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1) Para a caracterização da falência é necessário o não pagamento de título executivo, 
correspondente à impontualidade. Como deve ser feita a prova da 
impontualidade? 
Resposta: A impontualidade sem relevante razão de direito se mostra no momento em 
que o devedor empresário, não paga no vencimento, obrigação líquida materializada em 
título ou títulos executivos protestados cambialmente, cujo valor supere a quantia de 40 
(quarenta) salários mínimos na data do pedido de falência do empresário. Essa 
impontualidade, “por sua vez, exterioriza-se não pela mera cessação do pagamento, mas 
pelo protesto”2, ou seja, mesmo que haja uma sentença judicial, essa deve ser levada ao 
protesto cambial, para que assim atenda o requisito condicionante da lei de falências. 
Através da certidão do protesto que o credor fundamentará o pedido de falência do 
devedor. Não é admitido nenhum outro meio de prova a não ser o protesto cambial (Lei 
9.492/97). Já a segunda hipótese de impontualidade (artigo 94, II) é vislumbrada quando 
o devedor empresário é executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e 
não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal. Nessa situação independi 
de valor e protesto cambial, uma vez que é pela citação válida do executado ou mesmo 
da sua intimação para o cumprimento, que se pauta a caracterização da impontualidade 
injustificada do devedor. Desta forma, o credor deve requerer ao juízo da execução 
individual uma certidão que ateste a frustração da execução, e assim podendo pleitear a 
uma nova execução coletiva (falência) do devedor. 
2) Cite 4 atos de falência. 
Resposta: Enumerados pelo art. 94, III, da Lei de Recuperação Empresarial, quais sejam: 
a liquidação precipitada dos ativos da empresa, lançar mão de meio ruinoso ou 
fraudulento para realizar pagamentos; realizar ou tentar realizar negócio simulado ou 
alienação total ou em parte de seu ativo a terceiro para retardar pagamento ou fraudar 
credores; transferir estabelecimento a terceiro sem consentimento de todos os credores e 
sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; simular transferência de seu 
estabelecimento principal para burlar a legislação ou fiscalização ou prejudicar credor; 
3) Empresa pública e sociedade de economia mista podem figurar no polo passivo 
do processo falimentar? Fundamente. 
Resposta: Diante de tal fato, pode-se afirmar, com certa segurança, que os regimes 
falimentar e recuperacional disciplinados na atual Lei de Falência e Recuperação de 
Empresas não se aplicam às empresas públicas nem às sociedades de economia mista, 
ainda que sejam exploradoras de atividade econômica. Não obstante, há ainda vozes que 
advogam a inconstitucionalidade da regra do art. 2º, I, da Lei 11.101/2005, por ser ela 
incompatível com a já mencionada regra constitucional do art. 173, § 1º, II, da CF/1988. 
Outros autores propõem uma “interpretação conforme” da regra, de modo a permitir que 
apenas as empresas públicas e sociedades de economia exploradoras de atividade 
econômica se submetam aos ditames da legislação falimentar. 
4) Quem são os legitimados a requerer a falência do devedor? Fundamente. 
Resposta: Podem requerer a falência do devedor (Lei nº 11.101/2005, art. 97): 
 
a) o próprio devedor ("autofalência"), observadas as regras que constam da Lei nº 
11.101/2005, arts. 105, 106 e 107; 
b) o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; 
c) o cotista ou o acionista do devedor, na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; 
d) qualquer credor. 
A lei exige que o credor empresário apresente certidão do Registro Público de Empresas 
para comprovar a regularidade de suas atividades. 
Além disso, o credor que não tiver domicílio no Brasil deve prestar caução relativa às 
custas e ao pagamento da indenização referente a requerimento de falência por dolo 
(tópico 8 adiante). 
5) O que é autofalência? Ela é admitida no ordenamento jurídico brasileiro? 
Resposta: A autofalência é a insolvência confessada pelo devedor empresário ou 
sociedade empresária. A lei de falencias traz a previsão de autofalência do devedor como 
forma de proteção do crédito público. Segundo a redação legal, a autofalência não pode 
ser encarada como uma faculdade do devedor, mas sim como uma obrigação do mesmo. 
Vejamos a previsão legal desse instituto na lei 11.101/05: Lei 11.101/05, art. 105 : O 
devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear 
sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da 
impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos 
seguintes documentos : (grifo nosso). 
6) A Fazenda Pública possui legitimidade para requerer pedido de falência contra 
empresa devedora de tributos? Fundamente. 
Resposta: Tradicionalmente, os doutrinadores se dividem em duas correntes a respeito 
do assunto. A propósito, a própria legislação afirma, sem fazer nenhuma distinção, que 
qualquer credor pode requerer a falência do devedor (art. 97, IV, da Lei nº 11.101/2005). 
O art. 187 do CTN dispõe que os créditos fiscais não estão sujeitos a concurso de credores. 
Já os arts. 5º, 29 e 31 da LEF, a fortiori, determinam que o crédito tributário não está 
abrangido no processo falimentar, razão pela qual carece interesse por parte da Fazenda 
em pleitear a falência de empresa. Raciocínio diverso, isto é, legitimar a Fazenda Pública 
a requerer falência das empresas inviabilizaria a superação da situação de crise 
econômico- financeira do devedor, não permitindo a manutenção da fonte produtora, do 
emprego dos trabalhadores, tampouco dos interesses dos credores, desestimulando a 
atividade econômico-capitalista. No mesmo sentido, foi aprovado o Enunciado nº 56 da I 
Jornada de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal, assim redigido: “A Fazenda 
Pública não possui legitimidade ou interesse de agir para requerer a falência do devedor 
empresário”. 
7) Dentro da seara do direito falimentar, conceitue estabelecimento. 
 
Resposta: Estabelecimento é o local de comando da gestão e administratação, ou seja, é 
aquele de onde partem as decisões empresariais, e não necessariamente a sede indicada 
no registro público. 
8) Depois de decretada a falência, o devedor poderá requerer a recuperação judicial? 
Justifique. 
Resposta: A Nova Lei de Falências prevê que, dentro do prazo de contestação, o devedor 
pode pleitear sua recuperação judicial (Lei nº11.101/2005, art. 95). A apresentação de 
pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos legais 
para tanto, impede a decretação de falência. Mas esse benefício somente se aplica nos 
casos em que a falência tenha sido requerida por falta de pagamento de obrigação sem 
relevante razão de direito, conforme a letra a do tópico 2 (Lei nº 11.101/2005, art. 96, 
VII). 
9) O que é depósito elisivo e qual a sua consequência no processo falimentar? 
Resposta: Este instituto permite que o devedor deposite em juízo o valor reclamado para 
realizar sua contestação, faceta do contraditório e da ampla defesa, e assim, impedir que 
a falência seja decretada pelo juiz, salvaguardando a empresa, e, consequentemente, sua 
função social. deve ser feito no prazo de contestação (10 dias). Assim, o devedor poderá 
depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, 
juros e honorários advocatícios. Desta forma, não haverá a decretação da falência, 
entretanto é importante lembrar que tal depósito é apenas cabível nos termos dos incisos 
I e II do artigo 94 da Lei 11.101/2005. Uma vez que, somente nessas hipóteses em que há 
uma presunção relativa no que refere-se a presunção da insolvência jurídica do devedor. 
10) É possível o juiz falimentar ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus 
administradores? Fundamente. 
Resposta: A prisão só poderá ser decretada, segundo a lei, se a falência tiver sido 
requerida com base em provas da prática decrime falimentar, os quais estão previstos na 
própria LRE (arts. 168 a 178). Além disso, deverão estar presentes os pressupostos que 
autorizam a prisão preventiva, constantes dos arts. 312 e 313 do Código de Processo 
Penal. 
11) Qual o recurso cabível em face da sentença que julga o pedido de falência? 
Resposta: A lei de regência da falência estabelece em seu art. 100: 
Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a 
improcedência do pedido cabe apelação. 
Portanto, caberá recurso de agravo no prazo de 10 dias. Ao contrário, se declarar a 
improcedência da falência caberá o recurso de apelação, no prazo do CPC de 15 dias. 
12) É possível a propositura de ação para responsabilizar pessoalmente os sócios da 
sociedade falida? Fundamente. 
Resposta: O sócio da sociedade por cotas de responsabilidade limitada responderá 
pessoalmente pelas obrigações sociais e, por isso, poderá ser responsabilizado no 
processo falimentar em duas hipóteses: quando participar de deliberação social contrária 
à lei ou contrato social (art. 1080, CC) e, juntamente com os demais sócios, pela 
integralização do capital social anteriormente subscrito (art. 1052, CC).[29] O 
administrador das limitadas, a seu turno, responderá pessoalmente pelas obrigações 
sociais quando descumprir os deveres inerentes a seu cargo (art. 1011, CC), sendo a 
responsabilidade sempre subjetiva. 
 
13) Em que consiste a inabilitação empresarial? 
Resposta: Consiste no afastamento do ou dos sócios da empresa que se está decretada a 
falência, ou seja, é uma consequência do pedido de falência, portanto vamos começar por 
ele. A declaração de falência ocorre quando os ativos da empresa não são mais suficientes 
para a quitação das dívidas e o responsável pela administração da companhia é afastado 
de suas funções.

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