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1 A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS NA HOMOFOBIA Yulian Lopes de Souza (UNIG) Raquel Veggi Moreira (UENF) Hildeliza Lacerda Tinoco Boechat Cabral (UENF) Carlos Henrique Medeiros de Souza (UENF) Resumo: Desde o início da utilização da internet, as relações interpessoais mediadas pelas redes sociais digitais têm sido reconhecidas como aquelas que maior influência exercem sobre as pessoas, notadamente em relação às condutas que demonstram reações a certos grupos que sofrem algum tipo de discriminação social. O presente artigo apresenta o seguinte problema: de que forma as redes sociais digitais influenciam a construção do preconceito sexual e a disseminação da conduta da homofobia? Objetiva-se estudar a influência que as redes sociais digitais exercem na construção do preconceito e na difusão da prática da homofobia. A hipótese é que existe uma relação entre a proporção que a prática da homofobia vem ganhando na sociedade e a promoção do assunto nas redes sociais. Emprega-se metodologia qualitativa com base em revisão bibliográfica de estudiosos tais como Carlos Henrique Medeiros de Souza (2009), Pierre Lèvy (1999), Raquel Recuero (2009), dentre outros. Palavras-chave: redes sociais digitais; influência; discriminação; homofobia; opinião pública. 1 Considerações iniciais Antes da deflagração da internet, a mídia tradicional (imprensa, rádio e televisão) era a única forma de se conectar aos eventos, o que lhes dava o poder de adequar as realidades políticas e sociais às suas particularidades de interesse. Já no novo cenário, jornalistas, políticos, acadêmicos, grupos revolucionários e cidadãos comuns encontram nesse canal de comunicação e interação, o ideal para expressar suas idéias, através das denominadas novas mídias, especialmente blogs, e-mails, salas de bate-papo e as redes sociais. Essas ferramentas proporcionam, assim, aos indivíduos, construir-se, interagir e comunicar-se, deixando, na rede, rastros que permitem o reconhecimento dos padrões de suas conexões e a visualização de suas redes sociais por meio desses rastros. E para compreender o impacto dessas “relações-transmitidas” na formação e desenvolvimento da opinião pública, é preciso observar além de suas individualidades interativas, é preciso adentrar à perspectiva da comunicação estabelecida entre os que contribuem com esse espaço, consoante ensina Recuero (2009), conforme se verá a seguir. Este artigo tem por objetivo demonstrar a influência das redes sociais na formação da opinião das pessoas e na conduta delas, em especial no que diz respeito à discriminação sexual – à homofobia nas variadas formas em que se apresenta por meio das redes sociais digitais. 2 As redes sociais e a influência que exercem sobre as pessoas XV Encontro Virtual de Documentação em Software Livre e XII Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Online 2 O advento da comunicação mediada pelo computador, mais do que permitir aos indivíduos comunicar-se, amplificou a capacidade de conexão, permitindo que redes fossem criadas e expressas nesses espaços: as redes sociais mediadas pelo computador. Elas representam aquilo que está mudando profundamente as formas de organização, identidade, conversação e mobilização social (RECUERO, 2009). A conciliação da necessidade da expressão da cidadania com a internet produziu uma irrupção comunicativa e interativa com efeitos comparáveis aos da invenção da imprensa, a partir dos consequentes efeitos globais que caracterizam ambos os fenômenos sociais. A rede de internet tornou-se uma espécie de ágora digital onde todos podem participar e abriu um espaço digital que garante a participação e que pressupõe uma oportunidade para a cidadania, em termos de ativismo e deliberação sobre assuntos políticos e sociais. O surgimento desse espaço em forma de ágora digital, a internet e suas redes de interação proporcionou a possibilidade que pessoas pudessem difundir as informações de forma mais rápida e mais interativa. Tal mudança criou novos canais e, ao mesmo tempo, uma pluralidade de novas informações circulando nos grupos sociais (RECUERO, 2009). Por outro lado, a polarização de determinados grupos é uma forma tendenciosa de captação da informação, porque vem de pessoas com interesses compartilhados ou de mentalidade congruente; isto é, nossas opiniões são tornadas mais extremas, fortalecidas, quando as compartilhamos com pessoas afins e estas testificam e as reforçam, mas também ao discutirmos com aqueles que discordam, fortalecendo os erros e proporcionando ilusórias percepções de aboslutismos em forma de ideias. Todo esse cosmos digital de transmissão e interação modificou, nos tempos atuais, as condições em que a opinião pública é produzida e compartilhada e, em alguns aspectos, essa brusca mudança tem seus vértices positivos em relação ao modelo anterior caracterizado pela mídia tradicional, ao que se pode ver que esses meios (mídia tradicional) não são mais confiáveis para um grande número de pessoas. Essa possibilidade de obter, transmitir e debater conhecimentos, eventos e ideias dentro do espaço cibernético propiciou a setores da população que não se identificavam com a visão ou ideologia dos grandes grupos de poder, - e cuja voz, até então, tinha pouco ou nenhum espaço na mídia de massa -, pudessem legitimamente concorrer o espaço para a composição da opinião pública, dando origem a interpretações alternativas sobre fatos políticos, sociais, econômicos etc que estes acontecem e contribuem, desta forma, para abrir opções de pensamento e para desconstruir o "discurso único" estabelecido unilateralmente a partir das instâncias oficiais do sistema midiático. O que tentamos ressaltar é que estamos diante de um fenômeno irreversível, que está mudando o rumo da humanidade no que diz respeito à informação e ao conhecimento de um modo geral, e não podemos ignorá-lo, mas ao contrário, sermos parceiros, sem deixarmos de ser críticos, desse processo, fazendo uso do que consideramos producente e conexo. Todas as transformações vividas pelo mundo contemporâneo e pela sociedade capitalista acabaram conduzindo a um aumento progressivo de questionamento das diversas estruturas consagradas ao longo da modernidade (SOUZA; GOMES, 2008, p. 74). Portanto, é nesse ambiente ambivalente que se sustenta o dever de discutir as formas interativas e suas abordagens de conexão social das ideias, para que a relação entre esses internautas, envolvidos em incongruências idealistas, sobreviva como mecanismos de fomento na formação da opinião pública de modo a conceber uma sociedade mais 3 justa, igualitária e digna para todos e não como o modus operandi da violência camuflada pelas salas do anonimato algoz. 3 Discriminação sexual nas redes sociais e a influência na conduta das pessoas em sociedade Embora a violência resultante da discriminação esteja presente em todas as esferas sociais, determinados grupos possuem a qualidade de vulneráveis de forma muito clara, como é o caso dos pertencentes ao movimento LGBT, que enfrentam o cenário de violência e discriminação, dentro e fora das redes – violências que variam desde agressões verbais a físicas, podendo chegar ao resultado morte. Essa realidade, ainda que sendo um fenômeno histórico e social, é uma construção velada à partir das diversas relações políticas, sociais e culturais. Esta retórica da exclusão pode ser observada em várias situações, contextos e lugares, como a escola e os livros didáticos, XII a igreja, XIII os ambientes de trabalho XIV e os meios de comunicação. A internet não está, portanto, fora deste contexto. A homofobia pode ser encontrada em sites, blogs e nas redes sociais. A internet é uma importante ferramenta de transmissão e produção de informações. Seusconteúdos são diversos. Eles podem ser consultados e gerados por muitas pessoas, em qualquer lugar e hora. Estas informações têm estado ao alcance de um número cada vez maior de pessoas XV . O fim das distâncias, promovido pela internet proporciona o trânsito de informação e promove a navegação em um tempo e espaço perceptíveis por cada usuário de forma individual (DANTAS; NETO, 2015, p. 03). Nas redes sociais em geral, o uso deliberado da opinologia foi instalado. O atual cenário que se vivencia é o tempo em que os eventos são noticiados em uma escala vertiginosa e que os indivíduos se sentem legitimados a falar sobre qualquer coisa, ainda que não tenham o menor conhecimento a respeito do tema. Assim, também se estabelece a incontestabilidade das opiniões, ou seja, toda opinião, ainda que sem fundamentos, carrega uma prerrogativa de sagralidade. Então, o indivíduo é capaz de se direcionar a qualquer ideia ou pessoa com um senso de liberdade quase irrestrito, promovendo e fomentando uma nova massa de ideias que pode trazer em seu bojo o conteúdo do que constituirá o preconceito. O anonimato permitido nessas ocasiões gera a impunidade, o que permite a esses atores cibernéticos expressarem qualquer ato intolerante sem assumirem responsabilidade pessoal sobre as consequências. A falta de contato físico entre os interlocutores dessa relação implica também ausência de percepção sobre as respostas emocionais que, potencialmente, deliberam um processo deletério de estímulos psico-patológicos. No ciberespaço, naturaliza-se o efeito de que é permitido inscrever quaisquer dizeres, inclusive os que são contra a lei e pregam a violência, o que engendra uma formação imaginária de permissão e autorização absolutas como se a teia digital tudo pudesse aceitar [...] As facilidades de postagens permitem que qualquer pessoa que tenha acesso à rede possa inserir conteúdos sobre temas diversos, configura-se como um exemplo potencial de disseminação de ódio (MOREIRA; BASTOS; ROMÃO, 2012, p. 162). A cultura moral, na qual a civilização está estabelecida, reclama que as pessoas se afastem timidamente de seus próprios interesses, a fim de processá-los na peneira da 4 crítica racional. O justo não é ter liberdade irrestrita, é participar e deliberar de acordo com princípios de respeito, reciprocidade, imparcialidade e simetria, os quais contribuem para promover os direitos e deveres de todos. E sem que a liberdade de expressão seja prejudicada, é preciso estabelecer mecanismos que impeçam que tal liberdade extrapole os limites da dignidade humana e harmonia social. Além do mais, não se pode distinguir os crimes de discriminação na esfera real e possível da camada cibernética. O incitamento a ódio através da internet não é diferente do incitamento através de um jornal, de um panfleto, um livro ou mesmo dentro de uma torcida organizada. A internet fornece aos movimentos de ódio uma maneira fácil e de custo baixo de levar a – potencialmente - milhões de pessoas suas visões e pensamentos. Além disso, as próprias características interativas e a multiplicidade de linguagem que o meio suporta – áudio, vídeo, texto, fotografias, etc. – são, em si, elementos de persuasão, de conquista do usuário, e podem ser articuladas como forma de exposição e construção do discurso odioso (STEFEN; WAIMBERG, 2008, p. 26). Como se vê, o universo cibernético apresenta uma ilusória condição de impunidade em relação a quem a usa de forma indiscriminada. Entretanto, é preciso que o internauta tenha consciência de que sua responsabilidade está para além das estabelecidas legalmente, está também intrinsecamente responsabilizado pelos efeitos psicológicos e seus desencadeamentos físicos. Portanto, é preciso discernir que as redes sociais devem ser o espaço ideal para promover as condições ideais de harmonia social, cultural e de respeito à dignidade humana, não para a disseminação do ódio e da discriminação que só resulta na desagregação e fragmentação da sociedade que a faz. 4 Homofobia: a discriminação sexual levada a extremo por influência das redes sociais Compreendendo-se a homossexualidade como um diferente padrão sexual em relação à natureza animal, entende-se que a atitude homofóbica opera em diversos níveis: pessoal (crença sistemática ou preconceituosa de que os homossexuais são psicologicamente perturbados e inferiores aos heterossexuais); interpessoal (afeta diretamente as relações entre os indivíduos, transformando a sistemática preconceituosa em seu componente ativo, a discriminação); institucional (práticas sistemáticas de discriminação contra homossexuais, nas quais participam organizações religiosas, políticas, educacionais, profissionais e familiares); culturais (normas sociais corroboradas pela moral, esta sendo um conjunto de normas sociais estabelecidas pela maioria, ou códigos de comportamento que, ainda que não escritos expressamente em uma lei ou política, funcionam dentro da sociedade para legitimar a discriminação) e moral (conjunto de normas e códigos morais preestabelecidos pela maioria que tendem a desmoralizar qualquer prática ou padrão comportamental homoerótico que evidencie determinado desvio ou violação de uma suposta “lei natural”). (BLUMENFELD, 1992). Vale também sublinhar que a violência homofóbica é cometida contra os indivíduos cuja orientação e/ou identidade de gênero presumidas não se conformam à heteronormatividade. Ou seja, são também recorrentes episódios contra sujeitos que, apesar de se autoidentificarem como heterossexuais, têm a eles atribuídas características que fazem com que os perpetradores das violências os classifiquem como LGBT. Violências contra a população LGBT estão presentes nas diversas esferas de convívio social e constituição de identidades dos indivíduos. 5 Suas ramificações se fazem notar no universo familiar, nas escolas, nos ambientes de trabalho, nas forças armadas, na justiça, na polícia, em diversas esferas do poder público. Entre os tipos de homofobia, podem- se apontar a homofobia institucional (formas pelas quais instituições discriminam pessoas em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero presumida) e os crimes de ódio de caráter homofóbico, ou seja, violências, tipificadas pelo código penal, cometidas em função da orientação sexual ou identidade de gênero presumidas da vítima (BRASIL, 2013, p. 11). Assim, o racismo, o sexismo e/ou xenofobia são manifestações arbitrárias que consistem em apontar para o outro como contrário, ínfero ou anormal. Isto é, comumente coloca o outro (objeto de desprezo) fora das categorias naturais humanas. Crimes abomináveis, vícios sodomitas, relações vergonhosas, condutas depravadas, costumes infames, natureza pecaminosa, paixões ignominiosas são apenas alguns das qualificadoras que convieram durante séculos para denotar e desqualificar o homoerotismo. A homofobia possui um caráter multifacetado, que abrange muito mais do que as violências tipificadas pelo código penal. Ela não se reduz à rejeição irracional ou ódio em relação aos homossexuais, pois também é uma manifestação arbitrária que qualifica o outro como contrário, inferior ou anormal. Devido à sua diferença, esse outro é alijado de sua humanidade, dignidade e personalidade (BRASIL, 2013, p. 10). Portanto, a homofobia pode ser discernida como o medo algoz de que a identidade "homossexual" possa ser reconhecida e/ou socialmente valorizada. Ela se exterioriza, dentre outras coisas, pela consternação de ver a hierarquia da chamada ordem heterossexual ou das fronteiras postas desaparecererem. Ela é expressa no universo cibernético e no espaço-tempo real e possível por meios insultuosos daqueles que se apoiam no anonimato, mas também por meios indiretos e fulgazes de pessoas notórias. Em síntese, pode-se dizer que a homofobia produz consonâncias eé percebida como um fenômeno superficial, banal. Dissimulada, invisível, cotidiana e disseminada, a homofobia faz parte do senso comum, embora também valha como uma inegável alienação dos heterossexuais, e faz com que a relação humana descaracterize-se e se desintregue meio ao próprio processo deletério de incongruências com a condição de ser. Considerações finais As redes sociais digitais são espaços de autoafirmação de identidades que estabelecem vínculos relacionais e constituem a ética de convivência e sobrevivência desses grupos. Portanto, o essencial para sustentar a existência relacional desses atores não é apenas o aparato tecnólogico utilizado, mesmo que observe ser um fundamental mecanismo social, e sim a forma como se integram em suas relações por meio da comunicação, seja via rede social ou não. Deste modo, essa interação regulada pelas redes sociais e suas políticas de comunicação, proporciona a viabilidade de discussão e participação que fomenta a opinião pública e torna cada vez mais presente, nas esferas sociais e políticas, o discurso propagado nesses espaços. Paralelamente, é possível vislumbrar como os diálogos e as informações manifestadas nas redes possuem uma tênue linha de vinculação com os interlocutores, isto é, como o complexo interativo do sistema virtual produz suas influências nas 6 estruturas físicas e emocionais de quem o recebe. Por isso, conceber a liberdade de expressão sem antes pensar a dignidade humana é, antes de tudo, dar voz à possibilidade da discriminação, fato que resultará em uma sociedade desintegrada. É mister que se conduza esses atores à conscientização, para que se acautelem de forma a utilizar os instrumentos que viabilizam as relações virtuais de forma a compartilharem informações, propagarem ideias e disseminarem informações de qualidade, capazes de contribuir positivamente para a formação do caráter da sociedade; não para fazerem uso inadequado como aparato de repressão e discriminação, como é o caso da homofobia. Por fim, é preciso conceber a consciência do respeito, reverência e acolhimento em relação ao diferente, seja por não possuírem os mesmos padrões sexuais ou por simples contradições de ideias. Não obstante, incumbe aos que interagem, propiciar as contingências de restaurar, por meio das redes sociais digitais, as condições dignas de relação e interação humanas, para que se possa criar novos padrões de sociabilidade que alimentem uma opinião pública capaz de cumprir os ideias de igualdade e solidariedade insculpidos na vigente Constituição Federal, no sentido do exercício da cidadania e efetiva inclusão da imensa pluralidade de pessoas que a compõem. Referências BLUMENFELD, Warren J. Homophobia: How We All Pay the Price. Boston: Beacon Press, 1992. BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório sobre violência no Brasil: ano de 2012. Brasilia, DF: Ministério da Saúde, 2013. DANTAS, Monica Lucia G.; PEREIRA NETO, André de Faria. O discurso homofóbico nas redes sociais da internet: uma análise no facebook “Rio sem Homofobia - Grupo Público. Cadernos do Tempo Presente, n. 19, 2015. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad de Carlos Irineu da Costa. 1 ed. Ed 34. São Paulo, 1999. MOREIRA, V. L.; BASTOS. G.G.; ROMÃO, L. M. S. Discurso homofóbico em blogs: tessituras da violência e(m) rede. Calidoscópio, v. 10, n.2, p. 161-170, 2012. RECUERO, Raquel. As redes sociais na internet. Coleção Cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2009. SOUZA, Carlos Henrique Medeiros; GOMES, Maria Lúcia Moreira. Educação e Ciberespaço. Brasília: Editora Usina de Letras, 2009. Disponível em: <http://www.pgcl.uenf.br/2018/download/Educa%C3%A7%C3%A3o_e_Ciberespa%C 3%A7o_2009.pdf>. Acesso em: 30 set. 2018 STEFFEN, C. Ódio.org.br: rastreamento e caracterização de movimentos de ódio na internet. III Mostra de pesquisa da Pós-graduação PUCRS, 2008. Disponível em: <http://www.pucrs.br/edipucrs/online/IIImostra/ComunicacaoSocial/61698%20- %20CESAR%20STEFFEN.pdf>. Acesso em: 30 set. 2018. http://www.pucrs.br/edipucrs/online/IIImostra/ComunicacaoSocial/61698%20-%20CESAR%20STEFFEN.pdf http://www.pucrs.br/edipucrs/online/IIImostra/ComunicacaoSocial/61698%20-%20CESAR%20STEFFEN.pdf
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