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Roteiro - Aula 1

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1 
 
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DELEGADO 
Ana Carolina Squizzato 
Direito Tributário 
Aula 1 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
Tema: Introdução 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
1. Atividade financeira do Estado 
 
Trata-se de uma atividade meio para que o Estado possa arcar com os custos dos serviços 
públicos. 
Ele pode fazer isso de duas maneiras possíveis. 
Pode explorar o seu próprio patrimônio. Nesse caso fala-se em receita originária. 
Pode agir com poder de império e obrigar o particular a pagar. Nesse caso fala-se em receita 
derivada. 
 
Receitas públicas 
 
a- Originárias: 
Exploração do patrimônio estatal. 
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Exemplo: contrato de locação. 
O Estado está na mesma posição do particular. Trata-se de uma relação horizontal. 
 
b- Derivadas: 
Trata-se de uma relação verticalizada, que segue regras de direto público. 
O Estado age com poder de império. Manda pagar. Compulsoriamente obriga o sujeito a pagar. 
Aqui se localiza os tributos e as multas. 
 
Obs.- Multas não são boas fontes arrecadadoras. A finalidade da multa é reprimir uma conduta 
contrária ao direito. Os tributos são os que contribuem para os cofres públicos. 
 
2. Finalidades dos tributos 
 
a- Fiscal 
Arrecadatória 
 
b- Extrafiscal 
Quando se olha para o tributo e percebe-se que sua principal função não é contribuir para o 
cofre público, mas sim fazer uma intervenção na economia ou em uma situação social. 
Exemplo: crise no setor têxtil. Aumentou-se o imposto de importação, visando a Indústria 
chinesa. Os trabalhadores brasileiros estavam sendo demitidos. A preocupação era proteger a 
Indústria nacional. 
 
c- Social 
Exemplo: ITR. Imposto que é da União, concebido para estimular a função social da propriedade 
rural. Ele é progressivo visando a produtividade, a adequação destinação a propriedade. 
 
➢ Possui efeito arrecadatório meramente colateral (termo que aparece em provas) 
➢ Cuidado! Mesmo o tributo fiscal tem alguma coisa de extrafiscal. 
➢ Atenção! Nenhum tributo é neutro, portanto, não há finalidade exclusiva de um 
tributo. 
 
 
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d- Parafiscal 
Essa finalidade não é unanimidade na doutrina. 
O Estado quer arrecadar, mas há uma particularidade. 
 
- conceito clássico: 
Delegação da fiscalização, cobrança e administração de recursos para outra entidade fora da 
administração direta. 
Pressupõe que a fiscalização, a cobrança e o destino ficava com outra entidade pública. Um ente 
cria e delega a administração de recursos para outra entidade de direito público. 
Exemplo: INSS era responsável pelos benefícios previdenciários. Antes cobrava, agora só 
administra benefícios. 
 
➢ Atenção! Não há delegação de criação de tributo. Nunca! 
 
- conceito moderno: 
Não precisa delegar, desde que outra entidade de direito público fique com administração de 
recursos, já existirá o efeito parafiscal. 
 
 
3. Conceito de tributo 
 
CTN, art. 3º: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
➢ Atenção! Esse é o conceito de tributo que cai nas provas. 
 
Características: 
 
1- Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir 
 
É aquela em moeda. 
É unânime o entendimento que o Código não permite tributo in natura ou in labor. 
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Não pode ser pago em serviço. Exemplo: oferece o trabalho. 
Não pode ser in natura. Exemplo: Imposto de importação, não pode deixar 20 garrafas do que 
está trazendo. 
 
➢ De onde veio a expressão ou valor nela? 
UFIR = Unidade fiscal de referência. Foi criada na época de alta inflação. Posteriormente, não 
precisou mais do indexador fiscal. 
Com o tempo a doutrina considerou outros valores. 
 
➢ Atenção! Pode aceitar a forma de quitação em imóvel. Desde que exista lei do ente 
aceitando. 
➢ A forma de quitação e o que é não são iguais. Ainda existe a fixação de dívida em X 
reais. 
➢ Atenção! Essa outra coisa só pode ser a prevista em lei: 
 
CTN, Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, 
ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não 
podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua 
efetivação ou as respectivas garantias. 
 
CTN, Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
 
➢ Atenção! O STF entende que pode se criar outras hipóteses suspensão e quitação 
de créditos tributários. Não fixou quais são as outras hipóteses. 
 
2- Compulsória, instituída em lei 
 
Obrigatória. 
A lei, em regra, é ordinária. 
A Constituição Federal vai exigir lei complementar em 4 hipóteses: (lembrar que lei 
complementar não cabe MP) 
a- Empréstimo compulsório 
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b- Imposto residual 
c- Contribuições sociais residuais 
d- Imposto de grandes fortunas (ainda não foi instituído) 
 
3- Que não constitua sanção de ato ilícito 
Consegue-se vislumbrar a distinção entre tributo e multa. 
O tributo é por algo lícito. 
Exemplo: Ser proprietário de veículo automotor - IPVA. Receber renda- IR. 
São situações lícitas. O fato gerador é algo lícito. 
 
➢ Atenção! Se a pessoa se envolver com algo ilícito, como o tráfico ilícito de 
entorpecentes, o STF entende que deveria pagar tributo pela renda. 
Esse entendimento se originou um caso de uma farmácia, que na frente vendia remédios. Atrás 
drogas. Tinha contabilidade das duas vendas. Pediram imposto de renda e receber renda é algo 
lícito. Esse é o fato gerador (hipótese de incidência). A forma como recebeu renda não importa. 
 
➢ Princípio do pecunia non olet: 
Estabelece que, para o fisco, pouco importa se os rendimentos tributáveis tiveram ou não fonte 
lícita ou moral. A origem do instituto está na criação de um tributo, pelo Imperador Vespasiano, 
para a utilização de banheiros públicos. A taxa foi extinta, mas restabelecida pelo Imperador 
Vespasiano. Os historiadores romanos Suetônio e Dião Cássio contam que quando Tito reclamou 
com seu pai da natureza imoral da taxa e que ela faria com que a cidade ficasse fedendo, 
Vespasiano pegou uma moeda de ouro e disse Non olet (não tem cheiro). 
 
4- Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada 
 
A cobrança do tributo é atividade vinculada. Não pode deixar de cobrar. 
 
1- Classificação Vinculado x Discricionário (conceito de tributo) 
Para fins de conceito, é obrigado a cobrar. 
 
Mas também pode usar a expressão vinculada de duas maneiras: 
 
2- Classificação Vinculado x Não Vinculado (fato gerador) 
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Olha se o Estado tem que fazer algo pelo sujeito passivo ou não; 
No caso do imposto o Estado não faz nada em relação ao fato gerador. 
Exemplo: Paga IPVA porque tem veículo automotor. 
Exemplo: Na contribuição de melhoria, o Estado tem que fazer obra pública da qual decorra 
melhoria para o particular. 
 
3- Classificação Vinculado x Não Vinculado (destino da arrecadação) 
Às vezes, já existe destino específico para aquele tributo. 
Nos Impostos, a Constituição diz que não pode vincular a arrecadação. 
No empréstimocompulsório, o destino é para o que causou. 
 
 
4. Espécies tributárias 
 
O regime jurídico de cada espécie tributária é diferente. 
 
➢ O STF entende que não pode cobrar taxa para o serviço de iluminação pública. A 
Contribuição para o custeio de iluminação foi aceita porque não tem os mesmos 
requisitos da taxa. 
 
1) Teoria da tripartição dos tributos: 
 
CTN, Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
➢ O CTN foi construído em cima da tripartição. 
 
2) Teoria da pentapartição dos tributos: 
1-impostos, 
2-taxas, 
3-contribuições de melhoria, 
4- empréstimos compulsórios, 
5-contribuições especiais. 
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A Constituição Federal traz separado por competência. Ela traz as cinco espécies que estão fora 
do artigo 145, mas estão lá presentes na Constituição. 
O STF deixa claro que são cinco espécies. 
 
 
5. Natureza jurídica para os tributos previstos no CTN 
 
CTN, art. 4º: “A natureza jurídica especifica do tributo é determinada pelo fato gerador da 
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
 
Tributos não vinculados 
Imposto 
Tributos vinculados 
Taxa por serviço público e poder de policia 
Contribuição de melhoria 
 
➢ O STF entende que o artigo 4 é perfeito para as espécies que o CTN fez a previsão. 
 
 
6. Natureza jurídica para os demais tributos com previsão constitucional 
Não se utiliza o artigo 4 do CTN. 
 
 
 
 
 
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7. Tributos em espécie 
 
7.1 Impostos 
 
CTN, art. 16: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte”. 
 
- fato gerador: 
Não precisa que o Estado faça algo. 
Exemplo: Não se paga IPVA porque as estradas estão esburacadas. Paga-se porque é 
proprietário de um veículo automotor. O fato gerador é a manifestação de riqueza. 
A arrecadação irá para qualquer despesa que o Estado tenha. 
 
- base de cálculo: 
É uma quantificação dessa riqueza. 
Exemplo: valor venal do imóvel, valor do veículo. 
 
- Competência: 
Na Constituição Federal está escrito privativa, mas é exclusiva. Não pode delegar. 
Essa lista é criada para evitar bitributação. 
 
União: II, IE, IOF, IPI, IR, ITR e IGF (CF, art. 153). 
 
Estados: ITCMD, ICMS e IPVA (CF, art. 155). 
 
Municípios: ISS, IPTU e ITBI (CF, art. 156). 
 
➢ Atenção! O Distrito Federal tem competência dúplice ou cumulativa: estaduais e 
municipais. 
CF, Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território 
não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal 
cabem os impostos municipais. 
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➢ Atenção! Essa lista é exaustiva para os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
Para a União não. Tem competência residual e extraordinária. 
 
- Competência residual: 
 
CF, Art. 154. A União poderá instituir: 
 
I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
 
Requisitos: 
 
1) Mediante lei complementar (não cabe Medida Provisória) 
 
2) Não cumulativo 
 
Trata-se de técnica de tributação para compensar a operação anterior. Exemplo: ICMS, existe 
para estimular maior circulação. 
 
3) Fato gerador e base de cálculo diferentes. (Esse ou é aditivo.) 
 
 
- Competência extraordinária: 
 
CF, Art. 154. A União poderá instituir: 
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não 
em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas 
de sua criação. 
 
Só é permitido se estiver presente a condição autorizadora: iminência ou caso de guerra externa. 
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Nesse caso ela vai precisar de mais recursos. E de forma mais rápida. 
 
➢ Cuidado! Não tem os requisitos do inciso I. Pode até invadir competência estadual 
e municipal. Aqui se permite bis in idem. Autoriza bitributação. 
Exemplo: ICMS extraordinário de guerra. 
 
 
7.2 Taxas 
 
CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e 
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
1- Exercício regular do poder de policia 
2- Serviço público específico e divisível 
 
7.2.1 Taxa de polícia 
 
CTN, Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando 
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à 
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
➢ Esse artigo tem um rol exemplificativo. 
 
Trata-se de manifestação do interesse público sobre o particular. No interesse da coletividade. 
Exemplo: quer dirigir seu veículo. Paga taxa. Taxa de fiscalização. 
 
➢ Atenção! Só existe taxa de polícia se o exercício for em concreto. Tem que ser 
efetivo. 
 
 
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Esse exercício pode ser presumido. Quando tem órgão de fiscalização em efetivo 
funcionamento. 
Exemplo: Ibama, órgão de fiscalização em efetivo funcionamento. A fiscalização na surdina é 
mais eficaz para o STF. 
Exemplo: Taxa renovação de alvará de funcionamento. 
➢ Atenção! A presunção cede mediante prova em contrário. 
 
 
7.2.2 Taxa de serviço 
 
CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico 
e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
 
 
➢ Quando é efetiva e quando é potencial? 
 
CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição 
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
 
Exemplo de utilização compulsória: taxa pela coleta residencial de lixo. Passa o lixeiro pelas 
ruas. Jogando lixo na rua ou não. 
➢ Atenção! Se não passar lixeiro não pode cobrar. É a utilização que é compulsória. 
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Exemplo: custas judiciais. 
 
Requisitos cumulativos: específicos e divisíveis. 
 
CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de 
utilidade, ou de necessidades públicas; 
 
Quando sabe pelo que se está pagando. Não se pode cobrar taxa por serviços gerais. 
 
III - divisíveis,quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus 
usuários. 
Quando o Estado consegue enxergar quem é o usuário do serviço. 
 
➢ SÚMULA VINCULANTE 41 
O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. 
 
➢ SÚMULA VINCULANTE 19 
A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento 
ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da 
Constituição Federal. 
 
7.2.3 Base de cálculo: 
A base de cálculo da taxa é relacionada com a atividade especifica. Tem um custo da atividade. 
 
➢ Curiosidade. Teve uma época que se cobrava custas judiciais pela quantidade de 
carimbo. 
 
CF, Art. 145, § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
CTN - Art. 77, Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos 
que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
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S. 667 STF: “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem 
limite sobre o valor da causa”. 
 
Súmula Vinculante n. 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais 
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral 
identidade entre uma base e outra. 
 
5.3 Contribuições de melhoria 
 
Origem e fundamento filosófico 
Criar algo justo. 
Na Inglaterra os proprietários de imóveis à beira do rio Tamisa, sofriam com frequentes 
alagamentos. O Estado fez uma obra, corrigiu o leito do rio e aquelas propriedades se tornaram 
a mais desejadas. Valorizou o bem. Para o não enriquecimento sem causa daqueles que 
efetivamente tiveram valorização imobiliária se cobrou o tributo. 
➢ “Betterment tax” 
➢ Vedação do enriquecimento sem causa. 
 
5.3.1. Fato gerador 
 
CF, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: 
 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
Fato gerador é a valorização imobiliária decorrente da obra. 
 
CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao 
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada 
imóvel beneficiado. 
 
➢ Atenção! A Constituição Federal não traz limite. Limites estão no CTN.

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