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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO (ATIVIDADES ALTERNATIVAS)
ATIVIDADE 2.1: AVALIAÇÃO CRITICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO.
VÍDEO DA PSICÓLOGA NATACHA COSTA: “O PAPEL DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM TEMPOS DE CRISE”.
GLEISON RODRIGUES DE SOUZA
RA: 1802975
BAGRE- PA
2021
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
GLEISON RODRIGUES DE SOUZA 
RA: 1802975
Trabalho apresentado a Universidade UNIP, como um dos pré-requisitos do curso de Sociologia para obtenção de nota na Disciplina de Estágio Curricular Obrigatório. 2ª Atividade- 2.1
BAGRE – PA
2021
ATIVIDADE 2.1: AVALIAÇÃO CRITICA DE VÍDEOS ON-LINE SOBRE EDUCAÇÃO
VÍDEO DA PSICÓLOGA NATACHA COSTA: “O PAPEL DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM TEMPOS DE CRISE”.
Por toda a parte surgem soluções para o trabalho educacional remoto, mas a realidade é que gestores e professores ainda estão lidando com uma série de dúvidas Entre elas, a Medida Provisória 934 do Governo Federal, o posicionamento do CNE e as resoluções dos Conselhos Estaduais autorizam, a partir da brecha da situação de emergência prevista na LDB, que sejam estruturadas nos próximos meses atividades não presenciais, inclusive no Ensino Fundamental, para cumprimento da carga horária prevista. Claro que a ideia de manter, em alguma medida, os estudantes engajados em atividades propostas pelas escolas é desejável e relevante. Entretanto, é fundamental aprofundarmos coletivamente nossa reflexão a respeito dos objetivos que estas atividades não presenciais devem ter nesse momento, considerando todos os aspectos que impactam as redes, escolas, profissionais da educação, famílias e estudantes. A vida de gestores, professores, famílias e estudantes tem sido cotidianamente afetada de diferentes maneiras. Além disso, segundo relatório do UNICEF, metade de nossas crianças e adolescentes vivem sob múltiplas privações e, especialmente para eles, a escola é reconhecidamente fator de proteção. Nesse sentido, as condições de vida de milhões de estudantes apresentam diversas barreiras à implementação de propostas que dependam exclusivamente de suas famílias e espaços de moradia. O guia Covid -19, Educação e Proteção de Crianças e adolescentes, elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito a Educação em parceria com a plataforma Cada Criança, aponta que no Brasil 58% dos domicílios não tem acesso a computador e 33% não dispõem de internet. Além disso, relatos dão conta de que os profissionais da educação não se sentem preparados para propor atividades que prescindem da sua mediação e tampouco os pais e mães se sentem capazes para mediar processos de aprendizagem, mesmo nas camadas mais favorecida economicamente.
Nesse contexto, o Centro de Referências em Educação Integral vem fazendo uma reflexão sobre como é possível estruturar respostas a esta crise que observem os princípios da Educação Integral na efetivação do direito à educação no Brasil durante e após este período. No entanto, se os tomarmos como princípios, há que sustentá-los quaisquer que sejam as condições.
Neste exato momento, milhares de gestores e professores estão debruçados sobre a questão do calendário escolar. Se perguntam, sobretudo, como manter o currículo previsto. Ideias como avaliações diagnósticas em larga escala e reforço escolar já começam a aparecer no centro, como é comum, o conteúdo.
Os estudantes, os professores, sua relação com o mundo e com o conhecimento têm pouca atenção. Deixamos em segundo plano a experiência vivida por professores e estudantes neste período, as formas de acolhimento que serão necessárias, o fortalecimento da escola como espaço coletivo, as condições ainda mais adversas a que estudantes, famílias e comunidades possivelmente estiveram e seguirão expostos, as estratégias de engajamento dos estudantes na vida escolar, o reencantamento com o futuro pós pandemia. Assim, avaliações em larga escala, excessiva atenção aos conteúdos prescritos, procedimentos que buscam acelerar aprendizagens para responder a testes desconsiderando o contexto, não apenas são estratégias anacrônicas por não responderem às necessidades formativas do século XXI, como serão mais uma vez ineficazes na promoção da aprendizagem. E é justamente por considerar essa multiplicidade de aspectos que a Educação Integral tem uma contribuição relevante a dar.
Alguns municípios, à luz de seus estudos e políticas orientados pela Educação Integral, têm conseguido construir coletivamente boas estratégias para este momento. O município de Tremembé, por exemplo, decidiu que nesse momento as famílias precisam contar com a presença das escolas, apoiando-as em diferentes aspectos da vida com seus filhos. E que é importante manter a conexão dos estudantes com o processo de aprendizagem. Para colocar esse lema em prática, foi elaborado de forma participativa com gestores, professores, em diálogo com as famílias e com as prioridades estabelecidas, o programa “Ninguém em Casa sem Aprender, porque famílias e escolas estão juntas”.
Importante ressaltar que foi prioritário garantir que todos os estudantes estivessem contemplados no programa, por isso as estratégias foram desenhadas assegurando a busca ativa das famílias, o engajamento delas, a criação de conexões entre as famílias para garantir que as informações possam circular e o acompanhamento permanente e personalizado por parte dos professores. Tarumã, por sua vez, também se estruturou observando os princípios da Educação Integral. Hoje Tarumã tem 100% dos pais e mães nos grupos de WhatsApp, são grupos por sala, e todos os professores estão em contato com as famílias. Os gestores e professores fazem um planejamento coletivo quinzenal por série e por área como foco em Português e Matemática e atividades voltadas para cultura, corpo, arte, etc.
As atividades chegam via plataforma digital, mas também por WhatsApp e outras plataformas. São também impressas para todas as famílias que não têm acesso aos meios digitais. A partir daí os professores fazem um acompanhamento personalizado com as famílias e estudantes. As famílias são vistas como grandes aliadas e as atividades são planejadas a partir de recursos que existem nas casas, reconhecendo os saberes das comunidades e fortalecendo as relações comunitárias. Os agentes de saúde têm ajudado que alguns materiais cheguem às famílias que vivem em lugares mais distantes ou inacessíveis aos professores. Com experiências de escolas que são referência em Educação Integral no país, premiadas nacional e internacionalmente, e um trabalho de anos voltado para a discussão e implementação de políticas orientadas por esta concepção, a secretaria tem procurado também engajar as famílias e construir propostas pedagógicas adequadas às diferentes faixas etárias, lançando mão de recursos que possam chegar a todos os estudantes. Para isso tem veiculado os conteúdos pela televisão e redes sociais para o Ensino Fundamental e pequenos vídeos que apoiem os responsáveis pelas crianças da Educação Infantil. Há também a disponibilização de atividades para as famílias que não têm acesso a internet.
Os principais aspectos dessas propostas podem ser sistematizados da seguinte forma.
É manter as crianças em algum contexto de aprendizagem e apoiar as famílias neste momento tão desafiador em vários aspectos, não apenas no trabalho escolar.
Essas premissas e estratégias constituem os pilares da Educação Integral em qualquer contexto. E é justamente neste momento que elas revelam sua relevância e enorme contribuição para a efetivação do direito à educação no país. Tem sido uma luta grande no Brasil afirmar a necessidade de ampliarmos a lente sobre o processo educacional garantindo qualidade pedagógica às políticas públicas. A equação «currículo prescrito – avaliações externas – formação de professores – materiais didáticos padronizados» não será capaz de garantir uma educação de qualidade para todos os brasileiros.
É preciso apostar nos professores como profissionais, na construção de currículos vivos que sejam resultado do trabalho coletivo das redese orientem todas as escolas, sendo apropriados por cada uma a partir de sua realidade, dos desafios, potenciais e saberes das comunidades e estudantes, em um processo de formação que os reconhece como sujeitos multidimensionais, sociais, históricos e, sobretudo, competentes. Tremembé, Tarumã e Manaus têm sido capazes de, tão rapidamente, propor políticas sistêmicas, pactuadas coletivamente e que cheguem a todos os estudantes porque vêm zelando, não é de hoje, por esses princípios em suas políticas curriculares, de avaliação e monitoramento e de formação de professores. Que possamos, no lugar disso, ressignificar o papel de nossas escolas colocando o processo educativo à serviço da vida. Isso sim garantirá o aprendizado de todos e todas.
A evasão escolar ocorre quando o aluno deixa de frequentar a aula, caracterizando o abandono da escola durante o ano letivo. Segundo dados do INEP, de 100 alunos que ingressam na escola na 1 série, 5 não concluem o ensino fundamental, ou seja, 95 terminam a 8 série. Em 2007, 4,8% dos alunos matriculados no Ensino Fundamental abandonaram a escola. No mesmo ano, 13,2% dos alunos que cursavam o Ensino Médio abandonaram a escola, o que corresponde a pouco mais de um milhão de alunos. Muitos desses alunos retornarão à escola, mas em uma incômoda condição de defasagem idade/série, o que pode causar conflitos e possivelmente nova evasão.
Os motivos para o abandono da escola.
Ajudar os pais em casa ou no trabalho, necessidade de trabalhar, falta de interesse e proibição dos pais de ir à escola são motivos mais frequentes alegados pelos pais a partir dos anos finais do ensino fundamental e pelos próprios alunos no Ensino Médio. Nesse sentido, cabe a instituição escolar valer-se de todos os recursos dos quais disponha para garantir a permanência dos alunos na escola. Prevê ainda a legislação que esgotados os recursos da escola, a mesma deve informar o Conselho Tutelar do Município sobre os casos de faltas excessivas não justificadas e de evasão escolar, para que o Conselho tome as medidas cabíveis. 
ENSINO INTEGRAL
De alguns anos para cá vem se falando muito em mudanças na educação e uma delas seria a implantação da Educação Integral em todas as escolas brasileiras. Para poder entender o que realmente é educação integral, deve-se ter bem claro a diferença entre ela e o tempo integral. Quando falamos em educação integral devemos nos referir à formação integral do homem, sujeito como cidadão, os saberes da vida em sociedade. Já o tempo integral refere-se a articulação do tempo ao PPP da escola e assim garantir aos seus alunos a verdadeira educação integral, melhorando o aproveitamento dos alunos e seus índices de aprovação na escola.
Historicamente, um dos percussores no campo da educação integral foi Anísio Teixeira, usando como referência Jonh Dewey, teórico que acreditava na educação da criança como um todo, destacando o crescimento físico, emocional e intelectual dela e que também defendia a democracia dentro e fora da escola. Seguindo essas ideias, Anísio Teixeira ajudou a criar o Movimento Mundial da Escola Nova que era baseado na ideia de que a educação era um elemento constituinte e central para remodelar o país.
 Alguns CIEP's são mantidos até hoje, mas nem todo mantém atividades de escola de Educação Integral. Isso mostra as dificuldades de se manter uma escola de educação e tempo integral e que a maioria das escolas brasileiras não tem condições de ter esse modelo implantado.
Em 2007 o Ministério da Educação lançou o PDE, onde nele há diversos programas e ações que visam melhorar a qualidade da educação brasileira. Um desses programas é chamado de Mais Educação, instituído pela Portaria Normativa Interministerial n. Segundo a doutoranda em Políticas e Gestão da Educação Rosa Maria Mosna, programas como o Mais Educação tem ajudado muito as escolas a manterem um vínculo maior do que apenas as 4 horas diárias como seus alunos, pois o programa oferece atividades com diversos temas como educação ambiental, inclusão digital e educação econômica e cidadania no turno inverso ao da aula, o que vem acrescentando na formação de muitas crianças, adolescentes e jovens espalhados por todo o país. O Mais Educação também, a princípio, prioriza atender alunos de alta vulnerabilidade, mas que há planos de estender esse atendimento para todas as escolas públicas, o que beneficiará mais alunos, pois é cada vez mais notável que a função da escola hoje não é mais apenas educar, mas também proteger aqueles que ela atende para que o trabalho pedagógico tenha mais qualidade e tornando o espaço da escola mais democrático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
_______Natacha Costa, da Associação Cidade Escola Aprendiz, aborda os desafios da educação no Brasil. Disponível em:. Natacha Costa, da Associação Cidade Escola Aprendiz, aborda os desafios da educação no Brasil – YouTube.

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