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Ectoparasitoses: Escabiose

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Ectoparasitoses 
Escabiose 
 Agente etiológico: causada pela fêmea 
fecundada do Sarcoptes scabiei, 
pequeno ácaro de 0,3 mm; 
 
o S. scabiei penetra através da 
camada córnea, geralmente à 
noite e deposita 2-3 ovos/dia, 
durante 1-2 meses; 
 
o O MACHO NÃO INVADE o 
organismo  fecunda a fêmea 
na superfície da pele; 
o Variedades são ESPECÍFICAS de 
cada espécie animal: S. scabiei 
var. hominis (ser humano)  
quando uma variedade animal 
parasita o homem ocorre uma 
doença leve e autolimitada; 
 Transmissão: contato direto, inclusive 
sexual, ou através de fômites (lençóis, 
toalhas, roupas etc. – RARO  parasita 
morre fora da pele); 
 
 Prevalência: acomete todas as raças, 
idades e classes sociais, embora 
predomine nos indivíduos adultos de 
baixa renda, que moram em ambientes 
aglomerados e com pouca higiene; 
 Manifestações clínicas: após período 
de incubação (2-28 dias), surge 
pruridermia intensa, maior à noite e 
ao amanhecer; ocorre nas partes mais 
quentes do corpo (ex.: porção inferior 
do abdome, nádegas, genitais, fossas 
axilares, mamas, mãos (espaços 
interdigitais), cabeça (apenas nas 
crianças e adultos imunodeficientes) e 
face anterior dos punhos e pés), onde 
encontram-se a maior parte das lesões 
(pápulas, nódulos, vesículas, pústulas, 
escoriações, liquenificação e/ou áreas 
de eczematização); 
 
o Lesão característica: túnel de 
formato linear, sinuoso e 
coloração variável, de 5-15 mm, 
que possui, em uma das suas 
Ciclo evolutivo: 
 Na PELE HUMANA: fêmeas adultas 
fecundadas escavam um sulco na 
epiderme (estrato córneo) e 
depositam seus ovos  após 7 dias, 
ovos eclodem e liberam suas 
larvas  as larvas hexápodes 
maturam em ninfas octópodes 
que sofrem várias mudas em 
pequenos nichos na epiderme ou 
nos folículos pilosos até tornarem-
se adultas  machos penetram 
nos nichos onde as fêmeas se 
encontram (acasalamento)  as 
fêmeas fecundadas escavam a 
epiderme criando sulcos onde 
depositam mais ovos. 
S. scabiei na camada subcórnea 
 
extremidades, uma pápula ou 
vesícula (eminência acarina), 
onde se pode encontrar o 
parasito; 
 
o Principais complicações: 
infecção secundária das lesões 
escoriadas (impetiginização) e, 
consequentemente, a 
glomerulonefrite. 
 Diagnóstico: clínico (prurido noturno + 
lesões nas regiões típicas + familiares 
com sintomas) + confirmação por 
exame microscópico direto com 
solução de KOH 10% do raspado ou 
das escamas (identificação do S. 
scabiei e seus ovos) 
 Tratamento: anti-histamínicos 
sistêmicos (alívio do prurido) + 
escabicidas tópicos ou sistêmicos: 
o Permetrina 5%: aplicar do 
pescoço para baixo (crianças < 
10 anos e imunodeficientes  
incluir couro cabeludo), à noite 
(2-3 noites seguidas, e após 5-7 
dias), após o banho, com 
retirada pela manhã. 
 NÃO aplicada: crianças < 
2 anos, gestantes e 
durante o aleitamento. 
o Monossulfiram 25% em solução 
alcoólica (monossulfeto de 
tetraetiltiuram): diluir 1:2-3 
partes de água (adultos) e 1:3-4 
de água (crianças); mesma 
aplicação da permetrina; 
 NÃO se deve ingerir 
compostos alcoólicos  
potencial efeito 
antabuse (efeito 
dissulfiram); 
o Benzoato de benzila 10-25%: 
atualmente em desuso pelo 
potencial de eczematizar e 
agravar o prurido; utilizado 
como a permetrina 5%; 
o Enxofre precipitado 5-10% em 
vaselina ou pasta d'água: 
aplicado da mesma forma; 
tratamento de escolha para 
gestantes, lactantes e crianças 
< 2 anos; 
o Lindano (gama-hexa-cloro-
benzeno ou gama-hexa-cloro-
ciclo-hexano) 1%: utilizado de 
forma semelhante; FORA DO 
MERCADO  relatos de 
neurotoxicidade, sobretudo em 
crianças, e pela associação com 
neoplasias do SNC; 
o Ivermectina: tratamento 
sistêmico, via oral, dose única 
diária (6 mg/30 kg de peso); 
recomendada nas formas 
especiais da doença (crostosa, 
HIV) e para pacientes com 
dermatite tópica, mas NÃO 
para as formas clássicas (evitar 
resistência); é repetido após 1 
semana para eliminar os ácaros 
após eclosão; 
 EVITADA em crianças < 15 
kg, pacientes com 
alteração da barreira 
hematoencefálica e no 
período de 
amamentação; 
o Corticoesteroides de uso local: 
podem ser usados nos casos de 
prurido excessivo e de nódulos 
no pênis e na bolsa escrotal! 
o “Sabonetes escabicidas”: 
INEFICÁZES e podem AGRAVAR o 
prurido; 
Sarna Incógnita 
 Prevalência: pessoas com bom nível 
socioeconômico, tratadas parcial ou 
em uso de corticoterapia tópica; 
 Manifestações clínicas: típica história 
de prurido, mas com POBREZA DE 
ACHADOS DERMATOLÓGICOS ao 
exame físico. 
Escabiose Nodular 
 Manifestações clínicas: lesões 
nodulares de coloração variável 
 
(coloração normal da pele, 
hipercrômicas ou eritematosas) 
MUITO pruriginosas, nas regiões 
axilares e inguinais (crianças com 
meses de vida) ou genital e bolsa 
escrotal (adultos e crianças); 
 As lesões podem permanecer por 
muito tempo, mesmo após o 
tratamento e, normalmente, não é 
possível isolar o S. scabies delas. 
 
 
Escabiose Crostosa (Sarna Norueguesa) 
 Mesmo agente da escabiose vulgar, 
entretanto, o paciente apresenta 
alteração imunológica; 
 Prevalência: desnutridos, etilistas 
graves e pacientes com diversas 
causas de imunodeficiência; 
 Manifestações clínicas: graus variados 
de eritema e descamação, desde lesões 
nas regiões interdigitais, couro 
cabeludo e pavilhões auriculares até 
eritrodermia e ceratoses 
palmoplantares associados com 
linfadenopatia e eosinofilia 
periférica; 
o A QUEIXA DE PRURIDO pode 
estar AUSENTE ou ser DISCRETA!! 
Pediculose 
 Agente etiológico: inseto do gênero 
Pediculus (“piolho”) que causam 2 tipos 
de pediculose: do couro cabeludo, 
causada pelo Pediculus (humanus) 
capitis, e do corpo, causada pelo 
Pediculus (humanus) corporis; são 
pequenos hematófagos, medindo 3,0 
mm (P. capitis) e 3,5 mm (P. corporis); 
 
 
 
 Transmissão: fêmea adulta fecundada 
(forma infectante) é transmitida pelo 
contato interpessoal OU pelo 
compartilhamento de fômites (pentes, 
Ciclo evolutivo: 
 P. capitis – no COURO CABELUDO: 
fêmeas adultas fecundadas 
depositam em média 10 ovos 
(lêndeas) por dia  as lêndeas 
aderem-se à base da haste dos 
cabelos  após 7 dias, as lêndeas 
eclodem liberando ninfas  
ninfas passam por 3 mudas 
seguidas até a fase adulta; 
 P. corporis – nas DOBRAS DAS 
ROUPAS DOS INFECTADOS: as fases 
de metamorfose são iguais  
machos e fêmeas alcançam a pele 
humana para o repasto 
sanguíneo; 
P. capitis 
P. corporis 
 
escovas, etc.  parasito pode 
permanecer vivo por poucos dias); 
 Prevalência: pediculose do couro 
cabeludo predomina em crianças 
entre 3-10 anos, com prevalência de 5-
10% na população; pediculose do 
corpo é restrita a indivíduos com 
péssimos hábitos de higiene (ex.: 
mendigos de rua); 
 Patogênese: piolho causa prurido e 
dermatose pelo efeito da 
hipersensibilidade cutânea às 
substâncias liberadas pela sua saliva 
e fezes, sendo também um espoliador 
sanguíneo (podendo contribuir para 
anemia ferropriva); 
 Apresentação clínica: após período de 
incubação (7 dias - 3 semanas), a 
pediculose do couro cabeludo 
manifesta-se com prurido, podendo 
ocorrer lesões eritematosas no couro 
cabeludo, presença das lêndeas 
(grânulos amarelo-esbranquiçados), 
na base dos cabelos e escoriações, que 
podem culminar em piodermites 
secundárias; já a pediculose do corpo 
provoca lesões papulourticariformes 
e purpúricas, com preferência pelo 
tronco, abdome e nádegas, associadas 
a escoriações; 
 Diagnóstico: encontro das lêndeas 
após o uso de um pente fino 
(diagnóstico presuntivo) ou encontro 
dos adultos (padrão-ouro, mais difícil); 
 Tratamento: xampu de lindano 1% (5-
10min e enxaguar, repetindo após 7 
dias); xampus de permetrina 1% e 
deltametrina 0,02%; Ivermectina via 
oral dose única (200 mcg/kg); lêndeas 
devem ser removidas com pente fino 
em vinagre 1:1 com água morna; 
 Diagnóstico diferencial: 
o P. capitis: piedra branca (micose 
superficial); 
Fitiríase 
 Agente etiológico: “piolho dos pelospubianos”, ou “chato”, devido ao seu 
formato achatado; denomina-se 
Phtirus púbis e mede 1,5 mm (fêmea); 
 
 Ciclo evolutivo: semelhante ao p. 
capitis, mas acometendo os pelos 
pubianos e perianais e eventualmente 
os axilares, do tronco, coxas e 
sobrancelhas; 
 Transmissão: relação sexual; 
 Apresentação clínica: intenso prurido 
nas áreas afetadas, com lesões 
papuloeritematosas; lesões do tipo 
manchas azuladas podem aparecer 
pelo corpo (macula cerúlea  efeito 
sistêmico de substâncias liberadas 
pelo parasita); 
 Diagnóstico: achado do parasita na 
pele (com a cabeça parcialmente 
introduzida no folículo piloso) e das 
lêndeas nos pelos; 
 Tratamento: aplicação do xampu (= 
pediculose) nas áreas comprometidas; 
Pulíase 
 Agente etiológico: “pulgas”, 
especialmente a espécie Pulex irritans, 
a “pulga do homem”, agente da pulíase 
humana (picada de pulga); são 
pequenos insetos hematófagos (1-3 
mm); 
 
 
o A pulga do cão e a do gato, 
embora participem de nosso 
ambiente, são agentes MENOS 
comuns da pulíase humana; 
o As pulgas podem também servir 
de vetores para doenças 
infecciosas humanas (ex.: peste 
bubônica  transmitida pela 
“pulga dos roedores” – 
Xenopsylla cheopis); 
 Ciclo evolutivo: as pulgas adultas são 
hematófagos obrigatórios da pele do 
hospedeiro próprio (embora possam 
sugar outra espécie animal) e podem 
sobreviver um longo período em jejum 
(40-120 dias), sendo encontradas no 
ambiente doméstico e peridomiciliar; o 
ser humano entra em contato com 
Pulex irritans quando a pulga salta do 
ambiente ou de um hospedeiro 
acidental (cão, gato) para a pele 
humana; sua metamorfose é completa 
(ovo - larva - pupa (forma envolta em 
casulo) – adulto) e dura 15-20 dias; 
 Apresentação clínica: a picada clássica 
é uma lesão urticariforme (pápula 
pálida ou rósea cercada de eritema) 
extremamente pruriginosa, cuja 
gravidade é determinada pela reação 
de hipersensibilidade; escoriações e 
liquenificação podem ocorrer (líquen 
urticado); a evolução é por SURTOS 
AUTOLIMITADOS; 
o Estrófulo/prurigo infantil: 
ocorre em crianças pequenas (1-
2 anos); forma semelhante nos 
adultos: lesões urticariformes, 
papuloeritematosas, 
encimadas por vesículas 
(seropápula de Tomasoli) ou 
pequenas crostas, mais comuns 
em áreas expostas e em 
crianças atópicas; 
o Prurigo de Hebra: reação de 
hipersensibilidade deflagrada 
por pulgas/mosquitos, em 
crianças principalmente da 
raça negra; são pequenas 
pápulas mais palpáveis que 
visíveis que acometem a face 
extensora dos membros e o 
tronco. 
 Tratamento: anti-histamínicos 
sistêmicos (período curto) + 
tratamento tópico com cremes de 
corticoide ou pasta d’água; no 
estrófulo e no prurigo de Hebra, a 
proteção contra picadas de insetos é 
fundamental; 
Tungidíase (Bicho-de-Pé) 
 Agente etiológico: Tunga penetrans 
(bicho-de-pé), um tipo de pulga menor 
que as demais (adulto mede cerca de 1 
mm); 
 
 
Ciclo evolutivo: 
 Fêmea fecundada penetra nos 
tecidos do hospedeiro, 
alimentando-se e enchendo-se de 
ovos (cerca de 100), tomando uma 
forma hipertrofiada (neosoma)  
o parasita mantém cabeça e 
corpo mergulhados na epiderme, 
deixando para fora apenas a 
abertura genital (porção 
posterior)  os ovos são expelidos 
para o ambiente ao longo de 15 
dias, e a fêmea morre em seguida 
 ovos caem no chão úmido e 
sombreado, onde eclodirão larvas 
que sofrerão a metamorfose 
antes de formar a pupa e depois o 
adulto  machos e fêmeas 
permanecem no chão em locais 
secos peridomiciliares, 
aguardando seu próximo 
hospedeiro (ex.: ser humano 
descalço). 
 
 Apresentação clínica: pápula 
amarelada (batata) pruriginosa e 
dolorosa com um ponto escuro 
central (porção posterior do parasito); 
pode ser uma ou múltiplas lesões, 
cada uma com uma fêmea grávida, 
acometendo a planta do pé, as pregas 
interdigitais ou bordas periungueais; 
 
 Tratamento: enucleação com agulha 
estéril, após desinfecção local, e 
consequente retirada manual do 
parasita; eletrocauterização com 
anestesia local é um método 
alternativo; pode-se fazer tiabendazol 
oral (25 mg/kg, 2x/dia por 3-5 dias) em 
INFESTAÇÕES MÚLTIPLAS; 
Miíase (Berne ou Bicheira) 
 Agente etiológico: larvas de moscas 
especializadas em alimentar-se do 
tecido animal; 
o Miíase primária (berne): 
causada pelas larvas da mosca 
varejeira (Dermatobia 
hominis), capazes de penetrar a 
pele sã; 
 
 
 
o Miíase secundária (bicheira): 
larvas depositadas em feridas 
abertas ou cavidades corporais; 
 
 Miíase secundária 
facultativa: parasitas 
facultativos que se 
alimentam de tecido 
NECRÓTICO  larvas de 
moscas do gênero 
Lucilia sp. ou da mosca 
Cochliomyia macellaria 
(Callitroga macellaria); 
 Miíase secundária 
obrigatória: parasitas 
obrigatórios que se 
alimentam também de 
tecido VIÁVEL  larvas 
de Cochliomyia 
hominivorax); 
Dermatobia hominis 
Larva da mosca varejeira 
 
 
 Apresentação clínica: 
o Miíase primária furunculoide 
(berne): após período de 
incubação (até 2 semanas), 
surge uma pápula pruriginosa 
que evolui em 2-3 semanas para 
um nódulo furunculoide (1-3,5 
cm), com orifício central saíndo 
material serossanguinolento e 
por onde a larva pode aparecer 
de forma intermitente; paciente 
sente dor, referida como uma 
ferroada (latejante); pode 
haver adenite satélite ou ainda 
complicar com infecção 
secundária, celulite ou 
abscesso estafilocócico; após 1 
mês, o berne pode ser expelido 
espontaneamente, formando 
uma cicatriz. Pode acometer 
qualquer parte do corpo, 
predominando no couro 
cabeludo, na face e nos 
membros, sendo único ou 
múltiplo; 
o Miíase secundária facultativa 
(FORMA + COMUM): ocorre em 
pacientes com feridas abertas 
prévias com áreas de necrose; 
predomina em mendigos, 
alcoólatras ou pacientes 
debilitados; as larvas aparecem 
na superfície de forma 
intermitente, provocando 
desconforto local, e se 
alimentam de tecido necrótico 
SEM destruir o tecido adjacente 
 BOM prognóstico; 
o Miíase secundária obrigatória 
(C. hominivorax): as larvas 
penetram destruindo os tecidos 
locais com grande voracidade, 
causando desfigurações; 
frequentemente, há infecção 
bacteriana secundária, 
determinando febre, queda do 
estado geral ou sepse  
letalidade pode chegar a 10%; 
 Diagnóstico: clínico, podendo 
complementar com exame de imagem; 
 Tratamento: 
o Berne: enucleação delicada da 
larva com pinça, após atraí-la 
para o orifício por asfixia 
provocada (usando-se um 
esparadrapo ou um pedaço de 
toucinho  larva gruda ou 
penetra no toucinho); se não 
funcionar ou o berne morrer 
sem ser retirado, indica-se 
excisão cirúrgica; 
o Miíase secundária: retirada 
cuidadosa das larvas, após 
matá-las com éter/clorofórmio 
5% em óleo de oliva  ferida é 
debridada; miíase cavitária 
realiza-se cirurgia maior de 
debridamento; infecção 
bacteriana secundária é 
tratada com antibióticos de 
amplo espectro para Gram-
negativos, S. aureus e 
anaeróbios; 
Ciclo evolutivo: 
 Miíase primária: a mosca fêmea 
fecundada captura outro inseto 
voador (mosca doméstica, 
mosquitos...), deposita seus ovos 
(15-20) em seu abdome, e morre (10 
dias)  o inseto pousa na pele do 
ser humano e libera os ovos  
eclodem larvas pequenas (bernes) 
que penetram na pele e devoram o 
tecido rapidamente, crescendo  
larva abandona o hospedeiro e cai 
no chão, enterrando-se na terra e 
terminando a metamorfose ao 
converterem-se em pupa e depois 
em adultos. 
 Miíase secundária: os adultos das 
moscas depositam seus ovos em 
grande quantidade DIRETAMENTE 
nas feridas/cavidades corporais, 
eclodindo dentro de 24h  larvas 
menores e numerosas crescem (4-8 
dias) e posicionam-se com a 
extremidade posterior (contendo 
os espiráculos respiratórios), 
voltada para o orifício e a anterior 
(do aparelho bucal), para dentro 
do tecido;

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