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1 Caroline Zanella ATM 2022/a Caroline Zanella ATM 2022/a Diarreia aguda e desidratação · Aumento do número de evacuações – acima de 3 evacuações em um período de 24 horas. · Alteração da consistência das fezes – liquefeitas. · Aguda – até 14 dias. · Persistente – além de 14 dias, mas nunca mais do que 28 dias. · Crônica – acima de 28 dias. · Disenteria – sangue nas fezes – em geral indica uma infecção no cólon – bactérias extremamente patogênicas. Avaliação do estado de hidratação · Peso. · Ectoscopia. · Condição geral do paciente. · Olhos. · Lágrimas. · Saliva em boca e língua. · Sede. · Exame direto. · Sinal da prega – barriga – subcutâneo tem que voltar para o lugar imediatamente. · Pulso periférico– cheio, débil ou ausente. · Enchimento capilar – normal, lento ou muito lento. · Normal – até 2 segundos. · Lento – de 2 a 5 segundos. · Muito lento – acima de 5 segundos, Tratamento · Evitar e tratar a desidratação. · Plano A – paciente com diarreia, porém SEM desidratação. · Administrar zinco 1x ao dia, durante 10 a 14 dias – diminui o risco da incidência de diarreia nos próximos três meses – reduz tempo de diarreia. · Até 6 meses 10mg/dia. · Maiores de 6 meses – 20mg/dia. · Plano B – paciente com diarreia e desidratado. · A reposição de sais inicial deve ser feita de forma oral. · Pode dar alimento para criança em TRO? Para lactentes, sim. Para crianças com outro tipo de alimentação – não. · Geralmente, evitar uso de antieméticos e antitérmicos devido aos sintomas adversos. · Em caso de perda de peso após 2 horas, vômitos persistentes, distensão abdominal e dificuldade de ingestão – gastróclise – uso de sondanasogástrica. · Velocidade 20 a 30ml/kg. · Reduzir pela metade em caso de vômitos. · Pouco utilizado na prática. · Se após gastróclise, perder peso após 2 horas, ter vômitos persistentes ou apresentar uma crise convulsiva – realizar hidratação venosa. · Manutenção do estado de hidratação: · Fornecer envelopes de soro. · Oferecer o soro após cada evacuação diarreica. · Manter aleitamento materno. · Tentar fazer uma refeição a mais do que o habitual até recuperação nutricional. · Plano C – diarreia com desidratação grave. · Alteração do nível de consciência, crise convulsiva, íleo paralitico e choque. · Fase de expansão para tentar recuperar a volemia. · Reposição com soro fisiológico cristaloide – 20ml/kg em 20 minutos – podendo repetir mais duas vezes. · Manter a alimentação. · Em fase de reposição oral – apenas aleitamento materno. · Dieta livre, de maneira que mantenha um bom aporte calórico e facilite a recuperação do epitélio intestinal o quanto antes. · Evitar uso de medicamentos. · Em geral, as diarreias são auto-limitadas, resolução em 5 a 7 dias. · Devemos nos preocupar sempre com o estado de hidratação do paciente. · Não usar: · Metoclopramida – risco de sonolência, síndrome extrapiramidal. · Antiespasmódicos – diminuem motilidade intestinal – podem causar grande concentração de patógenos. · Antipiréticos. · Suplementação com zinco – 20 mg/dia para crianças com diarreia aguda. · Antibióticos – avaliar tipo de diarreia. · Disenteria – sangue nas fezes. · Ciprofloxacino – VO – 15mg/kg a cada 12 horas, por 3 dias. · Ceftriaxone – IM – 50 a 100mg/kg, 1 vez ao dia, por 2 a 5 dias. · Se manter sangue nas fezes após 48h – avaliar internação. · Cólera grave. · Crianças com menos de 8 anos – sulfa+trimetrop · Crianças com mais de 8 anos – tetraciclina. · Pode afetar dentição. Caso Clínico: José – 4 anos – diarreia sanguinolenta há 5 dias com picos subfebris. Paciente moderadamente desidratado. 22kg. · Antibiótico – ceftriaxona 50 a 100ml/kg por 5 dias – ou 100mg/kg em 4 doses. · Ciprofloxacino 15 ml/kg por 3 dias. · Fase de expansão rápida em meia hora– plano C – reidratação com 20 ml/Kg com soro fisiológico ou ringuer · Acesso venoso calibroso – correr em 30 minutos · Nos maiores – 30ml/kg. · Paciente moderadamente desidratado – plano B de reidratação. · Sais de reidratação oral – 50 a 100ml/kg em 4 a 6 horas. · No meio disso, paciente começa a vomitar. · Indicado não usar anti-eméticos – efeitos adversos. · Ministério da saúde orienta passar uma sondanasogástrica – gastróclise – 20 a 30ml/h. · Se não é SUS – passa um acesso e hidrata logo a criança EV. · Se não consegue pegar acesso – puncão intra-óssea – platô tibial, próxima ao joelho. · Recomendado trocar assim que possível – fácil tirar, extravasar, fazer edema. Paciente melhora um pouco a hidratação – mucosas mais úmidas, mas turgor cutâneo e pulso ainda não estão tao bons, · Fase de manutenção – 1,5L + ver conta · Soro glico 5% 4 x a quantidade de soro fisio · KCL – 2ml para cada · Dieta – estabilizar desidratação – depois dieta livre. · Diferenças no plano A, B e C. · Não dar – antiespasmódicos que diminuem a motilidade intestinal – aumenta chance de translocação bacteriana e aumenta risco de sepse. · Rassecadotrila – tiorfan - inibidor da entecalinase – não diminui motilidade, diminui perda de liquido para luz intestinal - diminuir secreção de água no intestino – não é usado de forma rotineira. Paciente recebe alta. · Dieta livre. · Hidratação. · Zinco – ação anti-inflamatória – diarreias com quadros mais frequentes. · Floratil – micro-organismos vivos para reconstituir a flora – pode ser usado, principalmente após terminar o ATB. Perfusão pulso e frequência indicam que paciente está em choque, porém, às custas da taqui, a pressão arterial se mantém adequada, então é um choque compensado. 2
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