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Conceito de Vulnerabilidade e Risco Social

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Conceito de Vulnerabilidade e Risco Social
		Conforme a Secretaria Nacional de Assistência Social (2009), o estado de vulnerabilidade social se associa a pessoas com vínculos familiares e comunitários fragilizados, mas sem rompimentos. Estão na condição de privação ligadas a ausência de renda ou de acesso nos serviços públicos e propícios a pobreza. A situação de risco social se associa as pessoas que tiveram os seus direitos violados, dos quais os vínculos familiares estão rompidos e a convivência com a família pode ser prejudicial para o seu desenvolvimento. Segundo Abramovay (2002), a vulnerabilidade social é definida como uma situação em que os recursos de um grupo social não são suficientes para enfrentar as oportunidades que a sociedade oferece. Tais oportunidades elevam os níveis de bem-estar ou diminuem a probabilidade de decadência das condições de vida de determinadas causa sociais. Sendo assim, o conceito de vulnerabilidade social está indiretamente ligada com a mobilidade social, posto isso, as possibilidades que pessoas em vulnerabilidade social possuem em movimentar as estruturas sociais e econômicas são limitadas em termos de alteração de inscrição social. Portanto, pode-se dizer que vulnerabilidade social é formada por indivíduos, que estão expostas à exclusão social, familiares, pessoas sozinhas, e é um conceito ligado a pobreza. Os indivíduos que estão inclusos na vulnerabilidade social são aquelas sem voz ativa onde vivem, moradores de rua, quem vive em aglomerados e muitas vezes de favores. Segundo Pelegrino (1997), no Brasil os termos inclusão e exclusão social estão relacionados a condição de pobreza, pois os indivíduos nessa situação econômica encontram-se em vulnerabilidade e risco social, uma vez que não possuem o acesso adequado as políticas sociais básicas como alimentação, habitação, educação e saúde.
		Estes fatores são considerados de risco e que comprometem o desenvolvimento do indivíduo, podendo levar os mesmos a integrarem no mundo da criminalidade. Para Pacheco (2009), ao falar das situações de riso, deve-se levar em consideração os fatores de proteção para o sujeito, como a citação a seguir:
Fatores individuais, tais como autoestima positiva, autocontrole, autonomia, características de temperamento afetuoso e flexível; (2) fatores familiares, como coesão, estabilidade, respeito mútuo, apoio/suporte; e, (3) fatores relacionados ao apoio do meio ambiente, como um bom relacionamento com amigos, professores ou pessoas significativas que assumam papel de referência segura à criança e a faça sentir querida e amada. (Pacheco et. al., 2009, p.168).
		
		Entende-se que situação de risco é a condição em que a criança vive, as circunstâncias em que são expostas podem leva-las a um conjunto de situações que podem prejudicar seu desenvolvimento e seu futuro. Pode-se considerar que as crianças que fazem parte das classes menos favorecidas são levadas a pular por etapas da vida assumindo responsabilidades de adultos e as tornando responsáveis por obrigações que não cabem a elas. Situações como essas acontecem devido à falta de recursos das famílias e de uma condição menos favorável da realidade. Tais fatores causam o abandono escolar gerando crises de identidade, causando maior vulnerabilidade porque as estruturas sociais na concepção da criança não estão determinadas.
		Neste contexto, a família e o Estado tem o dever com a criança conforme descrito no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): “É dever da família da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, à cultura, a dignidade , ao respeito, a liberdade, a convivência familiar comunitária, além de colocá-la a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. 
Referências usadas:
ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; PINHEIRO, L. C.; et.al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América Latina: desafios para políticas públicas. Brasília: UNESCO, 2002.
PACHECO, Janaína T. B.; HUTZ, Claudio S. Variáveis Familiares Preditoras do Comportamento Antissocial em Adolescentes Autores de Atos Infracionais. Psic.: Teor. E Pesq., Brasília, vol. 25 n. 2, pp. 213-219, 2009.
PELLEGRINO, H. Pacto edípico e pacto social. In: P Y, L. A. et. al. Grupo sobre grupos. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

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