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1. Conceitos básicos, você deve fazer um breve histórico da cronologia da Vigilância em Saúde no Brasil, a partir do Sec. XVIII até Sec. XX. http://www.funasa.gov.br/cronologia-historica-da-saude-publica -->Em 1808, a Coroa Portuguesa transfere-se para o Brasil ocorrendo uma política sanitária que adota, entre outras medidas, a quarentena; -->Em 1889, é promulgada a primeira Regulamentação dos Serviços de Saúde dos Portos para tentar prevenir a chegada de epidemias e possibilitar um intercâmbio seguro de mercadorias; -->A partir de 1903, quando Oswaldo Cruz assume a Direção Geral de Saúde Pública (DGSP) do então Ministério da Justiça e Negócios Interiores, inicia-se um conjunto profundo de mudanças; -->Em 1904, reorganização dos serviços de higiene que confere ao Governo Federal a responsabilidade de coordenar as ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis. Cria-se o primeiro programa vertical, o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e a obrigatoriedade de vacina antivariólica; -->Durante a maior parte do século XX, o Estado brasileiro organizou as ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis como programas verticalizados, com a formulação, a coordenação e a execução das ações realizadas diretamente pelo Governo Federal; -->Em 1941, estabeleceram- se como Serviços Nacionais encarregados de controlar as doenças mais prevalentes na época, como a malária, a febre amarela, a peste, a tuberculose e a lepra. Sua estrutura se dava sob a forma de campanhas, adaptando-se a uma época em que a população era majoritariamente rural, e com serviços de saúde escassos e concentrados, quase exclusivamente, nas áreas urbanas; -->Em 1968, foi criado o Centro de Investigações Epidemiológicas (CIE) na Fundação Serviços de Saúde Pública (FSESP) que aplica os conceitos e as práticas da moderna vigilância, nascida nos Estados Unidos, na década de 1950, no programa de erradicação da varíola e também ocorreu a 20ª conferencia mundial; --> A partir de 1969, O CIE instituiu, o primeiro sistema de notificação regular para um conjunto de doenças com importância para monitoramento de sua situação epidemiológica, o qual se originava desde as unidades das Secretarias Estaduais de Saúde; -->Em 1975, a V Conferência Nacional de Saúde (CNS) propôs a criação de um sistema de Vigilância Epidemiológica no país. Essa recomendação foi imediatamente operacionalizada, com o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), que se estruturou nesse mesmo ano, por meio da promulgação da Lei n. 6.259; --> Em 1976, esse sistema foi regulamentado pelo Decreto Presidencial n. 78.231, além disso, nesse mesmo ano o Ministério da Saúde institui a “notificação compulsória de casos e/ou óbitos de 14 doenças para todo o território nacional”; http://www.funasa.gov.br/cronologia-historica-da-saude-publica *O SNVE, coerente com o momento em que foi criado, era baseado no Ministério da Saúde e nas secretarias estaduais de saúde, excluindo os municípios que, naq uela época, não exerciam o papel de gestores de sistema de saúde. Em resposta ao perfil epidemiológico d o momento em que foi criado, o SNVE atuava exclusivamente sobre as doenças transmissíveis. -->A partir do final dos anos 1990, a incorporação de outros objetos, como a vigilância de fatores de risco de doenças e agravos não transmissíveis (Dant) passou a adquirir contornos de uma atividade institucionalizada no Sistema Único de Saúde. 2. Quais eram as doenças prevalente no início do século XX. Fazer uma analogia às doenças prevalentes hoje. Durante a maior parte do século XX, o estado brasileiro organizou as ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis como programas verticalizados, com a formulação, a coordenação e a execução das ações realizadas diretamente pelo Governo Federal. Esses programas, em 1941, estabeleceram- se como Serviços Nacionais encarregados de controlar as doenças mais prevalentes na época, como a malária, a febre amarela, a peste, a tuberculose e a lepra. Sua estrutura se dava sob a forma de campanhas, adaptando-se a uma época em que a população era majoritariamente rural, e com serviços de saúde escassos e concentrados, quase exclusivamente, nas áreas urbanas. Em um grande número de doenças transmissíveis para as quais se dispõe de instrumentos eficazes de prevenção e controle, o Brasil tem colecionado êxitos importantes. A varíola está erradicada desde 1978, a poliomielite recebeu a certificação da erradicação da transmissão autóctone em 1994, o sarampo encontra-se eliminado. Ainda nesta década será atingida a meta de erradicação da raiva humana transmitida por animais domésticos, da rubéola congênita e do tétano neonatal. Ainda dentro deste grupo de doenças transmissíveis com tendência ao declínio, estão a difteria, a rubéola, a coqueluche e o tétano acidental, que têm em comum o fato de serem imunopreveníveis. A doença de Chagas e a hanseníase, ambas endêmicas e a febre tifóide, associada a condições sanitárias precárias. Por fim, estão também a oncocercose, a filariose e a peste, todas com áreas de ocorrência restritas. DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS EMERGENTES E REEMERGENTES Um terceiro grupo de doenças expressa, em nosso país, o fenômeno mundial de emergência e reemergência de doenças transmissíveis. Destacam-se o surgimento da Aids no início da década de 1980, a reintrodução da cólera, a partir do Peru, em 1991, e a epidemia de dengue, que passou a constituir-se no final da década de 1990 em uma das maiores prioridades de saúde pública no continente e no país. 3. Na contemporaneidade, qual a característica principal da Vigilância? O que mudou a partir da proposta inicial? A característica principal da atividade de vigilância é, portanto, a existência de uma“observação contínua” e da “coleta sistemática” de dados sobre doenças. Na proposta inicial havia uma verticalização das ações oriundas do governos para que cada município seguisse a, não respeitando assim as particularidades de cada região bem como a prevalência de doenças que ali se encontravam. Além disso,era baseado no Ministério da Saúde e nas secretarias estaduais de saúde, excluindo os municípios que, naquela época, não exerciam o papel de gestores de sistema de saúde. Por fim, em relação ao perfil epidemiológico do momento em que foi criado, o SNVE atuava exclusivamente sobre as doenças transmissíveis. Hoje, cada município possui suas particularidades e planos de atuação de acordo com o perfil epidemiológico da região. Somado a isso, os municípios participam ativamente da gestão do sistema de saúde e a vigilância em saúde atua sobre doenças transmissíveis e não transmissíveis, como diabetes e hipertensão. 4. Como acontecia o processo de trabalho da vigilância epidemiológica antes da criação do SUS? O que mudou com o processo da municipalização/descentralização das ações? Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, as ações de vigilância epidemiológica, restritas ao controle de doenças transmissíveis, eram conduzidas pelo Ministério da Saúde. Apenas os estados integravam o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e cabia- lhes executar as ações definidas pela União, ou seja, havia uma certa verticalização dessas ações, isso conferia uma certa ineficiência no controle das doenças. A efetiva descentralização das ações de vigilância epidemiológica iniciou-se em dezembro de 1999, pela Portaria Ministerial 1.399 que regulamentou a Norma Operacional Básica 01/96 quanto às competências da União, estados e municípios na área de epidemiologia e controle de doenças, resultante de intensos debates nas instâncias de pactuação intergestores do SUS. Já na Vigilância Sanitária esse processo começou com a publicação da Lei n. 9.782, de 26 de janeiro de 1999,que definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e atribuiu competência à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, para que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de Vigilância Sanitária. A celebração do Termo de Ajuste e Metas (TAM), em 2000, regulamentou a transferência de recursos fundo a fundo para a média e alta complexidade para estados. Complementando esse processo, a Portaria n. 2.473, de 29 de dezembro de 2003, buscou estimular a adesão dos municípios para a execução das ações de média e alta complexidade em vigilância sanitária – MAC/VISA, repassando também recursos diretamente aos Fundos Municipais de Saúde. Em 2004,pela Portaria Ministerial n. 1.172, definem-se as atividades denominadas de Vigilância em Saúde, a saber: vigilância de doenças transmissíveis, vigilância de doenças e agravos não transmissíveis e de seus fatores de risco, vigilância ambiental em saúde e vigilância da situação de saúde. Através da Portaria Ministerial n. 3.252, de 22 de dezembro de 2009, (BRASIL, 2009). Nessa portaria estados, Distrito Federal e municípios são fortalecidos no papel de gestores da vigilância, bem como se ampliam as ações denominadas de Vigilância em Saúde, abrangendo: Vigilância Epidemiológica: vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos, como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos; Promoção da Saúde: conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela atuação sobre os determinantes sociais da saúde; Vigilância da situação de saúde: desenvolve ações de monitoramento contínuo do País, estado, região, município ou áreas de abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente; Vigilância em Saúde Ambiental: conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde; Vigilância da Saúde do Trabalhador: visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorren tes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos; Vigilância Sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo; *Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agora são 48.
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