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Conceitos e Exame Clínico da Prótese Total

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● A prótese total removível é suportada inteiramente pela mucosa que recobre o osso remanescente do
rebordo alveolar.
● Vantagens da Prótese Total Removível
★ Relação custo-benefício;
★ Fácil manutenção;
★ Curto tempo para realização;
★ Solução eficiente para situações difíceis;
★ Versatilidade.
● Objetivos da Reabilitação
★ Restaurar a eficiência mastigatória - estabilidade e retenção (mastigação segundo relato do paciente).
★ Avaliar a eficiência mastigatória - questionário de qualidade mastigatória; teste com alimento artificial.
★ Restaurar a fonética - espaço protético e posição dos dentes.
★ Restabelecer a estética - dentes (forma, tamanho, cor, posição) e gengiva (cor, volume, escultura).
★ Proporcionar conforto ao paciente - delimitação adequada da área basal em que a prótese será
confeccionada (erros podem resultar em injúrias teciduais).
★ Integrar-se ao sistema estomatognático - D.V.O. (distância vertical de oclusão) e relacionamento
maxilo-mandibular.
Diagnóstico e Prognóstico
○ Identificar as queixas e problemas prévios ao tratamento;
○ Explicar limitações e dificuldades do caso para gerar expectativas reais;
○ Informar custos envolvidos no tratamento;
○ Valorizar a colaboração do paciente durante a confecção;
○ Programa de manutenção da prótese após instalação;
○ Previsão do índice de sucesso da terapia.
Estratégias para Coleta de Dados
○ Anamnese
■ Dados pessoais (nome, idade, sexo, endereço, telefone, profissão);
■ Registrar todo o relato do paciente, valorizando as particularidades;
■ Queixa principal (O que está incomodando? Quais expectativas emocionais? O que trouxe você
à universidade?);
■ É importante estabelecer uma relação de confiança com o paciente (compreender e não julgar;
manter contato visual; privacidade; ausência de interrupções; gentileza; não fazer expressões de
aborrecimento; empatia).
■ Aspectos Psicossociais: perfil psicológico; condição socioeconômica; buscar dialogar livremente;
hábitos e costumes; coletar informações subjetivas da percepção do paciente; questionários -
hipervigilância (vigiar muito o próprio corpo) e comportamento emocional do paciente.
■ Aspecto Dentário: história odontológica do paciente (motivo da perda dos dentes); data e local
do último tratamento; razão da extração dentária; tempo de edentulismo; dificuldade na
mastigação e dieta; motivação em usar ou renovar próteses (real objetivo - estética/vaidade ou
função/mastigação);
■ História Médica: condições sistêmicas (diabetes - cicatrização mais lenta); tratamentos em
andamento (ingestão de múltiplos medicamentos - xerostomia, xerostomia por irradiação-;
problemas digestivos; regime emagrecedor); menopausa; osteoporose (doenças
reumatológicas; pode acentuar a reabsorção óssea alveolar); deficiências auditivas e visuais;
limitações de movimentos físicos; sequelas pós-cirúrgicas; risco cirúrgico (válvulas cardíacas;
hipertensão arterial).
○ Exame Clínico Extraoral
■ Aspecto Facial: sustentação dos lábios e estruturas anexas; colapso da musculatura perioral;
inversão do arco dos lábios, diminuição da área seca dos lábios; sulco facial acentuado
(nasolabial e perilabiais); estética facial do terço inferior (suporte de lábio; projeção de mento
para anterior - a perda da altura, distância da base do nariz ao queixo, faz com que a boca feche
mais e a mandíbula rotacione mais-; linha do sorriso; altura incisal);
dimensão vertical de oclusão; dimensão vertical postural ou de repouso;
espaço funcional livre. Vai guiar os limites verticais do espaço protético.
■ Assimetrias faciais – vista frontal;
■ Discrepâncias ósseas – vista sagital.
■ Análise de músculos mastigatórios e ATMs (identificação da presença de DTM).
■ Avaliar próteses antigas, quando presentes: grau de higiene; espaço protético na região da
papila piriforme; extensão da base da prótese (área chapeável); tolerância relatada;
características estéticas; desgastes excessivos; relações intermaxilares.
○ Exame Clínico Intraoral
■ Análise das próteses antigas, em caso de trocas.
■ Presença de acidentes anatômicos ou lesões decorrentes de próteses: histórico de alergia a
algum material; hiperplasia fibrosa inflamatória; candidíase eritematosa.
■ O plano de tratamento deve incluir condutas para solucionar o problema previamente ao início
da confecção de novas próteses.
■ A saliva é o principal agente a promover retenção;
■ Fluxo salivar 0,8 e 8mm/min;
■ Regiões da prótese, filme de saliva estagnado: diminui a ação antimicrobiana da saliva sob a
base; a má higienização corrobora com os microrganismos; uso contínuo da prótese,
especialmente à noite.
■ Falhas protéticas de polimento ou irregularidades: adaptar, regularizar e polir a superfície
interna; orientar melhoria da higienização; aumentar o tempo em que o paciente não utiliza, para
diminuir a tensão sobre a mucosa; uso tópico de nistatina ou clorexidina 0,12% em gel ou
bochecho – se necessário, associar medicação sistêmica.
■ Exame de tecidos moles, análise minuciosa: lábios, mucosa jugal, palato, músculos, rebordo
remanescente, língua (dorso, ventre e laterais);
■ Reabsorção do rebordo residual: maxila → 2 a 4mm de osso no 1º ano + 0,1mm nos anos
subsequentes; mandíbula → 4 a 6mm de osso no 1º ano + 0,4mm nos anos subsequentes. O
rebordo residual registra o histórico de exodontias.
■ Como a prótese atua no processo de reabsorção óssea?
O estímulo mecânico tende a manter a atividade celular equilibrada entre osteoclastos e
osteoblastos.
Tensões mecânicas exageradas podem resultar em maior reabsorção (síndrome da
combinação).
Ausência de estímulos no tecido ósseo pode resultar em atrofia por desuso.
■ Análise dos rebordos alveolares residuais: espessura, grau de retenção, inserções musculares,
bridas cicatriciais.
■ Exame do suporte fibromucoso: visualmente; tato para verificar tonicidade e resiliência.
■ Tipo: aderente (mais favorável, menos resiliente, menor torque), consistência média ou flácido
(não contraindica, mas menos favorável, mais torque).
■ Análise dos rebordos alveolares superior e inferior:
Forma: quadrada, oval, triangular, lâmina de faca;
Altura: alto, médio, reabsorvido;
Regularidade: regular, irregular.
■ Síndrome da Combinação PT e PPR inferior (ou não):
Perda de suporte sob a base da PPR;
Reabsorção óssea anterior na maxila;
Crescimento das tuberosidades maxilares;
Teste para verificar ausência de espaço protético.
○ Exames Complementares
■ Exame radiográfico – Panorâmica: permite verificação de dentes inclusos, raízes residuais no
interior do tecido, patologias ósseas;
o Planejamento Clínico
■ Diagnóstico das diferentes especialidades: radiologia, cirurgia, oclusão.
■ Fase Curativa: procedimentos terapêuticos prévios;
■ Fase Protética: procedimentos diretamente relacionados com a construção da PR.
○ Cirurgia
■ Avaliação cirúrgica: exodontias – condições irreparáveis;
■ Alveoloplastias: indicadas em casos de grande deformação e comprometimento da prótese;
aplainamento do rebordo pode levar à perda imediata e reabsorção óssea; uso de enxertos e
hidroxiapatita para regularização do rebordo.
○ Plano de Tratamento Individualizado
■ Apresentação explicativa do planejamento – exemplos de limitações: fluxo salivar reduzido;
rebordo inferior muito reabsorvido; rebordo retentivo; fibromucosa flácida; espaço
maxilomandibular reduzido; discrepância anteroposterior; prótese antiga com DVO muito
reduzida; não usuário de prótese inferior há anos; perfil psicológico.
■ Termo de ciência concordando com o tratamento proposto.

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