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Ambiente e Saúde - Trabalho 1 - Temas: Indicadores de Saúde Ambiental / Mortalidade Infantil / Desigualdade em Saúde / Saneamento Básico no Brasil

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1 
 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS 
Instituto Biomédico– IB 
 
 
 
Disciplina: Ambiente e Saúde 
Profª Drª Mariana Belo 
Profª Drª Bianca Marins 
 
 
 
 
Aluno: Mariana Abrahão Barreiro Alvarez 
Curso: Biomedicina 
E-mail institucional: mariana.abrahao@edu.unirio.br 
 
 
 
Trabalhos referentes às semanas 2, 3, 4 e 5. 
 
 
 
 
 
mailto:mariana.abrahao@edu.unirio.br
2 
 
 SUMÁRIO 
 
 
1. Indicadores de Saúde Ambiental ----------------------------------------- Páginas 3 a 6. 
 
 
 
 
2. Mortalidade Infantil ---------------------------------------------------------------------Páginas 7 a 9. 
 
 
 
 
 
 
3. Desigualdade em Saúde -------------------------------------------------------Páginas 10 a 13. 
 
 
 
 
 
4. Saneamento Básico no Brasil -------------------------------------------Páginas 14 a 16. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 Indicadores de saúde ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
As preocupações de entender as relações entre condições sociais e ambientais 
e o processo saúde-doença sempre estiveram em evidência, de diferentes 
maneiras, durante a nossa evolução. No entanto, atualmente, o que 
denominamos de Saúde Pública, está em foco na sociedade, e alguns fatores 
importantes podem ter contribuído para o redirecionamento a essa temática, 
por exemplo a crescente iniquidade socioeconômica e seus impactos na saúde 
do indivíduo, com maior ênfase em parcelas mais vulneráveis da população 
(VILLAR, 2007). 
O Brasil, primeiro país membro da OMS a criar a sua Comissão Nacional sobre 
Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), no ano de 2006, cujos objetivos 
baseavam-se em produzir conhecimentos e informações sobre os 
determinantes sociais da saúde no Brasil; contribuir para o engrandecimento de 
políticas públicas e programas para a promoção da equidade; e estimular a 
população, as autoridades e membros de diferentes instâncias do governo 
sobre esses determinantes (BUSS E PELLEGRINI FILHO, 2007). 
1Fonte: OPAS - Brasil. Disponível em: 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:ind
icadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-saude&Itemid=839 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:indicadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-saude&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:indicadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-saude&Itemid=839
4 
 
Indicadores mostram e informam sobre o grau de influência de um fator sobre 
uma população exposta em uma determinada região. Ele é constituído de 
diversos dados estatísticos, no caso de indicadores quantitativos, ressaltando 
uma circunstância (MAGALHÃES JÚNIOR, 2007). Exatamente por eles serem 
considerados informações, eles tornam-se imprescindíveis na tomada de 
decisões, criação de estratégias e nas metodologias de gerência; para a 
sociedade, são importantes ferramentas para o controle social (SOBRAL, 
2008). 
Para que um dado seja um indicador em saúde é necessário que ele possua 
algumas características que garantam a sua credibilidade e validade e, dessa 
forma, servir como base para a tomada de decisões, tais como: Relevância e 
validade: quaisquer que sejam os dados analisados, eles devem ser relevantes 
para o processo de planejamento e decisão, e devem refletir as características 
do objeto de estudo, caso contrário não justificaria a criação do próprio 
indicador em si. Intimamente ligado a Validade está a Confiabilidade dos dados 
que compõe aquele indicador, e as pessoas ou instituições responsáveis pela 
coleta dos mesmos (BRASIL, 2011). 
De acordo com o Site da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o 
Brasil (2010), a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) trabalha ultimamente com 
uma metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS) chamada de 
metodologia FPEEEA, que consiste em identificar e organizar dados existentes 
para construir indicadores que se focam na vigilância em saúde de lugares 
específicos, possibilitando, dessa maneira, alcançar a compreensão dos 
determinantes em diferentes níveis acerca de, por exemplo, processos que 
proporcionam efeitos negativos sobre aquele ambiente e sobre a saúde 
daquela população em questão (ARAUJO-PINTO, et.al, 2012) 
 
Cobertura: é fundamental que o indicador contemple uma grande parcela da 
população alvo no território estudado, enquanto a desagregabilidade é a 
possibilidade de representar grupos, populações e/ou regiões territoriais 
específicas. Sensibilidade e Especificidade refletem a capacidade de realmente 
5 
 
evidenciar que ocorreram mudanças nos fatores socioambientais influentes na 
população e ao grau de associação dos dados com a realidade. 
Inteligibilidade e comunicabilidade, ou seja, transparência dos dados sobre a 
criação daquele indicador para que a informação seja facilmente divulgada e 
aplicada através de políticas públicas e alocação de recursos. 
Factibilidade, periodicidade de atualização e historicidade: Estão relacionadas 
com a facilidade de reprodução do indicador, coleta de dados, baixo custo de 
produção e da possibilidade de se atualizar regularmente os dados obtidos de 
forma a se construir uma avaliação continuada ao longo do tempo (BRASIL, 
2011). 
É imperativo que haja essa avaliação criteriosa no desenvolvimento de 
indicadores de saúde, de forma a garantir que as políticas subsequentes aos 
resultados por ele evidenciados, sejam efetivas na melhoria da qualidade de 
vida da população alvo. Ressaltando que é clara a dificuldade de se produzir 
dados com a agilidade necessária respeitando essas normas devido a 
obstáculos metodológicos, custos operacionais e quaisquer outros fatores que 
venham a dificultar a obtenção de dados tão relevantes e preciosos (BRASIL, 
2011). 
 
Dessa forma, esses indicadores podem e devem ser utilizados em nível 
nacional e internacional com o intuito de apresentar e informar respostas 
acerca de dados sobre uma determinada circunstância, promovendo o controle 
e a prevenção de doenças, formulando, então, estratégias que consolidem a 
saúde ambiental. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
ARAUJO-PINTO, Mariana; PERES, Frederico; MOREIRA, Josino Costa. 
Utilização do modelo FPEEEA (OMS) para a análise dos riscos 
relacionados ao uso de agrotóxicos em atividades agrícolas do estado do 
Rio de Janeiro. Centro de Estudos da Saúde do Trabalhados e Ecologia 
6 
 
Humana, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/csc/v17n6/v17n6a18.pdf Acesso em: 06 Nov. 2020 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. 
Saúde ambiental : guia básico para construção de indicadores / Ministério 
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em 
Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. – Brasília : Ministério da Saúde, 
2011. 124 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) 
 
BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A saúde e seus 
determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 
v.17, n.1, p. 77-93, 2007. 
 
MAGALHÃES JÚNIOR, Antônio Pereira. Indicadores ambientais e recursos 
hídricos: realidade e perspectivas para o Brasil a partir da experiência 
francesa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 
 
OPS/OMS –BRASIL. Indicadores de Saúde Ambiental para o Observatório 
de Clima e Saúde. Brasil, 2010. Disponível em: 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=170
2:indicadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-
saude&Itemid=839 Acesso em : 06. Nov. 2020 
 
 
SOBRAL, André; FREITAS, Carlos Machado de. Modelo de Organização de 
Indicadores para Operacionalização dos DeterminantesSocioambientais 
da Saúde. Saúde Soc., [s. l.], ano 2010, v. v.19, ed. n.1, p. p.35-47, 5 ago. 
2009. Disponível em: 
http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/ModeloOrgani
za%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 19 out. 2020 
 
SOBRAL, André. Indicadores de sustentabilidade ambiental e bem-estar 
para municípios da Região do Médio Paraíba, Estado do Rio de Janeiro. 
2008. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde 
Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008. 
 
VILLAR, Eugenio. Los determinantes sociales de salud y la lucha por la 
equidad em salud: desafios para el Estado y la sociedad civil. Saúde e 
Sociedade, São Paulo, v. 16, n. 3, p. 7-13, 2007 
 
https://www.scielo.br/pdf/csc/v17n6/v17n6a18.pdf
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:indicadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-saude&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:indicadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-saude&Itemid=839
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:indicadores-de-saude-ambiental-para-o-observatorio-de-clima-e-saude&Itemid=839
7 
 
 Mortalidade Infantil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O índice de mortalidade infantil pode ser dividido entre mortalidade precoce 
(mortalidade neonatal), sendo esse quando o óbito ocorre entre 1º e 28º dia a 
partir do nascimento. E mortalidade infantil tardia (mortalidade pós-neonatal), 
quando o óbito ocorre entre o 28º dia e o 1º ano de vida (LAURENTI, 1975). 
A mortalidade precoce ocorre por motivos obstétricos e condições pré-natais 
(genéticas complicações durante a gestação, etc.). Já a mortalidade infantil 
tardia é causada por fatores externos, geralmente associados ao ambiente, 
como falta de saneamento básico, baixa oferta de alimentos, má qualidade da 
água oferecida, precária disponibilidade de serviços de saúde, entre outras 
(LAURENTI, 1975). 
Essas subdivisões servem como um bom indicador de saúde da população, de 
forma que se ocorrem muitos óbitos infantis tardios, pode-se sugerir que as 
2- Fonte: G1. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-
regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-
indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-
saude.ghtml 
 
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
8 
 
condições ambientais daquele local onde a criança vive (saneamento básico, 
oferta de alimento, disponibilidade de água limpa para consumo, acesso a 
serviço médico, etc.) são precárias (SZWARCWALD, 2002). 
Apesar do índice de mortalidade infantil estar sendo reduzido, este ainda 
continua sendo um grave problema de saúde pública mundial, principalmente 
em países em desenvolvimento. No Brasil, o índice de mortalidade infantil 
diminuiu, no entanto, apresenta-se, ainda, como um grande desafio a ser 
superado (BRASIL, 2020). 
De acordo com a reportagem do G1 (2020), na Cidade de Campinas, São 
Paulo, houve redução no índice de mortalidade infantil nessa cidade no 
segundo quadrimestre de 2020. O Secretário de Saúde de Campinas Carmino 
de Souza declarou que o melhor indicador de um sistema de saúde são as 
avaliações dos dados de mortalidade infantil, uma vez que este avalia a rede 
de atenção primária à gestante com assistência no pré-natal, exames 
laboratoriais e disponibilidade de UTI neonatal. 
Dessa forma, a política é fundamental quando se trata de mortalidade Infantil. 
Como, no Brasil, a maioria dos óbitos infantis estão entre a faixa etária de 1 
ano, podemos concluir, portanto, que fatores externos estão intimamente 
relacionados (BRASIL, 2020). 
A autoridade política responsável pelo local deve, dessa maneira, direcionar 
recursos para áreas de direitos básicos, como saneamento básico, 
disponibilidade de água limpa para consumo, acesso a serviço médico, oferta 
de alimento, etc. Com isso, haveria a melhoria dos agentes externos e, 
consequentemente, maior redução da mortalidade infantil no Brasil 
(SCHRAMM, 2000). 
Torna-se evidente, portanto, que ambiente e saúde estão intimamente ligados, 
uma vez que o ambiente interfere diretamente na saúde do indivíduo, em todas 
as áreas da “saúde”. E sabendo disso, utilizando-se da política e da 
administração, há diferentes maneiras de mudar lamentáveis realidades, como 
por exemplo, o triste cenário de mortalidade infantil no Brasil. 
 
9 
 
Referências Bibliográficas 
 
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. 
Mortalidade e Saúde Infantil – Brasília : Ministério da Saúde, 2020. Disponível 
em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-
adolescente/dados-e-indicadores/mortalidade-e-saude-infantil Acesso em: 23 
Out. 2020. 
 
G1. Campinas registra redução em índice de mortalidade infantil no 2º 
quadrimestre, aponta Saúde. Campinas, São Paulo, 2020. Disponível em: 
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-
reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-
saude.ghtml Acesso em: 06 Out 2020 
 
LAURENTI, Ruy. Fatores de erros na mensuração da mortalidade infantil. Rev. 
Saúde Pública, São Paulo , v. 9, n. 4, p. 529-537, Dec. 1975 . Disponível 
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101975000400008&lng=en&nrm=iso Acesso em: 23 Out 2020. 
 
SCHRAMM, Joyce Mendes de Andrade; SZWARCWALD, Célia Landmann. 
Diferenciais nas taxas de mortalidade neonatal e natimortalidade 
hospitalares no Brasil: um estudo com base no Sistema de Informações 
Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Cad. Saúde 
Pública, Rio de Janeiro , v. 16, n. 4, p. 1031-1040, Dec. 2000 . Disponível 
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2000000400021&lng=en&nrm=iso Acesso em: 23 Out 2020. 
 
SZWARCWALD, Célia Landmann; LEAL, Maria do Carmo; ANDRADE, Carla 
Lourenço Tavares de; SOUZA JR., Paulo Roberto Borges de. Estimação da 
mortalidade infantil no Brasil: o que dizem as informações sobre óbitos e 
nascimentos do Ministério da Saúde?. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro 
, v. 18, n. 6, p. 1725-1736, Dec. 2002 . Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2002000600027&lng=en&nrm=iso Acesso em: 23 Out 2020. 
 
 
 
 
 
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/10/07/campinas-registra-reducao-em-indice-de-mortalidade-infantil-no-2o-quadrimestre-aponta-saude.ghtml
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101975000400008&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101975000400008&lng=en&nrm=iso
10 
 
Desigualdade em Saúde 
 
 
 
 
3 Fonte: Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/levantamento-
indica-acesso-desigual-saude-durante-pandemia 
 
A desigualdade social é definida pela desigual distribuição de bens e serviços 
entre diferentes grupos sociaisdos quais formam a sociedade. A saúde, da 
mesma forma que as doenças, podem ser distribuídas desigualmente entre os 
grupos sociais, devido a diversos fatores, entre eles a exposição ao risco de 
contrair morbidades e vir a óbito, além do acesso a serviços de saúde e 
políticas públicas (MACKENBACH; KUNST, 1997). Portanto, a desigualdade 
em saúde mostra-se através das diferenças nos níveis de saúde, assim como 
assistência médica nos diferentes níveis de grupos sociais. 
Embora seja garantida nos termos da Constituição Federal de 1988 a 
universalização do fornecimento de saúde de qualidade para todos os cidadãos 
brasileiros com o objetivo de igualar a oportunidade de acesso aos serviços de 
saúde e de atendimento (NERI; SOARES, 2002), no Brasil, 
incontestavelmente, há uma infeliz realidade de desigualdade em saúde entre 
os diferentes grupos socioeconômicos. 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/levantamento-indica-acesso-desigual-saude-durante-pandemia
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/levantamento-indica-acesso-desigual-saude-durante-pandemia
11 
 
De acordo com reportagem publicada pela Agência Brasil (2020), na pandemia 
de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, pacientes de comunidades 
sofrem com a falta de infraestrutura, onde as não há janelas e ventilação 
adequada em dependências de prédios da Saúde. Ademais, profissionais da 
saúde relatam que precisar encolher casos para tratar, os mais graves, 
especificamente. Isso devido à falta de estrutura para acolher todos os que ali 
chegam. 
Ainda nessa reportagem, o boletim O observatório das Favelas ressalta que 
moradores dos bairros do subúrbio carioca como Vicente de Carvalho, Acari, 
Inhaúma, Anchieta e Costa Barros, estão aproximadamente 5 quilômetros de 
distância de unidades de saúde que possuem leito com respirador. E, ainda, 
para receber o primeiro atendimento, moradores precisam andar por mais de 
30 minutos. Esse cenário evidencia o precário fornecimento em Saúde para 
populações do subúrbio e/ou de comunidades, acentuando em uma unidade 
básica, que não conta com leito com respirador, os, ainda mais a desigualdade 
social, especificamente a desigualdade em saúde. 
Além disso, algumas doenças crônicas e degenerativas se desenvolvem 
aproximadamente 30 anos antes em indivíduos de classes individuais menos 
privilegiadas, segundo House; et al (1990). 
As iniquidades quando se fala sobre saúde, colocam determinados grupos 
sociais, especificamente os mais vulneráveis em situação desproporcional, 
ocasionando cenário de discriminação. A ocorrência de doenças nesses grupos 
reforça a situação de vulnerabilidade já existente nessa parcela da população 
No artigo de Neri; et.al (2002), foi observado, diante da análise entre 
distribuições de renda e índice de doenças crônicas, que morbidades que 
apresentam maior facilidade de ser identificada, como por exemplo, artrite, dor 
na coluna e reumatismo, apresentam-se com mais frequência em grupos 
desprivilegiados, enquanto doenças como câncer, diabetes e hipertensão, que 
necessitam de um exame para seu diagnóstico estão cada vez mais frequentes 
em direção ao topo da pirâmide de distribuição de renda. 
O fato dos menores índices de doenças como câncer, diabetes e hipertensão 
estarem presentes nos grupos mais vulneráveis pode ser explicado devido á 
12 
 
reduzida oportunidade de acesso a exames e a serviços de saúde no geral, 
quando comparada a grupos do meio ao topo da pirâmide de distribuição de 
renda. 
 
Outro ponto a ser percebido é que ao longo da pirâmide de distribuição de 
renda, houve diminuição significativa dos casos de tuberculose. Essa 
percepção no estudo corrobora para a tese de que a tuberculose é uma 
enfermidade que está fortemente associada a fatores sociais e econômicos. 
 
Dessa forma, a implementação de políticas públicas mostra-se 
indubitavelmente relevante para a supressão desse grave problema social 
presente no Brasil. A criação do Sistema Único de Saúde, de fato, melhorou 
significativamente essa realidade (ALBUQUERQUE, 2015), no entanto, ainda é 
possível melhorar e desenvolver a sociedade brasileira, promovendo igualdade 
no fornecimento de serviços de saúde realizando maior investimento nesse 
setor. Com isso, haverá melhora da qualidade do serviço e também, maior 
disponibilidade de atendimento médico e realização de exames nos grupos 
socioeconômicos mais vulneráveis. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
AGÊNCIA BRASIL. Mapa Social do Corona indica acesso desigual à saúde 
na pandemia. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/levantamento-indica-
acesso-desigual-saude-durante-pandemia Acesso em: 06 Out 2020. 
 
ALBUQUERQUE, Maria Ilk Nunes. Uma revisão sobre as Políticas 
Públicas de Saúde no Brasil. Recife, 2015. Disponível em: 
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3333/1/2saud_socie_polit_public_
saud_2016.pdf Acesso em : 31 Out 2020. 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/levantamento-indica-acesso-desigual-saude-durante-pandemia
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/levantamento-indica-acesso-desigual-saude-durante-pandemia
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3333/1/2saud_socie_polit_public_saud_2016.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3333/1/2saud_socie_polit_public_saud_2016.pdf
13 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do 
Brasil. 16. ed. Organização de Alexandre de Moraes. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
HOUSE, J.; KESSLER, R. C. & REGULA, H. A.. Age, socioeconomic status 
and health. Milbank Quarterly, 1990. Disponível em : 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2266924/ Acesso em : 31 Out 2020. 
 
KUNST, Anton E.; MACKENBACH, Johan P. Measuring the magnitude of 
socioeconomic inequalities in health: an overview of available measures 
illustrated with two examples from Europe. Soc. Sci. Med. 1997 Disponivel 
em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9080560/ Acesso em: 31 Out 2020. 
 
NERI, Marcelo; SOARES, Wagner. Desigualdade social e saúde no 
Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 18, supl. p. S77-S87, 2002 
.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2002000700009&lng=en&nrm=iso Acesso em: 31 Out 2020. 
 
REIS, Denizi Oliveira; ARAUJO, Eliane Cardoso de; CECÍLIO, Luiz Carlos de 
Oliveira. Políticas públicas de saúde: 
Sistema Único de Saúde. Disponível em: 
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unid
ade04/unidade04.pdf Acesso em: 31Out 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2266924/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9080560/
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade04/unidade04.pdf
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade04/unidade04.pdf
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 Saneamento Básico no Brasil 
 
 
 
4 Fonte: Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/eleicoes-2020/noticia/2020-11/lei-exige-
medidas-rapidas-dos-novos-prefeitos-para-o-saneamento-basico 
 
 
Pode-se dizer por Saneamento Básico o conjunto de serviços, como 
infraestrutura, abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem 
urbana, limpeza urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais, que 
visam preservar as condições do meio ambiente a fim de prevenir doenças, 
promover a saúde e proporcionar qualidade de vida para a população (SOUZA, 
2002). O Saneamento Básico é assegurado como direito pela Constituição 
Federal do Brasil de 1988 (BRASIL, 1988). Uma ampla rede institucional com 
múltiplos agentes é necessário para a correta atuação na implementação 
desse direito. 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/eleicoes-2020/noticia/2020-11/lei-exige-medidas-rapidas-dos-novos-prefeitos-para-o-saneamento-basico
https://agenciabrasil.ebc.com.br/eleicoes-2020/noticia/2020-11/lei-exige-medidas-rapidas-dos-novos-prefeitos-para-o-saneamento-basico15 
 
No Brasil, há uma notória desigualdade ao acesso a esses recursos e é 
marcado por um significativo déficit ao acesso ao saneamento básico, 
especialmente à coleta e tratamento de esgoto por parte da população 
brasileira, especificamente, a parcela da população com menos recursos 
financeiros (LEONETI, et al, 2011). 
De acordo com o Ranking do Saneamento Básico 2019 feito pelo Instituto Trata 
Brasil (2019), que abrange as 100 maiores cidades e 40% da população 
brasileira, usando como base dados do Ministério do Desenvolvimento 
Regional, há no Brasil, 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada e 
100 milhões sem coleta de esgoto (47,6% da população). Somente 46% dos 
esgotos produzidos, são tratados, implicando significativamente na dificuldade 
de prevenção de doenças. 
A relação saneamento-desenvolvimento é evidente. Países mais desenvolvidos 
apresentam mais serviços de saneamento para a sua população e ainda, 
países com melhores atendimentos em saneamento para seus cidadãos são 
países que apresentam menores índices de doenças relacionadas ao meio 
ambiente (HELLER, 1998). 
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) levanta 
dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de diferentes países desde 
1990. Eles avaliam 3 fatores: expectativa de vida, conhecimento (alfabetização 
e instrução) e padrão de vida; cujo índice varia de 0 a 1 (PNUD, 2017). 
De acordo com a Agência Brasil (2020), os prefeitos eleitos em 2020, e com 
mandado a partir de 2021, deverão melhorar as condições de moradia, 
prevenção da saúde e desenvolvimento sustentável de seus respectivos 
municípios a partir da Lei nº 14.021/2020 estabelecida na legislação do 
saneamento básico, que prevê a universalização desses serviços até 2033 
(AGÊNCIA BRASIL, 2020). 
Portanto, é esperada, com empenho e fiscalização, que seja cumprida a lei e 
que o direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 seja, de fato, 
garantido para todos os brasileiros, independente de classes sociais e 
mudando, dessa forma, a atual realidade de milhões de cidadãos brasileiros. 
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Referências Bibliográficas 
 
AGÊNCIA BRASIL. Lei exige medidas rápidas dos novos prefeitos para o 
saneamento básico. Brasília, 2020. Disponível em: 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/eleicoes-2020/noticia/2020-11/lei-exige-
medidas-rapidas-dos-novos-prefeitos-para-o-saneamento-basico Acesso em: 
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1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 
10 Out 2020. 
 
HELLER, Leo. Relação entre saúde e saneamento na perspectiva do 
desenvolvimento. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da 
UFMG. Minas Gerais, 1998. Disponível em: 
https://www.scielosp.org/pdf/csc/1998.v3n2/73-84/pt Acesso em: 10 Out 2020 
 
LEONETI, Alexandre Bevilacqua; PRADO, Eliana Leão do; OLIVEIRA, Sonia 
Valle Walter Borges de. Saneamento básico no Brasil: considerações sobre 
investimentos e sustentabilidade para o século XXI. Revista de 
Administração Pública – FGV. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/rap/v45n2/03.pdf Acesso em: 10 Out 2020 
 
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Relatório do 
Desenvolvimento Humano. Brasília, 2017. Disponível em: 
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/publicacoes/relatorio-pnud-brasil-
2017.pdf Acesso em: 10 Out 2020 
 
SOUZA, Maria Salete de. Meio ambiente urbano e Saneamento Básico. 
Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará. Mercator- 
Revista de Geografia da UFC, ano 1, número 01, Ceará, 2002. Disponível: 
file:///C:/Users/Acer/Downloads/194-1-677-1-10-20090105.pdf Acesso em: 10 
Out 2020. 
 
TRATA BRASIL. Painel saneamento Brasil. Brasília, 2019. Disponível em: 
https://www.painelsaneamento.org.br/explore/ano?SE%5Ba%5D=2018 Acesso 
em: 10 Out 2020 
 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/eleicoes-2020/noticia/2020-11/lei-exige-medidas-rapidas-dos-novos-prefeitos-para-o-saneamento-basico
https://agenciabrasil.ebc.com.br/eleicoes-2020/noticia/2020-11/lei-exige-medidas-rapidas-dos-novos-prefeitos-para-o-saneamento-basico
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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