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01. Assinale a alternativa que indica a teoria adotada pela legislação quanto ao tempo do crime. A) retroatividade. B) atividade. C) territorialidade. D) ubiquidade. E) extraterritorialidade. 02. Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças, especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam passando por dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que dividiam na empresa. Parou de fronte ao inimigo e apontou a arma em sua direção, mas antes de acionar o gatilho foi impedido pela secretária que, ao ver a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o disparo. Em face do ocorrido, pode‐se afirmar que Adalberto poderá responder por A) Constrangimento Ilegal. B) Tentativa De Homicídio. C) Tentativa De Lesão Corporal. D) Fato Atípico. E) Arrependimento Eficaz. 03. Sobre o concurso de pessoas e as previsões expressas da legislação penal, assinale a alternativa correta. A) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. B) se a participação for de menor importância, será aplicada atenuante genérica. C) ao concorrente que quis participar de crime menos grave, será aplicada a mesma pena do concorrente, diminuída, no entanto, de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço). D) as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, mesmo quando elementares do crime, são incomunicáveis aos coautores. E) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio são puníveis ainda que o crime não chegue a ser tentado. 04. Sobre as disposições gerais aplicáveis aos crimes contra o patrimônio, previstas nos artigos 181 a 183 do Código Penal, assinale a alternativa correta. A) Maria, apesar de divorciada de José, com este mantém amizade, e constantemente se encontram para jantar. Em um desses encontros, Maria furtou o relógio e as abotoaduras de ouro pertencentes a José. Nesse caso, por ter sido casada com José, Maria estará isenta de pena, nos temos do art. 181, I, do Código Penal. B) Se o crime for cometido em prejuízo de irmão, legítimo ou ilegítimo, a ação penal será pública incondicionada. C) Manoel, para sustentar o vício em jogos, furtou R$ 70.000,00 de seu pai, referente a todo o dinheiro economizado durante a vida do genitor, um senhor de 65 anos de idade à época do fato. Por ter praticado crime sem violência contra seu genitor, Manoel ficará isento de pena. D) As causas de isenção de pena previstas nos artigos 181 e 182 também se estendem ao estranho que participa do crime. E) Se o crime for cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente coabita, a ação penal será pública condicionada à representação. 05. Sobre o crime de receptação, é correto afirmar que: A) aquele que encomenda a prática de crime patrimonial prévio não responde por receptação ao receber para si o produto do crime. B) não é possível a receptação que tenha como crime prévio uma outra receptação. C) cuida‐se de crime subsidiário ao delito de favorecimento real. D) a receptação qualificada admite a modalidade culposa. E) majoritariamente. entende‐se que se a infração penal prévia for um ato infracional, não há receptação, pois esta tem como objeto material o produto de um crime. 06. São elementos caracterizadores do concurso de pessoas (coautoria e participação em sentido estrito), entre outros: A) acordo de vontades entre os agentes e relevância causal das condutas. B) pluralidade de agentes e acordo de vontades entre os agentes. C) liame subjetivo e pluralidade de infrações penais. D) pluralidade de agentes e pluralidade de infrações penais. E) liame subjetivo e relevância causal das condutas. 07. Desejando roubar um estabelecimento comercial, Celidônio rouba primeiramente um carro, deixando‐o ligado em frente ao estabelecimento para a facilitação de sua fuga. Quando Celidônio se afasta, Arlindo casualmente passa pelo local e, vendo o veículo ligado, opta por subtraí‐lo, dirigindo ininterruptamente até ingressar em outro Estado da Federação. Nesse contexto, é correto falar que Arlindo cometeu crime de: A) furto. B) roubo. C) receptação D) roubo majorado E) furto qualificado. 08. Encaminhar uma mensagem de texto a um policial civil que se encontra em outro município, xingando‐o de ladrão, configura crime de: A) injúria. B) difamação C) desacato D) denunciação caluniosa E) calúnia. 09. Abigail, depois de iniciado parto caseiro, mas antes de completá‐lo, sob influência do estado puerperal, mata o próprio filho. Abigail praticou crime de: A) homicidio qualificado. B) consentimento para o aborto C) homicídio. D) autoaborto. E) infanticídio. 10. Dos crimes contra a pessoa, destacam‐se aqueles que eliminam a vida humana, considerada o bem jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os demais interesses tutelados, merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma Penal. Considerando os crimes contra a vida, assinale a alternativa INCORRETA. A) A vida é tratada nesse tópico tanto na forma intra (biológica) quanto extrauterina, protegendo‐se, desse modo, o produto da concepção (esperança de homem) e a pessoa humana vivente. B) O dolo do homicídio pode ser direto (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente assume o risco de produzi‐lo). C) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio, entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia‐se, violência de gênero quanto ao sexo). D) Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo. E) Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas duas primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já na última (auxílio), material. 11. Segundo entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, o aplicador da lei penal deve seguir alguns requisitos para aplicação do princípio da insignificância. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um desses requisitos: A) Mínima ofensividade da conduta do agente. B) Inexpressividade da lesão jurídica causada. C) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente. D) Ausência de periculosidade social da ação. E) Estar o crime inserido no título “Dos Crimes contra o Patrimônio” do Código Penal. 12. Acerca do crime de furto privilegiado, assinale a alternativa que corresponde ao entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça: A) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal apenas nos casos de crime de furto simples, se estiverem presentes a primariedade do agente e o pequeno valor da coisa. B) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. C) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal apenas nos casos de crime de furto simples, sendo a coisa de pequeno valor, independentemente da primariedade do agente. D) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem subjetiva. E) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do Código Penal nos casos de crime de furto qualifcado, sendo a coisade pequeno valor, independentemente da primariedade do agente e da característica da qualificadora. 13. Rogério, conhecido traficante do Morro do Bem‐te‐vi, foge da cadeia e busca auxílio para sair do Estado com seu irmão, Rafael. Este tenta ajudá‐lo a fugir, levando‐o no porta‐malas do carro, mas ambos são presos na divisa com Minas Gerais. Rafael praticou o crime de: A) favorecimento pessoal, mas é isento de pena por ser irmão de rogério. B) favorecimento pessoal. C) favorecimento real, mas é isento de pena por ser irmão de rogério. D) favorecimento real. E) fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança. 14. Relativamente aos princípios de direito penal, assinale a afirmativa incorreta. A) não há crime sem lei anterior que o defina. B) não há pena sem prévia cominação legal. C) crimes hediondos não estão sujeitos ao princípio da anterioridade da lei penal. D) ninguém pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar crime. E) a lei posterior que de qualquer modo favorece o agente aplica‐se aos casos anteriores. 15. A respeito da culpabilidade, assinale a alternativa correta. A) ao definir a menoridade penal como causa de inimputabilidade, o código penal brasileiro adotou o critério biopsicológico, pois, além da menoridade propriamente dita, deverá ficar comprovado que, no momento do fato, o agente não tinha condições de entender o caráter ilícito de sua própria conduta. B) conforme previsão do código penal brasileiro, a coação moral irresistível é causa de inimputabilidade penal, ficando o agente isento de pena. C) É isento de pena o agente que, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar‐se de acordo com esse entendimento. D) é isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar‐se de acordo com esse entendimento. E) sobre a imputabilidade penal, o código penal brasileiro adotou o sistema denominado psicológico, o qual considera as condições psicológicas do agente no momento do fato, independentemente da existência de doença mental. 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GABARITO: A Art. 29 ‐ Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 1º ‐ Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º ‐ Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser‐lhe‐á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Art. 30 ‐ Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. Art. 31 ‐ O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 04. GABARITO: E Art. 181 ‐ É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I ‐ do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II ‐ de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. Art. 182 ‐ Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: I ‐ do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II ‐ de irmão, legítimo ou ilegítimo; III ‐ de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Art. 183 ‐ Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: I ‐ se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II ‐ ao estranho que participa do crime. III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 05. GABARITO: A a) A pessoa que encomenda a prática de um crime patrimonial responde por este crime juntamente com os executores, de forma que, ao receber para si o produto do crime, não estará praticando o crime de receptação, tratando‐se de pós‐fato impunível ou simples exaurimento do crime. O receptador não pode ter tido envolvimento no crime anterior, pois, se assim for, deve responder não por receptação, mas pelo delito antecedente. b) É possível sim que o crime antecedente a uma receptação seja outra receptação. Admite‐se, portanto, a receptação da receptação ou receptação em cadeia. c) O crime de receptação (artigo 180 do Código Penal) não pode ser confundido com o crime de favorecimento real (artigo 349 do Código Penal), pois, no primeiro, o receptador tem a finalidade especial de lucro (em proveito próprio ou alheio), enquanto no segundo o agente tem o propósito apenas de auxiliar o sujeito ativo do crime anterior, para tornar seguro o proveito do crime por ele praticado, não agindo, portanto, para obter qualquer tipo de vantagem. Desta forma, o crime de receptação não é subsidiário do crime de favorecimento real. d) A receptação qualificada trata‐se de crime próprio, pois só pode ser praticado pelo comerciante ou industrial. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que, se houver dolo direto, a conduta também se enquadrará no mesmo dispositivo legal, pois seria desarrazoado punir na modalidade qualificada o crime por dolo eventual e enquadrar no tipo básico o dolo direto. e) O entendimento consagrado nos tribunais superiores, bem como na doutrina, é no sentido de se admitir que a infração anterior ao crime de receptação seja um ato infracional, já que, conforme dispõe o § 4º do artigo 180 do Código Penal, a receptação é punível ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. 06. GABARITO: E Pluralidade de agentes Mesmo liame subjetivo Identidade de infração. Relevância causal das condutas. 07. GABARITO: E Art. 155 ‐ Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: § 5º ‐ A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 08. GABARITO: A O Crime de injúria está associado à imputação de um atributo, de um insulto ou ofensa que fere a honra subjetiva da vítima. 09. GABARITO: E A questão traz o crime de infanticídio, o qual ocorre quando a mãe sob o estado puerperal mata o próprio filho durante ou logo após o parto, conforme art; 123 do CP. O estado puerperal é um desequilíbrio hormonal que afeta a mulher gestante durante o parto. 10. GABARITO: D Artigo 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. 11. GABARITO: E Mínima ofensividade da conduta do agente. Inexpressividade da lesãojurídica causada. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente. Ausência de periculosidade social da ação. 12. GABARITO: B Súmula 511 do STJ “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva”. 13. GABARITO: A Art. 348 ‐ Auxiliar a subtrair‐se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: § 2º ‐ Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. 14. GABARITO: C Não há exceções ao princípio da anterioridade com relação ao crime praticado ‐ art. 5º, XXXIX da Constituição Federal, seja ele qual for. A única ressalva à regra é o fato de que a lei retroagirá se for mais benéfica ao réu. 15. GABARITO: D a) Em que pese estar correta a afirmação de que o Brasil adotou o critério biopsicológico para aferição da inimputabilidade, a justificação está incorreta. Os critérios não são cumulativos. A menoridade por si só já justifica a inimputabilidade, por se tratar de uma presunção absoluta de que o agente não possui capacidade de discernir, em razão de ainda estar em formação. De outro lado, a presunção de que toda pessoa maior de 18 anos é capaz de entender o caráter ilícito de seus atos e de se determinar de acordo com este entendimento é relativa, de forma que o critério psicológico dispõe que se deve perquirir se, no momento da prática do crime, o agente maior de 18 anos era capaz de entender e de se autodeterminar de acordo com o seu entendimento. b) Em casos de coação moral irresistível, o coator se utiliza de uma pessoa sem culpabilidade para praticar um crime. O coator responderá pelo crime praticado pelo coagido e pelo crime de tortura (art. 1°, I, b, da Lei 9.455/97) e o coagido será isento de pena, diante da inexigibilidade de conduta diversa (e não pela inimputabilidade). c) A isenção de pena se aplica àqueles que ERAM INTEIRAMENTE INCAPAZES de entender o caráter ilícito e de se autodeterminar de acordo com este entendimento. Aqueles que não eram inteiramente capazes (logo, possuíam algum grau de entendimento), aplica‐se a diminuição de pena disposta no art. 26, parágrafo único, do CP. d) Art. 28, parágrafo primeiro, do CP. e) O Código Penal adotou o critério biopsicológico.
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