Buscar

trabalho microcistina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UFSB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA
 
BASES BIOECOLÓGICAS DA SAÚDE
Dicente: Sandro Erikson Moreira de Oliveira
Questâo 01
O que ê Microcistina e qual o efeito no organismo animal / humano
R: As microcistinas - ou cianoginosinas - são uma classe de toxinas produzidas por certas algas verde-azuladas de água doce. Mais de 50 microcistinas diferentes foram descobertas até agora, das quais a microcistina-LR é a mais comum. Quimicamente, eles são heptapeptídeos cíclicos produzidos por meio de sintases de peptídeos não ribossômicos.
As cianobactérias podem produzir microcistinas em grandes quantidades durante a proliferação de algas, que representam uma grande ameaça ao abastecimento de água potável e de irrigação e ao meio ambiente em geral.
As microcistinas não podem ser decompostas por proteases padrão como pepsina, tripsina, colagenase e quimiotripsina devido à sua natureza química cíclica. Elas são hepatotóxicos, ou seja, capazes de causar sérios danos ao fígado. Uma vez ingerida, a microcistina viaja para o fígado através do sistema de transporte de ácido biliar, onde a maioria é armazenada, embora parte permaneça na corrente sanguínea e possa contaminar o tecido. Os efeitos agudos da Microcistina-LR para a saúde são dor abdominal, vômitos e náuseas, diarreia, dor de cabeça, bolhas ao redor da boca e, após a inalação, dor de garganta, tosse seca e pneumonia.
Estudos sugerem que a absorção de microcistinas ocorre no trato gastrointestinal. Além disso, descobriu-se que essas hepatotoxinas inibem a atividade das enzimas protéicas fosfatase PP1 e PP2A, causando choque hemorrágico, e matam em 45 minutos em estudos com camundongos. 
Parece haver informações inadequadas para avaliar o potencial carcinogênico das microcistinas aplicando as Diretrizes da EPA para Avaliação de Risco de Carcinógeno. Alguns estudos sugerem que pode haver uma relação entre cânceres hepáticos e colorres e a ocorrência de cianobactérias na água potável na China. A evidência é, no entanto, não totalmente comprovada devido à capacidade limitada de avaliar e medir a exposição com precisão.
Questão 2
Por que os pacientes de hemodialise morreram em contato com a microcistina e a população que consumia a agua não foi afetada.
A microcistina encontrada na água utilizada na hemodiálise possui uma ação mais potente quando aplicada diretamente na corrente sanguínea, do que quando ingerida.
Questão 3
Descreva o processo ecológico que desencadeia a presença de microcistinas na agua
 É realidade comum o lançamento de esgotos domésticos in natura, efluentes industriais ricos em nutrientes, carreamento de fertilizantes utilizados na lavoura e dejetos oriundos da criação de animais domésticos criados nas mediações de cursos de água, ou em locais sem infra-estrutura adequada. Como conseqüência ocorre a eutrofização, de águas e estas se tornam propicias à proliferação excessiva de algas o que vem a comprometer a sua qualidade e conseqüentemente, restringindo a sua utilização para abastecimento public.
Os fitoplânctons de água doce ocorrem em lagos temperados e a presença de cianobactérias se deve, provavelmente, ao aumento da luminosidade e da temperatura no fim da primavera (Reynolds et al. 1981). 
Em climas tropicais, onde a temperatura e a intensidade de luz são intensas, “blooms” de cianobactérias persistem durante o ano todo, favorecidos pela riqueza de nutrientes. A intensidade e duração dos “blooms” aumentam em águas eutróficas ou hipereutróficas, estimuladas principalmente pelo lixo doméstico, industrial e agrícola (Carmichael, 1996).

Continue navegando