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AMENORRÉIA Lúcia Buchalla Bagarelli FAMERP “A menstruação é o espelho da função ovariana: se a mulher estiver menstruando normalmente é porque seu ovário está funcionando normalmente, o que implica em gonadotrofinas, estrogênios e provavelmente prolactina, progesterona e androgênios normais. Se a menstruação estiver falhando, é porque o ovário está funcionando irregularmente.” Machado, 2006 OVULAÇÃO E MENSTRUAÇÃO INTERAÇÃO SHHO EMOÇÕES / NEUROTRANSMISSORES (dopamina, NA, serotonina, endorfinas) FATORES LIBERADORES HIPOTALÂMICOS (GnRH e TRH) GONADOTROFINAS / PRL PROSTAGLANDINAS / ESTERÓIDES SEXUAIS ENZIMAS ESPECÍFICAS (ESTEROIDOGÊNESE OV e SR) RECEPTORES INTRACELULARES e de MEMBRANA ÚTERO / ENDOMÉTRIO - Rc ESTERÓIDES TRATO SAÍDA OPERANTE FUNÇÃO TIREOIDEANA e HEPÁTICA NORMAIS AMENORRÉIA É UM SINTOMA, presente em várias patologias DEFINIÇÕES: PRIMÁRIA: Ausência de menstruação até os 14 anos de idade na ausência de crescimento e de caracteres sexuais secundários PRIMÁRIA: Ausência de menstruação até os 16 anos de idade, independente da presença ou não de crescimento e/ou caracteres sexuais 2os SECUNDÁRIA: Ausência de menstruação por 3 ciclos consecutivos (quando regulares) e 6 ciclos (quando irregulares). AMENORRÉIA ANAMNESE → Investigar: - Cronologia da telarca, pubarca, menarca - Perguntar sobre o padrão menstrual (2as ) - Investigar o desenvolvimento – peso, altura - Trauma, quimioterapia, radioterapia, cirurgia - Uso de drogas lícitas (medicamentos) / ilícitas - Antecedentes de abortamento - Antecedentes de curetagens uterinas - Antecedentes de sangramentos obstétricos - Se amamentou - Presença de fogachos AMENORRÉIA EXAME FÍSICO e GINECOLÓGICO PRIMÁRIAS → INVESTIGAR: - Anomalias genitais - Nódulos nas regiões inguinais - Cronologia dos caracteres sexuais 2os (mamas, pelos axilares, pelos pubianos) - Medir altura e envergadura (Smes genéticas) - Pesquisar estígmas de disgenesias gonadais AMENORRÉIA EXAME FÍSICO e GINECOLÓGICO SECUNDÁRIAS→ INVESTIGAR: - Obesidade / emagrecimento - Estrias, acne, pelos aumentados - Pelos diminuídos - Virilização (suspeitar de tumor adrenal / ovariano) - Presença de galactorréia - Trofismo genital - Tamanho do útero / ovários AMENORRÉIA ETIOLOGIA TRATO DE SAÍDA – útero, vagina - Síndrome de Asherman - (aderências intra-uterinas) - Curetagens uterinas, curagens, cirurgias uterinas, cesarianas, endometrites. TRATO DE SAÍDA - Anomalias canaliculares - Agenesia Mülleriana (Sme Rokitansky) 46 XX - Himen imperfurado - Septo vaginal transverso - Atresia de vaginaf - Sme Feminização Testicular (Pseudo-hermafroditismo masculino) 46 XY TRATO DE SAÍDA Ausência de receptores para androgênios - Fenótipo feminino. Y - Gonadectomia OVÁRIOS - Disgenesias gonadais Sme Turner (45,X) – disgenesia gonadal pura – ovários em fita - Mosaicismos (Ex: 45 X/46XY) - Disgenesia gonadal XY Y = Gonadectomia Paciente com síndrome de Turner, 45X/46XY. Note-se: ombros largos, musculatura masculina, mãos e pés grandes, hipoplasia do 4º dedo, geno valgo. OVÁRIOS - Disgenesias gonadais OVÁRIOS - Agenesia Gonadal (rara) - Sme de Starup-Savage ( ∅ receptores para gonadotrofinas nos ovários) OVÁRIOS - Sme dos Ovários Micropolicístico – Critérios de Rotterdam, 2003. Tem que ter 2 destes 3: Anovulação crônica – (oligo / amenorréia), hiperandrogenismo (acne, pêlos, alopecia), obesidade, acantose nigricans, ovários policísticos ao US – 12 ou mais folículos entre 2 e 9 mm, ovários > 10 cm3 .. Hiperinsulinemia → hiperandrogenismo. OVÁRIOS FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA Nasce com número reduzidos de folículos – geneticamente Taxa de desaparecimento folicular aumentada Irradiação, quimioterapia, radioterapia, ooforectomia Doenças infecciosas (ooforite / parotidite) Doenças auto-imunes - exemplos: . Lupus Eritematoso Sistêmico . Tireoidite . Diabetes Mellitus tipo I . Doença de Cushing, etc... (Formação de anticorpos anti-ovário – ocupam receptores de gonadotrofinas nos ovários) HIPÓFISE TUMORES - Adenomas (prolactinoma) - Craniofaringiomas - Gliomas - Teratomas - Cistos / gomas de Tbc / Depósitos de gordura NÃO NEOPLÁSICOS - Aneurisma de carótida interna - Sme da sela vazia INSUFICIÊNCIA HIPOFISÁRIA SECUNDÁRIA Sme de Sheehan - Pan-hipopituarismo pós sangramento Obstétrico (EX: DPP, atonia uterina), que leva à necrose da hipófise. - Síndrome de Simmonds - Pan-hipopituarismo (Sg/ Não Obst) Isquemia ou infarto Hipofisectomia Irradiações Traumetismos Infecções HIPÓFISE DISTÚRBOS GENÉTICOS DA HIPÓFISE – (RAROS) SNC - HIPOTÁLAMO FREQÜENTE ASSOCIAÇÃO COM “STRESS” CAUSAS ORGÂNICAS: Tumor (craniofaringeoma + comum) - AVC / Encefalite / Traumas - Iatrogenias (cirurgia / irradiação) FUNCIONAIS: - Disritmia cortical - Medicamentos - Psicogênicas Amenorréia pós-pilula Amenorréia e anosmia (rara) - Sme. Kallman SNC - HIPOTÁLAMO Bloqueio prolongado do hipotálamo após uso prolongado de Contraceptivos hormonais Defeitos embrionários de migração e diferenciação dos neurônios secretores de GnRH que dependem da formação do bulbo olfatório. Eles têm origem no epitélio nasal embrionário (e, normalmente migram em direção às meninges, cruzando a placa cribiforme). Esses defeitos levam a um hipogonadismo hipogonadotrófico associado a anosmia. SNC - HIPOTÁLAMO AMENORRÉIA HIPOTALÂMICA PSICOGÊNICA: Stress atividade neurônios dopaminérgicos e opiáceos endógenos freqüência e amplitude dos pulsos de GnRH PSEUDOCIESE: atividade dopamina LH e PRL ou disfunção da beta-endorfina no SNC SNC - HIPOTÁLAMO PSEUDOCIESE SNC - HIPOTÁLAMO ANOREXIA NERVOSA: Provavelmente multifatorial Desordem bio-psico-social Inatividade GnRH e LH SNC - HIPOTÁLAMO DESNUTRIÇÃO: ? Provável alteração neurotransmissores (Tono da dopamina ) Altera GnRH Atividade pulsátil LH SNC - HIPOTÁLAMO EXERCÍCIOS FÍSICOS: Provável alteração neurotransmissores Opiáceos endógenos Deficiência GnRH SNC - HIPOTÁLAMO MEDICAMENTOSA: Anticoncepcionais hormonais, metoclopamida, metildopa, sulpiride, anfetaminas, fenotiazinas, etc. ALTERAM SECREÇÃO GnRH e GONADOTROFINAS SNC - HIPOTÁLAMO AMENORRÉIA - INVESTIGAÇÃO Teste do GnRH Hipófise ou hipotálamo Se positivo ( ↑ GnRH ) é causa Hipotalâmica Se negativo (não ↑ o GnRH) é causa Hipofisária TESTE DA PROGESTERONA: administra-se progestogênio por 5 a 10 dias e para. Se houver sangramento após a interrupção é porque ainda tem estrogênio, e este está agindo sobre o endométrio. Progesterona só age no endométrio previamente preparado pelo estrogênio. Neste caso o diagnóstico é anovulação. Se não sangrar, é porque não tem estrogênio. TESTE DO ESTROGÊNIO E PROGESTOGÊNIO: administra-se estrogênio com progestogênio por 21 dias e para. Se não sangrar, é problema no trato de saída. Se sangrar, continua-se a investigação de acordo com o fluxograma. F I M �INCORPORAR MSGraph.Chart.5���
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