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Stress e as Doenças Ocupacionais

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Prévia do material em texto

Saúde do Trabalhador
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Esp. Erika Gambeti Viana de Santana
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Stress e as doenças ocupacionais
• Stress x Saúde dos trabalhadores
• Motivos e antecedentes de stress no trabalho
• Stressors Organizacionais e Extraorganizacionais
• Fatores que desencadeiam o estresse ocupacional
• Sintomas e Sinais do Estresse Ocupacional
• O impacto que o stress pode causar no ambiente de trabalho
• Medidas de Prevenção contra o Stress
 · Mostrar aos alunos a relação do stress com as doenças ocupacionais 
devido a um ambiente de trabalho insalubre.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Stress e as doenças ocupacionais
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
Stress x Saúde dos trabalhadores
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
O stress veio a ser uma das causas mais preocupantes depois que a sociedade 
começou a ter um alto consumo de produtos industrializados, pois passou a fazer 
parte do dia a dia uma vez que tem aceitação da maior parte da população. 
Esta aceitação tem aumentado desde a década da Revolução Industrial trazendo 
para o nosso cotidiano um índice muito baixo quando se trata de vida saudável. 
Por ser um problema social e de saúde pública para o século XXI, a União 
Europeia colocou como principal objetivo de prevenção para a segurança e saúde, 
devido o stress no trabalho, uma estratégica comunitária. O stress não só na 
vida pessoal e também profissional está atrapalhando o desenvolvimento e com 
isso gerando custos altos para as organizações. Em 2000, estava em segundo 
lugar na União Europeia o caso do stress ocupacional diante dos problemas de 
saúde mais comuns, tendo um número alto e até mesmo assustador de 28% 
dos trabalhadores apresentando um nível alto de stress a ponto de precisar de 
afastamento temporário. Automaticamente o índice dos custos ficou cada vez mais 
alto incluindo os custos com a saúde e medicina do trabalho, perda de ritmos de 
produção pela falta de colaboradores na área, gastos para contratação de novos 
funcionários, para reabilitação e reparação dos recursos humanos e seguros, 
absentismos e greves. Vale lembrar que 25% da taxa de absentismo são causados 
pelo stress. Temos na União Europeia levantamentos financeiros que apresentam 
um gasto de aproximadamente 20 mil euros com os estados-membros. Mesmo 
com tudo isso não tem havido esforços por parte dos administradores no intuito 
de procurar prevenir que seus colaboradores cheguem ao stress ocupacional, 
evitando esses problemas citados acima.
8
9
Importante!
O stress pode ser considerado como um dos piores e mais importantes problemas dos 
tempos atuais devido ao aumento da competitividade e mudanças nas tendências para 
não perderem o espaço no mercado aumentam a produtividade e geram mais esforços 
físicos e mentais aos colaboradores. As horas trabalhadas fi cam cada vez maiores 
chegando a 65 horas/semanais dependendo do cargo e assim, é muito comum o nível 
do stress estar cada vez mais alto, é importante salientar que o stress trata-se de uma 
patologia que depois de diagnosticada pode levar a grande chance de sequelas ou a 
morte antes do tempo.
Você Sabia?
O stress tem suas origens na medicina numa visão fisiológica, se tratando de 
uma reação do organismo a exigências e estímulos externos sobre ele. Em três 
fases pode decorrer a reação do organismo. 
 · Alarme, o organismo recebe estímulos que não consegue adaptar. Quando a 
fase inicial tem menor resistência “choque”, é seguida pelo de “contrachoque” 
ou mobilização dos mecanismos de defesa “ataque ou fuga”.
 · Estágio de resistência é a segunda fase, procurando restaurar o equilíbrio 
do organismo, acostumando com o agente indutor de stress e trocando a 
reação de alarme.
 · A resistência não permanece para sempre, principalmente se o alarme não 
for frequente ou muito intenso em um longo período de tempo. Esgota-se 
a energia necessária à resistência e ocorre o estágio de exaustão.
O stress pode ter um lado positivo, com um bom nível de stress é estimulado 
o crescimento, a motivação e até mesmo o desenvolvimento individual, existindo 
uma diferença entre o estresse (curativo e agradável) e o distress (desagradável): 
 · Stress como estímulo: Nesta visão, podemos defi nir como uma força 
exercida em cima da pessoa que gera uma reação ao organismo, tendo 
um determinado nível de tolerância e ocasionando danos temporários ou 
defi nitivos.
 · Stress como interação: A partir de abordagens internacionais, foram 
estudadas as interações entre os estímulos e suas variáveis, como por 
exemplo, as variáveis moderadoras referentes ao stressor-strain.
 · Stress como transação: o conceito transacional fala de como a pessoa 
reage e age com as mudanças de ambientes, cargos, normas e rotinas 
entre outros, e em que o modo como a pessoa interpreta e consegue lidar 
com tudo isso pode lhe causar um stress. Portanto, o stress não está na 
pessoa e nem na situação e sim na interação entre elas.
9
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
Sendo uma resposta evolucionária, em doses pequenas é benéfica. Em proporções 
leves que acarretam mudanças necessárias à vida da pessoa e melhorias a seu 
serviço o estresse pode ser positivo. Porém, o principal problema é que o stress leva 
a uma mudança temperamental que no lugar de ser positivo se torna negativo, 
tendo vários problemas no ambiente de trabalho como gritos, xingos, e ordens 
excessivas. Fisicamente não há mudanças, porém com um período longo nessas 
condições, inevitavelmente há consequências.
Alguns autores definem o stress no trabalho como um conjunto de perturbações 
psicológicas ou sofrimentos psíquicos envolvidos na rotina do serviço. O stress no 
trabalho é um problema de natureza perceptiva, isso porque vem de como o ser 
humano lida com as pressões que tem no dia a dia, tendo como principal patologia a 
saúde mental, física e sentimental. Isso tudo gera prejuízos tanto para a organização 
quanto para o trabalhador, segundo descreve o autor Cooper (1993). De acordo com 
Guimarães ( 2000), o stress no trabalho acontece quando o colaborador percebe que 
não tem mais capacidade de fazer seus serviçossentindo-se mal com a situação e tendo 
como consequência um sofrimento psíquico que gera um sentimento de fraqueza por 
não conseguir lutar contra essa mistura de sensações e sentimentos desagradáveis.
É correto afirmar que o stress ocupacional ocorre por conta da incompatibilidade 
entre as condições de trabalho e as características do colaborador, quando uma 
pessoa não consegue lidar com determinadas exigências, ou seja, suas estratégias 
estão esgotadas para lidar com o stress, essas mesmas que são designas por coping. 
Modelos teóricos de stress no trabalho foram desenvolvidos por investigadores, por 
terem resultados de prazos longos de stress no trabalho e não terem prtogramas com 
vista a sua gestão e redução.
Em 1976, tivemos a teoria de Acontecimentos da Vida Holmes e Rahe que através 
de uma investigação psiquiátrica, concluíram que aparecimentos de patologias 
podem estar relacionados a acontecimentos que exigem mudanças na vida. Então 
se elaborou uma relação de acontecimentos, reajustamento salarial e social, por 
exemplo, exigindo assim mudanças dos indivíduos que necessitavam certo esforço 
para uma adaptação favorável. Os sintomas físicos que foram desenvolvidos pelo stress 
foram proporcionais ao número das mudanças que ocorreram em um determinado 
tempo. Normalmente a preocupação maior fica em acontecimentos extraordinário 
que são fontes de energia submetidas ao decorrer do tempo esquecendo-se que os 
pequenos acontecimentos são fontes de pressão crônica, que ao longo dos dias não 
poderia ser esquecida em pesquisas e estudos do stress no serviço.
As referências à teoria do ajuste entre trabalhadores e ambientes são feitas pelas 
características de ambos, o stress será causado pela falta de ajustamento entre elas. 
Este modelo é baseado nas interpretações subjetivas, como não tem explicações 
para as relações desajustadas, passaram a ser criticados por falta de informações 
sobre as características que induzem o stress.
Em 1979, Karasek criou um projeto para realçar a capacidade de um funcionário 
poder ter um autocontrole nas exigências do serviço e o stain. Nesse projeto, foram 
considerados fatores principais na experiência do stress: o primeiro, as exigências 
10
11
psicológicas no serviço, como exemplo uma sobre carga no trabalho; o segundo 
fator se direciona ao grau de controle que o indivíduo tem sobre seu trabalho, como 
tomar suas decisões, que é composta pela autoridade de decidir e como utilizar suas 
competências no ambiente de trabalho.
O stain resulta nas combinações do que é exigido no trabalho e o pouco que 
o indivíduo pode decidir na causa desses problemas psicológicos. Os resultados 
psicológicos positivos como motivação, bem-estar, desenvolvimento pessoal, que 
se obtêm nas organizações em relação aos profissionais são devido ao poder de 
decisão que é dado a eles e às exigências de serviço, dessa maneira o trabalhador 
consegue lidar com o stress que é gerado de maneira a obter o sucesso esperado.
Podemos tirar algumas conclusões, após o entendimento dos principais modelos 
teóricos desenvolvidos através do conceito do stress:
1. A percepção de stress é subjetiva, isto é, o mesmo estressor poderá 
ser percebido de forma diferente e com intensidade diferente por 
distintos indivíduos;
2. As organizações e os ambientes de trabalho tendem a ter fortes fontes 
de pressão;
3. O ciclo de stress a cada indivíduo é ativo;
4. Existem consequências psicológicas, comportamentais e fi siológicas no 
stress no trabalho. Poderemos sistematizar o processo do stress no trabalho 
através das consequências, por uma relação que vai dos antecedentes e os 
motivos de stress em relação aos tipos variados de resultados.
Motivos e antecedentes de stress no trabalho
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Identificam-se dois grandes tipos de causas de stress no trabalho, organizacionais 
ou extraorganizacional, que podem ser potenciadas por diversos antecedentes: 
variáveis sociais (como o crescimento, a instabilidade econômica, ou a taxa de 
11
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
desemprego), bem como certas características organizacionais (como a dimensão, 
a tecnologia, o número de níveis hierárquicos, ou o grupo ocupacional a que se 
pertence). Esses antecedentes fazem aumentar a probabilidade da existência de 
estressor nas organizações.
O stress no trabalho surge a partir da desigualdade entre as atividades exercidas 
e a habilidade que o profissional tem de enfrentá-las.
Podem ser muitas as causas do stress no ambiente de trabalho, vejamos algumas:
 · Salário inadequado;
 · Ambiente sujo, desorganizado e desagradável;
 · Período longo de jornadas de trabalho;
 · Falta do poder de decisão;
 · Brigas com superiores e colegas;
 · Insegurança;
 · Monotonia;
 · Atribuição errada de responsabilidade;
 · Pessoas inadequadas para o gerenciamento;
 · Falta de ascensão em suas carreiras etc.
Podemos classificar essas causas em: a relação entre o conteúdo do trabalho 
(trabalho sem importância, monótono e com prazos curtos) com a relação aos 
benefícios do trabalho (as carreiras, os pagamentos e as relações com superiores e 
demais pessoas).
Stressors Organizacionais
São diversos fatores que podem causar o stress ocupacional, dentre estes temos 
as características da tarefa a ser realizada, do papel que este indivíduo representa, do 
estilo de liderança que a organização utiliza, do clima organizacional, das relações 
com os colegas de trabalho e das condições físicas do ambiente. Foi estudado 
o papel dos trabalhadores na organização e concluíram que a ambiguidade e o 
conflito do papel, como a subutilização e a sobrecarga contribuem como fontes 
altas de pressão. O conflito que existe trabalho/família quando existem papéis 
múltiplos, resulta também para que haja o stress principalmente no caso das mães 
que precisam conciliar trabalho, família/filhos e ainda tem sua casa para cuidar.
O líder é considerado também como um stressor, pois dependendo do 
comportamento na hora das orientações ou como são passadas as tarefas 
designadas tem grande influência. As lideranças autoritárias e autocráticas tem por 
si um estilo strain entre os que estão a cargos abaixo do seu, como por exemplo, 
12
13
não motivar seus funcionários ou não atender às suas necessidades. Referiu-se 
Karasek no seu modelo, que o stress ocupacional é causado também pela falta de 
atitude de decisões.
As relações de trabalho insatisfatórias causam um efeito de stress crescente 
nos trabalhadores, aumentando gradualmente a cada dia. As necessidades de 
relacionamento entre colegas, chefes e administradores estão relacionadas com a 
aceitação e reconhecimento.
Podemos atrelar aos causadores de stress algumas características como a 
formalização, a abertura de comunicação, a centralização, a justiça organizacional, 
o tipo de ocupação e a política de tomada de decisões. Outras características que 
estão ligadas são a má qualidade do emprego, o desemprego, o nível de bem-estar 
psicológico e a insegurança dos empregos podem causar traumas tanto quanto o 
próprio desemprego. Os agentes patogênicos como o calor, vibração, privacidade, 
barulho, estão sendo relacionados com as percepções do stress ocupacional, 
trazendo assim um desempenho negativo.
Stressors Extraorganizacionais
Na vida profissional, passamos por situações que podem influenciar nos níveis 
mais elevados do stress, causando alguns problemas para saúde física e psicológica. 
No cotidiano, passamos por diversos fatores que podem ser chamados 
de altamente estressante por serem rotineiros e repetitivos. Os fatores 
extraorganizacionais e os organizacionais se completam. Quando se tem um 
problema extralaboral, nem sempre se consegue deixá-lo fora de seu ambiente de 
trabalho e da mesma forma, não conseguimos congelar no seio da organização 
os problemas que ocorrem nela, influenciando assim na vida pessoal do indivíduo.
Fatores que desencadeiam o estresse 
ocupacional
As principais fontes estressantes segundoo autor PARAGUAY (1990) são: Os 
fatores ambientais que envolvem a iluminação, os limites e níveis de ventilação e 
os ruídos. Os fatores organizacionais que envolvem os suportes organizacionais, 
a participação dos trabalhadores nas tarefas realizadas, na organização do 
trabalho pensando nos seus aspectos psicológicos, na monotonia que pode trazer 
aos trabalhadores, a sobrecarga, o ritmo de trabalho e de produção a que são 
submetidos, a natureza das tarefas e as pressões temporais (DEJOURS, 1984).
FRANÇA & RODRIGUES (1999) afirmam que por conta das condições de 
trabalho é que surgem os fatores que levam ao estresse, quando os problemas 
13
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
começam a deteriorar as relações entre os colaboradores, causando um ambiente 
hostil no qual se perde muito tempo com discussões, com isso a perda de dinheiro 
também. A competição não saudável não é nada promissora na vida organizacional, 
os trabalhadores precisam aprender a se adaptar a cada mudança da empresa, a 
novos funcionários e aos direitos coletivos que são propostos pela liderança.
A vulnerabilidade orgânica junto com os fatores estressantes e a capacidade de 
avaliar e enfrentar os conflitos no trabalho levam a um desiquilíbrio da homeostase 
do organismo, respondendo de forma somática e psicossocial, sendo os efeitos mais 
conhecidos como cardiovasculares, psicológicos, comportamentais e psicossociais, 
conforme SOUZA et al (2002).
O estresse que os trabalhadores sofrem em suas jornadas de trabalho, com todas as 
pressões e mudanças do dia a dia excedendo a sua capacidade de lidar com esses 
problemas, leva o nome de estressores organizacionais.
Sintomas e Sinais do Estresse Ocupacional
Quando as pessoas se deparam com as tensões no ambiente em que trabalham, 
faz com que sua eficiência e produtividade diminuam, com isso começam a fazer 
suas tarefas com pressa passando por conflitos interpessoais, ficam agressivas, 
desmotivadas, se isolam e assim constroem um ambiente ruim e destrutivo, onde 
a presença de atrasos, greves, rotatividade de pessoal, doenças e afastamentos 
começam a aparecer com mais frequência, construindo assim um ambiente de 
trabalho aborrecido e com relacionamentos ruins entre os funcionários, competitivo 
e de rivalidade (FRANÇA & RODRIGUES, 1999). O diagnóstico é clínico, segundo 
o autor ROCHA & GLIMA (2000), baseando-se nos sinais e sintomas:
Rastreamento Individual: 
Sistema Cardiovascular – palpitações, arritmias,
dores inframamilares
Sistema Respiratório – dispneia e hiperventilação
Sistema Gastrointestinal – dispepsia, 
vômito, pirose e irritação de cólon
Sistema Nervoso Central – reações neuróticas,
a insônia, a debilidade, os desmaios,
e as dores de cabeça.
Sistema Muscular – dor e tensão;
Figura 3
14
15
Rastreamento do risco nas situações de trabalho: 
Mediante um estudo minucioso no ambiente de trabalho abrangendo não apenas 
a forma organizacional, como também os riscos ocupacionais existentes no local.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Importante!
Podemos caracterizar os fenômenos de estresse de acordo com os eventos estressores 
que o indivíduo passa assim, o cognitivo exerce um papel importante em relação ao 
processo que está entre os estímulos estressores e as respostas que cada indivíduo 
apresenta a eles, podendo identifi car as demandas do trabalho sendo essas estressoras, 
que quando são maiores do que podemos enfrentar causam reações negativas no 
psicológico, no comportamento e também no âmbito fi siológico. A existência de excesso 
de trabalho para um trabalhador pode ser considerada algo positivo e estimulante, por 
conta da situação em que ele se encontra, não interferindo em seu estado.
Importante!
O impacto que o stress pode causar no 
ambiente de trabalho
O stress pode trazer prejuízos significativos para as empresas e segundo 
pesquisas, pode-se afirmar que as empresas nos Estados Unidos perdem por 
volta de 150 bilhões de dólares a cada ano. Podemos dizer que os trabalhadores 
encontram dificuldade em relaxar, sentindo-se inseguro a ponto de colocar em 
sua cabeça que não podem deixar de trabalhar mesmo nos dias em que está de 
folga, isso devido a pressões existentes por conta da própria sociedade devido aos 
benefícios que as empresas oferecem, como por exemplo, planos de saúde.
15
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
O stress diminui muito o desempenho pessoal e profissional, conforme mostram 
os estudos sobre o assunto, portanto, quando se tem um quadro de funcionários 
estressados, teremos um desempenho baixo e improdutivo. O maior objetivo é 
encontrar um ponto de equilíbrio para esse stress ou até mesmo encontrar o 
chamado Stress Produtivo. 
Importante!
Segundo pesquisas sobre stress organizacional, esses diminuem o desempenho 
profissional e pessoal dos trabalhadores, portanto, a empresa que possui trabalhadores 
com problemas de stress terá uma baixa produtividade. Embora, a falta de stress 
seja também algo ruim também para as organizações uma vez que diminui a 
competitividade, por isso, o objetivo é encontrar um ponto médio de equilíbrio desse 
stress para as organizações.
Importante!
É muito importante que as empresas aprendam a lidar com este assunto de 
forma que não aumentem esse pico de stress e nem fiquem frouxos demais.
Se por um lado a falta de stress nas organizações propicia desmotivação e 
lentidão das decisões, de outro podemos dizer que os excessos de cobranças, 
podem acarretar ainda mais problemas, como os que vamos mencionar a seguir:
16
17
 · Falta de Concentração: prejudica nas tomadas de decisões, nas vendas, 
nas reuniões e faz com que não se tenha o mesmo rendimento em relação 
aos clientes externos e internos;
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
 · Desmotivação: O trabalhador começa a não encontrar uma fonte de 
energia que o impulsione a fazer as coisas, cumprir suas metas e alcançar 
seus objetivos;
Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images
17
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
 · Conflitos interpessoais: começam a surgir problemas de comunicação, 
com formação de grupos de fofocas, sonegação de informações e perda 
de clientes;
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
 · Baixa qualidade: os serviços começam a ser afetados, por conta da 
displicência e falta de atenção;
 · Faltas e seus custos: os problemas de stress fazem com que as pessoas 
comecem a faltar mais no trabalho, podendo chegar a 60% de absenteísmo. 
Mas pior que isso é o colaborador estar na empresa, porém agindo como 
se não tivesse, fazendo com que as organizações fiquem estressadas.
 · Doenças, acidentes, afastamentos e seus custos: o stress pode trazer 
uma qualidade de vida ruim para as pessoas, envenenando as empresas.
Figura 9
Fonte: iStock/Getty Images
18
19
 · Erros: como o profi ssional se encontra vulnerável, comete mais erros e 
esses crescem de maneira signifi cativa. Podendo esses erros trazer grandes 
perdas de dinheiro, de clientes e até mesmo gerar acidentes do trabalho.
Os itens acima podem ser considerados como os principais causadores de 
prejuízos dentro da empresa que são causados pelo stress. As empresas devem 
reduzir esses problemas com um bom gerenciamento, adotando novas práticas, 
procedimentos e programas de práticas de exercícios, metas e objetivos, meditação 
e lazer. Pesquisas apresentam que muitas empresas têm alcançado os resultados 
esperados usando práticas que controlam o stress, mudando assim a cultura da 
empresa e da estrutura do trabalho trazendo um controle significativo do stress.
Algumas empresas americanas já estão utilizando de métodos que incentivam 
os colaboradores a conciliar a vida profissional com a pessoal, com os horários 
flexíveis e até mesmo trabalhos realizados em casa, pois assim o funcionário se 
sente incentivado e está mais próximo de seus familiares comparecendo na empresa 
apenas quando é necessário.
Medidas de Prevenção contra o Stress
É importante que as enfermidades decorrentesdas atividades laborais e declínio da 
incidência de incapacidade que provém do stress passem por medidas preventivas. 
Com duas razões se podem justificar esse pensamento:
 · A primeira abrange a natureza biológica e social, mostrando que o ser-
humano é dotado de razão e não é uma máquina, possui sentimentos, 
necessidades e ambições, a quem se deve atender com o gozo integral de 
saúde e não com cuidados de enfermidades.
 · A segunda atende a natureza fi nanceira e material, afi nal os acidentes 
e doenças causadas pelo stress trazem prejuízos e atrasam a atividade 
econômica, onerando também a Previdência Social.
Importante!
Segundo estudos, se as condições de trabalho continuar da forma que estão, teremos 
uma explosão de invalidez por conta de problemas com o stress.
Importante!
A OIT – Organização Internacional do Trabalho traz uma recente pesquisa 
que mostra que os custos com problemas de saúde mental na União Europeia 
têm superado 3% do PIB. Três em cada dez trabalhadores são vítimas do stress 
na Inglaterra, com um custo de 10% do PIB. Na Alemanha, a quantidade de 
aposentadorias por conta de depressões que acontecem precocemente está por 
volta de 7%.
19
UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
Em função das ausências ao trabalho e pela diminuição da produtividade por 
conta do stress, as empresas dos EUA têm por volta de U$200 bilhões de dólares 
de custo com indenizações e despesas por ano. Com isso, podemos deduzir que 
é muito mais baixo o custo com prevenções para combater os problemas com 
stress. A politica de prevenção além de trazer benefícios à integridade física, ainda 
traz benefícios à competitividade da empresa, aumentando sua boa reputação no 
mercado em que está inserida.
A clientela das empresas hospitalares tem grande representatividade nos 
resultados desses estudos sobre stress, uma vez que aprovam mais as empresas que 
respeitam e desenvolvem os programas preventivos do stress. Dados de pesquisas 
apontam que em um único hospital com 700 leitos, os erros médicos diminuíram em 
50% e os processos judiciais em 70%. Por isso 80% das empresas norte-americanas 
trabalham com programas que promovem a saúde dos trabalhadores, tendo um 
retorno de U$4 dólares por dólar investido. Os diretores de recursos humanos que 
têm mais consciência sobre este assunto de stress excessivo entendem que este 
pesa muito sobre os resultados das organizações, por isso buscam soluções para 
tratar este problema promovendo reuniões, seminários e palestras sobre qualidade 
de vida, lazer e atividades sociais.
Em alguns países mais desenvolvidos, suas empresas consideram como um 
aspecto muito expressivo a preocupação com a saúde de seus funcionários e o 
pensamento preventivo dentro das organizações. Possuem programas periódicos 
de exames médicos, ergonomia e ações voltadas para o estímulo das férias e com 
isso perceberam um aumento do bem estar e também a redução dos custos com 
despesas médicas e aumentaram assim a segurança dos colaboradores. Com isso, 
é possível perceber que os programas de combate aos stress não é algo que diz 
respeito apenas ao trabalhador, mas sim a toda organização, sua clientela e a 
sociedade em que está inserida.
Estas ações que reduzem o estresse não são secretas, são condições melhores 
do ambiente de trabalho, adequação das responsabilidades, liberdade para agir, 
mais reconhecimento pelo trabalho executado de maneira adequada, isso tudo 
ajuda a diminuir o estresse. Quando o funcionário sabe que o serviço que realiza 
faz a diferença para a empresa, que estão vendo o seu trabalho e reconhecendo 
seus esforços, isso aumenta a autoestima e reduz o estresse. A autoconfiança e a 
diminuição da pressão aumenta o bem-estar. Trazer o funcionário para debates 
sobre os problemas da empresa faz com que ele se sinta mais capaz. E enfim, 
fora do ambiente de trabalho incentivá-los a ter hobbies também se torna muito 
importante, pois terão distrações e mais sensação de prazer.
E assim a intenção é construir organizações mais saudáveis, esta organização 
não se trata de um lugar em que ninguém fica doente, mas sim uma organização 
que equilibra as necessidades e desejos dos stakeholders, colaboradores, acionistas, 
gerentes e consumidores. O foco não é apenas nos funcionários, mas sim, um 
objetivo comum a todos. Desta forma, todos os grupos passam por melhorias.
20
21
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Saúde mental do trabalhador: A importância do equilíbrio psicológico
https://goo.gl/eUA85D
Stress no trabalho pode causar doenças ocupacionais
https://goo.gl/1FgUjR
Estresse Ocupacional
https://goo.gl/3MQsSD
 Leitura
Doenças Relacionadas ao Trabalho
Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde
https://goo.gl/w5sd1m
O Estresse na Atividade Ocupacional do Enfermeiro
https://goo.gl/tzrdv7
Stress e qualidade de vida: influência de algumas variáveis pessoais
https://goo.gl/y7LpDS
Avaliação de Intervenção em Estresse Ocupacional
https://goo.gl/PZDnbd
O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde
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UNIDADE Stress e as doenças ocupacionais
Referências
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