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Esclerose Múltipla (1)


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Doenças Desmielinizantes 
Professor Wandilson Jr 
wandilson.neuro@gmail.com 
Universidade Salgado de Oliveira 
Doenças Desmielinizantes 
 Grupo de doenças que afeta o cérebro e e a 
medula espinhal onde a destruição da bainha de 
mielina é uma característica proeminente. 
 
 Critérios de inclusão: 
 
1)  Destruição da bainha de mielina das fibras 
nervosas com relativa preservação de outros 
elementos do tecido nervoso(Ex: axônios, corpo 
celular, estruturas de suporte, etc); 
2)  Infiltração de células inflamatórias na região 
perivascular 
3)  As lesões são observadas na subst. branca 
Esclerose Múltipla 
 Denominações: 
 
-  Inglaterra: Esclerose disseminada 
-  França: Esclerose em placas 
 
 Definição: 
 
-  Doença Crônica desmielinizante inflamatória 
e de natureza imunológica, que evolui em 
surtos ou emissões. 
 
 A esclerose múltipla é clinicamente 
caracterizada por episódios de distúrbios focais 
dos nervos ópticos, medula espinhas e cérebro, 
que desaparecem em graus variados e 
reaparecem no período de vários anos. 
EPIDEMIOLOGIA 
-  Maior incidência em áreas 
temperadas, menor na região 
equatorial; 
-  Pessoas brancas são mais 
acometidas; 
-  Papel importante do 
ambiente; 
 
Incidência / Epidemiologia 
-  Incidência de < de 1 caso em 
100.000 em áreas equatoriais 
-  No Sul dos EUA e Europa a 
incidência é de 6 a 14 caso em 
100.000 habitantes; 
-  Canadá e Norte Europeu a 
incidência é de 30 a 80 casos por 
100.000 habitantes 
 
-  Mulheres são mais acometidas do 
que homens numa proporção de 3:1 
 
 
Esclerose Múltipla 
 História Familiar: 
 
-  Acomete aproximadamente 15% dos 
pacientes. 
-  Padrão Genético ainda não definido 
 
 Faixa Etária: 
 
-  Primeiros sintomas surgem durante a segunda 
e terceira décadas de vida. 
-  Acometimento de crianças em 0,3 a 0,4% dos 
casos descritos. 
 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
 Surgimento: 
 
-  Agudo ou subagudo 
-  Monossintomático 
 
 Principais sintomas iniciais: 
 
-  Déficit visual (amaunerose ou diplopia). 
-  Dificuldade da marcha 
-  Parestesia 
-  Urgência Urinária. 
 
Esclerose Múltipla 
Principais Sinais e Sintomas: 
 
-  Fadiga (50 a 90% dos pacientes); 
-  Problemas de mobilidade (75%); 
-  Memória e atenção (45 a 65%); 
-  Depressão (50%); 
-  Problemas visuais (50%); 
-  Problemas de Equilíbrio e quedas recorrentes 
( 30 a 40%) 
-  Problemas urinários 
 
Esclerose Múltiplas 
Surtos: 
 
-  Ocorrência de sintoma ou sinal neurológico 
com ou sem confirmação objetiva, com 
duração maior a 24h; 
-  Os surtos devem ter intervalos de pelo menos 
1 mês; 
 
Manifestções Clínicas: 
 
1)  Surtos e Remissões completas; 
2)  Surtos e Remissões Parciais; 
3)  Lentamente Progressiva 
 
Tipos de Esclerose Múltipla 
http://abem.org.br 
Esclerose Múltipla 
Tipos de manifestação: 
 
-  EM Remitente Recorrente: (EMRR): manifestações clínicas de surtos remissões ou 
exacerbações – seguido de períodos de remissão com recuperação completa ou quase 
completa 
 
-  EM Primariamente Progressiva (EMPP): Evolui com sintomas lentos e progressivos com 
o tempo em indivíduos que possuem a forma remitente recorrente inicialmente EMRR pode 
evoluir com ganho de sintomas sem surto. 
-  EM Secundariamente Progressiva (EMSP): Evolui com sintomas lentos e progressivos 
com o tempo em indivíduos que possuem a forma remitente recorrente inicialmente EMRR 
pode evoluir com ganho de sintomas sem surto 
http://abem.org.br 
Esclerose Múltipla 
Critérios de Diagnóstico: 
 
 
Esclerose Múltipla 
Critérios de Diagnóstico: 
 
 
Esclerose Múltipla 
Exames Complementares: 
 
-  LCR: Pleocitose, aumento discreto de proteínas, presença de faixas (bandas) oligoclonais, 
altos índices de proteínas básicas de mielina; 
 
-  Tomografia Computadorizada (TC) 
-  Ressonância Magnética 
-  Potenciais Evocados: Somatossensitvos, auditivos, visuais. 
Esclerose Múltipla 
Síndromes Clínicas: 
 
-  Formas Espinhal (40%); 
 
-  Forma Mista ou Generalizada (50%); 
-  Forma Cerebelar ou Ponto-Bulbo-Cerebelar (5%); 
-  Forma Amaurótica (5%). 
Esclerose Múltipla 
Sinais e Sintomas Piramidais : 
 
-  Paresia/Plegia; 
 
-  Espasticidade; 
-  Hiperreflexia Profunda; 
-  Sinal de Babinsk; 
-  Clônus. 
Esclerose Múltipla 
Sinais e sintomas Sensoriais: 
 
 
-  Alteração da sensibilidade superficial e 
profunda; 
 
-  Alteração da sensibilidade subjetiva; 
Esclerose Múltipla 
Sinais e sintomas Cerebelares (ataxias): 
 
-  Dismetria; 
-  Decomposição dos movimentos; 
-  Tremor de intenção 
-  Disartria (fala escandida) 
-  Nistagmo 
-  Disdiadococinesia 
-  Marcha ebriosa 
 
Esclerose Múltipla 
Sinais e sintomas do Tronco Encefálico: 
 
-  Diplopia 
-  Comprometimento dos Nervos Cranianos 
Esclerose Múltipla 
Sinais e sintomas do SNA: 
 
-  Disfunção Vesical, intestinal e sexual 
 
Sinais e sintomas do Psiquiátricos: 
 
-  Euforia: otimismo mórbido 
-  Anormalidades cognitivas 
 
Outros: 
 
-  Fadiga 
-  Vertigem, vômito 
-  Sinal de Lhermitte 
-  Fenômeno de Uhthoff 
 
Esclerose Múltipla 
Os pacientes poderão apresentar 
quadros clínicos variados, de acordo 
com a localização das lesões. 
Esclerose Múltipla 
Abordagem Fisioterpêutica: 
 
- Avaliação e diagnóstico pela CIF; 
 
 
Esclerose Múltipla 
Abordagem Fisioterpêutica: 
 
-  Tratamento -> abordagem 
multidisciplinar; 
-  A prescrição do tratamento dependerá 
da área de acometimento e da(s) 
síndrome(s) clínicas do paciente. 
 
 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
Contra-indicações relativas: 
 
-  Fadiga; 
-  Aumento do gasto energético; 
-  Aumento da temperatura – potencial 
exacerbação da doença; 
 
 
Esclerose Múltipla 
Objetivos gerais: 
 
-  Melhora da dor; 
-  Aumento da força muscular; 
-  Melhorar arco de movimento; 
-  Melhora do controle motor; 
-  Melhora da coordenação motora; 
-  Facilitação das AVD’s e AIVD’s 
 
 
Esclerose Múltipla 
Objetivos gerais: 
 
-  Treino de fortalecimento muscular; 
-  Treino de condicionamento físico; 
-  Treino de equilíbrio; 
-  Treinamento funcional; 
-  Biofeedback 
-  Hidroterapia 
-  PNF 
-  Pilates 
 
 
Esclerose Múltipla 
Intervenção Fisioterápica 
Baseada em Evidências: 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Intervenção Fisioterápica 
Baseada em Evidências: 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Intervenção Fisioterápica 
Baseada em Evidências: 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Intervenção Fisioterápica 
Baseada em Evidências: 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Esclerose Múltipla 
Abordagem na fadiga: 
 
 
- Fortalecimento muscular; 
 
- Dança; 
 
- Yoga; 
 
-  Treinamento aeróbico com bicicleta e esteira ergométrica; 
-  Conservação de energia; 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Abordagem na Marcha: 
 
 
- Fortalecimento muscular; 
 
- Dança; 
 
- Treino de Marcha com assistência robótica; 
 
- Treinamento aeróbico com bicicleta e esteira ergométrica; 
-  Treinamento de Equilíbrio; 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Indicações: 
 
 
- Prescrições de splints; 
 
- Órteses Funcionais; 
 
- Bengalas; 
 
- Muletas; 
-  Andador; 
-  Cadeira de rodas. 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Benefícios da fisioterapia: 
 
 
- Melhora da capacidade funcional (distância e tempo de 
caminhada); 
 
- Melhora da depressão e da ansiedade; 
 
- Melhora da função pulmonar em estágios avançados; 
 
- Exercícios em grupo apresentam benefícios físicos e 
mentais; 
-  Melhora da qualidade de vida; 
 
 
 
 
Esclerose Múltipla 
Recomendações: 
 
 
- Reconhecer a presença da limitação funcional 
 
- Cada limitação funcional tem o seu melhor tratamento; 
 
-  A combinação de diferentes abordagens deve apresentar o 
melhor resulrado; 
 
 MANTENHA-SE ATIVO!!!