Buscar

A base de tudo: Internet 2.0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SITES DE ALTA PERFORMANCE 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Maria Carolina Bianchi de Avis Neves 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Na nossa primeira aula, vamos entender a história do surgimento do 
Search Engine Optimization (SEO), ou Otimização dos Mecanismos de Busca, 
e do Google, principal mecanismo de busca, e principalmente começar a 
entender o que são as otimizações dos mecanismos de busca e como fazer para 
ter os algoritmos (uma sequência lógica e matemática de instruções que devem 
ser seguidas). 
Estes são como um passo a passo previamente programado, ou seja, são 
um descritivo das atividades que devem ser executadas, em etapas, para que 
um programa consiga trabalhar a nosso favor. O objetivo desta aula é dar a 
devida importância às otimizações técnicas e de conteúdo de sites para que eles 
tenham alta performance, bem como entender como o SEO pode influenciar 
positivamente os resultados de estratégias integradas. 
Pensando nisso, vamos entender o SEO de onde começou, na 
revolucionária Web 2.0, que é um termo popularizado a partir de 2004 para 
demonstrar que se trata de uma segunda geração de serviços de internet, com 
todas as suas mudanças que são tão rotineiras, mas tornaram muito mais fácil a 
vida dos internautas. 
A Web 2.0 nos trouxe mudanças que hoje são fundamentais, como uma 
navegação muito mais intuitiva e simples. Veremos todas as principais 
mudanças no decorrer do tema e também entenderemos qual é o papel dos 
mecanismos de busca para os usuários de internet, como o Google mudou o 
mundo com sua história de fundação (afinal, hoje os internautas do mundo todo 
estão acostumados a ter o Google como fonte de informação). 
Veremos ainda que estamos tão acostumados com o Google que se algo 
não existir por lá, significa que não existe fisicamente, e, por fim, entenderemos 
o que é SEO e como suas otimizações poderão contribuir para seu site. Vamos 
perceber, nesta aula inicial, que o Google, desde sua fundação, leva a sério a 
questão de oferecer uma boa experiência aos usuários, e esse é o motivo pelo 
qual ele ordena os resultados por relevância. 
Funciona assim: o internauta faz uma busca, e, em questão de milésimos 
de segundos, o Google faz uma leitura de todos os possíveis resultados e analisa 
mais de 200 fatores para que os resultados mostrados ao internauta sejam 
relevantes a ele. Por isso, quando pesquisamos algo no 
 
 
3 
Google, os resultados logo nos dão a resposta do que estamos buscando, graças 
a esse filtro feito pela empresa. 
Logo que o Google foi criado, a otimização dos sites era contada por uma 
espécie de votos, e a página que recebia mais votos aparecia primeiro para o 
usuário que pesquisava aquela palavra-chave, e assim segue até hoje. Porém 
hoje, conforme veremos nas próximas aulas, o Google tem mais de 200 fatores 
que são analisados para definir quais resultados são mais relevantes. Veremos 
quais são esses fatores no decorrer da disciplina e como adequar todas as 
informações do site para que os fatores analisados sejam vistos com bons olhos 
pelo buscador. 
É indispensável saber como os buscadores, também chamados de 
motores de busca (que são sistemas criados para que os internautas possam 
fazer buscas de qualquer assunto) iniciaram suas atividades e suas preferências, 
e, principalmente, entender como eles funcionam atualmente para poder tomar 
decisões e saber como otimizar seu site. Os buscadores, como o Google, 
atualizam suas preferências e seus algoritmos sempre, então é necessário que 
o estudante de marketing tenha uma atualização constante em suas análises e 
seus testes. 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Você já se perguntou como o Google faz para identificar quais resultados 
devem aparecer para mim quando faço uma pesquisa no buscador? Já se 
perguntou quais os impactos comerciais que são sentidos quando se tem um site 
no topo dos resultados do Google quando um usuário pesquisa determinada 
palavra-chave? 
Você sabia que existem diversas técnicas para conseguir ficar no topo das 
buscas? E diversas técnicas para não ter seu site “escondido” nas páginas 
seguintes? E o melhor: sabia que quando você consegue chegar ao topo dos 
resultados, pode até pagar mais barato em suas campanhas de Google 
Adwords, os famosos links patrocinados? 
Adwords é uma ferramenta do Google específica para criar anúncios no 
buscador. É quando você faz uma pesquisa no Google e do lado do resultado 
está escrito “anúncio”. Uma coisa é fato: todos nós viramos reféns do Google. 
 
 
 
4 
Seja para pesquisar uma receita, uma vaga de emprego, um endereço, 
ou até mesmo um sintoma de doença (embora nunca deveríamos fazer isso, 
pois o certo é consultar a um profissional). 
Para tudo, recorremos ao mais famoso mecanismo de busca da internet, 
por isso essa ação de pesquisar tudo ficou conhecida por “dar um Google”, e é 
nisso que pensamos no momento em que precisamos saber alguma coisa, por 
mais aleatória que seja: saber o que o Google tem a nos informar. 
Estamos vivendo um cenário no qual muitas pessoas vivem conectadas, 
seja por meio do computador, tablet ou smartphone. Depois da chegada da Web 
2.0, não há restrição de idade, pois o uso da internet se tornou tão fácil e prático 
que os pais dão celulares, computadores e tablets aos seus bebês para acalmá-
los com vídeos e desenhos coloridos que prendem a atenção e os deixam 
vidrados, e os filhos e netos, por sua vez, já ensinaram os avós a usar a internet 
a seu favor. 
É importante perceber essa inclusão que a Internet 2.0 nos trouxe. A 
Internet 1.0 é a internet na sua concepção, com um conteúdo estático, sem a 
possibilidade de interação por parte dos usuários, que eram poucos na época. 
Essa era foi marcada pelo início dos e-mails e sites, com certeza muito diferentes 
do que estamos acostumados hoje, já que podemos contar com uma navegação 
moderna e simples. 
A Internet 1.0 foi uma revolução para todos aqueles que durante toda a 
vida dependeram de correios, bibliotecas e telefones para trocar informações ou 
consultar algo. E maior ainda foi a revolução da Internet 2.0, que trouxe muito 
mais possibilidades de participação dos internautas, uma vez que foi quando a 
internet se popularizou e muita gente pôde ter acesso a ela. 
Como já dito anteriormente, o Google usa algoritmos para ordenar os 
resultados por relevância, e estes são extremamente otimizados por passar por 
atualizações constantes. Por isso, quando os usuários têm um tipo de 
comportamento on-line, o Googlebot, nome dado à programação do algoritmo 
mais famoso do Google, consegue identificar o site e o resultado que será mais 
relevante a ele. 
Isso é incrível, não é mesmo? Imagine só: se um usuário é vegano e 
sempre navega na internet buscando receitas veganas, quando pesquisa, por 
exemplo, “bolo de cenoura”, é bem provável que o algoritmo tenha feito uma 
 
 
 
5 
varredura nos cookies de navegação e identificado que ele é vegano, por isso o 
resultado deve ser de um bolo de cenoura vegano. Neste momento, você 
provavelmente está pensando “nossa, é por isso que, quando pesquiso algo, o 
Google já me mostra sempre o que tenho como preferência!”. 
Outro fator que o algoritmo do Google usa para ordenar os resultados é a 
geolocalização. Se um usuário que está em São Paulo pesquisar “padaria”, vai 
ter um resultado, e se um que está em Santa Catarina pesquisar a mesma 
palavra, terá outro resultado. Isso acontece porque o Google entende que o 
usuário está pesquisando onde tem uma padaria nas imediações, ou até mesmo 
buscando o telefone de uma. 
Essa geolocalização é tão precisa que o Google consegue identificar até 
mesmo em que bairro você está fazendo a busca, para te fornecer os melhores 
resultados. Ou seja, se você estiver num bairro e pesquisar “padaria”, terá 
resultados diferentes de uma pessoa que está em outro bairro e pesquisa a 
mesma palavra.Agora vamos pensar: como seria se o Google mostrasse todo tipo de 
resultado quando fazemos uma pesquisa? Será que teríamos a paciência de 
procurar um resultado relevante em meio a milhões de resultados irrelevantes? 
Será que nossa experiência como usuários seria boa? É bem provável que não. 
E como seria para os profissionais que usam SEO como técnica para 
aumentar a performance do site? Será que o site teria bastante acessos? Ou 
será que teria uma taxa de rejeição maior, pelo fato de aumentar os acessos 
desqualificados, ou seja, de usuários que não comprariam seu produto ou não 
se interessariam pelos seus conteúdos? Daria resultado ter o acesso de um 
vegetariano num site de açougue? Isso é um acesso desqualificado: de um 
usuário que não tem a ver com minha marca/empresa, que só aumentaria o 
número de acessos, mas não traria benefícios ao meu site. 
Por isso, é importante entendermos como funciona a inteligência do 
Googlebot, e saber como podemos usar a revolucionária Internet 2.0 combinada 
com estratégias de SEO para ter um site de alta performance, gerando, 
consequentemente, mais lucratividade à empresa. No andamento da disciplina, 
você aprenderá todas as técnicas e estratégias. 
 
 
 
6 
TEMA 1 – A BASE DE TUDO, A INTERNET 2.0 
De acordo com o site Significados (S.d.), Web 2.0 é um termo criado em 
2004 pela empresa americana O’Reilly Media para denominar uma segunda 
geração de comunidades e serviços oferecidos na internet, baseada em 
aplicativos e redes sociais. O termo Web 2.0, ou Internet 2.0, refere-se à 
mudança na forma como é percebida pelos usuários e desenvolvedores. 
Essa revolução na internet aumentou a velocidade e a facilidade do uso 
de aplicativos e sites, por isso foi percebido um grande aumento no conteúdo da 
internet. A ideia da Web 2.0 é tornar o ambiente on-line muito mais dinâmico e 
participativo para que os usuários contribuam com a produção de conteúdo. 
Sabemos que hoje não há mais espaço para a comunicação de cima para 
baixo, isto é, aquela em que os administradores de sites produzam um conteúdo 
e não haja espaço para os usuários darem sua opinião, já que todos os usuários 
de internet têm opiniões e posicionamentos formados sobre tudo. 
Vivemos numa época menos padronizada e muito mais democrática, em 
que podemos ter voz ativa, e isso também fez parte da revolução da Internet 2.0. 
Embora alguns especialistas afirmem que a Web 2.0 é uma “jogada de 
marketing”, todos nós sentimos os impactos positivos que a internet trouxe. 
1.1 A televisão sobreviverá? 
George Gilder (1994), em seu livro Life after television, traz afirmações 
acerca dos benefícios da tecnologia, além de apostar que a televisão não irá 
sobreviver, uma vez que não há espaço para competir com a internet. 
Reforçando essa opinião, a Ooyala fez uma pesquisa que abrange o 
primeiro trimestre de 2017, na qual foi constatado que nunca se assistiu a tanto 
conteúdo nas plataformas mobile como agora. Durante os três primeiros meses 
de 2017, 57% de todo o conteúdo em vídeo foi visto por meio de smartphones 
(Rodrigues, 2017). 
A maior parte das pessoas hoje em dia prefere assistir a conteúdos como 
filmes e seriados por plataformas como Netflix e até mesmo YouTube, e essa foi 
uma grande mudança trazida pela Web 2.0. 
 
 
 
7 
1.2 A Web 2.0 e a programação 
Segundo o Google (S.d): 
Uma das mudanças mais importantes que chegou com a revolução da 
Web 2.0 foi a programação. Começaram a desenvolver softwares e 
ferramentas que são vendidos como serviços, pagos mensalmente e 
não mais como pacotes. Além disso, a prioridade passou a ser tornar 
a experiência do usuário mais agradável, com softwares mais ágeis e 
interfaces fáceis de se adaptar. 
É por isso que hoje amamos passar horas e horas na internet, graças a 
essa revolução na programação que veio com a era 2.0 da internet. Não temos 
mais espaço para layouts e interfaces que atrapalhem a navegabilidade e a 
acessibilidade do usuário – basicamente, quanto mais simples e modular a 
programação, melhor. 
1.3 Wordpress 
O Wordpress é uma ferramenta que usa os princípios da Internet 2.0, pois, 
como vários outros softwares, é pensado e desenvolvido de modo que os 
próprios usuários podem ajudar a torná-lo melhor, então vai se tornando melhor 
conforme é usado. É aí que a democracia na web começa a aparecer. 
Por exemplo: quando um usuário avalia uma notícia, ele ajuda o software 
a saber qual notícia é melhor. Quando o usuário organiza uma informação por 
meio de marcações, etiquetas ou pastas, ele ajuda o software a entregar 
informações bem mais organizadas. 
Segundo o site Repositório Aberto, “a web colaborativa aumentou 
significativamente o conteúdo encontrado na internet, afinal permite que usuários 
comuns, que até então não possuíam conhecimento necessário para publicar 
algo na internet, publiquem e consumam informação o tempo todo, de todos os 
lugares, de forma constante”. 
1.4 O uso colaborativo 
Uma dessas várias ferramentas de uso colaborativo é o próprio Google, 
com sua funcionalidade Guides, ou Locais. Todos nós, usuários, podemos fazer 
avaliações e dar nossas opiniões sobre um local. Quem usa o e-mail do Google, 
Gmail, já foi impactado por uma notificação do Google ao tirar uma foto em um 
restaurante, supermercado ou clínica, por exemplo. 
 
 
8 
Na hora que o usuário captura uma foto ou grava um vídeo, o Google o 
notifica para que ele colabore com o local, enviando as fotos que tirou. Isso é 
ótimo para nós, usuários, porque, antes de irmos a algum local, temos a 
oportunidade de pesquisar sobre ele, ver fotos e até mesmo o cardápio com 
preços. 
Com esse objetivo, a Web 2.0 revolucionou a maneira como usamos os 
mecanismos de busca. Se quero saber, por exemplo, quais são os benefícios do 
chá verde, pesquiso no Google, porém, para que eu tenha os resultados, alguém 
precisa ter colaborado compartilhando esse conteúdo. A democracia que a Web 
2.0 trouxe fez e faz toda a diferença em nosso cotidiano on-line. 
Outro exemplo do conteúdo colaborativo que chegou com a Web 2.0 é a 
própria Wikipédia, na qual os usuários podem pesquisar sobre um tema e fazer 
edições e correções de seu conteúdo. A intenção é ter conteúdos on-line cada 
vez mais enriquecidos de informações. 
O Consumer-Generated Media (CGM) é o termo utilizado para descrever 
o conteúdo que é criado e divulgado pelo próprio consumidor. É o ato de deixar 
de ser apenas consumidor de conteúdo e passar a ser colaborador e produtor 
dele. O importante é que esse usuário não precisa de grandes conhecimentos 
técnicos sobre programação ou marketing, mas, sim, simplesmente expor sua 
opinião por meio de comentários, fóruns, blogs, listas de discussão, grupos, 
comunidades, sites (o usuário tem em muitos sites a opção de deixar 
comentários com sua opinião), no YouTube, no Google e na Wikipédia, por 
exemplo. 
O jornalismo sentiu esse impacto da democracia on-line de os internautas 
poderem sugerir edições e complementos aos textos. Antes, os usuários eram 
apenas leitores dos conteúdos que os jornalistas escreviam, mas agora o 
cidadão comum, sem sequer ser especialista em algum assunto, pode participar 
da edição de uma matéria. Aí surgiu o chamado jornalismo participativo, que 
mudou o formato de conteúdo somente produzido e abriu espaço para os 
internautas contribuírem com suas opiniões. 
1.5 O beta perpétuo 
O chamado Beta Perpétuo é outro conceito que demonstra como a Web 
2.0 interfere na programação. Esse termo significa que os programas não são 
 
 
9 
mais lançados, mas, sim, melhorados, otimizados e corrigidos de uma forma 
muito sutil. 
O usuário só percebe as grandes mudanças. Além disso, ele participa das 
mudanças dando sua opinião, reportando erros e aproveitando as atualizações 
e melhorias. Antes da revolucionária Internet 2.0, quando um software precisava 
ser atualizado, ele ficava fora do ar por horase, quando voltava, os usuários 
demoravam a se acostumar novamente com as mudanças. 
Um exemplo disso é o lançamento do Windows XP, lançado em outubro 
de 2001, que chegou com a interface (o desenho) totalmente modificada, o que 
demandou certo tempo para as pessoas se acostumarem, já que o XP chegou 
totalmente diferente do software anterior, que era o Windows 2000. Mas a 
mudança na interface foi muito satisfatória ao longo do tempo, pois se tornou 
muito mais intuitiva e autoexplicativa, ou seja, mais fácil de navegar. 
1.6 Programas integrados 
Na Web 2.0, os softwares funcionam pela internet, o que possibilita que 
vários programas se integrem, formando uma grande plataforma. Por exemplo, 
você cria uma conta em uma rede social e automaticamente sua lista de contatos 
pode ser conectada de forma integral. 
Já reparou que, quando você vai acessar algum site que peça cadastro, 
você pode fazer login com seu e-mail ou Facebook? Isso acontece porque, com 
a Web 2.0, os programas são abertos, ou seja, uma parte do programa pode ser 
utilizada por outra pessoa para desenvolver um outro programa. Os arquivos são 
trocados diretamente, e isso significa rapidez e comodidade ao usuário. 
1.7 Vender e comprar pela internet 
Será que tudo é mídia espontânea – ou seja, a exposição da sua marca 
de forma espontânea, sem demonstrar ao internauta que aquilo é uma mídia? 
Não. 
Com a Web 2.0, surgiu uma nova forma de lucrar na internet, a chamada 
long tail, ou cauda longa, termo criado por Chris Anderson (2006), em seu livro 
“A Cauda Longa”, que demonstra que a segmentação é muito assertiva, ou seja, 
se um internauta pesquisar “fotografia”, ele pode estar querendo ver fotos, fazer 
cursos de fotografia, saber a história da fotografia ou diversas outras 
 
 
10 
informações, enquanto o internauta que pesquisa “curso on-line de fotografia” 
está querendo fazer um curso on-line de fotografia. 
Essa segunda busca foi de uma palavra-chave de cauda longa, muito 
mais segmentada do que a primeira. Uma loja virtual pode ter um catálogo muito 
grande, com vários itens que não valeria a pena ter em uma loja física por vender 
pouco ou porque custaria muito caro manter na prateleira. 
Porém, é justamente por serem difíceis de encontrar em lojas físicas que 
são extremamente valiosos para quem os busca e faz questão de tê-los. Por 
isso, o modelo de vendas na Internet 2.0 é um sistema feito para que as pessoas 
possam descobrir esses itens únicos do catálogo. É o motivo, por exemplo, de 
informes como “pessoas que compraram este tênis também compraram [...]” ou 
“pessoas que gostaram deste livro também gostam [...]”. 
A venda de muitos itens que individualmente vendem pouco traz mais 
retorno financeiro do que a venda de produtos que individualmente vendem 
muito. Por isso, os usuários de internet são influenciados o tempo todo para que 
comprem cada vez mais. Outra forma de monetização na dita “nova internet” são 
os softwares como serviços, os programas que são pagos mensalmente – você 
não compra a propriedade deles, mas paga como um aluguel. 
Além dessas duas formas, existe também a venda de conteúdos, como, 
por exemplo, fotos aéreas que são usadas pelo Google Maps, além de, claro, a 
venda de espaço de publicidade, em que o anunciante só paga se o usuário 
clicar no anúncio. 
1.8 O marketing e a publicidade 
O marketing e a publicidade também passaram por transformações com 
a Web 2.0. Agora não basta comunicar, é preciso interagir. A publicidade deixou 
de ser uma via de mão única, na qual era disparado um conteúdo e por ali ficava. 
Hoje, a realidade é diferente: a publicidade se tornou um canal de 
relacionamento entre as empresas e seus clientes, ou futuros cientes, afinal, a 
internet é feita de pessoas. Isso inclui o chamado marketing de performance, que 
é a forma de fazer marketing digital em que a marca só paga pelos resultados 
que recebe, geralmente pagando um valor por clique ou a cada mil cliques. 
Estar on-line só para não estar fora da internet já não serve, é preciso que 
toda ação feita seja interessante do ponto de vista do Retorno Sobre o 
Investimento (ROI). Ou seja, tudo que foi investido em internet precisa ser 
 
 
11 
revertido em resultados, assim como em qualquer outra mídia. A grande 
revolução que a Web 2.0 trouxe para o marketing foi, sem dúvida, a empresa 
pagar pelo resultado. 
Isso é uma garantia de que seu investimento está sendo bem aproveitado 
e otimizado. Essas ações tornaram a experiência das marcas muito mais 
interessantes, por isso temos tantas empresas on-line, apostando em ações de 
marketing digital. 
A Web 2.0 também foi responsável pelo surgimento de ações cross-
media, que são ações com mídias integradas, ou seja, uma marca que usa várias 
mídias para levar o consumidor ao fim do ciclo, a compra. O termo significa, 
literalmente, o cruzamento de mídias, e isso quer dizer que essa campanha usa 
diversos canais de comunicação integrados, como televisão, rádio, revista, jornal 
impresso, além de redes sociais e site. 
Não basta ter inserção em várias mídias para a campanha ser cross-
media, é preciso passar a mesma mensagem de uma mídia complementar a 
outra, de modo que estimule o cliente a procurar a marca em outra mídia para 
que ele interaja com a campanha. Por exemplo: um anúncio em rádio que 
incentiva o cliente a entrar numa rede social, e da rede social ele é levado ao 
site e finaliza a compra. 
1.9 Nuvem 
Uma das coisas que mais utilizamos hoje foi criada com a Web 2.0: a 
computação na nuvem. É uma tendência levar os usuários e sistemas 
operacionais a um armazenamento on-line, dispensando qualquer uso de 
dispositivos físicos de armazenamento, como o HD externo. 
A ideia de deixar seus arquivos armazenados “na nuvem” tem o objetivo 
de disponibilizar seus dados/arquivos a qualquer hora em qualquer lugar (que 
tenha acesso à internet, claro). Seu conteúdo ficou completamente portátil. 
Basicamente, a computação na nuvem permite que você tenha todos os 
seus arquivos, como fotos e documentos, digitalizados, arquivados em um 
armazenamento on-line que você pode acessar por meio de login e senha, e isso 
significa que não é mais necessário o uso dos armazenamentos externos físicos 
(como o tão famoso pen-drive). 
Ter seus arquivos na nuvem garante muito mais segurança, afinal, quem 
nunca teve um computador com alguma peça queimada e ficou sem suas fotos? 
 
 
12 
Quem nunca teve problema no celular e perdeu tudo? Com seus arquivos na 
nuvem, você só perde caso apague os conteúdos ou perca a sua senha, o que 
é muito menos provável de acontecer do que ter arquivos guardados em 
armazenamentos físicos. 
1.10 Jogada de marketing? 
Muitos críticos, desenvolvedores e especialistas de áreas da 
programação e afins discordam das ideias que trazem a Web 2.0, acreditando 
que seja um termo muito extenso, vago e abrangente. Eles consideram que não 
existe uma segunda geração de aplicativos web e softwares, mas, sim, uma 
evolução natural guiada pelas experiências do usuário na internet. Para eles, o 
termo Web 2.0 é uma simples jogada de marketing, criada por empresas e 
profissionais interessados em uma nova onda de investimentos e negócios. 
É importante avaliar que, seja por meio da Web 2.0 ou da própria evolução 
humana e tecnológica, todos podemos sentir os impactos da modernização dos 
serviços on-line. Depois que a internet ficou acessível a mais pessoas, tornou a 
vida dos usuários muito mais ágil e fácil. Veremos, ao longo da disciplina, várias 
ações que foram criadas após a revolução da Web 2.0. 
TEMA 2 – O PAPEL DOS MECANISMOS DE BUSCA 
Os mecanismos ou sites de busca são conhecidos no Brasil e no mundo 
por serem a solução dos problemas de muita gente. Quem nunca teve uma dor 
em alguma parte do corpo e correu pesquisar no Google? E se alguém te 
convidar para ir a uma pizzaria, onde você procura o endereço dela?Nós, usuários, somos viciados nos mecanismos de busca. Eles são 
basicamente ferramentas complexas presentes na internet que têm como 
objetivo fornecer informações aos internautas, armazenar informações diversas, 
como texto, imagens, vídeos, produtos, notícias, propagandas e várias outras 
informações. 
Todas essas informações são armazenadas na rede mundial, o famoso 
“www”. Quando o usuário busca uma informação, é impactado por um leque de 
opções, uma espécie de catálogo com informações. 
Os motores de busca são sites utilizados para buscar informações de 
outros sites, e, em geral, buscam informações em toda a internet sobre o assunto 
 
 
13 
que o usuário está buscando, mostrando os resultados a ele de forma muito 
organizada e rápida. 
É aí que entra o que nos importa. Como eu, gestor de um site, consigo 
passar a mensagem aos mecanismos de busca de que meu site é relevante ao 
ponto de ficar nos primeiros resultados quando algum usuário pesquisa alguma 
palavra-chave que identifique meu negócio? Será que as redes sociais também 
se tornaram mecanismos de busca? 
O mais conhecido dos mecanismos de busca com certeza é o Google, 
mas existem vários outros: Bing, Yahoo!, Lycos, Cadê, e o mais recente, 
Amazon.com, com seu mecanismo de busca A9, porém ainda inativo. Por mais 
novo que isso seja, as redes sociais também passaram a ser mecanismos de 
busca. 
O Facebook, o Instagram, o Linkedin e várias outras redes sociais 
precisam de técnicas de SEO para que seu perfil ou página se torne relevante 
para ser sempre resultado de alguma pesquisa feita pelos usuários. Veremos 
como otimizar as redes sociais em seguida. 
Os mecanismos de busca são comandados por um conjunto de web 
crawlers, ou seja, robôs, que, automaticamente, vasculham toda a internet em 
busca dos resultados que o usuário está buscando. Eles podem, inclusive, 
vasculhar os diretórios internos de um site, e é importante saber disso porque a 
otimização dos mecanismos de busca, o SEO, abrange não só o conteúdo, mas 
também a experiência do usuário e a parte de programação do site. 
Os motores de busca são mantidos algoritmicamente, e, para 
conseguirmos deixar nosso site no topo dos resultados, precisamos entender 
como funcionam esses algoritmos. Existem vários tipos de buscadores: 
 Buscadores globais: são buscadores que pesquisam e vasculham todos 
os documentos e as informações na rede, e a apresentação dos 
resultados é aleatória. Exemplo: Google e Bing. 
 Buscadores verticais: são as variações de buscas que os motores de 
busca oferecem, como imagens, vídeos, notícias, entre outras. Ou seja, 
além de todos os resultados contidos na busca do Google, por exemplo, 
ele ainda oferece opções de conteúdos na guia vertical. 
 Guias locais: buscadores locais ou regionais. As informações mostradas 
são endereços de empresas e locais específicos. Por exemplo: Google 
Meu Negócio, GuiaMais, AcheCerto, EuAcheiFacil, ListaMais, entre 
 
 
14 
outras. Lembra das listas telefônicas? São ferramentas parecidas com 
elas, porém modernizadas e on-line. 
 Buscadores locais: são buscadores de abrangência nacional que 
utilizam geolocalização ou Código de Endereçamento Postal (CEP) 
para ordenar os resultados de empresas ou serviços que estejam 
próximo do endereço do usuário. Quando ele pesquisa “restaurantes” 
em um bairro da cidade, os resultados são restaurantes que estão 
próximo dele, ou seja, se ele pesquisar a mesma palavra-chave em 
outro bairro da cidade, os resultados serão outros. Essa geolocalização 
é ativada automaticamente, não depende do Global Positioning System 
(GPS), como muitas pessoas pensam. 
 Diretórios de sites: são índices de sites próprios. Basicamente, são as 
buscas feitas por meio de uma palavra ou produto dentro de um site, e 
servem para permitir que o usuário encontre rapidamente o que ele 
deseja, buscando por categorias e subcategorias, e não por palavras-
chave. Os diretórios geralmente têm uma busca interna, para que o 
usuário não saia do seu site ao buscar alguma informação. Por exemplo: 
o usuário entra no site da Dafiti e faz uma busca por “botas de couro”; o 
resultado será somente das botas de couro que existem dentro do site da 
Dafiti, e não de toda a web, que abrangeria resultados de outros sites. 
2.1 Google Search Console 
Mas como os mecanismos de busca encontram meu site? Se eu abrir um 
site hoje e um usuário pesquisar minha palavra-chave hoje, meu site vai aparecer 
como resultado? Os profissionais da web, ou programadores, precisam fazer 
uma espécie de cadastro do seu site em uma ferramenta do Google chamada 
Google Search Console. 
Veremos mais detalhes ao longo da disciplina, mas vale saber que essa 
ferramenta serve para “avisar” o Google que agora ele também precisa indexar 
as informações do seu site. Não existe um sistema de atualização automática 
dos dados e informações presentes na internet com a agilidade necessária. 
O Google Search Console, antigamente chamado de Webmaster Tools, é 
uma ferramenta gratuita frequentemente esquecida pelos profissionais de 
marketing, seja por falta de conhecimento ou por não saberem sua real 
 
 
15 
importância. De qualquer forma, é importante saber de algumas funcionalidades 
do Search Console: 
 Serve como canal de comunicação entre o administrador do site e o 
Google. Se o Google identifica alguma movimentação incomum no site, 
como um volume repentino de tráfego, ele te avisa por lá. São avisados 
até mesmo atualizações de alguma tecnologia ou erro em alguma página. 
 Serve para corrigir erros de programação. Na aba otimização, existe 
um item chamado melhorias no HTML, e é onde o Google mostra 
correções ou complementos a serem feitos na estrutura do site, como 
title, metadescription e Uniform Resource Locator (URL) – veremos 
como otimizar esses itens ao longo da disciplina. Ou seja, se você 
estiver com algum conteúdo ausente ou duplicado nas configurações 
de uma página do seu site, o Search Console te avisará. 
 O desenvolvedor do seu site deve enviar um arquivo de sitemap para o 
Search Console, que serve para o Google entender todos os conteúdos 
existentes no seu site e garante que todas as páginas tenham o conteúdo 
indexado (lido) pelo buscador. 
 Há uma aba chamada tráfego e um item chamado links para seu site que 
mostra quais sites estão direcionando os usuários para seu site. Isso é 
muito importante, afinal, ninguém melhor que o Google para saber por 
onde o usuário passou antes de chegar ali. 
 Serve para descobrir novos termos de busca, ou seja, se você tem um 
site que vende móveis planejados, identifica que o termo ambientes 
planejados está sendo usado para encontrar seu site, e, por isso, você 
pode começar a utilizar mais a palavra-chave para atrair ainda mais 
tráfego. 
Utilizar o Search Console é fundamental para ter sucesso na otimização 
de sites para os mecanismos de busca. 
2.2 E como funciona um motor de busca? 
Um motor de busca funciona assim: 
1. O usuário faz a busca; 
2. O crawler percorre os links; 
 
 
16 
3. As páginas que estão indexadas (ou seja, que estão sendo lidas pelo 
Google, fazendo parte da base de dados do buscador) são o resultado da 
pesquisa; 
4. A busca está na página do usuário. 
O conteúdo de cada página é analisado para determinar qual resultado 
deve estar em primeiro lugar sob a busca de determinada palavra-chave, 
ordenando, assim, os resultados por relevância. Os conteúdos que estão em 
campos especiais (títulos, subtítulos, cabeçalhos, descrição, meta-descrição, 
negritos e tags1) são dados usados para classificar conteúdos ou páginas, e as 
tags servem justamente como uma etiqueta para organizar todo o conteúdo. No 
decorrer da disciplina, você aprenderá a otimizar os conteúdos em campos 
especiais. 
Quando o usuário faz a pesquisa de uma palavra-chave, o Google 
armazena os dados das páginas que foram exibidas como resultadopara usar 
como lembrança em buscas futuras, ou seja, ele armazena os dados das 
páginas, e o nome disso é cache de navegação. Por isso, quando você pesquisa 
no Google, por exemplo, os benefícios do chá verde, e ele te deu como primeiro 
resultado o site bem-estar.com, se você pesquisar outro conteúdo que o site 
contenha, ele terá preferência no ranking de resultados. 
Justamente por isso, a maioria dos usuários on-line tem um site favorito 
para cada tipo de assunto que busca na internet. Além disso, o cache de 
navegação serve para ajudar com a largura de banda, ou seja, poupar seu 
navegador (Google Chrome, Mozilla, Internet Explorer, Safari) de um 
carregamento a mais, pois já tem uma versão daquele conteúdo em cache, ou 
seja, em memória. 
2.3 Robots.txt 
E se eu tiver uma informação no meu site que eu não queira que os 
mecanismos de busca encontrem? Por exemplo: tenho no meu site um menu 
que serve para os colaboradores acessarem seus e-mails, e não preciso que as 
palavras-chave contidas nele sejam indexadas nos mecanismos de busca. Para 
isso, existe uma ferramenta que um programador pode instalar chamad 
robots.txt. 
 
1 Tag significa “etiqueta” em inglês, e também é conhecida como metadado. 
 
 
17 
É importante lembrar que o profissional de marketing não tem o 
conhecimento técnico de programação que é necessário para a configuração do 
robots.txt, e seu papel é fundamental no momento de identificar as páginas que 
não precisam ter o conteúdo indexado pelo Google e no momento de solicitar a 
instalação ao programador. O robots.txt serve para que o conteúdo daquela 
determinada página não seja analisado pelos robôs dos mecanismos de busca. 
2.4 Busca aproximada 
Quando um usuário faz uma busca digitando palavras-chave ou usando 
sua voz, o que é a tendência, o sistema busca o que ele procurou, mas uma 
funcionalidade bem avançada é a busca aproximada, que permite definir a 
distância entre as palavras-chave. Por exemplo: se você pesquisar thay muai, o 
Google entende que você errou a digitação e se confundiu, então ele te dá os 
resultados da maneira correta. 
2.5 Resultado orgânico/pago 
Existem milhões de páginas que têm o mesmo conteúdo, usam as 
mesmas palavras-chave e mesmo assim algum site pode ser mais relevante ou 
popular que outro. A maioria dos sistemas de busca usa métodos para criar um 
ranking de resultados para entregar ao usuário o melhor resultado primeiro, e 
determina toda a ordem dos resultados. Os métodos utilizados mudam ao longo 
do tempo, e, assim como tudo na internet muda o tempo todo, as técnicas 
evoluem e são modernizadas. 
Claro que existe a possibilidade de os donos de um site pagarem 
publicidade para que os mecanismos de busca o deixem como primeiro resultado 
nas buscas dos usuários. Inclusive é possível até escolher ficar primeiro que seu 
concorrente, por exemplo. Essas iniciativas comerciais são o contrário do 
ranking por qualidade e relevância, por isso o conteúdo divide-se entre: resultado 
orgânico e resultado pago. 
O resultado orgânico, ou seja, a estratégia gratuita, que é justamente a 
otimização para os mecanismos de busca, são os resultados de sites que 
aparecem quando o usuário faz alguma busca no Google ou outro buscador. O 
resultado pago é quando, na frente do site que aparece como resultado, existe 
um ícone escrito “anúncio”. Esse tipo de anúncio, que serve para ficar nos 
 
 
18 
primeiros resultados do Google, é feito por meio de uma ferramenta do Google 
chamada Adwords. 
O dono do site insere um crédito pré-pago, ou faz o pagamento via cartão 
de crédito, arcando com um valor por cada usuário que clica no anúncio para 
visitar o site, e o preço do clique (o chamado Custo por Clique – CPC) varia muito 
das palavras-chave escolhidas. 
Por exemplo, a palavra-chave “desentupidora em São Paulo” custa em 
torno de R$ 70,00 por clique, pois é uma palavra muito concorrida e com alto 
índice de conversão. Já palavras-chave com nome próprio de uma empresa, por 
exemplo, tendem a custar centavos. Os anúncios em Adwords são feitos em 
formato de leilão. 
A dúvida é: será que o SEO influencia no resultado pago? A resposta é 
sim. Quando o dono do site paga um valor por clique, muitas coisas são 
analisadas: pagerank (uma nota que o Google dá para as otimizações do site), 
concorrência da palavra-chave e valor do lance são os principais. 
O Google define se o preço do clique vai custar R$ 0,01 ou R$ 10,00 
analisando esses fatores. Isso significa que, para pagar pouco no clique, o site 
precisa ter um bom pagerank, ou seja, ser otimizado com técnicas de SEO, usar 
uma palavra-chave que não é muito concorrida e dar um alto lance na campanha. 
Resumindo: se o site não for otimizado, com R$ 100,00 você pode 
impactar 100 pessoas, porém, se for otimizado, com os mesmos R$ 100,00 você 
pode impactar 1.000 pessoas. Assim, o SEO é importante até mesmo para os 
chamados links patrocinados, pois otimiza até mesmo a verba. 
 
 
 
19 
2.6 Possibilidades de resultados 
São diversas as possibilidades para o usuário fazer suas pesquisas no 
maior mecanismo de busca da internet atual, o Google. Vamos supor que esse 
usuário esteja procurando uma academia na cidade de Curitiba. Vejamos quais 
as possibilidades: 
 Web: ao pesquisar a palavra-chave “academia em Curitiba”, o primeiro 
resultado aparece na aba web. Ali há informações, primeiro, de links 
patrocinados, ou mídia paga, que são os anúncios feitos pelo Google 
Adwords. A empresa compra o espaço de publicidade para estar em 
primeiro resultado. Logo abaixo, existem resultados que contêm nome da 
empresa, endereço, telefone, site, rotas e horário de funcionamento. Isso 
se dá por uma ferramenta do Google chamada Google My Business 
(veremos em breve como utilizá-la). Esses resultados são ativados 
conforme seus caches de navegação e também sua geolocalização. Logo 
abaixo, vem o resultado da busca orgânica, ou seja, aquilo que os robôs 
do Google acharam que são conteúdos mais relevantes para o usuário. 
 Maps: se clicarmos em “maps” no guia vertical, os resultados serão única 
e exclusivamente para mostrar endereços e localizações ao usuário. 
Imediatamente, o Google analisa sua localização e ordena os resultados 
das academias mais próximas. Para estar aqui, é muito importante 
cadastrar sua empresa no Google My Business. 
 Imagens: já aconteceu de você pesquisar uma palavra-chave e, quando 
clicar em “imagens”, o Google te mostrar imagens que não têm nada a ver 
com a palavra pesquisada? Isso acontece porque ele simplesmente não 
tem como adivinhar qual imagem está sendo mostrada. Imagine que você 
tirou a foto de um morango, mas o nome da imagem em seu celular está 
como “laranja”, e você manda essa foto para seu site. O Google vai 
entender que a foto é de uma laranja, e a mostrará para usuários que 
pesquisarem essa palavra-chave. Para estar aqui, é preciso renomear 
todas as imagens antes de fazer upload no seu site ou rede social. 
Veremos essa técnica. 
 Notícias: uma aba do Google que serve só para ordenar resultados de 
notícias. Demais, né? Para os amantes da informação, essa aba é muito 
 
 
20 
utilizada. Para estar aqui, seu site precisa ter configurações de site de 
notícias. 
 Mais: aqui o usuário consegue ver mais informações, como vídeos, livros, 
voos e finanças. 
 Configurações: um mundo de opções que o usuário pode escolher para 
encontrar um resultado que se espera. Pode-se, por exemplo, escolher a 
localização dos resultados, idiomas, e até usar o histórico de pesquisas 
anteriores. 
 Ferramentas: mais um mundo de opções disponíveis para o usuário 
encontrar o que pesquisa. Ele pode buscar um conteúdo só em português, 
ou só conteúdos que estejam dentro de um blog, ou então pode escolher 
o horário no qual o conteúdo foi publicado e também a data. Muito usado 
paraquando o usuário tem uma pesquisa muito específica, como, por 
exemplo, querer saber quais sites publicaram uma matéria sobre um 
acidente que aconteceu nas últimas duas horas. Pimba: resultado 
segmentado para uma pesquisa segmentada. 
Podemos entender que os mecanismos de busca têm um papel 
fundamental no cotidiano da web, afinal, nós, usuários de internet, recorremos a 
eles o tempo todo. Por enquanto, os mecanismos de busca têm cumprido muito 
bem seu papel de entregar informações, e informações muito completas. 
TEMA 3 – COMO O GOOGLE MUDOU O MUNDO? 
Segundo Renê Fraga, criador do maior blog independente sobre o Google 
no Brasil, o Google Discovery, o Google começou em 1996 com o projeto 
BackRub, que direcionava os internautas a um mecanismo de pesquisas. O 
projeto foi um motor de busca com 75 milhões de páginas indexadas, e logo se 
transformaria em Google. 
Naquela época, o líder do projeto BackRub queria mostrar ao mundo que 
mecanismos de busca poderiam ser muito relevantes aos usuários. Mas o 
BackRub não só encontrava resultados em um banco de informações, ele era 
bem mais complexo do que seus concorrentes. O sistema apresentava 
algoritmos que contavam os backlinks (links que outros sites incluem em seus 
posts, indicando o seu site) como votos, ou seja, quanto mais links direcionados 
a um site, mais destaque ele ganhava nos resultados de pesquisas. 
 
 
21 
Talvez por isso até hoje a estratégia de backlinks seja uma das mais 
relevantes para SEO. Sabe quando você está navegando por um conteúdo de 
um site e, em determinado momento, consta um link dizendo, por exemplo, 
“neste site, você pode ver mais produtos desse segmento”, e, quando você clica 
neste link, é levado a um site diferente? Pois é, esse site diferente ganha muitos 
pontos positivos com o Google, pois ele entende que, se tem recomendação, é 
porque o site é bom. 
Isso é a estratégia de backlinks. Quanto mais backlinks seu site receber, 
melhor, mas cuidado! O Google percebe se essa indicação for feita de uma 
maneira forjada, então consiga backlinks de maneira espontânea. 
Em determinado momento, o BackRub começou a indexar informações 
de sites externos, cerca de 75 milhões de páginas, e mantinha em sua base de 
dados cerca de 30 milhões de páginas HTML em cache. Existem relatos de que 
a BackRub sobrecarregou tanto a conexão de Stanford que deixou os estudantes 
da universidade sem acesso à internet. Imagine esse efeito com a internet 
disponível em 1996? A Figura 1 mostra essa primeira versão do Google: 
Figura 1 – Primeira versão do Google 
 
Fonte: Fraga, 2010. 
O Google entra na história da internet mundial como um erro, acredita? 
Calma, estou me referindo ao nome Google. Em 1997, com o BackRub sendo 
um verdadeiro sucesso, o criador da plataforma convidou estudantes para uma 
espécie de brainstorm, com a intenção de criar um novo nome para o buscador. 
Foi então que foi citado o nome Googolplex, e um dos participantes 
sugeriu uma forma mais simplificada: Googol, por isso a pronúncia é gúgôu, e 
 
 
22 
não goôgle. Nesse mesmo momento, o criador do BackRub buscou a 
disponibilidade do nome para registrar o domínio, e digitou “Google.com” por 
engano. Pimba: registro de domínio criado, nome definido, e hoje virou nosso 
queridinho. Poucos meses depois, nasceu o Google Search Engine, a versão 
pública do BackRub, que é o mecanismo de busca que conhecemos hoje: o 
famoso Google. 
O Google tem mais de um bilhão de solicitações de pesquisa por dia, e 
mais de 20 petabytes de dados gerados. Segundo o próprio Google, sua missão 
desde o início é “organizar a informação mundial e torná-la universalmente 
acessível e útil”. 
O Google cresceu tão rápido desde sua fundação que aproveitou a onda 
(e aproveita sempre) de sucesso que culmina em muitos outros produtos, 
serviços e parcerias que vão além do objetivo inicial de ser somente um motor 
de busca. A empresa tem softwares e aplicativos muito conhecidos, como, por 
exemplo, o Gmail, Google+ e até mesmo o Orkut, antiga rede social. 
O serviço de localização e GPS Google Maps, o queridinho YouTube 
(plataforma de compartilhamento de vídeos do Google), entre diversas outras 
ferramentas próprias. O Google também lidera o desenvolvimento do sistema 
operacional móvel Android, usado em celulares das marcas Samsung, Motorola, 
entre outras. 
Atualmente, o Google é o líder dos mecanismos de busca e líder como 
navegador também, com o Google Chrome, e chegou para fazer uma verdadeira 
revolução no comportamento do consumidor on-line e off-line. Para percebermos 
isso, basta lembrarmos de como as coisas eram antes do Google: quando 
procurávamos alguma coisa, todos recorríamos a que ferramenta? À lista 
telefônica ou a indicações de outras pessoas. 
Será que hoje alguém ainda tem lista telefônica em casa? Será que as 
pessoas ainda têm telefone fixo em casa para efetuar ligações para 
empresas/prestadores de serviços? A realidade é outra, hoje é muito simples 
pegarmos o celular e acionarmos a busca por voz para que em menos de 5 
segundos tenhamos em nossa tela o resultado do que buscamos. Nosso tempo 
foi otimizado com a chegada do tão revolucionário Google. Por esses e outros 
motivos, é imprescindível que nossa empresa esteja presente nele. 
O Alexa, uma companhia da internet que oferece dados e análise de 
tráfego on-line, classifica o Google como o site mais visitado do mundo, o qual 
 
 
23 
também foi classificado pela revista Fortune como o melhor lugar do mundo para 
se trabalhar. De acordo com o ranking Brand7 de 2017, o Google aparece pelo 
sexto ano consecutivo como a marca mais valiosa do mundo, avaliada em 245 
bilhões de dólares. Além disso, a empresa apareceu mais de uma vez na lista 
da ZenithOptimedia como o maior conglomerado de mídia do mundo. 
Hoje os usuários on-line, mesmo que sem perceber, utilizam os serviços 
do Google de alguma forma. Veja algumas das ferramentas que são de 
propriedade dele: 
 Gmail; 
 Google G Suite; 
 Pesquisa Google (Google 
Search); 
 Google Maps; 
 Google Earth; 
 Google Tradutor; 
 Google Chrome; 
 YouTube; 
 Google Play Música; 
 Chromecast; 
 Google Play Filmes e TV; 
 Google Shopping; 
 Google Notícias; 
 Píxel 2 (avaliada como a melhor 
câmera de smartphone); 
 Google Home (ajuda por voz); 
 Google Wifi; 
 Android; 
 Android wear (relógio Android); 
 Google Chromebooks (notebooks 
com baterias de longa duração); 
 Android Auto (comandos por voz 
pelo seu carro); 
 Google Allo; 
 Google Duo; 
 Google+; 
 Google Fotos; 
 Google Contatos; 
 Google Agenda; 
 Keep (notas); 
 Google Docs; 
 Planilhas Google; 
 Apresentações Google; 
 Google Forms; 
 Google Drive; 
 Google Adwords; 
 Google Adsense; 
 Google Analytics; 
 Google Meu Negócio; 
 Google Alertas; 
 Google Acadêmico; 
 Google Finance; 
 Google Express; 
 Google Fit; 
 Google Fonts; 
 Google Play; 
 Google Sala de Aula; 
 Hangouts; 
 Waze; 
 YouTube Kids; 
 YouTube TV. 
 
 
São mais de 50 ferramentas/serviços de propriedade Google. Estamos 
tão habituados com algumas delas que utilizamos sem nem perceber que são 
da empresa, e, muitas vezes, restringimos nossas ideias sobre o Google 
somente à rede de pesquisa. 
Segundo uma pesquisa de mercado publicada pela ComScore, o Google 
processa pelo menos 5,5 bilhões de consultas por dia, 63 mil por segundo, e 
cerca de 87% das pesquisas on-line em todo o mundo. Ele indexa trilhões de 
páginas web, de modo que os usuários podem pesquisar as informações que 
quiserem por meio de palavras-chave. Ou seja, com certeza podemos dizer que 
a empresa mudou o mundo, e continua mudando a cada atualização e 
lançamento. 
TEMA 4 – SE NÃO ESTÁ NO GOOGLE, NÃO EXISTE? 
A frase “se não está no Google, não existe” é uma máxima da internet. O 
Google se mostra muito completo quando se fala em informações, afinal,são 
trilhões de páginas indexadas. É tanta informação que é quase impossível 
pensar em alguma coisa que não tenha apareça em uma busca. 
Já é costume: quando precisamos saber alguma coisa, corremos buscar 
no Google, digitamos <www.google.com> e pronto, são páginas e páginas de 
conteúdo pelo qual você se interessa. É tanta informação que é essencial estar 
nos primeiros resultados da busca. 
No final do século passado, o lugar onde pesquisávamos por empresas 
prestadoras de serviços, lojas e clínicas, por exemplo, eram as conhecidas 
“páginas amarelas”, as listas telefônicas. Existia até um número de telefone que 
as pessoas podiam ligar e perguntar o número de uma empresa. 
Que retrógrado, não? É até estranho imaginar que há alguns anos todos 
tínhamos uma lista telefônica impressa em casa. Algumas empresas, buscando 
um destaque especial em meio a tantas páginas, faziam anúncios para garantir 
que as pessoas encontrassem sua marca quando estivessem procurando um 
produto/serviço como os que ofereciam. 
Dessa época não tão distante até hoje, muitas coisas mudaram. Na 
verdade, aconteceu uma verdadeira revolução na comunicação. Os telefones 
fixos, que antes eram o sonho de consumo da maioria das pessoas, hoje estão 
cada vez mais escassos e dispensáveis. Os celulares, que eram grandes, com 
 
 
25 
poucas funcionalidades e pesados, evoluíram para smartphones finos, leves e 
autossuficientes. 
Hoje, a maioria dos acessos é feita por meio de smartphones, e não mais 
por desktop. Além dos aparelhos em si, os planos de telefonia também 
modernizaram seus serviços, afinal, antes uma ligação de telefone fixo era 
caríssima, e hoje, por meio de um celular, temos a possibilidade de conversar 
por vídeo com uma pessoa que esteja em qualquer lugar do mundo, 
simplesmente com o sinal de wi-fi, por isso a frequência com que usamos nossos 
smartphones para fazer ligações é cada vez menor. Por que vamos ligar e ouvir 
a voz, se podemos ligar e ver a pessoa por meio de sua câmera frontal? 
Da mesma forma que mudamos a maneira como interagimos socialmente, 
também mudamos bruscamente a maneira como procuramos empresas e 
profissionais. É só fazer uma reflexão rápida para perceber a evolução: há 
quanto tempo você não vê uma lista telefônica impressa? 
Muita gente sequer um dia viu uma delas, e talvez nem saiba do que se 
trata e quais suas características. Seus pais e tios continuam usando lista 
telefônica ou já se adaptaram com as buscas no Google? É cada vez mais 
comum vermos pessoas da segunda e terceira idade íntimas de seus 
smartphones. 
Segundo o site Inforplan, “dar um Google” virou sinônimo de pesquisar 
qualquer coisa na internet, e mais precisamente no Google. Isso também serve 
como passatempo, já que existe uma forte tendência de que, de madrugada, os 
usuários de internet pesquisam sobre conteúdos mais explicativos. 
Assim como antigamente era importante para empresas e prestadores de 
serviços estar presente (inclusive com destaque) nas páginas amarelas de uma 
lista telefônica para serem encontradas, hoje as empresas precisam estar no 
Google, e, se não estão lá, para os potenciais clientes elas simplesmente não 
existem. É impossível concorrer num mercado cada dia mais competitivo se os 
clientes não conseguem encontrá-las quando precisam de seus serviços. 
Mas com tanto conteúdo assim na internet indexado pelo Google, será 
que ainda existe alguma coisa no mundo que o buscador ainda não saiba a 
resposta? Sim. Porque um conteúdo só pode estar no Google se uma pessoa o 
escrever em seu site, blog ou ferramenta. Vamos pensar assim: como o Google 
conseguiria, automaticamente, saber de todas as empresas e prestadores de 
serviços do mundo? E mais: saber quais seus horários de funcionamento, quais 
 
 
26 
as opções no cardápio, qual seu site, qual seu endereço. Se não fosse de 
maneira automática, como outro usuário poderia saber de todas essas 
informações para poder cadastrar sua empresa em uma ferramenta própria? 
Para estar no Google, sua empresa não precisa necessariamente ter um 
site, embora seja superimportante para garantir a valorização da sua marca. 
Para estar no Google, tudo que sua empresa precisa é estar cadastrada numa 
ferramenta chamada Google Meu Negócio. Nesse cadastro, tudo precisa estar 
muito atualizado e com informações corretas. Aprenderemos a cadastrar 
negócios no Google Meu Negócio e veremos mais funcionalidades. As 
informações ficam neste formato (Figura 2): 
Figura 2 – Disposição das informações em exemplo de busca via Google 
 
Fonte: Google, S.d. 
Agora imagine só se um amigo te convida para ir a uma churrascaria e 
você resolve procurar saber o endereço, o cardápio, as avaliações e opiniões de 
outros clientes, o telefone, procura no Google e não encontra nada sobre o lugar. 
Logo você vai imaginar que a tal churrascaria nem existe, não é mesmo? Será 
que pensaria em consultar uma lista telefônica? O mais óbvio seria que, se 
encontrasse a churrascaria nas páginas amarelinhas, as informações estariam 
desatualizadas. 
Estar no Google é sinal de que a empresa existe, por isso nossas 
empresas precisam ter o máximo de conteúdo para que os usuários as 
encontrem quando “derem um Google”. 
 
 
27 
TEMA 5 – COMEÇANDO A ENTENDER O QUE É SEO 
O SEO, ou Otimização dos Mecanismos de Busca, é uma otimização de 
conteúdos, técnica e experiência do usuário que tem como objetivo aumentar o 
número de acessos de um site, e, consequentemente, elevar o número de 
vendas. Isso acontece porque o objetivo do SEO é fazer com que seu site seja 
o primeiro no posicionamento orgânico, ou seja, que não precisa de investimento 
financeiro. 
Quando um usuário busca algo no Google, aparecem (Figuras 3 e 4): 
Figura 3 – Resultados orgânicos (que conseguimos com estratégias de SEO) 
 
Fonte: Google, S.d. 
Figura 4 – Resultados pagos (Google Adwords) 
 
 
28 
 
Fonte: Google, S.d. 
Na Figura 4, vemos dois resultados: anúncio em Google Shopping e 
anúncio de rede de pesquisa, que é feito por meio do Google Adwords. Esses 
resultados são pagos, ou seja, seu foco não está no SEO, embora este influencie 
fortemente os anúncios (logo veremos mais detalhes sobre isso). 
São mais de 200 fatores utilizados pelo algoritmo do Google para 
processar em milésimos de segundos uma avaliação dos sites e colocá-los em 
ordem de relevância. Mas o que fazer para que o Google entenda que meu site 
é relevante? Bom, o SEO é dividido em três pilares: conteúdo, experiência do 
usuário e técnica. Isso significa que seu site precisa ter um bom conteúdo, que 
o usuário precisa entrar nele e ter uma boa experiência, e que a parte de 
programação deve estar otimizada. Aprenderemos como fazer tudo isso. 
Entender de SEO é um dos primeiros passos para que um profissional de 
marketing digital tenha sucesso em sua carreira, afinal, tudo gira em torno do 
SEO. Nas redes sociais, ele funciona, em sites, muito mais, e, em e-commerces, 
é fundamental. Até para criar campanhas de anúncios no Google o SEO 
influencia. E antes mesmo de trabalhar otimizando um site para que os 
buscadores indexem suas informações, é preciso entender como funciona o 
algoritmo e como você pode fazê-lo trabalhar a seu favor. 
 
 
29 
Imagine que você quer fazer uma cirurgia plástica e conversa com 
diversas pessoas pedindo indicações de profissionais que atendam à sua 
necessidade. Para escolher um deles, você deve avaliar qual a especialidade 
desses médicos, procurar fotos e relatos de pacientes que já operaram com eles, 
relembrar as indicações que teve, e, assim, tomar uma decisão. Isso é escolher 
um resultado relevante. 
No caso do Google, o objetivo é o mesmo: escolher as páginas que 
definam a palavra-chave que você pesquisou e ordenar os resultados, fazendo 
um raio-x de cada site, considerando onde o site se mostra mais relevante. O 
que muda é o processo de qualificação para escolheros resultados que 
aparecerão. 
Mas será que o Google consegue analisar página por página? Sim. Ele 
tem um sistema de crawlers, que, como já vimos anteriormente, são robôs 
programados para descobrir todas as informações de um site que tenha páginas 
disponíveis. O mais conhecido deles é chamado de Googlebot. 
Ele vai entrando de link em link e faz uma leitura das informações front-
end (a parte do site à qual temos acesso) e back-end (a parte de programação 
que não conseguimos ver), trazendo os dados sobre essas páginas para os 
servidores do Google. O crawler só não consegue rastrear páginas que tenham 
um código que indique que ela não deve ser indexada, e isso pode ser feito por 
meio de uma extensão chamada robots.txt, que, como vimos, é instalada pelo 
programador do site. 
Outra forma muito efetiva de o Google descobrir um conteúdo é a partir 
da criação, pelo proprietário do site, de um sitemap, uma lista em formato .xml 
com todas as páginas do site, de modo que seja possível enviar às ferramentas 
de busca para que sirva como uma mensagem de que ele pode começar a 
indexar também as informações desse site. O sitemap é geralmente criado pelo 
profissional que programou seu site. Com ele pronto, você deve acessar o 
Google Search Console e enviá-lo ao Google, facilitando a indexação. 
Com a intenção de manter a base de dados sempre atualizada, o Google 
se dedica de maneira especial a novos sites e alterações em sites existentes. Os 
crawlers definem quais sites devem ser rastreados, com que frequência e 
quantas páginas devem ser buscadas em cada um deles. Não é possível pagar 
ao Google para que seu site tenha vantagem em relação aos outros com 
informações indexadas. A principal intenção do buscador é identificar os 
 
 
30 
melhores resultados para oferecer a melhor experiência do usuário. É impossível 
tentar enganar o buscador, e caso essa prática seja identificada, seu site pode 
ser banido de alguma forma. 
Depois de o Google inserir todas essas páginas do seu site em sua 
biblioteca para que possa mostrar o resultado aos usuários, entra a melhor parte: 
avaliar, entre mais de 200 sinais diferentes, qual é o resultado que vai melhor 
atender ao usuário. O algoritmo consegue analisar todos esses critérios 
procurando entender quais páginas do feed são as ideais diante dos termos 
(palavras-chave) buscados. E o mais legal é que isso é feito em milésimos de 
segundo. 
O primeiro ponto é saber se realmente o que o usuário pesquisou é o que 
vai encontrar naquela página. Por isso, o conteúdo é um dos três pilares do SEO. 
Dentro de uma página na internet, existem alguns espaços que fazem toda a 
diferença para a otimização das buscas. Da mesma forma que o rótulo de um 
produto fala tudo sobre ele, há elementos como o título de uma página, por 
exemplo, que são indicadores muito fortes da relação entre a busca e o resultado 
da pesquisa. 
Esses “espaços nobres” têm muito peso na busca e merecem uma 
atenção especial, afinal, otimizar esses textos significa ter uma chance maior de 
o Google considerar seu resultado relevante, logo, estar em um dos primeiros 
resultados quando o usuário pesquisar uma palavra-chave. São eles: 
 Título (page title ou title): é o elemento mais importante da página, 
quando se fala em SEO. Esse é o texto que aparece na aba do navegador. 
 Cabeçalhos (heading): são marcações no código que indicam os 
subtítulos da página e suas hierarquias. As marcações começam no H1, 
o mais importante, e terminam no H6, ou seja, você pode ter em uma 
página um título, um cabeçalho (h1) e 5 subtítulos (h2 > h6). 
 Textos: o conteúdo do site. Nos textos, precisa haver a palavra-chave e 
sinônimos ao longo do conteúdo. 
 URL: o endereço do link sempre deve estar otimizado. Exemplo: 
<www.meusite.com/meu-produto>. 
 Atributo Alt: o texto que aparece, caso a imagem não seja exibida. É 
também o que o Google usa para saber do que se trata aquela imagem. 
 Imagem: todas as imagens contidas em seu site devem estar 
renomeadas com a palavra-chave. Antes de fazer o uploud das imagens, 
 
 
31 
você deve renomeá-las direto em seu computador, para depois enviá-las 
à web. 
Em todos esses espaços nobres, é preciso constar palavras-chave que 
definam seu negócio ou conteúdo. Para definir quais palavras-chave são 
relevantes ao seu negócio, existe uma ferramenta própria do Google chamada 
planejador de palavras-chave. 
Uma das ações que mais dão resultados positivos é o chamado backlink, 
isto é, quando um outro site faz referência a algum conteúdo do seu site e o 
usuário clica no link. Exemplo: um e-commerce vende tênis da marca Adidas e 
um site de esportes indica um dos tênis que esse e-commerce vende e direciona 
os usuários para esse site por meio de um link. Isso se consegue com parcerias, 
mas cuidado! Se o Google perceber que essa ação está sendo forçada, seu site 
pode ser penalizado. 
O segundo pilar do SEO é a experiência do usuário. O Google encontra 
muitas páginas com bons conteúdos para apresentar aos usuários que o estão 
buscando, e então? Como ordenar do mais para o menos relevante? Ele precisa 
entender o quão relevante cada página é, e, para isso, o principal parâmetro é: 
quantas vezes essa página e esse site foram indicados (backlink)? 
Vimos que, no início do Google, a estratégia de SEO funcionava com 
backlinks que contabilizavam “votos”. Hoje essa é uma das melhores estratégias 
para SEO, e quanto mais links de sites com maior autoridade seu site tiver, maior 
a probabilidade de ele alcançar as primeiras posições do Google. 
Mas e se eu fizer essa troca de links do meu site para o meu site? Também 
dá certo, mas de maneira diferente, incentivando o usuário a ficar mais tempo no 
seu site. Funciona assim: você insere em um post um produto/conteúdo relativo 
a ele para que o usuário continue navegando pelo seu site e contabilize cada 
vez mais minutos lendo seu conteúdo. 
Há também outros itens que demonstram que o usuário teve uma boa 
experiência em seu site: o fato de o visitante voltar ou não ao Google após entrar 
na sua página, por exemplo, pelo simples fato de que, se ele pesquisou, entrou 
no seu site e precisou voltar aos resultados, significa que não encontrou o que 
buscava na sua página, ou seja, teve uma experiência ruim. 
O terceiro pilar do SEO é a técnica. Escolher a empresa para programar 
seu site é de fundamental importância, pois uma das principais análises que os 
crawlers fazem é avaliar a velocidade do carregamento da página. De acordo 
 
 
32 
com o site Profissional de e-commerce (Lassance, 2016), John Mueller, do 
Google, diz que “Temos visto um tempo de resposta extremamente alto em 
alguns sites (maiores que 2 segundos por uma única url). Isso ocasiona 
limitações no número de urls indexadas.”. 
Isso significa que o Google só lê as informações que carreguem em 2 
segundos, e que, depois disso, a indexação é interrompida. Por isso, a parte 
técnica de seu site é de extrema importância. Existe uma ferramenta do Google 
que ajuda a analisar a performance do seu site em relação ao carregamento, 
chamada PageSpeed Insights, que te diz o que está atrapalhando o 
carregamento rápido e te dá uma nota de 0 a 100 em relação a isso. 
O que sabemos até agora é só o início de tudo que podemos fazer para o 
SEO de nosso site. O fator mais importante do ranqueamento orgânico continua 
sendo o conteúdo de qualidade, então se dedique a produzir conteúdos incríveis 
para seu público. 
É importante lembrar que os resultados das técnicas de SEO são vistos a 
longo prazo. Em testes, foi constatado um tempo médio de seis meses para sites 
que ainda vão ao ar e um ano para reconstrução e adaptação de sites que já 
estão no ar. Vale a pena, então, investir tempo e esforço em técnicas de SEO 
para seu site e suas redes sociais. 
TROCANDO IDEIAS 
Para conseguir ter seu site no topo do ranking do Google, você precisa 
entenderas técnicas de SEO e o modo como otimizar seu site. É como um 
checklist de atividades que você precisa seguir uma a uma para garantir o 
sucesso da sua estratégia. Porém, para isso, é necessário entender a origem do 
maior buscador do mundo: o Google. 
 
 
33 
No artigo indicado a seguir, o site Olhar Digital pontua situações históricas e que 
fazem a diferença nas estratégias atuais. Leia: CARVALHO, Lucas. (2018). 
Google: história, curiosidades e tudo que você precisa saber sobre a empresa. 
Em: Olhar Digital. Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/google-
historia-curiosidades-e-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-buscador/80732>. 
Acesso em: agosto de 2020. 
NA PRÁTICA 
Como seria o mundo sem o Google? Dê sua opinião e converse com seus 
colegas para explorar opiniões diferentes. É importante trocar ideias e conhecer 
outros pontos de vista, não deixe de fazer isso! 
Analise, com base no material desta primeira aula, quais ferramentas do 
Google as empresas do seu segmento de atuação no mercado utilizam para 
serem mais presentes no universo on-line, bem como, entre os impactos que a 
Web 2.0 nos trouxe, quais os mais relevantes para sua empresa e empresas do 
mesmo segmento de atuação. 
Reflita sobre como as ferramentas do Google são úteis para os negócios, 
sobre as mudanças percebidas após a Web 2.0, e discuta com seus colegas, 
seja no polo ou nos grupos de discussão. Você também pode usar o Instagram, 
o Facebook ou até mesmo o Twitter para me enviar sua análise, caso ache 
relevante (indiquei minhas redes sociais no final desta aula). 
Esta atividade não é obrigatória, apenas visa fixar a matéria a partir 
de uma análise do conteúdo abordado nesta primeira aula. 
FINALIZANDO 
Na nossa primeira aula, pudemos entender um pouco a história do 
surgimento da revolucionária Web 2.0. Esse conhecimento é de extrema 
importância para que consigamos entender como teve início toda essa 
usabilidade da internet com que estamos acostumados hoje, e principalmente 
compreender como suas evoluções podem contribuir de forma positiva para o 
nosso negócio. 
Também vimos muito do maior mecanismo de buscas do mundo, o 
Google. Analisamos aqui a história do Google, vimos a importância de ter nosso 
 
 
34 
negócio inserido nas respostas de busca, e também descobrimos várias 
ferramentas que são de propriedade do grupo. 
Sabemos que, neste primeiro momento, é fundamental entendermos tudo 
sobre o desenvolvimento e a evolução da internet e do Google como um todo, 
afinal, esses fundamentos impactam diretamente nos resultados das estratégias 
de otimizações para os mecanismos de busca. 
Esperamos que tenha gostado desta primeira aula e dos conteúdos 
trazidos para seu estudo e análise. Desejo que tenha bom aproveitamento, e 
lembramos que, para as provas, é necessário ler este material e assistir às aulas. 
 
 
35 
REFERÊNCIAS 
AMOROSO, D. O que é Web 2.0? Tecmundo, 2008. Disponível em: 
<https://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm>. Acesso em: 14 
jun. 2018. 
ANDERSON, C. A cauda longa. Rio de Janeiro: Alta Books, 2006. 
FONSECA, J. O que é SEO? Seomaster. Disponível em: 
<http://www.seomaster.com.br/blog/o-que-e-seo>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
FRAGA, R. Google: a origem do buscador que mudou o mundo. Techtudo, 
2010. Disponívelem: <http://www.techtudo.com.br/platb/google/2010/12/08/goo
gle-a-origem-do-buscador-que-mudou-o-mundo/>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
GILDER, G. Life after television: the coming transformation of media and 
american life. 1994. 
GOOGLE Allo e Google Duo. Google. Disponível em: 
<https://www.google.com/intl/pt-BR/about/products/>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
GOOGLE. Disponível em: <www.google.com>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
LASSANCE, R. O Google disse 2 segundos de carregamento dos sites. E agora? 
Profissional de e-commerce, 2016. Disponível em: 
<http://www.profissionaldeecommerce.com.br/2-segundos-de-carregamento-
dos-sites/>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
MOTOR de busca. Wikipédia. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_busca>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
RODRIGUES, M. Você também! Já assistimos a mais vídeos no celular que na 
TV, diz estudo. Tecmundo, 2017. Disponível em: 
<https://www.tecmundo.com.br/celular/117839-voce-assistimos-videos-celular-
tv-diz-estudo.htm>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
SIGNIFICADO de Web 2.0 – O que é Web 2.0. Significados. Disponível em: 
<https://www.significados.com.br/web-2-0/>. Acesso em: 14 jun. 2018. 
 
 
 
36 
Mantenha contato com a professora por meio das redes sociais: 
Twitter: @mariaavisss 
Instagram: @mariaaviss 
LinkedIn: <https://www.linkedin.com/in/professora-marketing-digital/> 
Facebook: <https://www.facebook.com/mariacarolina.avis/>

Continue navegando