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SIMULADO REVISÃO LINGUAGENS - NÚMERO 1 (COM GABARITO)

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1. Haicai tirado de unia falsa lira de Gonzaga 
Quis gravar “Amor” 
No tronco de um velho freixo: 
“Marília” escrevi. 
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.) 
O poema abaixo retoma imagens presentes nas liras de Marília de Dirceu e no haicai de Manuel Bandeira, apresentados acima. 
Passeio no bosque 
o canivete na mão não deixa 
marcas no tronco da goiabeira 
cicatrizes não se transferem 
(CACASO. Beijo na boca. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.) 
Algumas pessoas, ao gravarem nomes, datas etc., nos troncos das árvores, buscam externar afetos ou sentimentos. Esse texto, contudo, registra uma experiência particular de alguém que, fazendo isso,
a)se liberta das dores amorosas, pois as exterioriza de alguma forma. 
b)percebe que provocará danos irreversíveis à integridade da árvore. 
c)busca refúgio na solidão do espaço natural. 
d)se dá conta de que é impossível livrar-se dos sentimentos que o afligem.
e)encontra dificuldade em gravar o tronco com um simples canivete. 
2. Leia, abaixo, o fragmento da História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gândavo, pararesponder à questão.
Finalmente que como Deus tenha de muito longe esta terradedicada à cristandade, e o interesse seja o que mais leva oshomens trás si que nenhuma outra coisa haja na vida, parecemanifesto querer entretê-los na terra com esta riqueza do maraté chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesmaterra promete, para que assim desta maneira tragam ainda todaaquela bárbara gente que habita nestas partes ao lume e aoconhecimento da nossa santa fé católica, que será descobrir-lheoutras minas maiores no céu, o qual nosso Senhor permita queassim seja, para glória sua, e salvação de tantas almas. 
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz. Org. Ricardo Martins Valle. Introd. e notas Ricardo Martins Valle e Clara Carolina Souza Santos. São Paulo: Hedra, 2008. p. 115.
A leitura atenta do texto permite afirmar que 
a)nos textos de informação estavam consorciados o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão da fé cristã. 
b)o autor julga desinteressante a perspectiva de exploração mercantil do Brasil, preferindo a ela o projeto de difusão da fé cristã. 
c)o autor condena os homens ambiciosos e interesseiros, que preferem a exploração mercantil ao projeto abnegado de difusão da fé cristã. 
d)o autor condena a hipocrisia dos que afirmam empreender em nome da fé cristã, mas que apenas se interessam pelas “grandes minas” a descobrir. 
e)havia discrepância e dissenso entre o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão da fé cristã.
3. Quanto ao circuito comunicativo e aos elementos que o constituem, assinale a alternativa verdadeira relativamente ao texto de Evanildo Bechara. 
a) Trata-se de um texto centrado no canal da comunicação, a língua, que é o objeto da discussão do autor. 
b) O texto constitui um evento comunicativo em que predomina a função conativa da linguagem, porque se preocupa em refletir sobre o código, isto é, sobre a importância da língua. 
c) A reflexão que se estabelece no excerto evidencia uma preocupação do autor em discutir a própria língua, razão por que há nesse texto a predominância da função metalinguística. 
d) Como a comparação é uma figura de linguagem e o autor se vale desse expediente para construir seu texto, predomina neste último a função poética da linguagem. 
e) Nota-se uma importância maior em relação ao autor do texto; isso faz predominar a função emotiva da linguagem. 
 
4. LXXVIII (Camões, 1525?-1580)
Leda serenidade deleitosa,
Que representa em terra um paraíso;
Entre rubis e perlas doce riso;
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;
Presença moderada e graciosa,
Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;
Fala de quem a morte e a vida pende,
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
Repouso nela alegre e comedido:
Estas as armas são com que me rende
E me cativa Amor; mas não que possa
Despojar-me da glória de rendido.
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 2008.
A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos 
a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema. 
b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoa e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos adjetivos do poema. 
c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema. 
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos usados no poema. 
e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema. 
 
5. 
A onda 
Manuel Bandeira 
AONDA 
a onda anda 
aonde anda 
a onda? 
a onda ainda 
ainda onda 
ainda anda 
aonde? 
aonde? 
a onda a onda 
Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 267.
A interação das palavras, a composição do poema e as linhas da imagem produzem uma ilusão 
a) de frescor marítimo e de correntes de ar. 
b) de queda de água e de distorção de objetos. 
c) de movimento de onda e de vibração óptica. 
d) de ruído do mar e de dinamismo social. 
 
6. I
Talvez sonhasse, quando a vi. Mas via
Que, aos raios do luar iluminada,
Entre as estrelas trêmulas subia
Uma infinita e cintilante escada.
E eu olhava-a de baixo, olhava-a... Em cada
Degrau, que o ouro mais límpido vestia,
Mudo e sereno, um anjo a harpa doirada,
Ressoante de súplicas, feria...
Tu, mãe sagrada! vós também, formosas
Ilusões! sonhos meus! Íeis por ela
Como um bando de sombras vaporosas.
E, ó meu amor! eu te buscava, quando
Vi que no alto surgias, calma e bela,
O olhar celeste para o meu baixando...
Olavo Bilac,Via-Láctea.
Embora seja identificado como o principal poeta parnasiano brasileiro, Olavo Bilac, nesse soneto, explora um aspecto do Romantismo, o qual está explicitado na seguinte alternativa: 
a) objetividade e racionalismo do eu lírico. 
b) subjetividade numa atmosfera onírica. 
c) forte presença de elementos descritivos. 
d) liberdade de criação e de expressão. 
e) valorização da simplicidade, bucolismo. 
 
7. 
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no organismo, apresentados na figura, são adaptações benéficas à saúde de um indivíduo: 
a) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da oxigenação do sangue. 
b) Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da frequência cardíaca em repouso. 
c) Diminuição da frequência cardíaca em repouso e aumento da gordura corporal. 
d) Diminuição do tônus muscular e aumento do percentual de gordura corporal. 
e) Diminuição da gordura corporal e aumento da frequência cardíaca em repouso. 
 
8. 
Essa peça publicitária foi construída relacionando elementos verbais e não verbais. Considerando-se as estratégias argumentativas utilizadas pelo seu autor, percebe-se que a linguagem verbal explora, predominantemente, a função apelativa da linguagem, pois 
a) imprime no texto a posição pessoal do autor em relação ao lugar descrito, objeto da propaganda. 
b) utiliza o artifício das repetições para manter a atenção do leitor, potencial consumidor de seu produto. 
c) mantém o foco do texto no leitor, pelo emprego repetido de “você”, marca de interlocução. 
d) veicula informações sobre as características físicas do lugar, balneário com grande potencial turístico. 
e) estabelece uma comparação entre a paisagem e uma pintura, artifício geralmente eficaz em propagandas. 
 
9. 
A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movimento da contracultura. O desafio à tradição nessa criação musical é caracterizado pora) letras e melodias com características amargas e depressivas. 
b) arranjos baseados em ritmos e melodias nordestinos. 
c) sonoridades experimentais e confluência de elementos populares e eruditos. 
d) temas que refletem situações domésticas ligadas à tradição popular. 
e) ritmos contidos e reservados em oposição aos modelos estrangeiros. 
 
10. O movimento literário que retrata as manifestações literárias produzidas no Brasil à época de seu descobrimento, e durante o século XVI, é conhecido como Quinhentismo ou Literatura de Informação. 
Analise as proposições em relação a este período. 
I. A produção literária no Brasil, no século XVI, era restrita às literaturas de viagens e jesuíticas de caráter religioso. 
II. A obra literária jesuítica, relacionada às atividades catequéticas e pedagógicas, raramente assume um caráter apenas artístico. O nome mais destacado é o do padre José de Anchieta. 
III. O nome Quinhentismo está ligado a um referencial cronológico — as manifestações literárias no Brasil tiveram início em 1500, época da colonização portuguesa — e não a um referencial estético. 
IV. As produções literárias neste período prendem-se à literatura portuguesa, integrando o conjunto das chamadas literaturas de viagens ultramarinas, e aos valores da cultura greco-latina. 
V. As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do Brasil colônia, retratando os primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova terra. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. 
b) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
c) Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
11. (UniAtenas 2017)
Em relação ao cartum acima, pode-se perceber que nas frases: Chegou a primavera e Cheguei à primavera, cada uma possui um significado, diante do emprego da crase. Neste sentido, leia as sentenças abaixo e assinale a alternativa em que a ocorrência do acento indicativo de crase está ERRADA.
a) Andava tranquilamente pelo longo caminho, quando de repente começou à chover.
b) Os atletas corriam à distância de dois quilômetros todos os dias. 
c) Por mais que os anos passassem aquele ambiente ainda cheirava à gasolina.
d) Não adiantava avisar, mas era sempre à noite que ele resolvia seus problemas. 
e) E com grande prestígio que nos referimos à escola que se destacou neste semestre.
12. (FAMP) Texto para responder a questão.
 
Para que serve a literatura?
 
A literatura é a arte da palavra. Podemos dizer que a
literatura, assim como a língua que ela utiliza, é um
instrumento de comunicação e de interação social, ela
[4] cumpre o papel de transmitir os conhecimentos e a cultura
de uma comunidade.
  A literatura está vinculada à sociedade em que se
[7] origina, assim como todo tipo de arte, pois o artista não
consegue ser indiferente à realidade.
  A obra literária é resultado das relações dinâmicas
[10] entre escritor, público e sociedade, porque, através de suas
obras, o artista transmite seus sentimentos e ideias do
mundo, levando seu leitor à reflexão e até mesmo à
[13] mudança de posição perante a realidade. Assim, a literatura
auxilia no processo de transformação social.
CABRAL, Marina. Disponível em:http://www.brasilescola.com/literatura/para-que-serve-a-literatura.htm. Acesso em: 23 set. 2015 (fragmento).
No segundo parágrafo, o emprego do acento indicativo de crase
a) é opcional apenas na segunda ocorrência. 
b) seria opcional, caso fosse inserido o artigo uma diante de “sociedade”. 
c) seria inviável, caso o pronome aquela fosse utilizado diante de “realidade”. 
d) seria inviável, nas duas ocorrências, caso os vocábulos “vinculada” e “indiferente” fossem substituídos, respectivamente, por subordinada e alheio.
e) seria viável, nas duas ocorrências, caso os substantivos “sociedade” e “realidade” estivessem determinados pelo pronome possessivo sua.
13. (IMEPAC) Leia o texto a seguir para responder à questão.
 
Alemanha não se responsabilizou por escândalo da Volks
 
Em setembro de 2015, a Volkswagen admitiu ter instalado em cerca de 11 milhões de veículos a diesel mundo afora um software capaz de driblar testes de controle de emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. O escândalo ficou conhecido como “Dieselgate”.
 
Com o programa, os motores indicavam ser mais limpos do que eram de fato nas ruas. Até agora, o imbróglio judicial já custou mais de € 20 bilhões à Volkswagen, cujo ex-diretor-executivo está sendo investigado.
 
A Alemanha não se responsabilizou em nenhum momento pela recuperação moral e financeira da empresa, mesmo quando esta afetou a imagem do setor e seu mercado financeiro global. Vale ressaltar que o país é conhecido mundialmente pela força de sua indústria automobilística.
 
A revelação lançou a empresa em uma das piores crises de seus 80 anos de história e afetou outras montadoras, apesar de não haver acusações contra elas. Na França, as ações da Peugeot e da Renault também caíram.
 
Na Alemanha, um automóvel é mais que só uma caixa de metal sobre quatro rodas. Isso acontece porque o país se orgulha de seus carros: são símbolos de confiabilidade, perícia técnica e engenharia. Lá, estima-se que um em cada sete empregos esteja de alguma forma vinculado à indústria automobilística e o escândalo dessa montadora respingou direta ou indiretamente em mais de 30% da população.
JORNAL DO BRASIL. Alemanha não se responsabilizou por escândalo da Volks. Jornal do Brasil. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2017 (Adaptação).
Releia os trechos a seguir.
 1) “Até agora, o imbróglio judicial já custou mais de € 20 bilhões à Volkswagen [...]”
2) “[...] um em cada sete empregos esteja de alguma forma vinculado à indústria automobilística [...]”
 
Em relação aos acentos indicativos de crase desses trechos, é possível afirmar:
a) Ambos são obrigatórios, porém, enquanto o primeiro é regido por um verbo, o segundo é regido por um adjetivo. 
b) Ambos são facultativos e regidos por um verbo. 
c) O primeiro é obrigatório e regido por um substantivo, o segundo é facultativo e regido por um verbo. 
d) O primeiro é facultativo e regido por um verbo, o segundo é obrigatório e regido por um verbo.
14. (FPP) Leia as sentenças a seguir e assinale o que se pede.
 
I. Em carta endereçada à Marquesa de Santos, D. Pedro I lamentava sua má educação, ao mesmo tempo em que desejava um futuro melhor para seus filhos. (Revista de História da Biblioteca Nacional, nov. 2011, p. 5).
II. Os barcos abarrotados de migrantes a deriva no Mediterrâneo são também um problema brasileiro. Dos 14 milhões de pessoas que tiveram de fugir das guerras ou de condições de vida miseráveis em seu país de origem, 75.000 estão no Brasil. (Veja, 10 jun. 2015, p. 93).
III. Os jornalistas não necessitam de uma lei especial para trabalhar. Basta que as leis atuais de proteção ao cidadão e à liberdade de imprensa sejam cumpridas. (Veja, 26 fev. 2014, p.64).
IV. Ninguém discute o fato de que Star Wars é uma fantasia mitológica, capaz de nos levar à refletir sobre ideias poderosas e investigar os mais sombrios cantos da psique humana. (Super Interessante, out. 2015, p. 24).
V. A obra inédita e inacabada de Mário de Andrade, Café, chega agora às livrarias. Os personagens da obra são quase todos encaixados na moldura de algum estereótipo nacional, regional ou racial. (Veja, 10 jun. 2015, p. 107).
 
Assinale a(s) alternativa(s) que apresente(m) uso indevido e/ou ausência do sinal indicativo da crase.
a) somente em II. 
b) somente em II e IV. 
c) somente em III e IV. 
d) somente em III e V. 
e) somente em I e IV.
Leia o texto abaixo e responda á questão
 
Laivos e memoria
"... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao fim dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios, mas útil, nobre e, sobretudo bela."
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
 
    Há quase 50 anos, experimenteium misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente
soube suportar com bravura.
    Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.
    Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens? Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas - e despedidas são sempre dolorosas não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em realidade. 
    Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil,
    Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria a histórica Villegagnon em meio à sublime baía de Guanabara.
    Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.
    Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios. 
 Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar — a razão de ser da carreira naval.
  Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza! 
    Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira. 
    Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida profissional - no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EN-64/67. 
    Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: "...é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos".
    E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória. Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e Praça d'Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
    Ah! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos navios... 
    E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis.
    Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o «que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Siri Lanka. 
    Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara Cascudo, "o mar não quarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do descobrimento”.
15. (CESAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
Assinale a opção em que o uso do acento grave, indicativo da crase, é facultativo.
a) "[...] novos rumos à minha vida." (2º §)
b) "[...] resistir à sedução e ao fascínio [...].” (3º §)
c) “[...] às nossas caras famílias de origem [...]." (6º §)
d) "[...] às respectivas cidades de nascimento [...]" (6º §)
e) "[...] às vezes totalmente diversos [...].” (17º §)
16. TEXTO I​
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro.
 Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates.
Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos.
Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
TEXTO II
Palavras do arco da velha
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado). 
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidadedo português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.
17. 
Em bom português
 No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é "a gente"). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso.
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:
— Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.
SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado).
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que
a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.
b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações.
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica.
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante.
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões.
18.
	O cordelista por ele mesmo
	Aos doze anos eu era
forte, esperto e nutrido.
Vinha do Sítio de Piroca
muito alegre e divertido
vender cestos e balaios
que eu mesmo havia tecido.
Passava o dia na feira
e à tarde regressava
levando umas panelas
que minha mãe comprava
e bebendo água salgada
nas cacimbas onde passava.
	BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel. Porto Alegre: LP&M, 2003 (fragmento).
Literatura de cordel é uma criação popular em verso, cuja linguagem privilegia, tematicamente, histórias de cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas crenças e ações destacadas nas sociedades locais. A respeito do uso das formas variantes da linguagem no Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma região brasileira é
a) "muito alegre e divertido".
b) "Passava o dia na feira".
c) "levando umas panelas".
d) "que minha mãe comprava".
e) "nas cacimbas onde passava".
19. Dúvida
Dois compadres viajavam de carro por uma estrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente do carro. Um dos compadres falou:
— Passou um largato ali!
O outro perguntou:
— Lagarto ou largato?
O primeiro respondeu:
— Num sei não, o bicho passou muito rápido.
Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.
Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos personagens
a) reconhece a espécie do animal avistado.
b) tem dúvida sobre a pronúncia do nome do réptil.
c) desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
d) constata o fato de um bicho cruzar a frente do carro.
e) apresenta duas possibilidades de sentido para a mesma palavra.
20. O negócio
 Grande sorriso do canino de ouro, o velho Abílio
propõe às donas que se abastecem de pão e banana:
— Corno é o negócio?
De cada três dá certo com uma. Ela sorri, não
responde ou é uma promessa a recusa:
— Deus me livre, não! Hoje não...
Abílio interpelou a velha:
— Como é o negócio?
Ela concordou e, o que foi melhor, a filha também aceitou
o trato. Com a dona Julietinha foi assim.
Ele se chegou:
— Como é o negócio?
 Ela sorriu, olhinho baixo. Abílio espreitou o cometa partir. Manhã cedinho saltou a cerca. Sinal combinado, duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o quintal, cuidadosa de não acordar os filhos. Ele trazia a capa de viagem, estendida na grama orvalhada.
O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu imitar a proeza. No crepúsculo, pum-pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em viagem, mas não era dia do Abílio. Desconfiada, a moça surgiu à janela e o vizinho repetiu:
— Como é o negócio?
Diante da recusa, ele ameaçou:
— Então você quer o velho e não quer o moço? Olhe que eu conto!
TREVISAN, D. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento).
Quanto à abordagem do tema e aos recursos expressivos, essa crônica tem um caráter
a) filosófico, pois reflete sobre as mazelas sofridas pelos vizinhos.
b) lírico, pois relata com nostalgia o relacionamento da vizinhança.
c) irônico, pois apresenta com malícia a convivência entre vizinhos.
d) crítico, pois deprecia o que acontece nas relações de vizinhança.
e) didático, pois expõe uma conduta a ser evitada na relação entre vizinhos.
21. hipertexto
substantivo masculino
     1. apresentação de informações escritas, organizada de tal maneira que o leitor tem liberdade de escolher vários caminhos, a partir de sequências associativas possíveis entre blocos vinculados por remissões, sem estar preso a um encadeamento linear único.
     2. forma de apresentação de informações em um monitor de vídeo, na qual algum elemento (palavra, expressão ou imagem) é estacado e, quando acionado (ger. mediante um clique de mouse), provoca a exibição de um novo hipertexto com informações relativas ao referido elemento; hipermídia.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Objetiva, 2009.
No texto anterior, predomina a função da linguagem metalinguística, pois o autor
a) destaca o caráter explicativo do código.
b) centra sua atenção na figura do interlocutor.
c) ressalta a importância do canal de comunicação.
d) ocupa-se em expor a subjetividade da mensagem.
e) preocupa-se em registrar as percepções do enunciador.
22. Dia Internacional de Nelson Mandela – Google homenageia com doodle Nelson Mandela.
Ex-presidente da África do Sul completaria 96 anos nesta sexta-feira (18)
     Neste dia 18 de julho, celebra-se o Dia Internacional Nelson Mandela, efeméride instituída pela ONU. Madiba, Nobel da Paz que hoje completaria o 96º aniversário, é eternamente homenageado, por decisão das Nações Unidas. Com um doodle, a Google transporta para a atualidade internacional alguns dos pensamentos eternos de
Nelson Mandela, histórico líder da África do Sul.
     O símbolo maior da luta contra o Apartheid é lembrado hoje com um google doodle que cita alguns dos pensamentos que inspiram milhões, no combate à segregação racial e ao ódio.
     No dia em que completaria 96 anos, Madiba é lembrado, no Dia Internacional Nelson Mandela que representa uma homenagem ao histórico líder da África do Sul, premiado com um Nobel da Paz.
Fonte: http://www.pontagrossa.com.br/61985/mundo/nelson-mandelagoogle-cria-doodle-em-homenagem-ao-dia-internacional-de-nelsonmandela/ em 18/7/14
Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por meio de recursos utilizados segundo a produção do autor, que, nesse texto, centra seu objetivo
a) no canal de comunicação utilizado, ao querer certificar-se do entendimento do leitor.
b) no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma informação ao leitor.
c) na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como o texto foi escrito, sua estrutura e organização.
d) em si mesmo, ao enfocar suas emoções e sentimentos diante das descobertas feitas.
e) no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar uma ação, após sua leitura.
23. ‘Colegas’ desdramatiza a Síndrome de Down
Longa do cineasta Marcelo Galvão é, até agora, o concorrente mais aplaudido em Gramado
Cena do filme ‘Colegas’, de Marcelo Galvão, que é protagonizado por portadores de Síndrome de Down (Divulgação)
     GRAMADO – A julgar pela intensidade das palmas,o favorito do público até agora é Colegas, de Marcelo Galvão, um road movie inusitado. E por quê? Porque é estrelado por uma trinca de atores portadores de Síndrome de Down. Eles fogem de uma instituição, roubam o carro de um dos funcionários, promovem assaltos a mão armada e vão parar na Argentina em busca dos seus sonhos. Um deles deseja ver o mar, que não conhece; o outro quer voar; a mocinha pretende se casar.
     Engraçada e alto-astral, a comédia foi aplaudida em cena aberta várias vezes. No fim, aplausos confirmaram que o alvo do diretor havia sido atingido. “Quero que, depois de algum tempo, vocês esqueçam que eles são downianos, e os vejam como jovens como outros quaisquer”, disse ele na apresentação.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,colegas-desdramatiza-a-sindrome-dedown-,917300,0.htm em 14/8/12
Predomina no texto a função da linguagem
a) metalinguística, porque o autor procura explicar como se deu a formação do filme.
b) fática, porque apresenta atores com déficit no plano da linguagem.
c) referencial, porque ressalta a linguagem denotativa na transmissão da mensagem.
d) conativa, porque a mensagem aprecia o poder de persuasão do interlocutor.
e) emotiva, porque busca evidenciar os aspectos mais subjetivos da criação artística
	24. O Poeta Moribundo
	Poetas! amanhã ao meu cadáver
Minha tripa cortai mais sonorosa!...
Façam dela uma corda e cantem nela
Os amores da vida esperançosa!
Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia...
Como o cisne de outrora... que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
Coração, por quem tremes? Vejo a morte,
Ali vem lazarenta e desdentada...
Que noiva!... E devo então dormir com ela?
Se ela ao menos dormisse mascarada!
Que ruínas! que amor petrificado!
Tão antediluviano e gigantesco!
Ora, façam ideia que ternuras
Terá essa lagarta posta ao fresco!
Se é verdade que os homens gozadores,
Amigos de no vinho ter consolos,
Foram com Satanás fazer colônia,
Antes lá que do Céu sofrer os tolos!
Ora! e forcem um’alma qual a minha,
Que no altar sacrifica ao Deus – Preguiça,
A cantar ladainha eternamente
E por mil anos ajudar a Missa!
	AZEVEDO, Álvares de. Op. cit.       
 
Pela leitura dos versos, pode-se perceber a predominância no texto da função da linguagem
a) metalinguística, comprovada no uso do vocativo “poetas!”.
b) poética, pelo uso de metáforas, métrica e rimas.
c) poética, pelo uso da denotação ao autobiografar sua tristeza.
d) emotiva, comprovada pela utilização da primeira pessoa invalidando a função poética.
e) conotativa, pela natureza apelativa dos versos.
25. E-mail no ambiente de trabalho
     T. C., consultor e palestrante de assuntos ligados ao mercado de trabalho, alerta que a objetividade, a organização da mensagem, sua coerência e ortografia são pontos de atenção fundamentais para uma comunicação virtual eficaz.
     E, para evitar que erros e falta de atenção resultem em saias justas e situações constrangedoras, confira cinco dicas para usar o e-mail com bom senso e organização:
1. Responda às mensagens imediatamente após
recebê-las.
2. Programe sua assinatura automática em todas as
respostas e encaminhamentos.
3. Ao final do dia, exclua as mensagens sem importância
e arquive as demais em pastas previamente definidas.
4. Utilize o recurso de "confirmação de leitura" somente
quando necessário.
5. Evite mensagens do tipo "corrente".
Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).
O texto apresenta algumas sugestões para o leitor. Esse caráter instrucional é atribuído, principalmente, pelo emprego
a) do modo verbal imperativo, como em "responda" e "programe".
b) das marcas de qualificação do especialista, como "consultor" e "palestrante".
c) de termos específicos do discurso no mundo virtual.
d) de argumentos favoráveis à comunicação eficaz.
e) da palavra "dica" no desenvolvimento do texto.
26. Dezenas de milhares de manifestantes contrários ao casamento de pessoas do mesmo sexo marcharam pelo centro de Paris, hoje, Dia das Mães no país. Com o apoio do governo, o Parlamento francês passou, em 23 de abril passado, uma lei que formaliza a prática. O texto foi promulgado no último dia 18.
     A histórica Esplanada dos Inválidos virou hoje um mar de manifestantes com bandeiras cor-de-rosa e azul, enquanto a extrema-direita pendurou um cartaz na sede do governista Partido Socialista, pedindo que o presidente François Hollande renuncie.
     Foi o terceiro grande protesto deste tipo. Cento e cinquenta mil pessoas participaram, segundo a polícia, e “mais de 1 milhão”, segundo os organizadores. “Último Dia das Mães antes da liquidação”, afirmava um cartaz em meio à multidão de manifestantes, muitos dos quais gritavam palavras de ordem contra o governo socialista.
(Disponível em: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/milhares-tomamcentro-de-paris-para-protestar-contra-casamen_183358/.
Acesso em 30 de abril de 2014.)
O texto anterior é considerado uma notícia, porque
a) descreve posicionamentos das pessoas envolvidas diretamente no fato.
b) apresenta dados numéricos, a fim de provar a validade das informações.
c) esclarece os principais detalhes que motivaram a ocorrência do fato noticiado.
d) informa sobre um fato e as circunstâncias em que ocorreu de maneira objetiva.
e) aborda um fato cotidiano e foi publicada em um jornal de grande circulação.
27. A revista TPM nº 40 (p. 58) convidou a atriz Alinne Moraes para servir de guia aos jornalistas paulistanos “nas areias escaldantes das praias cariocas”. Como diz o texto, Alinne, “pra virar uma carioca autêntica, só falta deixar de chamar padaria de padoca”.
     Vejamos um dos passeios que a atriz recomenda a quem vai ao Rio de Janeiro:
     Mesmo sendo longe da minha casa, sempre que posso vou ao Cine Odeon, no Centro, para uma sessão de cinema. Lá, tudo é especial: a pipoca parece mais caseira, o cinema tem cara de cinema, as poltronas são fofinhas, tudo com aquele glamour que só as coisas antigas têm.
     Se você estiver com fome antes ou depois da sessão, aproveite que lá dentro tem uma filial do “Ateliê Culinário”, um dos meus restaurantes prediletos. Peça uma das quiches com salada. Se estiver frio, vá de chocolate quente. Coisas simples que lá são super bem feitas.
     Por que o Odeon é meu cinema preferido? Sabe quando a gente sente saudades do que você não viveu?
     É meio isso: lá eu tenho essa sensação. Gosto de coisas que me remetem ao passado. Sou um pouco assim com tudo.
Como ocorre com qualquer texto, esse foi escrito com determinados objetivos: toda comunicação tem uma determinada função, a linguagem nunca é usada à toa.
Tomando por base o que você leu, podemos concluir que
a) ocorre no texto apenas a função referencial da linguagem: o enunciador dá informações sobre o Rio de Janeiro de forma objetiva, usando uma linguagem informal.
b) há no texto apenas a função apelativa, como se percebe nos trechos “aproveite”, “peça”: a atriz quer convencer o leitor a visitar o Rio, usando uma linguagem informal para criar um efeito de aproximação com o público, como nos trechos “fofinha” e “super bem feitas”
c) a única função da linguagem presente no texto é a emotiva, como se nota por meio da relação emocional entre a atriz e o espaço descrito: o efeito de subjetividade está presente no uso de uma linguagem despojada, mais próxima do leitor, e de termos como “saudades”, “preferido”, “tenho essa sensação”.
d) no texto, estão presentes as funções referencial, apelativa e emotiva. A linguagem utilizada é, predominantemente, informal, de acordo com os trechos “fofinha” e “super bem feitas”. A construção “que me remetem ao passado”, contudo, apresenta maior formalidade. 
e) há no texto três funções: a referencial, a emotiva e a apelativa. Como se trata de um texto jornalístico, apenas a função referencial deveria ter sido explorada, para criar uma impressão de objetividade no relato. A linguagem, também, deveria ser mais formal.
28. Texto I
A proibição do véu islâmico, que cobre todo o rosto,
aprovada pelo Senado francês,é um passo certo. Essa
proibição não tem nada a ver com intolerância ou mesmo
cerceamento da liberdade de praticar uma religião. O véu
integral, seja o niqab ou a burca, é um obstáculo de primeira
ordem à integração, que não pode ser tolerado em uma
sociedade europeia aberta. O véu integral não é parte da
liberdade religiosa, mas apenas instrumento da tradição,
usado para privar as mulheres de suas personalidades e
autonomia. A separação entre a Igreja e o Estado, na Europa,
é uma grande conquista do Iluminismo.
RIEGERT, Bernd. Deutsche Welle. (Adaptado.)
Texto II
Há algo de profundamente cínico na lei francesa que
proíbe mulheres de portar indumentárias como a burca e o
niqab. Primeiro, essa lei nada tem a ver com a laicidade do
Estado. Na verdade, o Estado laico é aquele indiferente à
religiosidade da sociedade. Tal distância significa duas coisas:
as leis não serão influenciadas pela religião e o Estado não
legisla sobre práticas e costumes religiosos. No entanto, não
cabe ao Estado dizer que uma roupa é signo de opressão.
Até porque a opressão é algo que só pode ser enunciado na
primeira pessoa do singular (“Eu me sinto oprimido”), e não
na terceira pessoa (“Você está oprimido, mesmo que não
saiba ou não tenha coragem de dizer. Vim libertá-lo”).
SAFATLE, Vladimir. Folha de S.Paulo, 26.04.2011. (Adaptado.)
Da leitura dos textos, pode-se inferir que
a) os dois autores recorrem a argumentos de natureza religiosa para abordar o tema da proibição da burca na França.
b) os dois textos condenam a separação entre Estado e religião na sociedade burguesa.
c) embora expressem pontos de vista opostos, os dois textos apoiam-se em argumentos de natureza liberal.
d) para os dois autores, o tema da proibição da burca é exclusivamente jurídico.
e) os dois autores consideram a proibição da burca um ato autoritário por parte do Estado.
29. (Upe-ssa 1 2018) 
Observando os grafismos, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Não havia animais nesse período específico. 
b) Essas manifestações culturais não podem ser consideradas arte. 
c) Nada sabemos sobre essas populações humanas. 
d) Inexistiam técnicas para produção de pigmentos. 
e) Há grande relevância histórica e artística. 
 
30. (Uel 2015) Leia o texto a seguir.
A arte pré-histórica é uma arte de linhas e croquis; é uma etapa além da percepção, um artifício que ajuda a reter a imagem na mente. Na arte pré-histórica, encontramos figuras humanas, geralmente armadas, em ação, seja perseguindo animais, lutando ou dançando. Os animais são representados de forma naturalista, ou seja, reproduções de imagens perceptíveis. As figuras humanas, pelo contrário, estão muito estilizadas; se estão em movimento, os braços e as pernas são alargados. O objetivo do artista foi indicar o movimento; as formas são ditadas por sensações internas mais que observação externa. Os dois principais estilos pré-históricos são vitalistas e se acham determinados pela imagem captada exteriormente e pela sensação internamente sentida. A arte pode haver estado associada com ritos, com a intenção de exercer os poderes mágicos através de um retrato fiel que apresenta naturalismo nas representações animais. Já o símbolo estilizado e dinâmico da forma humana é determinado por um sentimento interno.
Adaptado de: READ, H. “Imagen e Idea”. La función Del arte en el desarollo de la conciencia humana. México: FCE, 2003. p.23-31.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, as imagens da arte pré-histórica que representam o estilo animal naturalista (reprodução de imagens perceptíveis) e os símbolos estilizados e dinâmicos da forma humana determinados mais pela sensação que pela observação e que buscam indicar o movimento. 
a) 
 
b)
 
c)
 
d)
 
e)
 
Simulado 01 - EXTENSIVA
	
9
1. D
2. A
3: [C]
4: [C]
5: [C]
6: [B]
7: [A]
8: [C]
9: [C]
10: [C]
11. A
12. E
13. A
14. B
15. A
16. E
17. B
18. E
19. C
20. C
21) A
22) B
23) C
24) B
25) A
26) D
27) D
28) C
29) E
30) C

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