção; 
 Durante a Cirurgia 
Meios Não Farmacológicos De 
Controle De Ansiedade 
• Tranquilização verbal frequente; 
• Conversa para distrair o paciente; 
• Sem surpresas (o médico avisa o 
paciente antes de fazer qualquer 
coisa que possa causar ansiedade); 
• Sem barulhos desnecessários; 
• Instrumentos cirúrgicos longe do 
campo de visão do paciente; 
• Música de fundo relaxante. 
Meios Farmacológicos De 
Controle De Ansiedade 
• Anestésicos locais de duração e 
intensidade suficientes; 
• Óxido nitroso; 
• Ansiolíticos intravenosos. 
 Após a Cirurgia 
• Instruções breves para cuidados 
no pós-operatório; 
• Informar o paciente sobre 
sequelas pós-cirúrgicas que são 
esperadas (p. ex., inchaço ou leve 
gotejamento de sangue); 
• Tranquilização adicional; 
• Analgésicos eficazes; 
• Informar quem o paciente pode 
contatar se qualquer problema 
aparecer; 
• Telefonar para a casa do paciente 
durante a noite após a cirurgia para 
conferir se há algum problema.

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