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1 – As condicionantes externos foram o crescimento mundial de quase 70%, houve expansão de crédito bancário para o comércio internacional, crescimento das economias mundiais, inflação e a desvalorização do dólar, que são os fenômenos que explicam o primeiro choque do petróleo, aumento dos valores em 18,1% das exportações dos países em desenvolvimento e a quadruplicação dos preços do petróleo fazendo uma transferência de 2% da renda mundial para os exportadores. 2 – As condicionantes internas, com o rápido crescimento econômico no período do milagre levou ao aparecimento de alguns desequilíbrios, que geraram pressões inflacionárias e problemas na balança comercial devido o movimento de pleno emprego da época, o deficit na balança de pagamento no valor de 6,5 milhões de dólares provocado pelo aumento do valor das importações de petróleo e também em função dos insumos básicos e bens de capital necessários para manter o nível de produção corrente, a falta de percepção da gravidade do aumento do preço do petróleo, inflação fixada em 12% ao ano até o final de 1973, sucessão presidencial e a politica de Geisel que foi a substituição de importações de bens de capital e insumos básicos para a indústria, além da promoção do aumento da produção de petróleo. 3 – A crise do petróleo aumentou em 4x o preço do petróleo para ser adquirido, com isso a tendência natural seria um desaceleramento da economia como fizeram diversos países, pois para alcançar as mesmas taxas de crescimento anterior, seria necessário maiores taxas de investimentos. O ajustamento continha a demanda interna e evitava que o choque externo se transformasse em inflação permanente do desequilíbrio externo. O financiamento de crescimento visava ganhar tempo para ajustar a oferta interna, mantendo o crescimento elevado e fazendo um ajuste gradual dos preços relativos que foram afetados pela crise do petróleo, enquanto houvesse financiamento externo abundante. 4 – Os objetivos do II PND era: Manter o crescimento econômico em torno dos 10%, com crescimento industrial em torno dos 12%. A substituição das importações nos setores de insumos básicos e de bens de capital de 52% para 40%. Aumentar a produção de petróleo com o objetivo de diminuir a dependência. Elevação da capacidade geradora de energia para viabilizar a expansão da produção e da exportação de bens com elevado nível energético para ser produzido. Mudanças no setor de transporte com maiores incentivos para ferrovias e hidrovias. Aumento das exportações baseadas em investimentos das empresas estatais no setor de insumos, gerando demanda derivada que estimularia o setor privado a investir em setor de capital. 5 – Maior abrangência nos investimentos do governo, modernizando e industrializando as regiões ainda não industrializados, como o nordeste, norte e centro-oeste. Os setores e regiões abrangente da centralização foram a siderúrgica em Itaipu no Maranhão, petróleo no litoral do nordeste, petroquímica na Bahia, fertilizante de potássio em Sergipe, soda em Alagoas, fosfato em Minas, carvão em Santa Catarina. Teve como objetivo também conter os fluxos migratórios para o sudeste. 6 – As empresas estatais fizeram restrições ao crédito interno e contenção tarifaria para conter inflações, a busca por recursos externos para cobrir a falta de divisas, reciclagem dos petrodollares que são dinheiro proveniente de um país exportador de petróleo e aplicado no sistema bancário internacional, porque com o fim do sistema de Breatton Woods a taxa de juros se tornaram flutuantes deixando o Brasil vulnerável especulações fazendo com que a dívida externa aumentassem. As empresas privadas fizeram crédito de agências oficiais como o BNDE e o conselho de desenvolvimento econômico, que era o principal órgão de implementação do plano. 7 – As consequências do segundo choque ocasionou ajuste da oferta doméstica por conta do forte aumento do preço e da elevação da taxa de juros, escassez de financiamento externo, aumento das taxas de juros, a falta de confiança nas políticas expansionistas do Brasil, deficit em conta corrente de US$ 2,8 bilhões, crise cambial devido a falta de dólar, fracasso nas tentativas de combate a inflação, controle de absorção interna para reduzir a necessidade de divisas estrangeiras, aumento das exportações e redução da importação, estatais em deficit e inflação de 77%. 8 – Crescimento da dívida externa de 14,9 bilhões entre 74/79 para 55,8 bilhões, queda no valor e na participação de importações, aumento nas exportações de US$ 893 Milhões para US$ 2,4 bilhões, PIB 8,4% e inflação de 93%.
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