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apelação devastação x MRS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
Processo Principal: xxxx - 2ª Vara federal de Devastação-alagoas
A ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO AOS PESCADORES DE DEVASTAÇÃO, fundada em 1990, brasileira, inscrito no CNPJ sob o n.º xx.xxx.xxx./xxxx.xx com endereço para correspondência na Rua xxxxx, nº xxxx – Devastação – ES – Cep: xxxxx-xx, endereço eletrônico desconhecido vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu procurador constituído advogado, regularmente inscrito na Ordem dos Advogado do Brasil, com escritório profissional em Devastação, na avenida xxxxxx, nº xxxxx, bairro central de Devastação- ES, endereço eletrônico: xxxxx@xmail.com propor a presente recurso de:
APELAÇÃO
Em face de MONTANHA DO RIO SUJO, empresa privada, com CNPJ sob o nº: xx.xxx.xxx/xxxx.xx, com endereço à rua: xxxxxx, n° xxxx, Devastação – ES, cep: xxxx-xxx, e da;
UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ/MF sob o n. xx.xxx.xxx/xxxx.xx, a ser citada na pessoa do Procurador-Geral da União em Brasília-DF, com endereço na rua: xxxx, Quadra xx, Lote xxx, 2º Andar.
 					1 - A apelante informa os nomes e endereço dos advogados habilitados nos autos, aptos a serem intimados dos atos processuais, conforme estabelece o art. 1016, IV, do Código de Processo Civil.
EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DIREITOS
DOS FATOS
 				Trata-se de AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR que a Apelante move em face de Montanha do Rio Sujo e da União Federal – processo de n. xxxx, em trâmite perante a 2ª Vara Federal de Devastação-Alagoas
Ocorre que a cidade de Devastação foi destruída pelos dejetos provenientes do colapso da barragem de uma mineradora, a empresa Montanha do Rio Sujo, localizada também nessa cidade.
Além disso, ficou constatado que, apesar de diversas denúncias e reclamações a respeito da manutenção da barragem e mesmo após a notificação de seus órgãos fiscalizadores, a União Federal nada fez. A falta de cuidado da mineradora e a negligência da União na fiscalização acarretou a destruição de grande parte do meio ambiente local e também de um rio que percorre dois estados da federação, chegando, inclusive, a poluir as praias do litoral do Espírito Santo, ocasionando, assim, a morte de milhares de peixes e animais marinhos.	
Além de perderem suas casas, muitas famílias de pescadores perderam entes queridos, que morreram na lama de dejetos, e todos os associados estão impedidos de praticar a pesca (única fonte de sobrevivência) em razão do grande dano causado pela mineradora. Além disso, a empresa mineradora não tomou nenhuma ação para evitar novos vazamentos de material tóxico, o que torna permanentes os danos ambientais sofridos por aquela população.	
Ocorre que foi proposto uma Ação Civil Pública e liminarmente, pediu a imediata cessação dos danos ambientais e que os associados fossem indenizados na exata medida dos danos por eles sofridos.
Com o pedido liminar, foi requerido, além da suspensão de qualquer atividade danosa, que fossem depositados, imediatamente, a quantia equivalente a dez salários mínimos mensais para cada um dos associados como medida de prover o seu sustento em razão dos danos ambientais que causaram a impossibilidade de exercício da atividade de pesca.
A liminar foi julgada improvida pelo magistrado, pois alegou-se que deverá haver a comprovação prévia da negligência, da imprudência ou da imperícia para que seja analisado o cabimento das indenizações requeridas. Assim sendo, não poderia ser deferida a liminar sem a produção de provas a esse respeito.
DOS DIREITOS
Respaldado e fundamentado segundas as leis:
Lei Federal nº 12.334/2010, art. 17, I.
Art. 17. O empreendedor da barragem obriga-se a:
I - prover os recursos necessários à garantia de segurança da barragem e, em caso de acidente ou desastre, à reparação dos danos à vida humana, ao meio ambiente e aos patrimônios público e privado, até a completa descaracterização da estrutura; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)
CF. Art. 225 [...] § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Diante do exposto na CRFB 1988, art. 225:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
 § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
 I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
 II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
 III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
 IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
 V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
 VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
 VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
 § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
 § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
 § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
 § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.
E a Lei federal n° 6.939 de 1981, compete a União figurar no polo passivo como parte solidária nesta ação.
Desta forma não resta dúvida que a União deverá integrar no polo passivo desta.
	
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DOS DANOS AMBIENTAIS
A Constituição prevê que o poluidor deve arcar com o prejuízo causado ao meio ambiente e que tente reverter os danos ao estado anterior, Assim, de forma excepcional, a nossa Constituição previu a possibilidade de responsabilização das pessoas jurídicas, independentementeda responsabilidade de seus dirigentes, sujeitando-se às punições compatíveis com sua natureza.
 
Constituição da república
Art. 225 [...] § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS
O código civil e outras legislações cabíveis a espécies dá total amparo a Autora, senão vejamos:
“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Por outro lado, é notória a responsabilidade objetiva dos Rés, a qual independe do seu grau de culpabilidade, uma vez que incorreu em uma enorme falha, gerando o dever de indenizar. 
DOS LUCROS CESSANTES
Não obstante somente aos associados da APCD, como também toda a sociedade exercem atividades laborais para a própria sobrevivência dependente da fauna flora da cidade de Devastação, Necessitando assim de condições normais do meio ambiente para a própria sobrevivência.
Com efeito, por culpa exclusiva do Réu, a Autora está impossibilitada de exercer as suas atividades profissionais por tempo indeterminado, ou seja, a Autora não poderá continuar seu trabalho que tanto afeiçoa e necessita.
E, entende-se que o Réu, o único causador do infortúnio, deverá indenizá-la pelos dias que a Autora está deixando de auferir renda, conforme ordenamento jurídico pátrio, especialmente os artigos 402 e seguintes do Código Civil, senão vejamos:
Art. 402. “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.” 
Assim, o Réu deverá a arcar com o pagamento referente ao todos os dias em que a Autora deixar de auferir renda.	 
Ademais disso, ficou totalmente demonstrado ainda que no presente caso há os requisitos necessários para a reparação do dano pelo Réu, qual seja: A prova do ato, do dano, do nexo causal, e da culpa pelo acidente, conforme fatos narrados, e conforme poderá ser provado em audiência de instrução, sendo o caso. 
DA PUNIÇÃO DO POLO PASSIVO NA ESFERA PENAL
A Constituição Federal, em seu art. 225, § 3º, prevê a atribuição de responsabilização penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais.
Art. 225 [...] § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados
Ante o exposto, para a proteção desses princípios ambientais, a Constituição previu a Ação Civil Pública como principal instrumento processual. O art. 129, inciso III da Constituição Federal prevê, como uma das funções institucionais do Ministério Público, a promoção do inquérito civil e a ação civil pública (ACP) para a proteção do patrimônio público e social do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
Requer caso seja deferido, a abertura de inquérito como também a devida punição dos crimes ambientais na esfera penal.
DA LEGITIMIDADE
No que diz respeito a legitimidade ativa, o artigo1.010 do CPC, que disciplina o recurso de apelação, tem um rol taxativo, vejamos:
Código de Processo Civil.
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão.
§ 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões.
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA OU DECRETAÇÃO DE NULIDADE
Nobre julgador ocorre que com a respeitada decisão de primeira instância, a população de Devastação bem com a APCD, estão desamparados, sem emprego, residências, e fonte de renda. 
Ocorre 
	
DO PEDIDO
Por todo o exposto requer a apelante:
A) Diante do exposto, requerer-se que o presente recurso seja CONHECIDO e PROVIDO, e que, consequentemente, seja INTEGRALMENTE REFORMADA A SENTEÇA ATACADA para: (Repetir os pedidos de mérito)
B) O conhecimento do presente recurso e o deferimento liminar, como autoriza o art. 311 do cpc.
C) Requerer o recebimento do recurso e a remessa dos autos para instância superior.
 					
D) Outras providências que Vossa Excelência entender cabíveis.
Termos em que, observada as cautelas de estilo. 
 .	
 		 	Devastação, 1 de ABRIL de 2021.
				 	 	 					 		 			 	Kaio Luz
				 OAB/SP xxx.xxx

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