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@nat_morganna Complexo do ombro Os movimentos do ombro NÃO são gerados por apenas uma articulação, pelo contrário, o “COMPLEXO DO OMBRO“ é um sistema funcional composto por cinco articulações. Essas características o tornam a articulação mais móvel do membro superior. Este complexo articular funciona em perfeito sincronismo, a sua grande amplitude de movimento, entretanto, a torna uma articulação relativamente instável e sujeita a inúmeras lesões. O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão, extensão e hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução horizontal e circundação O Complexo Funcional do Ombro é formado com cinco articulações: Três Articulações Verdadeiras Esternoclavicular Acromioclavicular Glenoumeral Duas Articulações Falsas Subdeltoidea Escapulotorácica 1- Articulação Esternoclavicular É a única articulação verdadeira entre o cíngulo do membro superior e o esqueleto axial. As superfícies articulares envolvidas são: A face articular ligeiramente côncava da extremidade esternal da clavícula. A incisura clavicular do manúbrio do esterno e pela parte superomedial da primeira cartilagem costal. Os ossos são unidos por uma cápsula fibrosa que circunda toda a articulação, reforçada na frente e atrás pelos Ligamentos Esternoclaviculares Anterior e Posterior. Ligamento Esternoclavicular Anterior – é um amplo feixe de fibras cobrindo a face anterior da articulação. Ligamento Esternoclavicular Posterior – é um análogo feixe de fibras que recobre a face posterior da articulação. Além dos ligamentos capsulares, um forte Ligamento Costoclavicular, extracapsular, contribui para a estabilidade da articulação. Fixado na face superior da primeira cartilagem costal, dirige-se à face inferior da extremidade esternal da clavícula. As peças ósseas articulares não são totalmente congruentes, havendo uma disco articular fibroso ou fibrocartilaginoso entre a clavícula e o esterno. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem24.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem25.jpg @nat_morganna O disco divide completamente a cavidade articular em duas, com suas respectivas membranas sinoviais, que podem comunicar entre si, dependendo da presença ou ausência de uma perfuração no seu centro. Ligamento Interclavicular – é um feixe achatado que une as faces superiores das extremidades esternais das clavículas. 2- Articulação Acromioclavicular Entre a face articular da extremidade da clavícula e a face articular do acrômio na escápula. A articulação é envolta pela cápsula articular que se fixa nas margens articulares da clavícula e do acrômio. Em alguns casos, um disco incompleto de fibrocartilagem parte da porção superior da cápsula para o interior da cavidade. Recobrindo superiormente a articulação, encontra-se o ligamento acromioclavicular, capsular, cujas fibras estendem-se da face superior da extremidade acromial da clavícula para a face correspondente ao acrômio. Embora não relacionado com a cápsula, o Ligamento Coracoclavicular representa um forte meio de união entre clavícula e escápula. O Ligamento Coracoclavicular é constituído por dois feixes: – Ligamento Conoide – Ligamento Trapezoide 3- Articulação Glenoumeral É uma articulação sinovial do tipo esferoide que permite uma grande amplitude de movimento, tornando-a assim uma articulação relativamente INSTÁVEL. A cabeça do úmero (redonda e grande) articula- se com a cavidade glenoidal da escápula. A convexidade da cabeça umeral excede a concavidade glenoidal e, assim a cavidade é aprofundada pela presença de um anel de fibrocartilagem, denominado LÁBIO GLENOIDAL, que se fixa nas margens da cavidade glenoide, aumentando em 30° a estabilidade da articulação glenoumeral. https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem22.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem29.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem32.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem30.jpg @nat_morganna Lábio (Labrum) Glenoidal – é uma orla fibrocartilagínea inserida ao redor da cavidade glenoide. Tem importante função na estabilização glenoumeral e quando rompido proporciona uma instabilidade articular facilitando o deslocamento anterior ou posterior do úmero (luxação). Ambas as faces articulares são cobertas com cartilagem hialina. A cavidade glenoidal aceita pouco mais do que um terço da cabeça do úmero, que é mantida na cavidade pelo tônus dos músculos do MANGUITO ROTADOR. A cavidade glenoidal aceita pouco mais do que um terço da cabeça do úmero, que é mantida na cavidade pelo tônus dos músculos do MANGUITO ROTADOR. Cápsula Articular Envolve completamente a articulação do ombro. Possui fibras que fixam-se nas margens da cavidade glenoidal e, distalmente, no colo anatômico do úmero. Possui duas aberturas: – entre os tubérculos do úmero: tendão da cabeça longa do bíceps braquial; – anteriormente abaixo do processo coracoide, permite a comunicação entre a bolsa subescapular e a cavidade sinovial da articulação. A parte inferior da cápsula é a única parte não reforçada pelo MANGUITO ROTADOR, sendo a área mais fraca da cápsula. Aqui a cápsula é especialmente frouxa e forma pregas quando o braço é aduzido, torna-se esticada quando o braço é abduzido. É revestida internamente pela membrana sinovial que se reflete a partir das margens da cartilagem articular que reveste a cavidade glenoide e a cabeça do úmero. Também forma uma bainha tubular para o tendão da cabeça longa do bíceps braquial, passando para cavidade da articulação e pelo sulco intertubercular, estendendo-se até o colo cirúrgico. Isoladamente, a cápsula contribui pouco para a estabilidade da articulação, sendo então, necessária outras estruturas que possam auxiliá-la nesta função: – LIGAMENTOS (estabilizadores estáticos) – TENDÕES (estabilizadores dinâmicos) Ligamentos Glenoumerais São três ligamentos capsulares (evidente apenas na face interna da cápsula) que reforçam anteriormente a articulação glenoumeral, sendo robustos espessamentos da cápsula https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-superior/ombro/ https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-superior/ombro/ https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem35.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem37.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem38.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem36-scaled.jpg @nat_morganna articular sobre a parte ventral da articulação. É constituído por três ligamentos: – Glenoumeral Superior – Ligamento Glenoumeral Médio – Ligamento Glenoumeral Inferior Estendem-se do tubérculo supraglenoidal e da margem da cavidade glenoidal ao tubérculo menor e ao colo anatômico do úmero; Todos estes feixes do ligamento ficam tensos quando se realiza a rotação lateral do úmero. Ligamento Coracoumeral Em forma de faixa fibrosa de direção lateral, que se estende do processo coracoide ao tubérculo maior do úmero, onde une-se com a inserção do tendão do supra-espinhal. Reforça a parte superior da cápsula e fica tenso quando o braço é aduzido e nos movimentos de flexão 90º e de extensão 40 e 60º, limitando os movimentos adicionais.Também parece limitar os movimentos de rotação lateral e extensão. Ligamento Transverso do Úmero É uma estreita lâmina de fibras curtas e transversais que unem o tubérculo maior e o menor do úmero, mantendo o tendão longo do bíceps braquial no sulco intertubercular. Ligamento Coracoacromial É uma formação ligamentar da escápula, mas funcionalmente está relacionado com a articulação do ombro. Apresenta forma triangular com a base fixada no processo coracoide e o ápice inserido no acrômio, imediatamente abaixo da superfície articular clavicular. Bolsas da Articulação Glenoumeral As bolsas estão localizadas onde os tendões entram em atrito com os ossos, ligamentos e onde a pele se move sobre uma proeminência óssea. As bolsas tem importância clínica especial. Algumas delas comunicam-se com a cavidade articular, por essa razão, a abertura de uma bolsa https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem39-scaled.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem40.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/tranverso.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem43.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem45.jpg @nat_morganna pode significar entrar na cavidade da articulação glenoumeral. Bolsa Subescapular Está localizada entre o tendão do músculo subescapular e o colo da escápula. A bolsa protege o tendão onde ele passa abaixo da raiz do processo coracoide. Comunica-se com a cavidade da articulação glenoumeral através de uma abertura na cápsula fibrosa, assim é relativamente uma extensão dessa cavidade. Bolsa Subacromial Também referida como BOLSA SUBDELTOIDEA, essa grande bolsa situa-se entre o deltoide, tendão do supra-espinhal e cápsula fibrosa da articulação glenoumeral. Facilita o movimento do tendão do supra- espinhal sob o arco coracoacromial e do deltoide sobre a cápsula fibrosa da articulação do ombro e sobre o tubérculo maior do úmero. 1. Articulação Subdeltoidea Esta articulação, considerada fisiológica, localiza- se entre a cabeça do úmero e o arco coracoacromial. Este arco é composto anteriormente pelo processo coracoide, superiormente pelo ligamento coracoacromial e posteriormente pelo acrômio, estando recoberto pelo músculo deltoide. Existem estruturas que passam dentro do espaço sob esse arco, que incluem: Tendão da cabeça longa do bíceps Porção superior da cápsula da articulação do ombro Tendão do Supraespinhal Paredes superiores dos tendões do subescapular e infraespinhal Bolsa subacromial https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem34.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem34.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem5.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem50.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem4-ofocail.jpg https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2020/06/Imagem49.jpg @nat_morganna 2. Articulação Escapulotorácica A escápula faz contato com o tórax e se movimenta sobre ele por meio de uma articulação fisiológica, a escapulotorácica, que é composta pela parede torácica e pela face costal da escápula, entre as quais se encontram os músculos subescapular e serrátil anterior. A articulação escapulotorácica NÃO é uma verdadeira articulação, mas um sistema de deslizamento da superfície interna da escápula e o gradil costal. Qualquer irregularidade na sua superfície interna pode provoca RESSALTOS e CREPITAÇÃO. Elevando-se o úmero a 60º no plano escapular, a escápula permanece estável. A partir daí o ritmo escapuloumeral é de 2:1. Nos primeiros 60º de elevação do braço, a escápula NÃO se movimenta; nos próximos 120º, ela roda 60. A escápula movimenta-se livremente sobre o tórax sem qualquer limitação ligamentar, exceto seu único ponto fixo, sobre o qual gira, na articulação acromioclavicular. A união da escápula ao tórax é mantida pela pressão atmosférica e pelos vários músculos que nela se inserem. tabela de movimentos do ombro ritmo escapulo umeral
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