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ARTIGO SOBRE LAGOA DO PORTINHO

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AÇÕES DE PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL NA LAGOA DO PORTINHO: UMA ANÁLISE DO IMPACTO AMBIENTAL GERADO PELO TURISMO
RESUMO:
O presente trabalho busca analisar as relações cidade e natureza comparada com problemática ambiental urbana ocasionados pelo turismo na Lagoa do Portinho enquanto produto ou recurso turístico bem como levantar as ações de planejamento urbano dessa região, considerando existência de vários fatores e impactos sofridos. O planejamento urbano compreende o processo de busca do desenvolvimento urbano por meio de ações da administração pública e da iniciativa privada. As políticas de desenvolvimento urbano estabelecem as diretrizes de uso e ocupação do solo urbano. Este plano direciona o crescimento e desenvolvimento da cidade. A atividade do turismo causa mudanças no espaço onde o ambiente é inevitavelmente modificado. Este estudo trata-se de uma pesquisa de revisão de natureza qualitativa e de tipo descritiva. A revisão do material bibliográfico ocorreu a partir do acesso e análise de artigos disponíveis nas bases de dados das revistas Caminho da Geografia; Turismo, espaço, paisagem e cultura; Geografia em debate; Caderno de Geografia; Turismo e sociedade. O uso do solo na região da Lagoa do Portinho têm sido foco de discussão do desenvolvimento sustentável. Ações de planejamento urbano tem sido executadas para garantir a recuperação e desenvolvimento sustentável dessa região tais como fechamento e vistoria de canais clandestinos, ampliação do acesso à área da lagoa, revitalização da estrutura e dos arredores do ponto turístico, além da inclusão da Lagoa do Portinho como uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE). 
Palavras-chave: Planejamento urbano. Espaço Geográfico. Turismo. Paisagem. 
INTRODUÇÃO
FALAR DO CRESCIMENTO POPULACIONAL, DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO PRA DEPOIS ENTRAR NO TURISMO
Atualmente o planejamento urbano de uma cidade é mais conhecido como Plano Diretor, um conjunto de medidas elaborado por um município a fim de desenvolver as cidades, trazendo melhorias e boa estruturação do espaço urbano. O Plano Diretor de cada município leva em conta suas peculiaridades características próprias e é importante por garantir que as necessidades daquela região serão atendidas de forma pensada e organizada (GHEL, 2015, p. 15). 
Dessa forma, o objetivo principal dos Planos Diretores é definir o uso do solo e sua correta utilização, garantindo um desenvolvimento sustentável com ações igualitárias de ocupação do solo, sem distinção por posição social ou grau de influência dos organismos públicos e privados. De forma resumida, a ocupação do solo serve para produzir e trocar para consumir, através da alimentação, vestimenta e lazer (SILVA, 2015, p. 92). 
Para Le Cobusier (1984, p.157), a ocupação do solo tem três objetos: a terra, a indústria e as trocas, que devem coabitar sem nenhum tipo de atrito nem antagonismo, cada uma contribuindo à sua maneira e reagindo de forma suave aos outros dois. O uso e ocupação do solo como reflexo do processo de ocupação de territórios, determinado por condicionantes naturais e sociais, que ao longo do tempo produzem vários efeitos na paisagem e no ambiente. 
Uma das formas de ocupação do solo que mais cresce no Brasil e no mundo é com a finalidade de lazer, através do turismo. Em sua operacionalização, a atividade do turismo “deve ser considerada em toda a sua complexidade e contradição já que se trata, ao mesmo tempo, de uma atividade econômica assentada em um sistema de mercado, o capitalismo, e aí sujeito aos seus efeitos; e uma prática social” (SANTOS; ELICHER, 2013, p. 56).
Diante disso, “o turismo se apropria de elementos contidos no espaço e lhe atribui um valor que será transformando em produto turístico e será (re) organizado e inserido dentro de uma tipologia do Turismo rural, cultural, entre outros, para finalmente tornar-se o produto final para ser comercializado”. Nesse sentido, o lugar o turismo pode contribuir na geração de empregos como também um giro de capital presente na comercialização do destino escolhido (TORRES et al., 2016, p. 5). 
A atividade turística é complexa e compreende o consumo, como também a produção e apropriação do espaço, das paisagens atraentes e exóticas. Com isso, os lugares são transformando para serem alvo de turistas e o consumo desses lugares pelo turismo gera impactos, que variam conforme o seu consumo. Esses impactos podem variar desde a modificação na apresentação das manifestações folclóricas ou religiosas para despertar interesse nos turistas até a descaracterização de bens patrimoniais imóveis (SOUZA et al, 2013, p. 318).
Para Carneiro e Gonçalves (2012, p. 212), as transformações geradas pelo uso do turismo em determinado local estão ligadas ao modo de vida da população, pois as alterações de ordem econômica envolvem o crescimento da geração de emprego e renda, assim como o desemprego e mudanças nos hábitos e costumes dos moradores. A partir disso, as consequências dessas transformações do espaço estão ligadas diretamente à degradação dos ecossistemas presentes no espaço. 
FALAR RESUMIDAMENTE DOS IMPACTOS DO TURISMO
O presente trabalho busca analisar as relações cidade e natureza comparada com problemática ambiental urbana ocasionados pelo turismo na Lagoa do Portinho enquanto produto ou recurso turístico bem como levantar as ações de planejamento urbano dessa região, considerando existência de vários fatores e impactos sofridos
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Planejamento Urbano: Conceitos e aplicabilidade
O planejamento surgiu a muito tempo como uma resposta aos problemas enfrentados pelas grandes cidades, tanto aqueles problemas que não foram resolvidos pelo urbanismo moderno quanto aqueles que essencialmente foram causados por ele. A expressão “planejamento urbano” começa a ser usada na Inglaterra e Estados Unidos, marcando uma forma diferente de encarar os problemas da cidade e seu desenvolvimento e crescimento (GONZALES, 1985, p. 198). 
Para discursar sobre planejamento urbano é necessário trazer à mente os conceitos de urbanismo e desenvolvimento urbano. O urbanismo compreende o estudo da melhor organização do espaço disponível de uma cidade. Neste aspecto, o urbanismo contempla os componentes físicos, socioculturais, econômicos e político-institucionais. Já o desenvolvimento urbano refere-se ao processo de melhoria da qualidade de vida dos residentes de uma cidade, com ou sem crescimento físico (KOHLSDORF, 1985, p. 96).
O planejamento urbano por sua vez compreende o processo de busca do desenvolvimento urbano por meio de ações da administração pública e da iniciativa privada. A principal finalidade do planejamento urbano é a promoção de diretrizes para o crescimento e desenvolvimento da cidade de modo a elevar a qualidade de vida de seus habitantes, através dos instrumentos legais de que dispõe. Neste sentido, é importante entender o planejamento urbano como um processo dinâmico, que necessita de reavaliação constante, mas sempre dentro da política urbana (GHEL, 2015, p. 36). 
Através de obras físicas, o planejamento urbano busca atingir objetivos sociais, mas observando sempre a necessidade de visão do desenho urbano como instrumento social. Pode-se enxergar o planejamento como a preparação para a gestão futura, buscando-se evitar ou minimizar problemas e ampliar margens de manobra. Além disso, as práticas do planejamento e da gestão são políticas por excelência, tendo em vista que envolvem relações de poder, conflitos e interesses de grupos, classes, instituições, empresas, etc. (SOUSA; RODRIGUES, 2004, p. 102; SOUSA, 2003, p. 25).
O planejamento garante que o desenvolvimento urbano implique em transformações sociais e territoriais, incluindo a implementação da função social de propriedade, os direitos à cidade e à justiça urbana. Desta forma, as diretrizes e planos são criados considerando o padrão de vida da população urbana visando elevá-lo. O resultado não é simplesmente a mera configuração do espaço, mas a transformação contribuindo para a criação de um padrão de vida mais dignoe elevado para s morados da cidade, respeitando o meio ambiente (MARICATO, 2011, p. 89).
A ausência de uma boa organização do planejamento urbano com uma correta política urbana resulta na produção de cidades com vários problemas socioambientais. Para tanto, são necessários que se cumpras eficientemente todas as etapas do processo de planejamento: Estudos preliminares (afim de levantar dados e avaliar a situação e os problemas que serão enfrentados), Diagnóstico (que identifica e analisa os problemas e as variáveis que serão consideradas para a solução desses problemas), Plano de diretrizes (onde se estabelece uma política para as soluções dos problemas escolhidos e se definem metas) e instrumentação do plano (que compreende a elaboração dos instrumentos de atuação) (GONZALES, 1985, p. 47).
Durante algum tempo o planejamento urbano foi deixado em segundo plano por grande parte dos municípios, por acreditar-se se outras questões eram mais importantes e urgentes que a gerência de espaços públicos. No entanto, a importância do planejamento urbano vem aumentando significativamente com o entendimento de que o correto ordenamento de uma cidade tem grande impacto na qualidade vida, educação, saúde, bem-estar e segurança de seus habitantes (MARTINS, 2019, p.58). FALAR DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL
2.2 Determinações do Uso e ocupação do solo 
O uso e ocupação do solo compreende mecanismo de planejamento urbano, conceituando uso do solo como o rebatimento da reprodução social no plano do espaço urbano. Já a ocupação do solo pode ser definida como a maneira como as edificações podem ocupar um terreno urbano, levando em conta os índices urbanísticos que incidem sobre ele. Pode-se definir uso e ocupação do solo” considerando as normas relativas à densificação, regime de atividades, dispositivos de controle das edificações e parcelamento do solo, que configuram o regime urbanístico (SANTOS; ELICHER, 2013, p. 58).
As políticas de desenvolvimento urbano estabelecem as diretrizes de uso e ocupação do solo urbano, sendo esta também a grande finalidade do plano diretor. Este plano direciona o crescimento e desenvolvimento da cidade, determinando também os critérios de zoneamento urbano com a delimitação das áreas industriais, comerciais e residenciais, estabelecendo o devido uso e ocupação do solo (SIRVINSKAS, 2002, p. 24). 
As principais finalidades do uso e ocupação do solo são: a) Organizar o território potencializando as aptidões, as compatibilidades, as contiguidades, as complementariedades, de atividades urbanas e rurais; b) Controlar a densidade populacional e a ocupação do solo pelas construções; c) Otimizar os deslocamentos e melhorar a mobilidade urbana e rural; d) Evitar as incompatibilidades entre funções urbanas e rurais; e) Eliminar possibilidades de desastres ambientais; f) Preservar o meio-ambiente e a qualidade de vida rural e urbana (SIRVINSKAS, 2002, p. 112).
Para garantir o desenvolvimento ordenado de uma cidade, ferramentas como o zoneamento são de fundamental importância. Trata-se de dividir o território municipal em partes, definindo para cada uma delas normas específicas de uso e ocupação do solo. São definindo as regras que definem o que pode e o que não pode ser realizado dentro da cidade, de que forma e onde pode ser realizado. Assim, define-se o uso e a ocupação do solo (ACIOLY; DAVIDSON, 2011, p. 89).
O planejamento urbano e ambiental são verdadeiros desafios para os gestores, a apropriação não planejada e desenfreada dos solos urbanos traz consequências para o meio ambiente visto que áreas de preservação comumente são ocupadas pela população menos favorecida financeiramente. Através do Plano diretor e do zoneamento, o poder público busca controlar o crescimento e desenvolvimento da cidade, o que na maioria das situações não acontece (GRANDE et al, 2014, p. 56). 
A ocupação do solo urbanos vem acompanhada de diversos problemas, que vão desde a sobrecarga no sistema de drenagem urbana até o aumento da densidade urbana em alguns pontos da cidade. Além disso, problemas como a perda da cobertura vegetal e a diminuição da qualidade da água nessas regiões, também são pontos a serem destacados quando se fala de ocupação do solo (ACIOLY; DAVIDSON, 2011, p. 100). 
2.3 Aspectos gerais sobre o Turismo
	A atividade do Turismo por essa atividade, pode-se fazer uma viagem pela história e cultura de um lugar, momento no qual o gasto produzido por turistas gera a movimentação na economia do destino, fazendo com que esses lugares proporcionem atividades de lazer e de turismo, tanto para quem reside nos pontos explorados como para a população residente.
A atividade turística deve ser entendida pelo deslocamento de pessoas, de uma região à outra, por tempo limitado, com o objetivo de satisfazer uma ou mais necessidades, retornando posteriormente ao seu local de origem. Este fenômeno difere de outras manifestações de mobilidade espacial como migração ou movimentos de rotina do cotidiano, como ir ao trabalho ou às compras do dia a dia, O turismo está inserido no setor terciário da economia e seu efeito multiplicador compreende um imenso número de empresas, atuando direta e indiretamente no seu desenvolvimento. Quando bem planejado, é gerador de empregos e riqueza, via de intercâmbio cultural, caminho para a conservação das belezas naturais e culturais e gerador de positivas mudanças sociais (BARROS; SILVA, 2008, p. 10).
Portanto, a cidade possui lugares de excepcional beleza cênica que podem ser utilizados como locais de cultura e de atratividade para o lazer e turismo, apesar de muitos governos não se aterem a esse fato. A partir disso, empresas acabam por investir na localidade, já que o turismo condiciona uma divulgação para que possa gerar fluxo de pessoas. Diante disso, “o turismo se apropria de elementos contidos no espaço e lhe atribui um valor que será transformando em produto turístico e será (re) organizado e inserido dentro de uma tipologia do Turismo rural, cultural, entre outros, para finalmente tornar-se o produto final para ser comercializado” (TORRES et al., 2016, p. 5). 
Podendo ser “uma atividade indutora de profundas transformações no espaço geográfico, pois esse constitui da localidade para o turismo, ao se apropriar dominar o espaço numa relação de poder imposta pelo capital” (TORRES et al, 2016, p. 4). Nessa atividade, o espaço acaba sendo utilizado como meio de geração de renda para que possa ser usufruído como meio de comercialização pelo turismo, em que muitas vezes não ficam preocupados com a sua preservação, mas na divulgação.
Sendo assim, o turismo é o fenômeno em que o turista tem acesso a diversas atividades decorrentes de uma localidade, permitindo que o visitante fique longe do seu cotidiano. O turismo pode ser considerado “uma atividade transformadora do espaço, uma que necessita da existência de uma organização interna do setor que promove as viagens e beneficia os locais receptores, pelos meios de resultados que produz” (BARBOSA, 2005, p. 108). A prática do turismo ocorre nos mais diferentes lugares, como em campos, praias, serras, montanhas, lagos, rios, com objetivo de proporcionar um acontecimento no tempo livre.
Carneiro e Gonçalves (2012) relatam que o turismo, por ser uma atividade econômica, requer vários serviços e atrativos para sua realização. Com isso, gera alguns impactos socioambientais nas áreas que se instalam. Essa transformação nos espaços geográficos realiza a reorganização de territórios, pois o consumidor se desloca para consumir o produto ou serviço turístico, indo à procura de um lugar para que possa ficar por determinado período de tempo, de forma que retorne à sua residência, pois o turismo uma atividade rotativa.
2.4 Impactos causados pelo Turismo
	A atividade do Turismo, embora muito rentável para a economia das cidades, pode trazer consigo muitos impactos ambientais. Para proporcionar comodidade aos turistas, os gestores muitas vezes alteram os espaços físicos, afim de promover uma melhor infraestrutura garantindo o sucesso e qualidade do turismonessas regiões, impactos esses que podem ser observados em diferentes escalas e em componentes variados, como argumenta Tulik (2013). 
Entre estes efeitos, merecem ser mencionadas, pela frequência com que aparecem, a destruição e a remoção da cobertura vegetal, em virtude da proliferação de loteamentos, construção de alojamentos e equipamentos, tráfego de pedestres ou de veículos, ação do fogo e coleta de espécies” (TULIK, 2013, p. 65). A intensificação do uso turístico de dada porção do espaço geográfico leva a introdução, multiplicação e, em geral, concentração espacial de objetos cuja função é dada pelo desenvolvimento da atividade, assim, fluxos de capital, informações e pessoas externos a localidade que passa a ser vista como foco dos investimentos em turismo, se direcionam em um ritmo muito rápido para que este local possa entrar no rol das destinações turísticas mais modernizadas (CRUZ, 2001, p. 12).
Esses impactos podem ser mais graves quando afetam as regiões litorâneas como também, as ilhas e montanhas, onde o desenvolvimento turístico ocorre em áreas particularmente onde pode provocar impactos que repercutem no espaço geográfico. Nesse âmbito, Silva (2008, p. 02) explica:
Na medida em que o turismo representa uma ligação do lugar com o mundo, seu desenvolvimento irá certamente transformar o ambiente, sobretudo devido às inúmeras interações que a atividade proporciona entre os visitantes e os residentes de uma comunidade receptora (SILVA, 2008, p. 02).
Tais medidas causam, assim, mudanças no espaço, assim que a atividade turística ocorre, o ambiente é inevitavelmente modificado, seja para facilitar o turismo, seja através do processo de produção do turismo. A natureza é essencial para o desenvolvimento da atividade turística, e sem dúvida desperta fascínio nas pessoas, que buscam no contato com a mesma, recuperar suas energias e aliviar as tensões do dia a dia (CASTROGIOVANNI, 2000, p. 24).
Gerando assim mudanças constantes, sendo feitas da forma que for necessária para a comodidade do fluxo de turismo. Como Murta (2008, p. 12) “os espaços em turistificação representam uma interferência na linha histórica descrita pelas áreas de intervenção, criando ambientes que são comercialmente propícios para a prática do turismo, mas nem sempre coerentes com o contexto em que se inserem”. Essas transformações do espaço podem ocorrer em praias, sítios como também em lagoas, sendo que muitas das vezes essa transformação não é realizada de modo que se preserve o ambiente.
No turismo ocorrem mudanças significativas, sendo direcionadas à maior produtividade em razão do fluxo maior de pessoas, fazendo movimentar a economia local (CARNEIRO; GONÇALVES, 2012, p. 55). Com essas mudanças, o turismo pode acarretar às localidades ameaças quanto ao seu futuro, pois pode prejudicar pessoas que se beneficiavam dessa atividade do turismo.
DE EXEMPLO DE IMPACTOS QUE O TURISMO CAUSAM NO MEIO AMBIENTE
METODOLOGIA OU MATERIAIS E MÉTODOS
Área de Estudo
Sobre o objeto de estudo, a bacia do rio Portinho se localiza na região do baixo rio Parnaíba, território classificado como Planície Costeira (CODEVASF / PLANAP, 2006) que cobre uma área de aproximadamente 359,66 km², e os municípios de Buriti dos Lopes (12,6 km2), Bom Princípio do Piauí (135,77 km2), Luís Correia (37,42 km2) e Parnaíba (173,87 km2). Com grande valor geoecológico, a área da bacia do rio Portinho integra um conjunto de paisagens tendo como seus principais componentes o Rio Portinho e o Riacho Brandão, seu afluente. 
FALAR ALGO DA LAGOA
A lagoa do Portinho possui área de cerca de 5 km², se estendendo por 9 km de comprimento no sentido Norte-Sul com a extremidade norte nas coordenadas 02 55' 43, 24728’’ S e 41 40' 30, 71580’’ W. Gr. (MENDES JUNIOR, 2012, p. 44), tendo suas águas abastecidas pelos riachos Portinho e Brandão, sendo o Riacho Portinho que denomina o canal de conexão que rompe o campo das dunas e chega até o rio Igaraçu, que deságua no Oceano Atlântico, na região do Delta do Rio Parnaíba, no Norte do estado do Piauí.
Figura 04 e 05: Dunas no entorno da Lagoa do Portinho. Fonte: Francisco Renan de Morais Ramos, novembro de 2018. VER NORMAS DA ABNT PARA LENGENDA E FONTE.
O acesso à Lagoa do Portinho é feito pela rodovia BR-343, no sentido Parnaíba-Luís Correia. Atualmente, a Lagoa do Portinho tem sua gestão atribuída a Secretaria Estadual de Turismo do Estado do Piauí (SETUR). Trata-se de uma lagoa de várzea formada naturalmente no leito do Rio Portinho. Próximo à sua foz, a mata ciliar recobre atualmente cerca de 50% da margem e a vegetação típica é a caatinga (ARAÚJO et al., 2014).
Procedimentos Metodológicos
Este estudo trata-se de uma pesquisa de revisão de natureza qualitativa e de tipo descritiva. A revisão do material bibliográfico ocorreu a partir do acesso e análise de artigos disponíveis nas bases de dados das revistas Caminho da Geografia; Turismo, espaço, paisagem e cultura; Geografia em debate; Caderno de Geografia; Turismo e sociedade. (ACRESCENTAR MAPA)
PORQUE ESSAS REVISTAS?
LISTAS A BASE DE DADOS E A QUANTIDADE DE TRABALHOS QUE FORAM PESQUISADOS, TEMA, AUTORES E TITULOS DO TRABALHO. 
FAZER UMA TABELA COM ESSAS INFORMAÇÕES.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
DIVIDIR EM TÓPICOS
- HISTÓRICO DA LAGOA DO PORTINHO
FALAR DO HISTÓRICO E SURGIMENTO DA LAGOA
- IMPACTOS NO MEIO FÍSICO
FALAR DOS IMPACTOS NO AR, ÁGUA E SOLO
- IMPACTOS NO MEIO BIÓTICO
FALAR DOS IMPACTOS NA FAUNA E FLORA
- IMPACTOS NO MEIO ANTRÓPICO
FALAR DOS IMPACTOS NA PARTE ECONOMICA
- PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL
FALAR E DA EXEMPLOS DAS TÉCNICAS DE PLANEMAJEMENTO URBANO E AMBENTAL NA LAGOA
A Lagoa da Portinho já foi por muito tempo destaque de roteiros turísticos do litoral piauiense, mas que mudou conforme o tempo e espaço. Essa região é dotada de aspectos naturais particulares, que compõem um cenário formado por dunas que se movimentam com a ação do vento, arbustos e vegetação típica de mangue (AUTOR, ANO). 
Este atrativo foi consumido pelo turismo de massa e que, sem a devida gestão ambiental e planejamento turístico, enfrentou diversas disparidades, bem pela ausência de investimentos e de atenção do poder público, desconsiderando possibilidades de urbanização litorânea, causando inclusive, degradação ambiental resultante da falta monitoramento e controle, bem como retenção de suas águas por agentes privados para criação de peixes, agravando o seu abastecimento, situação que se complicou com o enfrentamento de graves crises hídricas (AUTOR, ANO). .
Os espaços turísticos são utilizados, em grande medida, de forma inapropriada, sobretudo por agentes privados. Como consequência, não se reflete muito sobre o uso e a durabilidade a longo prazo dos recursos, destinos e atrativos turísticos (AUTOR, ANO). . 
Nesse sentido, argumenta Soto (2008, p. 49): “os espaços de lazeres são dissociados da produção, de tal maneira que parecem, em um primeiro momento, como espaços independentes do trabalho e, portanto, livres”. Dessa maneira, quando não são livres e independentes, os espaços geográficos pertencem a um local específico, mesmo não sendo utilizados para gerar o fluxo de pessoas na cidade; esses espaços pertencem à cidade e merecem o seu cuidado para que possa se manter vitalício.
Na abordagem teórica, discutimos NÃO SE USA PRIMEIRA PESSOA. TEM QUE SER VERBO IMPESSOAL . EX: FOI DISCUTIDO. conceitos de Beni (2003), Torres, Becker, Silvério (2010) Tadini (2010), Santos e Elicher, (2013) entre outros. Nisso, procuramos compreender os conceitos em torno do turismo, impactos do turismo e sua operacionalização. Os textos utilizados se aprofundam na situação em que se encontra a Lagoa do Portinho, fazendo um levantamento do espaço temporal. 
O uso do solo na região da Lagoa do Portinho têm sido foco de discussão do desenvolvimento sustentável, visto que estudos recentes nessa região evidenciaram que as atividades recentes bem a construção de barragens para piscicultura, associadas à redução das chuvas nas últimas décadas, contribuíram fortemente para a redução do volumede água do Lago do Portinho, e isso está ocorrendo também na sub-bacia do Riacho Brandão (GALVÃO, 2015, p. 89). COLOCAR FOTOS
Pode-se nitidamente verificar as marcas do crescimento desenfreado da região através do desmatamento da cobertura vegetal, manejo inadequado dos solos e dos recursos hídricos, caça predatória, práticas de queima, mineração e despejo de lixo. Durante os meses de setembro a novembro, o número de queimadas aumenta significativamente nessa região, com a intenção de limpar o terreno para o plantio, associada à baixa umidade da região e sua elevada temperatura, com os ventos, as queimadas acabam na maioria das vezes fugindo do controle (MESQUITA et al, 2017, p. 347). COLOCAR FOTOS
A diminuição das chuvas, aumento da temperatura, evaporação acelerada da água e ação do homem sobre a região – através de casas, estradas e represas irregulares, os impactos na bacia e, consequentemente, no Lago do Portinho devem-se a uma série de fatores que vem ganhando atenção do poder público devido a importância da região para a economia e turismo (MESQUITA et al, 2017, p. 351).
Ações de planejamento urbano tem sido executadas para garantir a recuperação e desenvolvimento sustentável dessa região, recentemente alguns empresários uniram-se no propósito de revitalizar a Lagoa do Portinho, após uma série de denúncias da população local, abandono dos comerciantes e ausência de turistas. Iniciou-se a abertura de um canal que leva água doce até o canal e o projeto também conta com o plantio de mangues para conservar a biodiversidade do local. A seguir, o projeto visa criar uma associação para recuperar e proteger o estuário da região (PORTAL 180GRAUS, 2016). FONTE ERRADA
Fonte: Portal 180 graus, 2016.
	O Ministério público do estado do Piauí, através de uma ação judicial QUAL AÇÃO conseguiu a aprovação para demolição de todas as edificações que obstruem o curso natural da água que provém dos rios e riachos que alimentam a lagoa do Portinho. Entre as edificações presentes no local estão barragens, casas, restaurantes, piscinas para criatórios de camarões, piscinas para criatórios de alevinos, poços tubulares e outras. Além disso, A Promotoria de Justiça ressalta a importância da execução de projetos de reestruturação e revitalização, com contenção de dunas e recuperação das margens (CIDADE VERDE.COM, 207). FONTE ERRADA
	Ao final do ano de 2018 a Lagoa do Portinho passou a contar com uma linha de ônibus urbanos que circulam na cidade Paranaíba, ação que viabilizará o acesso dos turistas ao ponto turístico. Apesar das várias tentativas de urbanização e reestruturação da região, essas ações têm se tornado mais um equipamento público de abandono do estado. Embora o descaso com a região ainda seja visível, as pequenas ações realizadas reaquecem o comércio e aos poucos devolvem a vida ao local (JORNAL DA PARNAÍBA, 2019). FONTE ERRADA
	
	Recentemente, uma das praças da Lagoa do Portinho foi revitalizada, juntamente com o estacionamento e os canteiros de entorno da lagoa. A praça Assis Júnior assim como o balneário e até a estrada de acesso e os equipamentos públicos de responsabilidade do estado encontravam-se abandonadas (JORNAL DA PARNAÍBA, 2019). Um dos avanços mais importantes para o planejamento urbano e o turismo da região da Lago do Portinho foi a recente transformação da área em uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie).
FAZER REFERÊNCIA AS FIGURAS NO TEXTO.
VER NORMA DA ABNT PARA LEGENDA E FONTE DAS FIGURAS.
	Com isso, a área deve receber incentivos e uma futura elaboração de plano de manejo pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR) (PIAUÍ 24 HORAS, 2019). A prefeitura tem realizado ações para promover e intensificar o turismo na região, a exemplo da etapa brasileira do campeonato de windsurfe, que será realizada na Lagoa do Portinho (TRIBUNA DE PARNAÍBA, 2020).
	Após muitos estudos e denúncias, a Lagoa do Portinho parece ter recebido um pouco mais de atenção, como a vistoria realizada ano passado, para verificar o fechamento de canais clandestinos para o escoamento da água da lagoa (TRIBUNA DE PARNAÍBA, 2020). Somando esforços para fortalecer a preservação da Lagoa do Portinho, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) vem realizando ações educacionais do projeto “Nossa Lagoa, preservando a Lagoa do Portinho”, uma iniciativa que tem como alvo os profissionais de saúde que atuam na comunidade, lideranças comunitárias, comerciantes, turistas e alunos das escolas da região.
FAZER REFERÊNCIA AS FIGURAS NO TEXTO.
VER NORMA DA ABNT PARA LEGENDA E FONTE DAS FIGURAS.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo assim, averiguamos NÃO SE USA PRIMEIRA PESSOA. TEM QUE SER IMPESSOAL. EX: FOI AVERIGUADO que o turismo se torna importante na Lagoa do Portinho, pois contribui na geração de emprego e renda em localidades que não tiveram muito acesso as oportunidades de conseguir ter seu próprio negócio. 
Com o fluxo de pessoas oriundas do turismo, pequenos negócios experimentam crescimento, se tornando em um meio de sobrevivência. Para isso, se torna necessário a ocorrência da transformação do espaço, porque nele o turismo se adequa de acordo com a demanda, sem pensar nas consequências que pode está trazendo ao espaço geográfico.
Observa-se também que as ações de planejamento urbano são de grande importância para a fomentação do turismo, preservação do meio ambiente e impulsionamento da economia da região da Lagoa do Portinho, uma vez que a região está a muito tempo abandonada pelo poder público e vem ganhando atenção após debates e denúncias de visitantes e da população local, que depende do turismo nesta região para viver. 
Portanto, verificou-se que os impactos negativos do turismo sobre o meio ambiente natural causado pelo mesmo, foram a poluição sonora, disposição inadequada dos resíduos sólidos, degradação de ecossistemas frágeis, perda da biodiversidade, como também na perda da cobertura vegetal e do solo, aceleramento de processos erosivos, fuga da fauna nativa, entre outros. 
Torna-se importante que ocorram reflexões e discussões do turismo sobre os impactos oriundos nas localidades naturais, apontando propostas para que possa minimizar os impactos negativos e mostrar os impactos positivos, já que o turismo não é oriundo apenas de impactos negativos, pois se tem presente vantagens em se desenvolver a atividade, sendo por esse motivo que a atividade deve ser bem conduzida e planejada, desta forma, são necessários que aconteçam estudos que busquem minimizar ao máximo a degradação ambiental das áreas receptoras.
REFERÊNCIAS 
VER NORMAS DA ABNT
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