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Citopatologia e Trato Genital Feminino


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Citopatologia
Aula 1
É a ciência que lida com estudos, pesquisas e diagnósticos que se realizam por meio de análises microscópicas de amostra de células, ou seja, a patologia celular. 
Citomorfológicas-> são avaliações de alteração estrutural da célula representativa do tecido em estudo e dos demais componentes daquele microambiente.
Teste do Papanicolau ou esfregaço cervicovaginal 
É um teste realizado para detectar alterações do colo do útero. Após a coleta, o material é transferido para a lâmina de vidro que será fixada e corada. A fixação do esfregaço deve ser feita imediatamente após a coleta, sem nenhuma espera. 
O câncer do colo de útero é uma doença previsível e sua detecção precoce é a principal estratégia para controle da doença. 
Por demorar anos para se desenvolver, pode ser detectado em suas fases iniciais e quando tratado adequadamente, resulta em 100% de chance de cura. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem no início, antes que a mulher tenha sintomas. 
O exame é causado apenas por um desconforto que diminui caso a mulher consiga relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada. 
Trato genital feminino
Aula 2	
Composto por:
· Vulva 
· Vagina 
· Útero 
· Tubas uterinas 
· Ovários 
Vulva- conjunto dos órgãos sexuais femininos externos.
· Monte pubiano
· Lábios menores
· Lábios maiores
· Clitóris 
· Vestíbulos 
· Meato uretral
Vagina- canal do órgão sexual feminino que se estende do útero a vulva. 
Sua parede é composta de 3 camadas:
· Camada externa (tec. Conjuntivo)
· Musculo liso
· Epitélio escamoso (revestimento interno)
Útero- 
· CORPO – porção mais larga, localizada na cavidade abdominal
· ​FUNDO – porção mais estreita, abre-se no interior da vagina.
· CAVIDADE ENDOMETRIAL – larga e triangular (no corpo)
· CANAL ENDOCERVICAL – tubo estreito no interior do colo ou cérvice​
Tubas uterinas ou tubas de falópio 
Formam a parte inicial do sistema feminino de ductos. Essas tubas recebem o ovócito ovulado e são o local onde a fertilização geralmente ocorre.
Cada uma tem cerca de 10 cm de comprimento e desemboca no útero através do istmo. 
Ovários 
Estrutura ovoide com 4x2x2 cm, seu estroma contém os óvulos que podem estar em repouso ou então amadurecer com o tempo. 
Eles também possuem células que podem produzir hormônios. 
Histologia
Epitélio simples- pavimentoso (ou escamoso), cúbico, colunar ou pseudoestratificado. 
Epitélio Estratificado – pavimentoso, cúbico, de transição relaxado, de transição estendido.
Epitélio Pavimentoso (ou escamoso) Queratinizado​- Encontrado na pele e nos grandes lábios e também pode aparecer em algumas condições patológicas da vagina, do colo e do endométrio​. 
Ectocérvice ou Ectocervix​
É a porção mais facilmente visível do colo uterino, a endocervice em grande parte é invisível e reside proximal ao orifício cervical externo. A endocérvice é recoberta por um epitélio escamoso estratificado róseo. Consistindo de várias camadas de células e epitélio colunar avermelhado com uma única camada de células que reveste o endocérvix. As camadas de células intermediárias e superficiais do epitélio escamoso contém glicogênio.
Epitélio Escamoso Não-Queratinizado​
· Pequenos lábios da vulva, vagina e parte externa do colo uterino (ectocérvice ou porção vaginal da cérvice)​
Basais – esféricas, principal área de mitose (renovação a cada 4 dias)​
Intermediárias – progressivamente maiores, núcleo esférico e cromatina finamente granular. Citoplasma basofílico com glicogênio (aumenta por ação da progesterona)​
Superficial – camada de células maiores, com núcleos condensados (picnóticos). As junções celulares somem, justificando sua descamação isolada. São nucleadas, diferente das encontradas em epitélio queratinizado.​
Membrana basal – separa as células da lâmina basal.​
Lâmina basal – composta de colágeno e outras proteínas fibrilares. Rompe-se quando há carcinoma invasor. 
 
As células basais se dividem e maturam para formar as próximas camadas denominadas células para- basais, que também tem núcleos grandes. Uma maior diferenciação e maturação das células para-basais conduz as camadas as células intermediárias. 
Com mais maturação, são formadas células grandes e acentuadamente planas com núcleos pequenos, densos e picnóticos e citoplasma transparente das camadas superficiais. ​
Em termos gerais, da camada basal à superficial, essas células sofrem um aumento de tamanho e redução do tamanho nuclear. 
Células de langerhans
São os macrófagos presentes no tecido epitelial. São pequenos e com o citoplasma claro, forma ovóide e núcleo pálido. 
Presença de bastões intracitoplasmáticos semelhantes a raquete de tênis (grânulos de Birbeck).
​
Células endometriais
O endométrio é a mucosa do útero.
O miométrio é a camada muscular espessa
O perimétrio é a camada serosa externa ou revestimento peritoneal visceral do útero, contínuo com o peritônio pélvico e abdominal. 
O endométrio possui um epitélio de revestimento simples cilíndrico e uma lâmina própria, associado a glândulas endometriais produtoras de muco.​
Epitélio endocervical 
Composto por uma camada única de células de células colunares altas:
O tamanho das células varia com o ciclo menstrual:
- menores nas fases proliferativas (estrogênica): núcleo esférico e citoplasma opaco. 
- maiores na fase secretora (progesterona): distendidas pela presença de muco, maiores e com citoplasma caro. 
Junção Escamocolunar (zona de transformação) 
Local de transição entre os epitélios da porção interna e externa do colo do útero. A JEC original é observada no nascimento e está localizada na junção entre o orifício cervical externo e o epitélio cilíndrico endocervical.
Em mulheres muito jovens, o epitélio endocervical localiza-se na superfici endocervical. Estas ilhotas de epitélio endocervical são chamadas de ectrópio. Com o passar do tempo o ectrópio pode sofrer uma metaplasia escamosa, sendo substituído por epitélio escamoso estratificado.
Por volta dos 30 anos a JEC passa a assumir uma posição mais cranial e na menopausa a JEX encontra-se dentro da endocérvice.
A ação do tampão do muco que recobre as células colunares sofre interferência quando o epitélio colunar evertido no ectrópio fica exposto ao meio vaginal ácido. Isto leva à destruição e substituição subsequente do epitélio colunar pelo epitélio escamoso metaplasico recém formado.
Metaplasia- é a alteração ou substituição de um tipo de epitélio por outro. 
Metaplasia
Metaplasia escamosa é a substituição do epitélio colunar evertido por um epitélio escamoso recém-formado. O primeiro sinal da metaplasia escamosa é o surgimento e proliferação de células de reserva. 
Morfologicamente, as células de reserva têm um aspecto semelhante às células basais do epitélio escamoso original, com núcleos arredondados e citoplasma escasso. ​
À medida que o processo metaplásico progride, as células de reserva proliferam e se diferenciam para formar um epitélio multicelular fino de células escamosas imaturas sem evidência de estratificação.
O processo metaplastico requer o surgimento de células indiferenciadas, cúboides, subcolunares denominadas de células de reserva porque o epitélio escamoso metaplastico resulta da multiplicação e diferenciação dessas células.
Com o tempo, estas se dispersam do epitélio colunar persistente.
Citologia hormonal
Aula 3
É definida como a avaliação das condições endócrinas das pacientes por meio dos estudos morfológicos das células vaginais, sendo uma das primeiras aplicações diagnósticas da citologia clinica. Apesar de certas limitações, é eficiente, não dispendiosa e rápida para estabelecer as condições hormonais de uma paciente. 
A citologia hormonal tem sido substituída por métodos de analise bioquímica dos hormônios sexuais, por serem mais rápidas e mais precisas. 
A citologia hormonal fundamenta-se no fato de o epitélio estratificado escamoso não queratinizadoser provido de receptores hormonais que controlam a maturação e a diferenciação celulares. 
Estrogênio-induz a maturação epitelial completa e leva à predominância de células escamosas superficiais maduras no esfregaço citológico. 
Progesterona- produz efeitos contrários aos do estrógeno e inibe o processo de maturação. 
Aplicação da citologia hormonal 
1- Estabelecer a condição hormonal da paciente.
2- Avaliar a função ovária normal e patológica da puberdade até a menopausa.
3- Avaliar a função placentária e disfunções obstetrícia.
4- Auxiliar na seleção da terapia hormonal e acompanhar os resultados de tratamentos hormonais. 
Regras a serem observadas para avaliação citológica hormonal.
1- Realizar a analise emesfregaço obtido por escarificação da parede lateral da vagina, que é mais sensível à ação hormonal, a certa distancia da cérvice uterina. 
2- Evitar a coleta no fundo do sacco vaginal, pois, pode haver produtos da descamação da cérvice uterina, células inflamatórias e detritos, que dificultariam a avaliação.
3- Não é possível realizar a avaliação hormonal na presença de processos inflamatórios, tratamentos hormonais, citolise, câncer, irradiações cirurgias recentes ou outros procedimentos como cauterizações.
4- Coletas repetidas devem ser realizadas e comparadas no mesmo ciclo ou no decurso de um tratamento hormonal
5- O citologista também deve ser informado sobre dados clínicos da paciente, como idade, dia do ciclo menstrual, situações fisiológicas ou patológicas do aparelho genital e utilização do tratamento hormonal, pois, não há interpretação hormonal válida sem essas informações.
Ciclo sexual ou menstrual mensal
São alterações mensais nas taxas de secrção dos hormônios femininos, que promovem mudanças nos ovários e em outros órgãos sexuais, durante os anos reprodutivos normais. 
Hormonios envolvidos:
· GnRH 
· FSH
· LH
· Estrogênio e progesterona
Na infância 
Os ovários permanecem inativos, mas quando atingem entre os 9 e 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, levando ao início dos ciclos sexuais mensais, que começam entre 11 e 15 anos. O primeiro ciclo menstrual é denominado monarca. 
Ciclo endometrial ou uterino 
Fases:
· Menstrual (1 º ao 5º dia); 
· Estrogênica ou proliferativa (6º ao 14º dia) 
· Ovulatória (14º ao 15º dia)
· Progestacional ou secretora (15º ao 28º dia).
 Fase menstrual (1º ao 5º dia)
Primeiro dia do ciclo menstrual: 
Características dos esfregaços:
1. Esfregaços hemorrágicos
2. Detritos celulares
3. Leucócitos 
4. Células malpighianas com dobras (plicaturadas)
5. Células cilíndricas endocervicais
6. Células cilíndricas endometriais
Fase estrogênica ou proliferativa ( 6º ao 14º dia)
Características do esfregaço:
Início do ciclo:
1. Células cianófilas (intermediárias)
2. Leucócitos
Após o início (perto da ovulação)
1. Células superficiais numerosas
2. Eosinofilia e picnose (orangeófilas)
3. Raros leucócitos
4. Sem Hemácias 
Fase progestacional ou secretora ( 15º ao 28º dia) 
Características dos esfregaços: 
Ovulação (14º ao 15º dia)
1. Células superficiais eosinófilas
2. Muco
3. Células endocervicais maiores
Progestacional (15º ao 28º dia)
1. Células intermediárias plicaturadas
2. Leucócitos e muco
Perto do fim do ciclo: Células intermediárias dobradas, núcleos nus, leucócitos, aspecto sujo.
Menopausa e pós-menopausa 
Cessação das menstruações- redução da progesterona.
Instala-se progressivamente:
1- Atividade estrogênica reduzida- presença de células intermediárias.
2- Redução acentuada de atividade estrogênica- células intermediárias (amareladas- naviculares) e algumas células parabasais. 
3- Redução máxima da atividade estrogênica- atrofia profunda com maioria de células parabasais e redução de muco 9dessecação das mucosas0. Os núcleos podem apresentar-se volumosos e pálidos, com variação de tamanho celular. 
Gravidez 
Alta estimulação progestacional (progesterona)
Características citológicas:
1. Primeiras 6 semanas – esfregaço com células intermediárias plicaturadas
2. Terceiro mês de gestação – aglomerado de células intermediárias naviculares, citólise e flora lactobacilar
Pós- parto
Características citológicas: 
1. Aglomerado de células intermediárias naviculares e citólise dão lugar a um quadro de atrofia
2. Células parabasais e intermediárias com bordas arredondadas ou ovais
3. Leucócitos e muco
4. Aspecto sujo
Ações hormonais sobre os esfregaços 
· Estrógenos 
· Maturação do epitélio malpihiano
· Numerosas células superficiais eosinofilicas com números picnócitos.
· progesterona 
· regressão da maturação com formação de aglomerados de células intermediárias.
Classificação do esfregaço citológico​
· Quanto às Células Profundas (Parabasais e Basais)​
a) Atrófico Leve​
Quando o nº de Células Superficiais for < 1%; ​
Quando o Nº de Células Profundas for < 35%; Sendo o estante de Células Intermediárias
b) Atrófico Moderado​
Quando o Nº de Células Profundas estiver entre 35% e 70%;​
c) Atrófico Acentuado​
Quando o Nº de Células Profundas for > 70%;​
· Quanto às células superficiais 
a) Hipertrófico – Quando o Nº de Células Superficiais for superior a 70%;​
b) Normotrófico – Quando o Nº de Células Superficiais estiver entre 35% e 70%;​
c) Hipotrófico – Quando o Nº de Células Superficiais estiver entre 10% e 35%​
Citologia do trato genital feminino
Aula 4
A citopatologia analisa as células individualizadas, descamadas, expelidas ou retiradas da superfície de órgãos​
CITOLOGIA ESFOLIATIVA:​
- Consiste em recolher células que descamaram espontaneamente do fundo de saco posterior da vagina​
CITOLOGIA ABRASIVA :​
- Consiste na raspagem da mucosa de modo a soltar as células do epitélio​
VANTAGENS DA CITOLOGIA VAGINAL:
 Diversidade de células do trato genital​
DESVANTAGENS DA CITOLOGIA:​
– Estado de conservação​
– Pobreza de células malignas em tumores cervicais​
Exame ginecológico 
Composto por: 
· Anamnese​
· Exame físico – Mamas, abdômen, genitais externos, genitais internos​
· Coleta de Material​
· Teste de Schiller (com lugol) 
· Colposcopia​
· Toque vaginal​
PREPARO PRÉVIO DA PACIENTE PARA AS COLETAS DE CITOLOGIA ONCOLÓGICA CERVICO-VAGINAL
​
Para que a coleta não sofra interferências na sua qualidade e quantidade do material colhido, refletindo diretamente na qualidade do diagnostico citomorfológico:​
1) PACIENTE NÃO DEVE COLHER O EXAME DURANTE O SEU PERIODO MENSTRUAL​
· Dificulta uma boa visualização do quadro citomorfológico.​
· Deve-se tomar o cuidado para não confundir com quadros de metrorragias, onde neste caso a colheita deve ser realizada.
2) NO DIA ANTERIOR AO EXAME À PACIENTE NÃO PODE FAZER USO DE DUCHAS VAGINAIS OU QUALQUER TIPO DE HIGIENE INTÍMA .​
· Dificulta o diagnóstico de possíveis agentes infecciosos, devido à sua retirada temporária​
3) NÃO USAR MEDICAMENTOS VAGINAIS (ÓVULOS, CREMES OU SUPOSITÓRIOS) DURANTE NO MINIMO 48 HORAS ANTES DO EXAME.​
· Interferem na coloração dos esfregaços, criando artefatos técnicos e diminuem a microbiota vaginal, principalmente os agentes infecciosos.​
4) ABSTINÊNCIA SEXUAL (COITO VAGINAL) NO MINÍMO 24 HORAS ANTES DO EXAME​
· Interferência do sêmen (liquido seminal + espermatozóides) na coloração e no conteúdo esfregaço​.
Orientações para o bom andamento da coleta
· Relaxamento da paciente com bons diálogos e ser o mais delicado possível com a mesma, principalmente durante a colocação do especulo e coleta.​
· Explicar a paciente cada etapa do exame e comunicar o que ela poderá vir a sentir (desconforto, dor, vergonha).​
· Confirmar dados clínicos mínimos para um bom exame citológico: idade e data da última menstruação (d.U.M.).​
· Questionar a paciente se possuem atividade sexual, ou se já realizou algum tipo de cirurgia ginecológica (histerectomia ou períneo), dados importantes antes da colocação do especulo.
Material necessário para a coleta:
   
 
·  Aventais ​
· Lençóis ​
· Luvas de vinil (ginecológica ou de látex)​
· Espéculos de tamanhos variados ​
· Pinças de Cheron ​
· Espátulas de Ayre ​
· Escovinhas do tipo campos-da-paz ​
· Lâminas de vidro com extremidade fosca ​
· Frasco porta-lâmina ou caixa para transporte de lâminas ​
· Solução fixadora(spray, gotas) ou álcool ​
· Formulários de requisição do exame citopatológico (e histopatológico se a unidade realizar biópsias de colo do útero) ​
· Fita adesiva de papel para a identificação dos frascos e lápis
Posicionamento da paciente na mesa ginecológica 
· Paciente deve ser colocada na posição ginecológica (posição litotômica): coxas acentuadamente fletidas sobre a bacia, os joelhos afastados, enquanto os pés ou as dobras dos joelhos apoiam-se em suportes especiais existentes na mesa​
· Tomar o cuidado de deitar a paciente de forma que a borda das nádegas se situe ligeiramente para fora da mesa; para facilitar o acesso ao canal vaginal​
· Cobrir com lençol as coxas e joelhos da paciente​
· Os braços devem ficar estendidos do lado de fora ou cruzados sobre o tórax, nunca sobre a cabeça (contração de músculos abdominais)​
· Focalizar a iluminação do foco para a púbis da paciente
   
Colocação do especulo
1. Calçar luvas​
2. Escolha um especulo de tamanho apropriado:​
3. Nulíparas ou que não tiveram parto vaginal (normal) –pequeno​
4. Multíparas ou obesas – médio à grande​
5. A colocação de um especulo no máximo pode ser desconfortável para a paciente, no caso de sensação de dor ou de muito ardor pode significar um processo inflamatório nas paredes vaginais.
6. Os grandes e pequenos lábios, juntamente com os pêlos pubianos devem ser afastados com a mão esquerda, expondo a abertura vaginal. Isso evita que o especulo puxe os pelos pubianos ou belisque os lábios​
7. O especulo com as laminas fechadas e com a borboleta ou parafuso voltado para a direita e lateralmente (posição vertical) deve ser introduzido em um ângulo de 45 graus para baixo, com uma pressão exercida em direção a parede vaginal posterior.
8. Após o espéculo ter penetrado no canal vaginal, rodar as laminas para uma posição horizontal, borboletas voltadas para a esquerda e para baixo e começar abri-lo de forma lenta, separando as paredes vaginais, expondo o colo uterino (cervix uterina).
9. Caso haja dificuldade em visualizar o colo, retirar o especulo ligeiramente e posicioná-lo de modo mais anterior
Remover grandes quantidades de secreção com gaze  evitar esfregaço muito espesso e com grande quantidade de exsudato inflamatório (leucócitos)​
Colheita do material
· Coleta ectocervical 
· Coleta endocervical 
· Coleta vaginal 
COLETA ENDOCERVICAL ​
A escova endobrush de ser introduzida no orifício do colo uterino, atingindo desta forma o canal endocervical, através de movimentos rotatórios. Pode haver um pequeno sangramento (epitélio colunar simples ). O uso de swab com extremidades de algodão, não e aconselhado por dois motivos: escassez​
na celularidade e contaminação do esfregaço com fibras de algodão.​
RETIRADA DO ESPÉCULO: ​
Fechar as lâminas do espéculo e retirar  do canal vaginal​
OBS.: ​
ESTE PROCESSO SOMENTE DEVERÁ SER REALIZADO AO FINAL DA FIXAÇÃO DOS ESFREGAÇOS​
CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO 
· O material colhido destas regiões (ecto, endocervix e vagina) deve ser delicada e de forma homogeneamente espalhados sobre a superfície de uma lâmina em áreas diferentes e em sentido longitudinal, evitando-se os movimentos de vai e vem ou rotatórios. ​
· O esfregaço ideal apresenta uma camada de material algo transparente, homogeneamente distribuído, evitando conglomerado de células em áreas diferentes.​
· Em pacientes menopausa das (epitélio atrófico), podemos utilizar uma espátula umedecida com solução fisiológica que facilita e aumenta a esfoliação das células.​
 
Os bons fixadores são aqueles que preservam fielmente os componentes celulares, penetrando no interior das células aumentando a sua corabilidade.​
Os fixadores utilizados nos esfregaços cervico-vaginais são:​
· Álcool etílico 70-90%, isopropílico a 70-90% ou ​
· Polietilenoglicol (este deve ser eliminado do esfregaço antes da coloração por meio de imersão em álcool etílico)  spray: aplicar 15 a 20 cm de distância da lâmina​
A fixação deve ser imediata; após no mínimo 15 minutos o material já esta pronto para ser corado.​
O material apos a sua fixação deve ser identificado com o nome da paciente, número de registro, idade e d.u.m.​
Coloração de Papanicolaou 
 
· A coloração de Papanicolaou é considerada como padrão internacional de coloração cérvico-vaginal, podendo ser usada igualmente em outros materiais. ​
· No esfregaço cérvico-vaginal permite uma boa avaliação dos padrões inflamatórios, hormonais e oncológicos​
Utiliza corantes como:​
· Hematoxilina de Gill (substituída também pela Hematoxilina de Harris),​
· OG-6 (Orange G-6) ​
· EA-36 ou EA-65​
 
  
O método de Papanicolaou consiste na coloração citoplasmática e nuclear com corantes específicos, e segundo o autor, visa três objetivos:​
a) Definição dos detalhes nucleares, proporcionando perfeita análise das alterações inflamatórias e neoplásicas.​
b) Transparência citoplasmática, de particular importância devida às espessuras celulares diferentes e frequente superposição celular na amostra.​
c) Diferenciação das células, ou seja, utilização da capacidade das células de  fixar corantes ácidos ou alcalinos permitindo tonalidades diferentes de cores, que facilitam o diagnóstico citológico.
São usados três corantes no método: Hematoxilina, Eosina-álcool (EA) e Orange G, no geral a hematoxilina tem a função de corar os núcleos e os outros os citoplasma das células.
· CORANTE BÁSICO- afinidade pelo núcleo das células: Hematoxilina​
· CORANTE ÁCIDO- combina com o citoplasma das células queratinizadas: Orange G​
· CORANTE POLICROMÁTICO- oferece tonalidades de cores diferentes no citoplasma das células: Eosina-álcool​
Etapas da coloração de papanicolau
1° - Hidratação: esta etapa requer a reposição gradual da água das células por meio de banhos alcoólicos de concentrações decrescentes até a água destilada.​
2° - Coloração nuclear: as células hidratadas podem agora receber um corante aquoso para corar os núcleos (hematoxilina de Harris).​
3° - Desidratação: para receber corantes alcoólicos citoplasmáticos, devemos agora retirar a água das células com banho s alcoólicos de concentrações crescentes.​
4° - Coloração citoplasmática: nesta etapa, o citoplasma das células é corado pelos corantes orange G e EA -65,de modo a diferenciar com diversas tonalidades o citoplasma das células de acordo com a sua maturidade e metabolismo.​
5° - Desidratação, clarificação e selagem: a água agora deve ser retirada com concentrações alcoólicas crescentes , clarificadas e selada s com meios permanentes hidrofóbicos.
 
  
Esfregaço Típico
OS ESFREGAÇOS VAGINAIS DEVEM CONTER:​
· Células epiteliais descamadas do epitélio vaginal e cervical​
· Muco, leucócitos, macrófagos e detritos celulares​
· Raramente observados: células endometriais, tubárias, ovarianas e peritoneais​
· Observados com mais frequência: Bactérias, vírus, fungos e parasitas
FALHAS MAIS FREQUENTES DE COLETA CÉRVICO-VAGINAL
· Colo uterino não visualizado durante a coleta ​
· Raspagem cervical insuficiente ​
· Zona de Transformação ou Junção escamo-colunar não raspada ​
· Espalhamento muito espesso ou pobre em células​
· Esfregaço hemorrágico ​
· Esfregaço purulento ​
· Esfregaço ressecado antes da fixação ​
· Má fixação ​
· Esfregaços contaminados por um lubrificante ou creme vaginal
FATORES QUE INFLUENCIAM NA COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU​
· Tipo de fixador utilizado​
· Tipo da fórmula da hematoxilina e dos corantes citoplasmáticos​
· Duração do tempo nos corantes​
· Número de esfregaços em cada corante​
· pH​
· Conteúdo químico da agua corrente usada​
· pH das soluções e corantes​
· Idade dos corantes usados​
· Presença de partículas de corantes em soluções não filtradas​
· Técnica de coloração inconsistente e possível contaminação de soluções desidratantes
MANUTENÇÃO DA BATERIA DE ​
COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU​
· Troca dos corantes após a coloração de 2000 lâminas ou depois de um período de tempo de 6 a 8 semanas (corantes preparados no laboratório) ou quando durante a microscopia for observado falhas na coloração citoplasmática e nuclear​
· Manter os corantesem recipientes e cubas escuras​
· Manter vedadas as cubas da bateria de coloração​
· Filtração regular dos corantes e soluções​
· Trocar periodicamente a solução diferenciadora​
· Trocar diariamente os álcoois usados para limpeza após os corantes
Esfregaço normal do trato genital feminino 			aula 5
Conteúdo celular benigno das preparações citológicas​
Um esfregaço cervical convencional ou uma preparação de citologia em meio liquido (CML) que tenha sido corretamente colhido com uma espátula, com um ou broom (dispositivo semelhante a uma vassoura) ou com uma escova (endobrush), conterá uma variedade de células epiteliais do epitélio escamoso não queratinizado, da zona de transformação e do canal endocervical como descrito na seção sobre Anatomia, histologia e função do colo uterino.
Conteúdo celular benigno das preparações citológicas
Um esfregaço cervical benigno convencional ou em meio líquido deverá conter:​
Células epiteliais escamosas da ectocérvice​
·  Células escamosas superficiais​
·  Células escamosas intermediárias (e naviculares)​
·  Células escamosas parabasais​
·  Células escamosas metaplásicas​
Células escamosas superficiais​
· Geralmente aparecem isoladas​
· Diâmetro de 40 a 60 µm​
· Núcleo denso e picnótico, circundado por uma zona de retração estreita e clara (halo)​
· Citoplasma achatado, transparente e poligonal, com coloração mais eosinofílica que acidofílica ​
· Podem ter grânulos citoplasmáticos pequenos e escuros
· Suas características clássicas são mais bem observadas durante a fase estrogênica do ciclo menstrual​
 
Células escamosas intermediárias​
· São menores que as superficiais, com 30 a 40 um​
· Descamam isoladamente ou formam aglomerados ( na fase lútea do ciclo menstrual)​
· Núcleo aberto e ovalado, com cromatina nuclear finamente granulada​
· Citoplasma rico em glicogênio costuma ser cianofílico, raras vezes eosinofílico. Pode conter vacúolos e ser pregueado, especialmente na fase lútea.
· Os depósitos de glicogênio se coram de amarelo e variam, aumentando durante a gravidez. Estas células apresentam a forma de um barco quando coradas pelo papanicolaou, sendo chamadas de células naviculares.
 
Células escamosas parabasais​
· Medem em torno de 15 e 30 µm​
· Núcleos abertos e vesiculares, de maneira semelhante ao das células intermediárias. Eles ocupam grande parte da célula. ​
· Quando descamam espontaneamente, costumam fazê-lo de maneira isolada, com formato ovalado ou esférico. Quando removidas à força, mostram-se alongadas com deformação de seu citoplasma.​
· Citoplasma costuma ser cianofílico e bem demarcado. 
Células escamosas metaplásicas​
· Costumam ter um tamanho semelhante ao das células parabasais, ou até maiores. ​
· Podem aparecer isoladamente ou em agrupamentos. ​
· Possuem formato bizarro, geralmente poligonais, com partes de seus citoplasmas estiradas na forma de projeções pontiagudas.​
· ​Presença de muco (em vacúolos), que denuncia sua origem do epitélio endocervical​
  
 
 
 
Conteúdo celular benigno das preparações citológicas​
Um esfregaço cervical benigno convencional ou em meio líquido deverá conter:​
pitélio Colunar do canal endocervical​
·  Células endocervicais​
Células escamosas metaplásicas da zona de transformação​
Flora vaginal comensal​
·  Lactobacilos, Gardnerella vaginalis, Leptothrix vaginalis​
Muco cervical​
Células endocervicais​
· Possuem aspectos variados, dependendo da forma que estão posicionadas  células colunares (vistas de cima, em seu maior eixo) ou células em paliçada (ao longo do seu maior eixo)​
· As lâminas de células endocervicais costumam estar circundadas por muco​
· Algumas células podem apresentar uma borda ciliada e, quando são numerosas essas células, podem ser originadas de uma área de metaplasia tubária. ​
· Raramente encontradas em esfregaços vaginais, mas são comuns em esfregaços endocervicais por raspagem ou escovagem.
 
 
Conteúdo celular benigno das preparações citológicas
Um esfregaço cervical benigno convencional ou em meio líquido poderá conter:​
Células endometriais esfoliadas (dependendo da fase do ciclo menstrual)​
·  Células epiteliais​
·  Células estromais superficiais​
·  Células estromais profundas​
Histiócitos, leucócitos e glóbulos vermelhos (hemácias)​
Contaminantes​
·  p. ex. espermatozóide, grânulos de talco 
Células endometriais​
O endométrio dá origem a dois tipos de células:​
· COLUNARES (OU CUBÓIDES) – provenientes da superfície e das glândulas endometriais​
· CÉLULAS PEQUENAS – oriundas do estroma endometrial
· O aspecto das células dependerá da técnica aplicada – as descamadas espontaneamente são diferentes das removidas mecanicamente.​
· São raramente observadas no esfregaço cérvico-vaginal, à medida que o ciclo menstrual avança do primeiro até o décimo dia do ciclo menstrual. ​
APÓS O DÉCIMO SEGUNDO DIA OU APÓS A MENOPAUSA, A PRESENÇA DE CÉLULAS ENDOMETRIAIS DEVE SER CONSIDERADA PATOLÓGICA.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reações benignas
Aula 6
O diagnostico citológico não é apenas um relatório de malignidade, mas uma interpretação de alterações patológicas de vários tipos de células. 
Alterações degenerativas, progressivas, neoplásicas e inflamatórias podem ser acompanhadas e interpretadas. 
O epitélio escamoso e endocervical estão sujeitos aos estímulos que resultam em alterações morfológicas em níveis epiteliais e celular. 
Em certas condições de estresse, as células de reserva podem aumentar seu número e desencadear um processo reacional denominada hiperplasia das células de reserva da endocérvice.
 Não há reversão de epitélio escamoso para epitélio colunar 
Após destruição parcial ou completa dos epitélios vaginal, ectocervical ou endocervical por determinado agente agressor, esses epitélios mobilizam mecanismos de proliferação e diferenciação para reverter o dano, denominados reações proliferativas benignas.
Hiperdiferenciação
Ocorre quando o epitélio estratificado escamoso cérvico-vaginal está sofrendo a influência -de estimulação crônica mais grave.
O processo de hiperdiferenciação é representado por acantose, hiperqueratose e paraqueratose. 
Na acantose, o epitélio aumenta seu poder de proteção com o aumento da sua espessura, especialmentedo estrato espinhoso. É caracterizada histologicamente pelo aumento do número de células e, consequentemente, da espessura do epitélio. 
A hiperqueratose consiste no espessamento do estrato córneo associado com uma anormalidade qualitativa de queratina
A paraqueratose é caracterizada pela retenção dos núcleos aos estratos córneos (queratinizados)
Hiperqueratose
São observadas escamas anucleadas que são células escamosas maturas, anucleadas. 
Na região central onde se encontravam os núcleos, observa-se uma zona clara, denominada núcleo fantasma 
O citoplasma é orangiófilo.
Paraqueratose
A paraqueratose pode ser típica ou atípica, conforme aspectos dos núcleos.
Paraqueratose Típica- observada como grupos ou camadas de células com citoplasma orangióifilo e núcleos, em geral, pequenos, condensados e hipercromáticos. 
Paraqueratose atípica ou disqueratose- caracterizada por intensa atividade proliferativa, com aumento do surgimento de mitoses, havendo predisposição ao surgimento de mutações e, dessa forma, multiplicando o risco de transformação com o aparecimento de lesões intraepiteliais. 
[sincisio- célula com vários núcleos]
Pseudoparaqueratose
A pseudoparaqueratose é referida como células orangeofilixas pequenas com núcleos picnóticos que aparecem em certas condições como na atrofia, e para alguns autores associada à hiperplasia microglandular endocervical.
O citoplasma orangeofílico das células não se deve à produção de queratina, mas decorre de um fenômeno degenerativo (necrose coagulativa) 
Na hiperplasia microgandular endocervical relacionada ao uso de contraceptivos orais de longa duração, as células pseudoparaqueratóticas nos esfregaços são arredondadas ou colunares e aparecem geralmente na segunda metade de ciclo menstrual, em arranjos lineares, comumente imersas no muco cervical. Em vez do citoplasma homogêneo dascélulas paraqueratóticas, exibem citoplasma granular ou vacuolizado. 
FATORES PROMOTORES DA METAPLASIA
Mudança do meio: acidez vaginal -> quando as células endocervicais são repetidamente destruídas pela acidez vaginal em uma área de ectrópio, com o tempo elas são substituídas.
Estímulos duradouros: irritação crônica física ou química, inflamação persistente e tecido ectópico.
A METAPLASIA ESCAMOSA PODE SER DIVIDIDA EM:
- Hiperplasia das células de reserva
- Metaplasia escamosa imatura 
-Metaplasia escamosa matura 
Hiperplasia das células de reserva 
Como não há transformação do epitélio colunar maduro em epitélio escamoso, a hiperplasia das células de reserva é a primeira etapa da metaplasia escamosa. 
Passam a existir uma ou várias camadas de pequenas células imaturas (células de reserva subcilíndricas), localizadas entre a membrana basal e o epitélio colunar endocervical.
Células de reserva são raramente observadas na amostragem celular de esfregaço citológico, ecxceto em esfregaços preparados mediante raspados diretos da endocérvice ou de ectopia. 
PROCESSO DE REPARAÇÃO
A destruição focal dos epitélios cervicais desencadeia uma reação de reparação, que pode ocorrer tanto na mucosa glandular como na escamosa da cérvice uterina. 
As alterações citológicas podem aparecer em células dos epitélios cilíndricos, escamoso ou metaplásico.
As causas dos danos incluem biópsia, cauterização, criocirurgia, histerectomia, radioterapia, entre outras. 
As células de reparação envolvem tanto de células epiteliais como mesenquimais, dependendo da gravidade da lesão. A maioria das células de reparação epiteliais é derivada das glandulares endocervicais, metaplasicas escamosas imaturas e mais raramente de origem escamosa. 
Em alguns casos as células no processo de reparação apresentam alterações nucleares significativas, difíceis de diferenciar daquelas associadas às neoplasias malignas. Nessa situação, o processo de reparação é chamado atípico e está incluído na categoria atipia de células escamosas de significado indeterminado (ASC-US).
Características citológicas do processo de reparação típica
· Fundo inflamatório 
· Agrupamento de células com citoplasma abundante, de coloração variável, delicado, às vezes com prolongamentos, com limites geralmente mal definidos. Células isoladas são raras. 
· Núcleos volumosos, redondos ou ovais, únicos ou múltiplos, com bordas regulares. 
· Cromatina finamente granular 
· Nucléolo proeminente, único ou múltiplo, redondo a oval
· Mitoses típicas às vezes 
Características citológicas do processo de reparação atípica
· Grupos celulares mais desorganizados, às vezes pseudosincícios (polaridade nuclear alterada) e eventuais células isoladas.
· Núcleos com z

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