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A ORGANIZAÇÃO E O PLAENEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA CONTABILIDADE EMPRESARIAL PARA O SUCESSO DE SUA ATIVIDADE ECONÔMICA Luísa Marinho Müller Vianna Marcelo Elias dos Santos RESUMO O presente trabalho busca ao longo de seus tópicos evidenciar a importância do planejamento tributário para as empresas, como estabelecer uma ligação entre o mesmo e a contabilidade. O mesmo tem por objetivo geral destacar os principais benefícios do planejamento tributário para as empresas, quanto aos objetivos secundários, os mesmos consistem em: evidenciar qual a diferença entre os regimes de tributação, analisar quais aspectos tornam o simples nacional um dos principais regimes de tributação na área comercial, descrever como o planejamento tributário pode conceder uma certa estabilidade financeira para as empresas. No desenvolvimento do trabalho foi realizada uma pesquisa exploratória a fim de evidenciar os principais conceitos, analises e observações sobre o tema abordado, assim como descrever a visão de autores renomados nas áreas abordadas sobre a aplicação desse planejamento junto as rotinas das empresas. Palavras-Chave: Contabilidade. Planejamento tributário. Financeiro. 1 INTRODUÇÃO Em uma empresa, o planejamento tributário é uma das principais ferramentas de desenvolvimento, uma vez que ressalta alguns procedimentos que podem ser introduzidos dentro da rotina empresarial, a fim de obter um melhor rendimento da empresa diante das suas atividades. Por meio do mesmo são definidos os métodos de recolhimento ou pagamento de tributos. Esse é considerado de suma importância para uma estabilidade financeira, assim como para o crescimento das organizações junto ao mercado. Os planejamentos estão se tornando cada vez mais presentes e necessários dentro das empresas, pois concedem à administração uma base para os pontos abordados ou aplicados dentro das rotinas empresariais, verificando se o desenvolvimento da empresa está sendo positivo ou negativo diante do que foi planejado, tendo por foco os consumidores e clientes (BOMFIM, 2007). 2 Este trabalho busca, ao longo de seus tópicos, responder às seguintes problemáticas: Qual a importância do planejamento tributário para uma empresa do comércio varejista? O mesmo tem por objetivo geral destacar os principais benefícios do planejamento tributário para as empresas, quanto aos objetivos secundários, os mesmos consistem em: evidenciar qual a diferença entre os regimes de tributação, analisar quais aspectos tornam o simples nacional um dos principais regimes de tributação na área comercial, descrever como o planejamento tributário pode conceder uma certa estabilidade financeira para as empresas. Um dos principais personagens no que se refere ao processo de planejamento consiste nos administradores ou gestores, por isso de acordo com Bomfim (2007) considera-se primordial a esses profissionais analisarem e obterem informações precisas sobre quais pontos podem ser favoráveis ou desfavoráveis para os procedimentos desejados. Assim como consolidar as variáveis que podem ocorrer dentro do ambiente empresarial. Para uma maior consolidação das informações apresentadas foi realizada uma pesquisa descritiva, ressaltando por meio de autores renomados como o planejamento tributário e o simples nacional são pilares positivos para o desenvolvimento financeiro das empresas brasileiras. Consolidando diante das informações apresentadas como a rotina de planejamento pode ser fundamental para que se obtenha um êxito ou eficiência nas rotinas que serão desenvolvidas pelo empreendimento. 2 REVISÃO DA LEITURA A contabilidade pode ser considerada como um processo que surgiu devido à necessidade de os empresários terem uma melhor compreensão da parte financeira da empresa, realizando a mesma tal procedimento de forma precisa e clara. Ao longo dos anos a contabilidade passou a exercer não somente essa atividade, ela e seus profissionais passaram a ser determinantes para o desenvolvimento ou melhora das empresas e suas atividades (MARTINS, 2003). Atualmente as informações coletadas e os processos de levantamento de dados por parte dos processos contábeis são muito voltados principalmente para uma melhor relação entre a empresa e seus clientes, uma vez que os clientes são parte 3 determinante para o sucesso ou fracasso das empresas. Com o uso dos relatórios, dados, informações e de alguns meios desenvolvidos pela contabilidade os gestores das empresas podem realizar determinados procedimentos ou ajustes nas mesmas para que elas venham não somente atender as necessidades de seus clientes como também torná-las uma referência dentro do mercado (PADOVEZE, 2010). Tasso (2005, p.1) relata que se existe um lugar onde estão centralizados todos os atos de gestão ele encontra-se na Contabilidade. Podemos compreender diante da afirmação de Tasso que a contabilidade funciona não somente como uma forma de obter informações e descrever a empresa financeiramente, mas a mesma apresenta- se ao longo do tempo como uma das principais fontes de gestão empresarial. Sendo a mesma muitas vezes utilizada para que tais procedimentos sejam realizados tanto internamente como externamente a empresa. Nos últimos anos o crescimento da implantação do setor de contabilidade nas empresas demonstra que tal setor passou a ser observado como um grande diferencial, as empresas das quais acreditam e implantam a contabilidade em suas atividades passam a ter não somente informações mais precisas acerca dos procedimentos realizados pela empresa, ela passa a ter uma ferramenta de grande importância no auxilio gerencial. A mesma pode relatar ou transcrever de forma imparcial os pontos a serem melhorados pela gestão, assim como onde a mesma deve investir para obter mais eficiência nos seus produtos ou serviços ofertados. 2.1 CONTABILIDADE A contabilidade gerencial nada mais é do que a vida financeira de uma empresa, pois ela fornece ao contador todos os dados e informações contábeis necessárias para que se possa fazer o planejamento e o controle de maneira a assegurar o uso apropriado dos recursos das entidades. As informações produzidas pela contabilidade gerencial podem auxiliar os gestores a melhorar a qualidade das operações, reduzir custos operacionais, bem como elaborar previsões e orientações para projetar o futuro de suas atividades, sendo capaz de realizar comparações em relação a concorrência de mercado (VEIGA, 2011). Desta forma, a contabilidade gerencial, conforme apresenta Crepaldi (2008), é direcionada a fornecer informações relevantes para os usuários internos de maneira a proporcionar auxílio do planejamento e tomada de decisão, desempenhando 4 métodos e formas para incrementar planilhas, relatórios e outras ferramentas a fim de viabilizar dados para a elaboração de orçamentos, comparações de mercado, mix de produtos, correta definição de preços, metas e objetivos da empresa. Na visão de Constante (2010), a contabilidade gerencial estabelece informações ao contador sobre dados de diversas áreas, podendo e devendo ser informado aos gestores das organizações para estabelecerem as decisões sobre como minimizar perdas e aumentar a lucratividade e, com isso, reduzir os riscos de erro nos investimentos. Com o auxílio da contabilidade gerencial, os gestores têm subsídio para as tomadas de decisões fundamentadas em informações contábeis precisas, melhorando seus processos e corrigindo as prováveis falhas em cada área que demonstrou prejuízo ou diminuição nos lucros. É através dessa área que a empresa determinará o que deve ser feito para que a empresa tenha um crescimento conforme a realidade do comércio, diminuindo os riscos da mortalidade empresarial, desemprego em massa ou redução de quadro de funcionários (VEIGA, 2010). 2.2 PROFISSIONAIS CONTADOR O profissional contábil pode ser conceituadocomo uma pessoa responsável por realizar todos os procedimentos contábeis dentro da empresa, relatando de forma clara e objetiva todas as observações importantes para o desenvolvimento da empresa. O mesmo por meio da análise das demonstrações contábeis verificar como a empresa está se comportando e como está ocorrendo sua evolução durante seu tempo de existência. Atualmente o papel do contador deixou de ser apenas de realizar os procedimentos de apuração, conciliação, lançamento entre outros. O mesmo passou a ter papel fundamental nos estudos, analises e planejamentos realizados pela gestão, uma vez que possui grande conhecimento sobre as atividades realizadas na empresa e na legislação. Por meio de seus conhecimentos técnicos e práticos o contador pode ser considerado um grande influenciador das decisões tomadas pela gestão empresarial. Dessa podemos concluir que o profissional contábil passou a ter uma responsabilidade a mais no que se refere às práticas empresariais, uma vez que hoje o mesmo possui papel fundamental no que se refere as decisões tomadas. Pela sua 5 visão e conhecimento o mesmo pode aconselhar e apontar os principais pontos a serem considerados na hora de realizar um processo ou tomar uma decisão. A alta movimentação destacada por meio das notas fiscais gerou nos órgãos competentes um cuidado, principalmente no que se refere ao acompanhamento de como o faturamento da empresa está sendo destacado e se os valores destacados por meio das mesmas correspondem aos valores que entraram na empresa e estão sendo apresentadas nos seus estoques. Por conta da valorização das informações fiscais os contadores passaram a ser considerados extremamente importantes para o desenvolvimento das atividades que acompanham ou fundamentam os valores apresentados ao longo das documentações fiscais. A profissão contábil certamente é uma das que mais exige atualização e adaptação às mudanças por pelos seus profissionais. A preocupação com o grande volume das alterações nas leis e normas que regem a contabilidade fica evidenciada pelo estudo de Silva, Ensslin e Reina (2011) que verificou quais são as práticas adotadas pelas Instituições de Ensino de em Ciências Contábeis para preparar seus alunos à luz das novas alterações legais para que estivessem aptos a atuar no mercado de trabalho. Alguns procedimentos contábeis apresentados atualmente juntamente com as tecnologias que foram sendo desenvolvidas ao longo dos anos podem ser considerados um diferencial atualmente, dessa forma as empresas passam a ter processos mais rápidos e precisos no que se refere ao faturamento ou procedimentos que envolvem a informação da movimentação realizada por parte da empresa junto ao mercado. A profissão contábil certamente é uma das que mais exige atualização e adaptação às mudanças por pelos seus profissionais. A preocupação com o grande volume das alterações nas leis e normas que regem a contabilidade fica evidenciada pelo estudo de Silva, Ensslin e Reina (2011) que verificou quais são as práticas adotadas pelas Instituições de Ensino de em Ciências Contábeis para preparar seus alunos à luz das novas alterações legais para que estivessem aptos a atuar no mercado de trabalho. Diante disso podemos observar que o mercado atualmente exige mais conhecimento e informação dos profissionais contadores do que há alguns anos atrás. Os mesmos hoje precisam compreender todos os processos relacionados a 6 administração e suas ramificações, sendo necessário não somente o conhecimento teórico mais o prático sobre as atividades desempenhadas. O mercado torna-se cada vez mais exigente com o profissional contador, uma vez que se tomou conhecimento que tal cargo é fundamental para o desenvolvimento das empresas e alcançar os objetivos traçados por parte dos administradores. A importância do cargo e as atribuições a ele dadas fazem com que muitas empresas busquem selecionar os mesmos diante de uma seleção minuciosa e até mesmo rigorosa, essa pratica ocorre a fim de observar ao máximo o perfil e as características do profissional. Os mesmos terão uma grande responsabilidade perante a administração da empresa, devendo dessa forma ser observado certas posturas e até mesmo características individuais dos mesmos. Com o desenvolvimento das práticas contábeis e das necessidades administrativas de suas ferramentas podemos concluir que a exigência do mercado e das empresas se faz necessário, uma vez que por meio dos contadores e suas práticas podem ser determinantes para o sucesso da empresa. Tratando sobre o contador e sua relevância Rosa e Santos (2010) consideram que o profissional ao longo dos anos adquiriu uma importância muito expressiva dentro das atividades gerenciais, promovendo um acompanhamento de todas as rotinas e transações financeiras, assim como identificando possíveis problemas ou riscos dentro da esfera financeira. Suas atividades e observações são expressas aos gestores como uma forma de transcrever o que foi devidamente observado e analisado dentro das atividades empresariais. Ludicibus (2009), ressalta que o melhor método para o desenvolvimento dos relatórios contábeis consiste em observar as decisões que de alguma forma promoveram impactos negativos ao empreendimento ou empresa, ressaltando aos administradores quais foram os pontos falhos de suas decisões e onde as mesmas precisam ser alinhadas para que o resultado esperado seja devidamente obtido. Pizzolato (2000), enfatiza como o papel do contador se diferencia dos demais componentes gerenciais, uma vez que o mesmo por meio da observação das movimentações realizadas pela empresa pode comprovar ou identificar quais procedimentos precisam ser realinhados ou aplicados para que o sucesso seja devidamente alcançado. Os mesmos ainda apresentam um conhecimento muito importante de como a empresa poderá melhorar o seu desempenho com a realização de algumas rotinas, algo que na visão do autor é primordial dentro do mercado competitivo em que as empresas vivem. 7 Diante dessas informações, pode-se evidenciar que a contabilidade gerencial passou a ser um dos principais processos auxiliares, assim como o contador tem uma função expressiva no que se refere a fundamentação das informações obtidas ou declaradas por meio da contabilidade gerencial. 2.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Uma das partes fundamentais a serem desenvolvidas através da contabilidade nas empresas consiste no planejamento tributário, por meio do mesmo as empresas procuram identificar qual a melhor forma de tributação a ser aplicada na atividade da empresa. Elaborando, analisando e observando se os retornos das atividades desempenhadas serão capazes de superar os valores devidos por meio dos tributos. Dentro do sistema tributário podemos encontrar a maior fonte de receitas do país para a união, estados e municípios que são os tributos. De acordo com o CTN (Código Tributário Nacional) o mesmo pode ser conceituado como uma prestação pecuniária compulsória, uma vez que o contribuinte não tem o direito de escolher entre pagar ou não pelo serviço fornecido, sendo ele obrigado por lei a realizar o pagamento do tributo. Vale ressaltar que para realizar qualquer alteração nos tributos as esferas do país precisam ter uma lei para descrever ou legalizar tal ação. Para muitos especialistas e analistas empresariais o planejamento tributário é um dos principais processos a serem observados na constituição de uma empresa, uma vez que por meio da sua diretriz que os empresários e gestores poderão realizar os procedimentos envolvendo a produção ou comercialização. Através do planejamento tributário observa-se como devem ser aplicados algumas ferramentas ou implantados determinados processos para que a empresa venha obter o sucesso desejado. A pratica do planejamento tributário é totalmente aceitável por parte dalegislação tributária brasileira, sendo necessário somente certos cuidados por parte da conciliação fiscal. Essa pode ser considerada uma das partes que necessita de uma maior atenção por parte da empresa, principalmente por conta da evasão fiscal, que consiste na sonegação. A sonegação consiste em uma prática muito comum observada nos últimos anos por parte das empresas, quando as mesmas não apresentam ou destacam todas as documentações fiscais, a fim de inibir o pagamento dos tributos devidos. (CREPALDI, 2012) 8 Dessa forma pode-se compreender que o planejamento fiscal é totalmente aceitável por parte das empresas ou das organizações, desde que o mesmo não seja utilizado como uma forma de burlar a legislação tributária ou realizar procedimentos não aceitos dentro do sistema tributário. Algo apresentado ao longo da legislação brasileira como passível de penalidade legal, devendo ser tomado todos os cuidados por parte das empresas, pois caso fique comprovada que ocorreu uma ação tributaria com a finalidade de beneficiar a empresa quanto ao pagamento de tributos, a mesma pode sofrer serias sanções legais. Segundo Latorraca (2000 p. 58): Costuma-se denominar de planejamento tributário a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis. Uma forte ferramenta à disposição dos administradores e gestão, tem por principal finalidade minimizar os custos com impostos e tributos, que são responsáveis por grandes gastos dentro do faturamento empresarial. O mesmo por meio de uma profunda análise de mercado e das leis aplicadas a empresa buscam realizar os procedimentos necessários para obterem o menor impacto tributário para a empresa. Normalmente o contador busca apresentar aos administradores a melhor saída tributaria para a empresa, descrevendo como a mesma precisa realizar suas atividades para atender aos requisitos apresentados na lei. Vale ressaltar que tal ferramenta exige não só o conhecimento prático mais muito conhecimento teórico principalmente sobre as leis tributarias aplicadas no sistema empresarial. A pratica do planejamento tributário é totalmente aceitável por parte da legislação tributária brasileira, sendo necessário somente certos cuidados por parte da conciliação fiscal. Essa pode ser considerada uma das partes que necessita de uma maior atenção por parte da empresa, principalmente por conta da evasão fiscal, que consiste na sonegação. A sonegação consiste em uma prática muito comum observada nos últimos anos por parte das empresas, quando as mesmas não apresentam ou destacam todas as documentações fiscais, a fim de inibir o pagamento dos tributos devidos. Dessa forma pode-se compreender que o planejamento fiscal é totalmente aceitável por parte das empresas ou das organizações, desde que o mesmo não seja 9 utilizado como uma forma de burlar a legislação tributária ou realizar procedimentos não aceitos dentro do sistema tributário. Algo apresentado ao longo da legislação brasileira como passível de penalidade legal, devendo ser tomado todos os cuidados por parte das empresas, pois caso fique comprovada que ocorreu uma ação tributaria com a finalidade de beneficiar a empresa quanto ao pagamento de tributos, a mesma pode sofrer serias sanções legais. 2.4 CUIDADOS NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO A pratica do planejamento tributário é totalmente aceitável por parte da legislação tributária brasileira, sendo necessário somente certos cuidados por parte da conciliação fiscal. Essa pode ser considerada uma das partes que necessita de uma maior atenção por parte da empresa, principalmente por conta da evasão fiscal, que consiste na sonegação. A sonegação consiste em uma prática muito comum observada nos últimos anos por parte das empresas, quando as mesmas não apresentam ou destacam todas as documentações fiscais, a fim de inibir o pagamento dos tributos devidos. Dessa forma pode-se compreender que o planejamento fiscal é totalmente aceitável por parte das empresas ou das organizações, desde que o mesmo não seja utilizado como uma forma de burlar a legislação tributária ou realizar procedimentos não aceitos dentro do sistema tributário. Algo apresentado ao longo da legislação brasileira como passível de penalidade legal, devendo ser tomado todos os cuidados por parte das empresas, pois caso fique comprovada que ocorreu uma ação tributaria com a finalidade de beneficiar a empresa quanto ao pagamento de tributos, a mesma pode sofrer serias sanções legais. O que diferencia a Evasão Fiscal da Elisão Fiscal é a sua licitude ou ilicitude na prática do ato ou da omissão, e o momento em que isso acontece, ou seja, se antes ou depois do fato gerador do tributo. A ilicitude é caracterizada, quando a economia fiscal vem depois da ocorrência da hipótese de incidência, isto é, se já aconteceu o fato gerador, e a obrigação tributária se materializou e não foi adimplida. Aqui, estaremos diante da Evasão Fiscal, pois o ente tributante já concretizou seu direito de arrecadar. Ao passo que a Elisão Fiscal acontece antes do fato gerador do imposto, ou seja, o direito arrecadatório da Fazenda Pública ainda não se materializou, se encontra na hipótese de ocorrência” (CARVALHO, 2009, p. 23). 10 2.5 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 2.5.1 Simples Nacional O Simples Nacional (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte): Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta (FILHO, 2010, p. 600). Dessa forma pode-se conceituar simples nacional como uma forma de ser praticado o recolhimento dos tributos com base em informações descritas por meio de um só relatório. O simples nacional foi criado pelo sistema tributário como uma maneira de tornar os procedimentos mais fáceis e mais práticos principalmente para as empresas de pequeno e médio porte, empresas essas que tiveram um grande crescimento nos últimos anos. Para que uma empresa realize sua tributação por meio do simples nacional ela precisa ter suas atividades enquadradas em alguns dos anexos destacados na Lei do Simples Nacional, eles são descritos os tipos de atividades e os valores de faturamentos que podem ser enquadrados como simples nacional. Essa forma de definir ou estabelecer parâmetros para que a empresa se enquadre no simples nacional pode ser considerado de extrema importância para a administração pública, uma vez que mesma acabam deixando de lado dos anexos as atividades que podem gerar um maior ganho com os impostos recolhidos separadamente. A forma de aplicação e recolhimento dos tributos por meio do simples nacional é bem mais prático. Todas as informações fiscais da empresa são relatadas a Receita Federal por meio do site, após efetuarem os devidos levantamentos são realizados os cálculos, destacando-se o valor a ser pago. Vale ressaltar que todos os tributos dos quais a empresa deve realizar pagamento são destacados em uma única guia de pagamento, sendo descrito por meio de um relatório como ocorreram os cálculos e quais os valores correspondentes a cada tributo. 11 2.5.2 Lucro Real O regime de apuração com base no Lucro Real requer cuidados com a escrituração contábil e fiscal, sendo adequadamente comprovada e até que ocorra a decadência quinquenal do exercício financeiro respectivo, os documentos originais devem ser conservados em boa ordem e guarda (BERNARDES et al, 2004). Os principais impactos a serem sentidos pela empresa estão relacionados aos pagamentos dos impostos federais, que antes tinham uma alíquota inferior pelo enquadramento daempresa no Lucro Presumido. Tais impostos passaram a ter como alíquotas como essa nova forma de tributação: IRPJ 25%, CSLL 9%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%. 2.5.3 Lucro Presumido O lucro presumido é uma forma simplificada de apuração do cálculo dos tributos com imposto de renda e da contribuição social, restrita aos contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração com base no lucro real. Esse tipo de tributação visa facilitar as rotinas burocráticas e administrativas das empresas de menor porte (OLIVEIRA, 2011). Segundo Pinto (2013) o lucro presumido é calculado sobre o faturamento trimestral, ou seja, a receita bruta, que compreende em vendas, excluídas as vendas canceladas, os descontos concedidos e os impostos não cumulativos cobrados, sem levar em consideração as despesas e custos. 2.6 OS PRINCIPAIS TRIBUTOS 2.6.1 ICMS Segundo Ribeiro (2009) o ICMS é um imposto por dentro, pois seu valor se encontra no valor das mercadorias ou dos serviços destacados no corpo da nota fiscal, e será calculado com a aplicação de uma alíquota (porcentagem) sobre o valor que poderá variar de acordo com o tipo, origem e destinação, devendo ser observados na Constituição Federal o tratamento de cada uma das empresas (isenção, imunidade) ou a base de cálculo reduzida de acordo com o produto ou serviço prestado. 12 Dessa forma podemos conceituar o ICMS como um imposto ligado diretamente ao processo de comercialização, sendo o mesmo aplicado tanto na prática venda como na prática da compra. Diante disso ele se torna um dos principais impostos aplicados hoje no país, representando uma boa parte dos valores arrecadados aos cofres públicos. O ICMS é um dos impostos mais cobrados no país. É de competência estadual, bastante complexo e de alta ocorrência, no qual o fisco se depara com dificuldades para fiscalizar todos seus contribuintes. Desta forma, criou-se uma ferramenta de arrecadação de maneira eficiente que evita operações ilegais, como: sonegação e evasão fiscal. (MAZZA, 2018). Lopes (2013) destaca que o recolhimento do ICMS ocorre em todos os procedimentos comerciais, desde sua fabricação até a entrega do produto ou serviço final, desta forma, o mesmo passa a incidir diversas vezes quantas sejam realizadas as operações. Sendo comprovada uma diferenciação de acordo com a modalidade da empresa e sua forma de tributação, mas de forma geral em todos os procedimentos que envolvem relações comerciais teremos o destaque do ICMS e sua alíquota. Rosa (2009) destaca que os valores arrecadados por meio do imposto deveriam ser convertidos em melhorias para a sociedade, tais como o custeio de certas necessidades sociais (saúde, educação, segurança, entre outros). Porém como podemos observar os impostos não estão sendo aplicados de forma positiva para o desenvolvimento social ou para que os cidadãos tenham suas necessidades básicas sanadas. Esse é um dos principais pontos que geram determinados conflitos quando a arrecadação de impostos ou o aumento das referidas alíquotas dos mesmos, a população não observa como o mesmo está sendo convertido em melhorias e acaba se perguntando para onde estão indo os altos valores arrecadados. 2.6.2 IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza é administrado pela União e possui como fato gerador o ganho de disponibilidade econômica ou jurídica de renda advinda do produto do capital, do trabalho ou da soma destes, e de proventos de qualquer natureza, provenientes de fontes diferentes daquelas citadas anteriormente (art. 43 da Lei nº 5.172/66). 13 De uma forma geral o IRPJ é um imposto ligado diretamente ao lucro obtido pela empresa ao longo do seu exercício, sendo o mesmo considerado e observado a partir das demonstrações da empresa. Em geral existem duas formas de recolhimento do imposto, ele pode ser pago de forma trimestral ou semestral. Buscando observar e comparar as informações apresentadas o governo criou um sistema onde as pessoas responsáveis pelo setor fiscal devem lançar todas as informações da empresa de forma mensal, sendo apurado ao final do período se a empresa obteve lucro em suas atividades e qual o valor deve ser pago pelas mesmas referente ao imposto de IRPJ. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A contabilidade por meio dos seus processos em colaborar positivamente no que se refere a evolução empresarial, dando aos gestores ou empresários procedimentos extremamente necessários na constituição de uma empresa. Assim como apresentam possíveis soluções para determinados problemas, entre os principais processos aplicados por meio da contabilidade destaca-se o planejamento tributário, meio pelo qual verifica-se a melhor forma da empresa realizar sua arrecadação de impostos e analisar como deve ser realizado seu processo de venda para concretização de lucros, mesmo com a despesas constante dos tributos. Como evidenciado ao longo do trabalho o planejamento tributário é um procedimento de suma importância para o desenvolvimento ou continuidade da empresa junto ao mercado, por isso muitos empresários e administradores buscam consolidar o mesmo de uma forma incisiva para obter um melhor lucro diante das relações comerciais fixadas. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERNARDES, Adherbal Corrêa; NEVES, Silvério das; MACIEL, Amaury. MAIR2004: manual do imposto de renda da pessoa jurídica: legislação aplicável ao ano calendário 2004. 5. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2004. CARVALHO, Marco Antonio Coelho de. 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