Buscar

DRENOS E PROFILAXIA 3 NOTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Trabalho de Centro cirúrgico e Central de Material e Esterilização: 3 nota.
POLO: Sousa PB.
Curso: técnica de enfermagem 2019.2 
Aluna: Francisca Verônica Gonçalves Sarmento vieira 
Assunto: Tipos de drenos e profilaxia das infecções do sítio cirúrgico
Professora: Nívea Mabel
Tipos de Drenos Profilaxia das infecções do sítio cirúrgico
Imagem: acervo particular
Introdução:
Os drenos: os drenos cirúrgicos são dispositivos cuja finalidade é retirar a presença de ar ou secreções de espaços cavitários, sejam eles anatômicos (tórax e abdômen, por exemplo) ou leito de feridas. Eles permitem a saída de sangue e líquidos serosos decorrentes de procedimentos cirúrgicos, entre outros tipos de efluentes (secreções do trato digestivo, exsudato purulento). São usados em diversos contextos para possibilitar o escapamento de líquido de uma cavidade corporal específica. As indicações para colocação de controle de drenos são específicas de cada tipo de dreno. São usados em diversos contextos para possibilitar o escapamento de líquido de uma cavidade corporal específica. As indicações para colocação de controle de drenos são específicas de cada tipo de dreno.
Profilaxia das infecções do sítio cirúrgico:
Preocupada com a segurança do paciente cirúrgico, em 2008, a OMS publicou a primeira edição do manual “WHO Guidelines for Safe Surgery” (Diretrizes da OMS para Cirurgia Segura), como parte da campanha Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, lançada em outubro de 2004. Agora, em 2016, a organização lança as Diretrizes Globais para a Prevenção da Infecção do Sitio Cirúrgico. “Os fatores de risco para ISC são multifatoriais e a prevenção destas é complexa e requer a integração de uma série de medidas preventivas nos períodos antes, durante e após a cirurgia. Este manual é de suma importância, pois, tem uma abordagem voltada também para países em desenvolvimento, cuja estrutura pode não ser adequada, medidas preventivas não são padronizadas e muitas vezes não existem diretrizes em nível nacional”
 Os drenos cirúrgicos podem ser classificados segundo sua estrutura básica (laminares, tubulares); sua composição, como borracha (látex), polietileno ou silicone, de acordo com seus diferentes mecanismos de drenagem, sendo elas passiva (capilaridade – drenos laminares), (gravidade – drenos tubulares); e ativa: sucção ou vácuo (drenos tubulares); além das suas maneiras de uso.Sobre os tipos de materiais, a vantagem do látex sobre o polietileno está na maior maleabilidade e maciez, o que diminui a chance de lesão de estruturas adjacentes. Em contrapartida, devido à irregularidade de sua superfície, estão são mais propensos à colonização bacteriana e infecção peri-dreno. O polietileno é confeccionado de material plástico mais rígido e possui várias fenestrações permitindo a saída de líquidos por meio de gravitação e sucção. Já o silicone é um material radiopaco, menos rígido do que o polietileno e menos sujeito à contaminação bacteriana do que o látex. 
Os tipos de drenos cirúrgicos mais utilizados são: 
· Drenos de Penrose: é um sistema de drenagem aberto, com composição à base de borracha tipo látex, utilizado em procedimentos cirúrgicos com potencial para o acúmulo de líquidos, infectados ou não. . Drenos de Sucção (HEMOVAC®/PORTOVAC®/JACKSON-PRATT/BLAKE): sistema
· fechado de drenagem por sucção contínua e suave, fabricado em polietileno ou silicone. É composto de um reservatório com mecanismo de abertura para remoção do ar e do conteúdo drenado, um tubo longo com múltiplos orifícios na extremidade distal que fica inserida na cavidade cirúrgica. A remoção do ar do interior do reservatório cria uma condição de vácuo, promovendo uma aspiração ativa do acúmulo de secreções;
· Dreno de tórax (selo d’água): os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal são empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas, destinando-se à retirada de conteúdo líquido e/ou gasoso da cavidade torácica. São constituídos de um dreno tubular em polietileno, geralmente com mais de um orifício na extremidade distal que fica inserida na cavidade, um tubo extensor que conecta o dreno ao frasco coletor e o frasco em polietileno rígido com um suporte na sua base;
· Dreno de Kerr: introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas, utilizados para drenagem externa, descompressão ou, ainda, após anastomose biliar como prótese modeladora, devendo ser fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua remoção espontânea ou acidental. As principais complicações relacionadas a drenos cirúrgicos: infecção, obstrução hemotórax residual, pneumotórax residual, pneumonia, redrenagem. (1,4)A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) definiu algumas recomendações para o manejo seguro dos drenos cirúrgicos desde sua inserção no ato cirúrgico até os cuidados pós-operatórios com os dispositivos, dentre eles, o curativo.
 Diante disso, a equipe de enfermagem tem papel fundamental ao paciente que utiliza drenos cirúrgicos pelo fato ter  no cuidado como atribuição a manipulação direta e avaliação desse dispositivo, sendo imprescindível o conhecimento legal, técnico e clínico, baseado em evidências para uma a assistência de qualidade e com menor risco de complicações possíveis.inserção dos drenos cirúrgicos geralmente deve ocorrer no momento da cirurgia, preferencialmente em uma incisão separada, diferente da incisão cirúrgica. A recomendação é fazer uso de sistemas de drenagens fechados e remover o mais breve possível. Para o preparo intraoperatório da pele, deve-se realizar a degermação do local antes da aplicação do antisséptico alcoólico (PVPI ou clorexidina); a antissepsia é feita no sentido centrífugo circular (do centro para a periferia) de maneira ampla. O curativo a ser realizado irá depender se a drenagem é de sistema aberto (que permite o contato com o meio externo) ou fechado. Sistema de drenagem aberto: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o óstio de inserção e depois o dreno; limpar as regiões laterais da incisão do dreno, secar a incisão e as laterais com gaze estéril. Ocluir o dreno mantendo uma camada de gaze entre o 
dreno e a pele ou quando ocorrer hipersecreção colocar bolsa simples para colostomia.Pontos importantes:
· Sistemas de drenagem aberta (por exemplo, no tipo Penrose ou tubular) devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após esse período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.
· Alfinetes de segurança não são recomendados como meio de evitar mobilização dos drenos Penrose por não serem considerados produto para a saúde (PPS), enferrujarem facilmente e propiciarem colonização do local.
· Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho. 
Sistema de drenagem fechado: De maneira asséptica, com gaze umedecida com soro fisiológico, limpar o local de inserção do dreno ou cateter, utilizando as duas faces da gaze; com gaze estéril, secar o local de inserção do dreno ou cateter; aplicar álcool a 70%. Ocluir o local de inserção com gaze estéril. 
Profilaxia das infecções do sítio cirúrgico
Uma das complicações importantes do ato cirúrgico é a infecção. Vários fatores estão associados a ela: obesidade, idade avançada, potencial de contaminação da cirurgia, doenças de base como diabetes mellitus, infecção à distância e principalmente a técnica operatória do cirurgião. As cirurgias são classificadas quanto ao seu potencial de contaminação em: limpas (eletivas sem invasão de mucosas ou outro trato colonizado), potencialmente contaminadas (atingem mucosas, trato digestivo ou genital feminino ou colo com preparo), contaminadas (envolvimento de tecidos altamente contaminados) e infectadas (tecidos com infecção). O risco de infecção é tanto maior quanto maior é o potencial de contaminação. A profilaxia antibiótica em cirurgia tem como objetivo a redução do risco de infecção em sítio cirúrgico. Não é concebida paraprevenir outras infecções pós-cirúrgicas como pneumonia ou de trato urinário. Considera-se que o momento principal da contaminação da ferida operatória é durante o ato operatório. Assim, deve haver um bom nível sérico e tecidual no momento da incisão que dure até o final do ato operatório. Por outro lado, a instituição muito precoce de antibiótico com finalidade profilática levará à seleção de flora microbiana do paciente contribuindo para a ineficácia do esquema antimicrobiano. Habitualmente não se utiliza a profilaxia antimicrobiana nas cirurgias limpas em que o risco de infecção é baixo. A exceção é o seu uso em cirurgias limpas com colocação de prótese. A profilaxia é geralmente indicada para cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas. No caso de cirurgias infectadas, faz-se o tratamento do processo infeccioso. Assim, os princípios básicos da profilaxia antibiótica em cirurgia são: a) Utilizar sempre a via endovenosa; b) Iniciar o esquema profilático durante a indução anestésica (em obstetrícia a primeira dose é dada após o clampeamento do cordão umbilical); c) Manter as doses suplementares durante todo o ato operatório; d) Suspender a profilaxia após o final do ato operatório ou, no máximo, com 24 horas de uso. Na maioria das indicações utiliza-se cefalosporinas de primeira geração (cefazolina, inicial 1 a 2g, e 1 g 6/6 h). No caso das cirurgias que envolvem o trato gastrointestinal, a droga mais utilizada é a cefoxitina (inicial 1 a 2 g e 1 g 4/4h). Evita-se o uso profilático de drogas importantes para a terapêutica. Quando ocorre uma infecção pós-cirúrgica a droga utilizada para tratamento deve ser diferente da utilizada para a profilaxia. Não há benefício em prolongar a profilaxia além de 24 horas que, pelo contrário, aumenta o risco de infecção. Os principais microrganismos responsáveis pelas ISC são endógenos - pertencem à própria microbiota do paciente, contaminam os tecidos manipulados durante a cirurgia e favorecem o desenvolvimento da ISC. “São os microrganismos que compõem a microbiota da pele e do sítio manipulado - cocos Gram-positivos presentes na pele - Staphylococcus coagulas e negativa (por exemplo, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus aureus são os agentes mais comuns em cirurgias limpas e as bactérias Gram negativas e anaeróbias estão presentes em ISC após procedimentos contaminados ou potencialmente contaminados, por exemplo, enterobactérias incluindo Escherichia coli; Pseudomonas spp)”, explica a especialista em prevenção de infecção. Por fim, é importante que o uso de antimicrobianos não seja a principal medida para a prevenção de infecção do sítio cirúrgico. Diagnosticar e tratar infecções à distância antes da cirurgia, corrigir ou compensar doenças de base, fazer um bom preparo pré-operatório e antissepsia de pele e utilizar uma técnica cirúrgica primorosa são medidas fundamentais.

Continue navegando