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Resumo - Hepatites Virais

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→ EPIDEMIOLOGIA 
- Uma das doenças infecciosas mais prevalentes no mundo 
- Prevalência tem sido reduzida em países onde a vacinação foi 
implantada, porém, permanece alta em populações de risco e 
em países onde as transmissões vertical e horizontal 
intradomiciliar não são controladas 
- Doença de notificação compulsória 
→ ETIOLOGIA 
- VHB (vírus da hepatite B) -> pertence à família dos 
hepdnavírus de DNA 
- Tem tropismo pelo tecido hepático e necessita do hospedeiro 
para completar seu ciclo de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ PATOGENIA 
- VHB é encontrado no sangue em altas concentrações 
- Vias parenteral e sexual são altamente efetivas para a 
transmissão 
- Vírus é estável no meio ambiente por cerca de 7 dias sem 
perder sua infectividade 
- Manifestações clínicas e complicações da infecção pelo VHB 
geralmente refletem danos à célula hepática 
- Resposta Imune: células citotóxicas, linfócitos B e os linfócitos 
T (células natural killer) buscam combater o vírus, mas acabam 
eliminando as células infectadas. Por outro lado, o sistema 
imunológico também produz citocinas, como os interferons, 
que apresentam atividade antiviral e inibem a replicação viral, 
a capacidade dos vírus de infectar novas células, e modulam a 
resposta imune à infecção 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Doença necroinflamatória do fígado 
- História natural da hepatite B depende, principalmente, das 
respostas do hospedeiro em eliminar os hepatócitos infectados 
pelo VHB. 
- Fases da História Natural da Doença 
1- Fase de Tolerância 
- Replicação intensa do VHB, elevada viremia e níveis séricos de 
DNA do VHB, expressão do AgHBe e limitada reatividade 
imunológica. 
- Lesões hepáticas são discretas, assintomáticas e não há 
elevação das aminotransferases 
2- Fase de atividade da doença/ clareamento (hepatite crônica 
AgHBe positiva) 
- Perda da tolerância imunológica, com episódios de 
exacerbações 
- Resposta imune celular com eliminação dos hepatócitos 
infectados, queda dos níveis séricos do AgHBe e aumento do 
anti-HBe (seroconversão), com diminuição dos níveis séricos de 
DNA do VHB. 
3- Fase de integração do DNA do VHB e tolerância (hepatite 
crônica inativa) 
- Replicação ativa do VHB cessa nos hepatócitos, mas as células 
contendo o DNA do VHB integrado continuam a expressar o 
AgHBs. 
- Anti-HBe é detectado no soro 
4- Fase de reativação (hepatite crônica AgHBe negativa) 
- Apesar da seroconversão do AgHBe, ocorre a reativação da 
replicação do VHB em virtude da seleção de VHB mutantes 
5- Fase de AgHBs negativa 
- Após o clareamento do AgHBs, baixos níveis de replicação do 
VHB podem persistir com detectabilidade do DNA do VHB no 
fígado, mas raramente no soro. 
- Imunossupressão significativa pode ocasionar seroconversão 
reversa (reativação do VHB com reaparecimento do AgHBs). 
- Hepatite crônica pelo VHB geralmente é assintomática até o 
aparecimento de sinais e sintomas de doença hepática 
avançada. 
- Quando questionados, a astenia é um dos sintomas mais 
relatados 
- Outras manifestações: artralgias, anorexia, dor vaga e 
persistente em hipocôndrio direito. Icterícia, aparecimento de 
hematomas e sangramento fácil, edema e ascite indicam 
desenvolvimento de doença hepática avançada, como a 
evolução para a cirrose hepática e/ou desenvolvimento do 
carcinoma hepatocelular 
 
→ DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
 
 
- Diagnóstico definitivo depende dos testes sorológicos para a 
infecção 
- Detecção de antígenos do HBV (AgHBs e AgHBe), assim como 
de anticorpos do hospedeiro (anti-HBs, anti-HBc total e IgM, 
anti-HBe) 
 
→ TRATAMENTO 
- Objetivos 
 . Erradicar o VHB 
 . Reduzir a progressão da lesão hepática 
 . Prevenir o desenvolvimento de cirrose, insuficiência 
hepática e carcinoma hepatocelular 
- IFN-alfa 
 . Droga com efeito antiviral, antiproliferativo e 
imunomodulatório 
 . Administração: 3x por semana por via subcutânea 
- Lamivudina 
 . Análogo nucleosídeo oral 
 . Administração: utilizada na dose de 100 mg/dia VO 
 . Vantagens: baixo preço e a segurança confirmada 
- Outros: Telbivudina, Adefovir, Tenofovir. 
- Tratamento de Hepatite B Crônica 
 
- Tratamento de Hepatite B Aguda 
 
- Indicações do Tratamento 
Paciente com HBeAg reagente e ALT > 2x limite superior da 
normalidade (LSN) 
Adulto maior de 30 anos (3, 32) com HBeAg reagente 
Paciente com HBeAg não reagente, HBV-DNA >2.000 UI/mL 
e ALT > 2xLSN 
Confecção HIV/HBV ou HCV/HBV 
Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais 
de 14 dias) 
Reativação de hepatite B crônica 
Cirrose/ insuficiência hepática 
Biopsia hepática METAVIR ≥ A2F2 ou eletrografia hepática 
> 7,0 kPa 
Prevenção de reativação viral em pacientes que irão 
receber terapia imunossupressora (IMSS) ou quimioterapia 
(QT) 
História familiar de CHC 
Manifestações extra-hepáticas com acometimento motor 
incapacitante, artrite, vasculites, glomerulonefrite e 
poliartrites nodosa 
Entecavir 0,5 mg – 0,5-1,0 mg/dia via oral (VO 
Tenofovir (fumarato de tenofovir desoproxila) 300 mg 300 
mg/dia VO 
→ PREVENÇÃO 
- Imunização contra VHB (vacinação) 
→ ETIOLOGIA 
- VHC é membro da família Flaviviridae e único representante 
do gênero Hepacivirus, sendo composto por um pequeno 
envelope, que contém RNA de fita única e de sentido positivo. 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Alta prevalência, a história natural da doença traz prognóstico 
sombrio ao paciente, uma vez que a maioria dos infectados 
progride para cronicidade, que pode ocasionar cirrose e CHC 
- Hepatite C aguda normalmente é assintomática 
- Evolução da doença para quadros avançados é lenta 
- Via parenteral é a principal via de transmissão viral 
→ DIAGNÓSTICO 
- Inicialmente, solicita-se anti-HCV e, nos indivíduos em que o 
exame for positivo, deve-se confirmar o diagnóstico por PCR 
VHC. 
- A genotipagem do VHC deve ser realizada antes do início do 
tratamento, para sua planificação bem como para estimar a 
probabilidade de resposta terapêutica. 
- Conforme a Portaria GAB/SVS nº 25/2015 o diagnóstico da 
hepatite C é realizado por meio do exame anti-HCV e 
confirmado por biologia molecular (HCV-RNA quantitativo) 
(TESTE RAPIDO+ ANTI HCV+CARGA VIRAL PRESENTE) 
→ TRATAMENTO 
- Associação de interferon-alfa com ribavirina era o tratamento 
utilizado nos pacientes com hepatite crônica pelo VHC 
- Embora os últimos anos tenham favorecido sobremaneira os 
avanços terapêuticos no que tange ao vírus da hepatite C, ainda 
faltava muito para alcançar a terapia ideal. 
Inibidores de Proteases 
- Introdução dos direct-acting antivirals (DAAs) de primeira 
geração 
 . Telaprevir 
 . Boceprevir 
→ ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA 
- Vírus da hepatite Delta (VHD) foi identificado como um novo 
antígeno no núcleo de hepatócitos de pacientes infectados 
pelo vírus da hepatite B (VHB) 
- VHD é considerado um vírus defectivo, porque depende da 
ajuda do VHB para a montagem das partículas virais e a 
infecção de novas células suscetíveis, portanto, a infecção pelo 
VHD está sempre associada à infecção pelo VHB 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- VHD dissemina-se por via parenteral e sexual, podendo ser 
transmitido ao mesmo tempo que se transmite o vírus da 
hepatite B (coinfecção) ou, ainda, comumente, superinfectar 
portadores do VHB (superinfecção) 
- Coinfecção -> paciente tende a desenvolver uma doença 
aguda, que pode ser grave, até com formas fulminantes 
- Superinfecção -> agudização da doença hepática, em portador 
de hepatite viral crônica B, motivada pela atividade do VHD 
- Anticorpos -> anti-HD IgG 
→ FISIOPATOLOGIA E HISTÓRIA NATURAL 
- Conhecimento sobre a patogênese do VHD ainda é limitado 
- Estudos sugerem que a lesão induzida pelo vírus seja mediada 
imunologicamente. Contudo, o aparecimento de surtos de 
hepatite Delta associado a elevada gravidade e importante 
lesão histológica podem significar efeito citopático direto do 
vírus 
- Histologia hepática geralmente não demonstra diferenças 
significativas em comparaçãoaos pacientes com hepatite B ou 
C, mas pode-se encontrar a presença de vacúolos de gordura 
que circundam o núcleo de hepatócitos, balonização 
hepatocitária, caracterizando célula em mórula descrita como 
marcador da doença 
→ QUADRO CLÍNICO 
1- Coinfecção aguda por VHB e VHD 
- Hepatite aguda autolimitada -> evolui para eliminação viral 
- Pode durar algumas semanas 
- Níveis de aminotransferases podem apresentar dois picos de 
elevação durante a evolução do quadro 
2- Superinfecção pelo VHD 
- Risco de descompensar um paciente com reserva funcional 
hepática já comprometida e tendência à forma fulminante da 
doença 
→ DIAGNÓSTICO 
- Caracterizada pela replicação do genoma viral com expressão 
do antígeno HD (HDAg) e resposta imune específica produzida 
pelo hospedeiro infectado 
- Principais marcadores para o diagnóstico dessa infecção são 
os anticorpos anti-HD IgG e IgM, que são detectados pelo 
método ELISA, e VHD RNA, que é detectado pelo método de 
PCR 
- Testes diagnósticos 
 
→ TRATAMENTO 
- IFN-alfa

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