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1 Noções de Contabilidade Atuarial-1

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Curso Ciências Contábeis
Tema: Uma Breve Retrospectiva 
Histórica do Seguro no Brasil.
Docente: Patricia Lucena
2020.2
Introdução
• Boa Fé – em 1808:
Seguros Terrestres – Interesse Público.
• Tranquilidade – 1855:
 Primeira companhia de seguros de vida.
Legislação da Época
• Até 07/1850 – Legislação Portuguesa;
• Após 25/07/1850 – Lei 556 (Código Comercial
Brasileiro);
• Em 1895 o Decreto nº 249 – Medidas de
fiscalização – Evasão de Divisas - para as
companhias estrangeiras de Seguro de Vida;
SURGIMENTO DA PREVIDÊNCIA 
PRIVADA
• MONGERAL – Montepio Geral de Economia dos
Servidores do Estado - 1835 (guerra civil — a
Revolta dos Farrapos—, surgiu através de uma
iniciativa oficial de estabelecer a previdência
social no país.
• Proposta pelo então Ministro da Justiça, Barão de
Sepetiba, que, pela primeira vez, oferecia planos
com características de facultatividade e
mutualismo.
• A Previdência Social foi instituída através da Lei n°
4.682 (Lei Elói Chaves), de 24/01/1923.
Código Comercial Brasileiro
• De fundamental importância para o desenvolvimento do
seguro no Brasil;
• Incentivando o aparecimento de inúmeras seguradoras;
• Legisla sobre os seguros marítimo, terrestre e a exploração
do seguro de vida, este último, proibido expressamente
pelo Código Comercial, foi autorizada em 1855, sob o
fundamento de que o Código Comercial só proibia o seguro
de vida quando feito juntamente com o seguro marítimo;
• Com a expansão do setor, as empresas de seguros
estrangeiras começaram a se interessar pelo mercado
brasileiro, surgindo, por volta de 1862, as primeiras
sucursais de seguradoras sediadas no exterior.
A Criação da Superintendência Geral 
de Seguros
• O Decreto nº. 4.270/1901, e seu regulamento anexo, conhecido como
"Regulamento Murtinho", regulamentaram o funcionamento das companhias de
seguros de vida, marítimos e terrestres, nacionais e estrangeiras, já existentes ou
que viessem a se organizar no território nacional.
• O Regulamento Murtinho criou a "Superintendência Geral de Seguros",
subordinada diretamente ao Ministério da Fazenda que concentrava-se em uma
única repartição especializada, todas as questões atinentes à fiscalização de
seguros.
• De jurisdição nacional, com competência de fiscalizações preventiva, exercida
mediante o exame da documentação da sociedade que requeria autorização para
funcionar, e repressiva, sob a forma de inspeção direta, periódica, das sociedades.
• Em 12 de dezembro de 1906, através do Decreto n° 5.072, a Superintendência
Geral de Seguros foi substituída por uma Inspetoria de Seguros, também
subordinada ao Ministério da Fazenda.
Código Civil Brasileiro, Lei 3.051/1916
• Avanço de ordem jurídica no campo do contrato de seguro,
dispondo de capítulo específico dedicado ao "contrato de seguro".
• Seus preceitos passaram a compor, em conjunto, o que se chama
Direito Privado do Seguro, que fixaram os princípios essenciais do
contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das partes, de
modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados.
• Foram esses princípios fundamentais que garantiram o
desenvolvimento da instituição do seguro.
• Em 1920 e 1924 novos decretos as operações de seguros (limites de
reservas técnicas, capitais de operações, fôro, estatutos e
resseguro), adequando as operações ao Código Civil/1916;
A Primeira Empresa de Capitalização
• Foi a "Sul América Capitalização S.A“ fundada em 1929.
• Em 1932 é oficializada a autorização para funcionamento
das sociedades de capitalização através do Decreto n°
21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto n°
22.456/1933, sob o controle da Inspetoria de Seguros.
• O parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia:
"As únicas sociedades que poderão usar o nome de "capitalização"
serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo
oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela
Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital mínimo
perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda
corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa
que subscrever ou possuir um titulo, segundo cláusulas e regras
aprovadas e mencionadas no mesmo titulo".
Decreto Lei nº 21.828/32
• Fixou o limite de retenção de riscos das companhias estrangeiras
em 40% do capital realizado no país, aliado ao aumento dos
poderes fiscalizadores do Estado – com a transformação da
Inspetoria de Seguros em Departamento Nacional de Seguros
Privados e Capitalização (DNSPC) e a sua transferência do Ministério
da Fazenda ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio –
passos iniciais de um incisivo crescimento da intervenção do Estado
na condução da política econômica com a intenção de fortalecer o
mercado de seguros nacional, abandonando gradualmente a
perspectiva liberal clássica que marcou o período anterior ao
efetivo início do desenvolvimento brasileiro.
• No ano seguinte, através do Decreto n° 24.782, de 14/07/1934, foi
extinta a Inspetoria de Seguros e criado o Departamento Nacional
de Seguros Privados e Capitalização -DNSPC, também subordinado
àquele Ministério.
Criação do Instituto de Resseguros do 
Brasil – IRB (Decreto-lei nº.1.186/39)
• Obriga as sociedades seguradoras, a ressegurar nele as responsabilidades
que excedessem sua capacidade de retenção própria, que, através da
retrocessão, passou a compartilhar o risco com as sociedades seguradoras
em operação no Brasil.
• Com o IRB o Governo Federal procura evitar que grande parte das divisas
fosse consumida com a remessa, para o exterior, de importâncias vultosas
relativas a prêmios de resseguros em companhias estrangeiras.
• Sua atuação propicia a criação efetiva e a consolida o mercado segurador
nacional, ou seja, preponderantemente ocupado por empresas nacionais,
sendo que as empresas com participação estrangeira deixaram de se
comportar como meras agências de captação de seguros para suas
respectivas matrizes, sendo induzidas a se organizar como empresas
brasileiras, constituindo e aplicando suas reservas no País.
Instituto de Resseguros do Brasil - IRB
• São duas providências eficazes adotadas pelo IRB, visando
criar condições de competitividade para o aparecimento e
o desenvolvimento de seguradoras de capital brasileiro:
 O estabelecimento de baixos limites de retenção; e
 A criação do chamado excedente único.
Assim, as empresas pouco capitalizadas e menos
instrumentadas tecnicamente -como era o caso das empresas
de capital nacional -passaram a ter condições de concorrer
com as seguradoras estrangeiras, uma vez que tinham
assegurada a automaticidade da cobertura de resseguro.
Instituto de Resseguros do Brasil - IRB
• Hoje o IRB é uma sociedade de economia
mista com 50% de seu capital pertencentes às
sociedades seguradoras, permanecendo até
bem recentemente, como ressegurador
exclusivo (devido a nova redação dada ao
inciso II do artigo 192 da Constituição Federal
/88 que suprimiu a expressão “órgão oficial
ressegurador).
As Constituições 
• A Constituição Brasileira do Império e a de
1891 eram omissas a respeito das companhias
de seguros;
• As de 1934 e 1937, em seus dispositivos que
não tiveram eficácia, dispunham sobre a
nacionalização das empresas de seguros;
• A de 1946, deixou a normalização dessa
nacionalização à Lei Ordinária, mudando a
tendências anteriores.
Decreto-lei 1966
• Instituiu o Sistema Nacional de Seguros
Privados.
• Sofreu várias emendas, e regeu o mercado
segurador até a promulgação do Decreto nº.
4.986/2004.
A Constituição Federal de 1988
• Faz alusão à atividade de seguros no seu
artigo 192, quando trata do Sistema
Financeiro Nacional, e refere-se à necessidade
de lei complementar para regulação da
matéria.
O Decreto 4.986/2004
• Ratifica em seu artigo 1º a competência do
Conselho de Seguros Privados (CNSP), órgão
colegiado integrante a estrutura básica do
Ministério da Fazenda:
Exercer a regulação;
Normalização e coordenação das atividades de 
seguros;
Resseguros;
Previdência complementar aberta e capitalização.
ODecreto 4.986/2004
• Em seu artigo 2º. Estabelece a composição do Conselho Nacional de
Seguros Privados que devem ser integrados pelos seguintes
membros:
 Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante na qualidade 
de Presidente;
 representante do Ministério da Justiça;
 representante do Ministério da Previdência Social;
 Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP 
na qualidade de Vice-presidente;
 representante do Banco Central do Brasil; e
 representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
Conselho Nacional de Seguros 
Privados - CNSP 
• É o órgão responsável por fixar as diretrizes e normas
da política de Seguros Privados e Capitalização sendo
sua principal atribuição desde sua criação fixar as
diretrizes e normas da política governamental para os
seguimentos. Posteriormente, com o advento da Lei
nº. 6.435/77, suas atribuições se estenderam a
Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas.
• Ressaltando que a Lei Complementar 109/2001,
revogou esta legislação e estabeleceu novas regras
sobre Previdência Complementar (Aberta e Fechada).
As atribuições atuais do CNSP
• Dentre as funções do CNSP estão:
Regular a constituição, organização,
funcionamento e fiscalização dos que exercem
atividades subordinadas ao sistema Nacional
de Seguros Privados, bem como a aplicação
das penalidades previstas;
Fixar as características gerais contrato de
seguros, previdência privada, capitalização e
resseguro;
As atribuições atuais do CNSP
Estabelecer as diretrizes gerais das operações
de resseguro; prescrever os critérios de
constituição das Sociedades Seguradoras, de
Capitalização, das entidades de Previdência
Privada Aberta e Resseguradores, com fixação
dos limites legais e técnicos das respectivas
operações
Disciplinar a corretagem de seguros e a 
profissão do corretor.
Entidades subordinadas ao CNSP
• Susep – Superintendência de Seguros Privados;
• IRB – Resseguros Brasil;
• Sociedades Seguradoras;
• Sociedades de Capitalização;
• Entidades de Previdência Privada Complementar
– Abertas - Decreto-lei nº 73/66 e Lei
Complementar nº 109/2001;
• Corretora de Seguros;
• Sociedades Administradoras de Seguro-Saúde.
Superintendência de Seguros Privados 
- Susep
• É uma entidade autárquica, subordinada ao Ministério da Fazenda. Foi
criada pelo Decreto-lei n° 73/66, que também instituiu o Sistema
Nacional de Seguros Privados, constituídos pelo:
 Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP);
 Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
 Instituto de Resseguros do Brasil (IRB);
 sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores
habilitados.
• É responsável pela execução da política de seguros traçada pelo CNPS,
sendo também o órgão responsável pelo controle e fiscalização do
mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização.
São Atribuições da Susep:
• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência
Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política
traçada pelo CNSP;
• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se
efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de
capitalização e resseguro;
• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
São Atribuições da Susep:
• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição,
assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que
neles operem;
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o
mercado;
• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as
atividades que por este forem delegadas;
• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
Legislação Básica
• Lei nº 4.594/64 - Regula a profissão de Corretor de Seguros.
• Decreto-lei nº 73/66 - Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros
Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras
providências.
• Decreto nº 60.459/67 - Regulamenta o Decreto-lei nº 73, de 21 de
novembro de 1966, com as modificações introduzidas pelos
Decretos-lei nº 168, de 15 de fevereiro de 1967, e nº 296, de 28 de
fevereiro de 1967.
• Decreto nº 61.589/67 - Retifica disposições do Decreto número
60.459, de 13 de março de 1967, no que tange a capitais, ao início
da cobertura do risco e emissão da apólice, à obrigação do
pagamento do prêmio e da indenização e à cobrança bancária.
• Decreto nº 61.867/67 - Regulamenta os seguros obrigatórios
previstos no artigo 20 do Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de
1966, e dá outras providências.
Legislação Básica
• Decreto-Lei nº 261/67 - Dispõe sobre as sociedades de
capitalização e dá outras providências.
• Decreto-lei nº 802/69 - Declara a Rede Ferroviária Federal S. A. e as
demais ferrovias existentes no País isentas das obrigações
estabelecidas no Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.
• Lei nº 6.194/74 - Dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou
por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não.
• Decreto nº 85.266/80 - Dispõe sobre a atualização dos valores
monetários dos seguros obrigatórios a que se refere o Decreto nº
61.867, de 7 de dezembro de 1967.
Legislação Básica
• Lei nº. 10.190/2001 - altera dispositivos do decreto-lei nº
73, de 21 de novembro de 1966, da Lei n º 6.435, de 15 de
julho de 1977, da Lei nº 5.627, de 1º de dezembro de 1970,
e dá outras providências.
• Lei complementar nº 126/2007- Dispõe sobre a política de
resseguro, retrocessão e sua intermediação, as operações
de co-seguro, as contratações de seguro no exterior e as
operações em moeda estrangeira do setor securitário;
altera o Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, e a
Lei no 8.031, de 12 de abril de 1990; e dá outras
providências.
Previdência Privada Aberta
• Lei nº. 6.435/77, e Decreto nº. 81,402/78.
• Lei Complementar nº. 109/2001 - Dispõe
sobre o Regime de Previdência Complementar
e dá outras providências (Aberta e Fechadas).
Curso Ciências Contábeis
Tema: Uma Breve Retrospectiva 
Histórica do Seguro no Brasil.
Docente: Patricia Lucena
2020.1