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Nutrição Estética - Cabelo

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O nosso corpo possui aproximadamente 5 milhões de 
folículos pilosos, e mais de 100.000 deles estão 
presentes no couro cabeludo, formando o cabelo. O 
folículo piloso é uma estrutura dérmica tegumentar 
capaz de produzir um pelo. 
Tem o formato similar ao de uma taça de vinho invertida, 
onde o cálice é uma estrutura semelhante ao bulbo de 
uma cebola. 
 
Este local, denominado papila dérmica folicular, é 
composto por células progenitoras que movem a haste 
capilar. O crescimento do folículo é direcionado, pois 
existem guias e um plano de clivagem que conduzem os 
queratinócitos para formar a haste capilar.3 Esta é 
produto da queratinização folicular, e sua integridade 
depende da qualidade da queratina sintetizada no folículo 
piloso e também das agressões externas que venha a 
sofrer. 
 
Desse modo, os folículos pilosos capilares estão entre os 
mais metabolicamente ativos no corpo. O crescimento da 
haste capilar pode ser impactada pela desnutrição 
calórica, proteica ou de micronutrientes, resultando em 
cabelos secos e sem brilho, além de alterações na 
estrutura da haste e na resistência do fio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo capilar 
O ciclo capilar é composto por três fases, descritas a 
seguir: 
 Fase anágena: corresponde à fase de crescimento, 
em que há presença de materiais sendo depositados 
na sua haste pelas células da papila folicular. A 
duração dessa fase varia entre 2 e 6 anos, com taxa 
de crescimento de aproximadamente 0,03 a 0,045 
mm por dia. Aproximadamente 85 a 90% de todos 
os cabelos estão nessa fase de crescimento.6 
 Fase catágena: corresponde à fase de regressão, na 
qual a papila folicular encolhe e já não fornece mais 
matéria-prima para queratinização. Menos de 1% dos 
fios está nessa fase, que pode durar entre 2 e 3 
semanas. 
 Fase telógena: corresponde à fase de repouso, 
quando ocorre a expulsão do cabelo. Nessa fase, a 
atividade proliferativa e bioquímica do folículo 
permanece em seu nível mais baixo. Os fios ficam na 
fase telógena por aproximadamente 3 meses, e 
cerca de 10 a 15% dos fios de cabelo estão em 
repouso, refletindo uma queda de 100 a 120 fios por 
dia normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A perda diária de cabelo não deve exceder 100 a 120 
fios. Quando a perda for superior a 120 fios diários 
durante mais do que poucas semanas, torna-se um 
problema. Esta queda de cabelo acentuada leva o nome 
de eflúvio telógeno. 
 
 
Folículo Piloso 
Nutrição e cabelo 
A deficiência nutricional está relacionada com o retardo 
da fase anágena e o aceleramento da fase telógena do 
fio. O bulbo capilar recebe nutrientes por meio da 
irrigação sanguínea na derme adjacente; assim, a nutrição 
adequada garante a chegada de matéria-prima para a 
formação do fio. Estudos também relataram potencial 
associação entre deficiência nutricional, alopecia 
androgênica e alopecia areata. 
A alopecia androgênica, mais comum em ambos os 
gêneros, é caracterizada por alteração no ciclo do cabelo, 
de modo que a fase telógena está em maior evidência, 
acarretando maior queda e fios mais finos, mais curtos 
e menos pigmentados. 
O tratamento nutricional da alopecia androgênica se 
baseia em uma dieta balanceada, com ingestão adequada 
de proteínas e micronutrientes, além do controle de peso 
em pacientes obesos. Isso porque ocorre a redução da 
transformação periférica dos hormônios andrógenos, a 
diminuição da intolerância à glicose, o aumento da globulina 
de ligação de hormônios sexuais (SHBG) e a redução da 
testosterona livre, melhorando, assim, o perfil hormonal. 
A alopecia areata (AA) é uma afecção crônica dos 
folículos pilosos, de etiologia multifatorial, com 
componentes autoimunes, genéticos e estresse 
emocional. Em relação ao componente autoimune, envolve 
a imunidade celular por meio dos linfócitos CD8. Eles 
atuam sobre antígenos foliculares, produzindo a liberação 
de citocinas (interleucina TNF-alfa e beta, fator de 
necrose tumoral alfa TNF-α) que inibem a proliferação 
das células no folículo piloso, interrompendo a síntese do 
pelo e provocando a queda dos fios, mas sem destruir o 
folículo, motivo pelo qual pode ser reversível. 
O tratamento nutricional baseia-se na oferta de 
substâncias imunomoduladoras, como glutamina, arginina, 
probióticos, ácidos graxos ômega 3, vitamina C, vitamina 
A e zinco 
O eflúvio telógeno tem como causa comum a deficiência 
nutricional, sobretudo de micronutrientes, que ocorre 
principalmente em situações de maior estresse físico, 
como puerpério, dietas de emagrecimento e restrição 
calórica, cirurgia bariátrica ou síndrome de má absorção 
(síndrome do intestino irritado, disbiose intestinal, alergias 
alimentares). 
A queratinização capilar é processo proliferativo dinâmico 
influenciado pelo estado nutricional proteico e calórico. 
Crianças com kwashiorkor, por exemplo, apresentam 
cabelos finos e ralos, com alteração na coloração dos 
mesmos. 
A carência de micronutrientes, como as vitaminas do 
complexo B, que atuam como cofatores enzimáticos na 
síntese de queratina, pode também causar mudanças da 
síntese dos fios, além da deficiência mineral como a de 
ferro e zinco, que pode provocar alterações do 
aproveitamento de aminoácidos essenciais à síntese. 
A queda de cabelo pode também ser indicativo de hiper 
ou hipotireoidismo. No caso do hipotireoidismo com eflúvio 
telógeno, ocorre a queda, pois há inibição da divisão celular 
no folículo, aumentando o número de fios na fase 
telógena 
Na Tabela 1, são listados os principais nutrientes 
envolvidos com a formação do cabelo. A deficiência de 
qualquer um deles pode comprometer a saúde capilar. 
A associação de nutrientes sinérgicos aumenta o 
aproveitamento de nutrientes pelas células, sobretudo 
aquelas de maior taxa metabólica (proliferação e 
maturação). Assim, a suplementação deve contemplar 
uma variedade de nutrientes e oligoelementos a fim de 
corrigir carências nutricionais. 
A ingestão de água também é importante para a saúde 
dos fios, porque a cutícula presente na superfície é 
formada por lâminas que controlam o conteúdo de água 
nos fios. Desse modo, a ingestão de água, água de coco, 
chás e sucos sem adição de açúcares é auxiliar no 
tratamento. 
No consultório nutricional, as queixas de queda de cabelo 
são comuns, principalmente em pacientes que passaram 
por situações de estresse físico. 
A partir do momento que os fatores de risco (ver Tabela 
2) forem identificados, os exames laboratoriais deverão 
ser solicitados como medida de comprovação de possíveis 
deficiências. A suplementação se faz necessária quando 
existir uma carência nutricional, mas faltam pesquisas 
sobre o seu efeito em pacientes com queda de cabelo.

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