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ANATOMIA RADIOLÓGICA E PATOLOGIA ASSOCIADA ABDOME, PELVE E SISTEMAS DIGESTÓRIO E URINÁRIO KERLA AFFONSO Técnica em Radiologia Tecnóloga em Radiologia Médica GRADUANDA EM BIOMEDICINA Pós Graduada em Anatomia Humana Pós graduada em TC e RM O Abdome é uma região corporal que contém a maior cavidade, o qual serve de abrigo para a maioria dos órgãos do sistema digestório e parte dos sistemas urinário e genital. Seu limite superior é constituído pelo músculo diafragma, seu limite inferior é formado pelos músculos levantador do ânus e coccígeo, constituintes do diafragma pélvico. O abdome pode ser divido em duas porções: uma superior e outra inferior. A porção superior é constituída pela região abdominal propriamente dita, já a inferior é formada pela região pélvica. Os órgãos intra-abdominais, circundados pelo peritônio, são intraperitoneais, a única exceção é o ovário, que fica contido na cavidade peritoneal sem ser coberto pelo peritônio visceral. O peritônio é dotado de propriedades muito particulares que fazem dele um verdadeiro “órgão”, com funções e doenças próprias. O abdome ainda pode ser dividido, para fins de estudo, entendimento e localização de órgãos, em QUADRANTES E REGIÕES. SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório / trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus. ABDOME/PELVE quadrante superior direito (QSD), quadrante superior esquerdo (QSE), quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior esquerdo (QIE) 1 – Hipocôndrio direito 2 – Epigástrico 3 – Hipocôndrio esquerdo 4 – Flanco (lombar) direito 5 – Mesogástrio (Umbilical) 6 – Flanco (lombar) esquerdo 7 – Inguinal (ilíaco) direito 8 – Hipogástrio (Pubiana) 9 – Inguinal (ilíaco) esquerdo Fígado Vesícula Peritônio parietal Estomago Colon Ascendente Colon transverso Alças delgado Ceco Vesícula Omento menor Antro pilórico Fundo do estomago Baço Corpo do estomago SISTEMA URINÁRIO O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo. O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga e a uretra. ANATOMIA DO ABDOME E PELVE • ESTÔMAGO O estômago é um reservatório muscular situado entre o esôfago e o duodeno; é onde os alimentos se acumulam e cuja mucosa secreta um potente suco digestivo. • INTESTINO DELGADO é um tubo contorcido estendendo-se do piloro até a válvula ileocecal. • Mede aproximadamente 7 m de comprimento, diminuindo de diâmetro desde o seu início até a sua terminação. O intestino delgado é constituído por três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. • DUODENO, JEJUNO E ÍLEO: O duodeno é a porção inicial do delgado, após segue o jejuno e o íleo que constituem a porção móvel do intestino delgado, iniciando-se na flexura duodeno- jejunal e terminando no início do intestino grosso, onde se abre pelo óstio ileocecal. • INTESTINO GROSSO (ou cólon) é a continuação do íleo; e começa na valva ileocecal, e abre-se para o exterior através do ânus, mede aproximadamente de 1,60 a 1,80 m no adulto. • E seu calibre é maior próximo ao ceco e diminui gradualmente até o reto. Esôfago Piloro Fundo do estomago Corpo do estomago Pequena curvatura Antro pilórico Flexura hepática Colon ascendente Colon descendente Flexura esplênica Colon transverso sigmóide Reto Ânus Apêndice Duodeno Pâncreas O sistema biliar consiste nos órgãos e condutos (ductos biliares, vesícula biliar, e estruturas associadas) que estão envolvidas na produção e no transporte da bílis. A vesícula biliar assemelha-se a uma pequena pêra e fica debaixo do fígado. trata-se de um reservatório para o armazenamento da bile, líquido fundamental à digestão das gorduras, produzido pelo fígado. PELVE A pelve contém os principais componentes abdominais: a bexiga, partes terminais dos ureteres, órgãos genitais, pélvicos, reto, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Nas mulheres, também aloja ovários e útero, nos homens próstata e vesícula seminais. Fundo do estomago Baço Corpo do estomago Vesícula biliar Ducto Hepático comum Ducto Colédoco Ducto Pancreatico Ducto Cístico Duodeno SISTEMA DIGESTÓRIO / DIGESTIVO O trato digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso, Reto e Ânus. Tubo digestório alto: boca, faringe e esôfago. Tubo digestório médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo). Tubo digestório baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto). Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar SISTEMA URINÁRIO Sistema urinário ou aparelho urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as “impurezas” do sangue e deixa-lo em condições de circular novamente pelo organismo. . https://www.todamateria.com.br/estomago/ https://www.todamateria.com.br/glandulas-salivares/ Pelve Feminina Pelve Masculina ANATOMIA SECCIONAL POR TC E RM • Sabendo que a TC e a RM nos proporciona imagens seccionais, em diversos planos, precisamos estar com bom conhecimento em anatomia seccional. CORRELAÇÃO TC RM ANGIO RM MEDIDAS DA ARTÉRIA ANGIO TC ESTUDO DO FETO POR RM PELVE FEMININA PELVE MASCULINA Proibido o estudo do feto por tomografia devido a radiação ionizante. ESTUDO DO ABDOME E PELVE As modalidades diagnósticas utilizadas pela Radiologia para o estudo da cavidade abdominal são a radiologia convencional (RC), a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a ultrassonografia (USG). Esta, na maioria das vezes, é a primeira modalidade de exame a ser solicitada, pois oferece informações de qualidade, não utiliza radiação ionizante, é encontrada na maioria dos serviços de imagem, além de ser um método não invasivo. Muitas vezes o exame de ultrassonografia é solicitado para complementar uma avaliação prévia. Esta pode ter sido realizada por uma radiografia simples do abdome ou como primeiro exame após avaliação clínica. O médico assistente escolherá a modalidade de diagnóstico por imagem a ser utilizada, na dependência da suspeita clínica, após realização de um exame físico criterioso. Os exames diagnósticos obtidos tanto pela radiologia convencional quanto pela tomografiacomputadorizada e pela ressonância magnética podem oferecer mais informações quando utilizados meios de contraste, na dependência da indicação clínica. • Abdome Agudo é toda situação em que ele se torna subitamente doloroso. • A Radiografia simples imediata, continua sendo essencial para estudo de um paciente com suspeita de abdome agudo. • A história clínica do paciente é de extrema importância para um diagnóstico diferencial por imagem. • Além da Radiografia do abdome, outras técnicas de Imagem podem ser necessárias para o esclarecimento do Abdome agudo. • Atualmente dispomos de diversos exames complementares, criando um diagnóstico rápido, para melhor orientação na conduta médica. • Nesta abordagem trataremos dos Métodos de Imagem por TC e RM do Abdome. • A RM e a TC tem uma grande importância na avaliação anatômica, morfológica e até funcional dos órgãos e estruturas de interesse, cada vez mais detalhada e específica com os avanços tecnológicos emergentes de maneira geral. A TC esta indicada nos casos de: • Traumatismo Abdominal • Cólica Renal • Suspeita de Apendicite • Suspeita de Pancreatite • Complicações pós Operatórias Vantagens TC - Menor tempo de execução no exame - Maior disponibilidade nos diversos Centros de Diagnóstico - Menor custo quando comparado a RM - Muito utilizado em caráter de emergência RM - Oferece melhor contraste entre tecidos e detalhes anatômicos quando comparada a TC - Possibilita o estudo de lesões de forma dinâmica - Oferece imagens multiplanares, desde axial, coronal, sagital e oblíquas PATOLOGIAS ASSOCIADAS: TC E RM A RM está indicada no : Estudo da Vesícula Estudo do Fígado Avaliação Tumores Abdominais Doenças da Pelve (Útero/Próstata) Desvantagens RM - Apresenta tempo longo de exame - Contra indicado para pacientes com Marca-Passo cardíaco, Clips de aneurisma, ... - Custo elevado TC - Utiliza Radiação Ionizante - Contra Indicado para Gestantes - Alergia a Iodo Ambos os Métodos de Imagem devem ter critérios em sua solicitação, dependendo da suspeita clínica, urgência ou especialidade Diagnóstica. Há casos em que é solicitado a TC e após solicitado a RM. Neste caso, quando o diagnóstico entre lesões não podem ser esclarecida apenas pela TC que a RM se torna complementar. O mesmo acontece no sentido de a TC ser melhor indicada em determinadas circunstancias, muitas vezes, conclusivas, não necessitando de um estudo de RM. • INDICAÇÕES Fígado – TC como método inicial RM complementar nos casos incaracteristicos, lesões focais, ... Vesícula e Vias Biliares – RM (ColangioRM) permite análise destas patologias Baço – TC é indicada Pâncreas – TC inicialmente ( Maiorias das vezes, suficiente) RM complementar se necessário Rins e vias Urinárias – TC como estudo morfológico e funcional RM em casos especiais Vasos – TC (AngioTC) indicada, salvo as contra indicações ao uso do Iodo RM (AngioRM) Melhor definição de detalhes e fluxo Órgãos Ginecológicos e Pelvicos – RM é superior na definição diagnóstica RM – CÁLCULO BILIAR COLELITÍASE Colelitíase é a presença de cálculos na vesícula biliar. A colelitíase se trata especificamente da formação desses cristais na vesícula biliar. TC RM ESTEATOSE HEPÁTICA O termo esteatose hepática refere-se a uma resposta inespecífica do fígado ao acúmulo anormal de triglicerídeos no interior de suas células. Suas causas são várias, entre elas a obesidade. Sua distribuição pelo parênquima hepático é variável. A forma difusa é mais comumente encontrada. O exame de tomografia computadorizada oferece boa sensibilidade na detecção dessa patologia. Há hipodensidade do tecido acometido quando comparado com as áreas de tecido normal. CIRROSE HEPÁTICA A cirrose hepática é uma doença que acomete difusamente o parênquima hepático de forma crônica e irreversível, com formação de nódulos de regeneração. Possui inúmeros fatores etiológicos determinantes, sendo os mais comuns o alcoolismo e as hepatites virais. TC RM METÁSTASE HEPÁTICA A possibilidade de doença metastática hepática deve ser aventada no diagnóstico diferencial de quase todas as massas do fígado pela grande variedade de aspectos de imagem que podem assumir. São as lesões malignas mais comuns do fígado. Os sítios de tumores primários que mais comumente enviam metástase para o fígado são o trato gastrointestinal, as mamas e os pulmões. TC RM APENDICITE A causa da inflamação do apêndice é a obstrução de sua luz. A avaliação por métodos de imagem visa a confirmação da suspeita clínica ou visa identificar outras causas responsáveis pelo quadro clínico apresentado. Os métodos de diagnóstico por imagem que podem fornecer informações para a avaliação do apêndice são a radiologia convencional, por meio da radiografia simples do abdome; a ultrassonografia, hoje em dia solicitada como primeiro exame de imagem quando há suspeita de apendicite; e a tomografia computadorizada. Esta, solicitada, principalmente, em casos de indivíduos obesos. A radiografia simples do abdome é inespecífica em relação aos seus achados. Apenas o achado de calcificação na topografia do apêndice, associado a um quadro clínico e laboratorial sugestivos, aumentam a acuidade diagnóstica. Isto ocorre em aproximadamente 10% dos casos. A tomografia computadorizada fornece informações sobre a densidade do tecido gorduroso que circunda o apêndice. HÉRNIA UMBILICAL Hérnia umbilical é uma protuberância anormal que pode ser vista ou sentida na região do umbigo. Esse tipo de hérnia se desenvolve quando uma porção do revestimento do abdômen, de parte do intestino e/ou fluido do abdômen se acumula através do músculo da parede abdominal. PATOLOGIAS DO ÚTERO O útero é um órgão pertencente ao aparelho reprodutor feminino com a principal função de receber e implantar todos os óvulos fecundados, além de ser o responsável pela expulsão do bebê, quando o mesmo está pronto para o nascimento. Por ser um órgão de grande importância para a reprodução humana muitas vezes fica suscetível a algumas doenças e infecções, que vão desde as mais simples até as mais graves. CA DE PRÓSTATA Adenomiose Endometriose Mioma CA do colo do útero https://mundomulheres.com/sobre/doencas/ CÁLCULO RENAL RINS POLICÍSTICOS