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PRATICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) DOSCENTE: Rosiane Cirila do Carmo PROFESSOR (TUTOR): Keiko Carolina Moraes Sasaki de Lucena DISCIPLINA: Psicologia da Educação (EEL0111∕4116686) 9006 DATA: CURSO: Pedagogia INTRODUÇÃO: A psicologia da educação é uma subárea de conhecimento dentro da psicologia, que tem como função a produção de saberes relativos aos fenômenos psicológicos constituintes do processo educativo. Estudar psicologia da educação ou psicologia educacional é compreender o processo de ensino e aprendizagem. Podemos dizer então que nesse tema estaremos focados no processo de aprendizagem e ensino de cada individua, podendo então conseguir destacar cada dificuldade e facilidade de cada aprendiz, com isso ajudaremos o professor a descobrir os interesses, atitudes e outras capacidades de seus alunos. Dentro desse estudo conseguiremos trazer melhores soluções e auxiliar os professores dentro de sua sala de aula. DESENVOLVIMENTO: Qual o limite de aprendizagem? Cada criança possui seu próprio ritmo de aprendizagem. Todo criança apresenta um ritmo único no processo de evolução. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. Esse fato ocorre tanto no ambiente familiar quanto no escolar. Da mesma forma que uma criança engatinha, fala, anda etc. precocemente ou tardiamente em relação uma das outras, no processo de aprendizagem ocorre o mesmo com o aluno. Partindo desse pressuposto eis uma questão a refletir: Enquanto educador, qual seria o melhor caminho a seguir, para que esteja preparado para respeitar o ritmo da cada aluno e saber lidar com essa indiferença? Ao se tratar de educação não existe receita pronta. Mas isto não significa que não existem caminhos que possam ser seguidos, de maneira que venha a contribuir para atuar em situações, em especial com o ritmo de aprendizado de cada indivíduo, independente da faixa etária. Sugere-se como ponto de partida, a elaboração de um projeto de ensino que estabeleça como objetivo, atender todos os alunos, independente da capacidade que eles venham a apresentar. Ou seja, alunos lentos ou rápidos, alunos que tendem mais para o lado competitivo ou colaborativo, alunos oriundos de famílias estruturadas, desestruturadas, que apresentem necessidades especiais, entre outros. Considerando a escola um ambiente em que todos devem ser tratados com igualdade, o ideal é que os alunos tenham as mesmas oportunidades, porém, essas podem ser aplicadas de forma diferenciada, dependendo do ritmo de cada um. O educador deve se conscientizar que o aluno é formado através das experiências que são vivenciadas por toda sua vida. O desenvolvimento do aluno tem uma forte ligação com o ambiente em que vive sua relação cultural e principalmente a maneira como a família se relaciona com ele. É fundamental ao professor o respeito ao ritmo de aprendizagem de cada aluno, sendo extremamente necessário buscar estratégias que venham melhorar o desempenho daqueles que apresentam evolução mais lenta. Ao trabalhar com uma turma composta por alunos que possuem diferentes ritmos de aprendizagem, professores que passaram por essa vivência tiveram resultados positivos a partir do instante que começaram a aplicar diversas atividades, de conteúdos diferentes ou iguais, na mesma turma, respeitando o tempo de cada criança. Recomenda-se também a mudança da rotina diária, colocando os alunos para trabalharem em forma de grupo, dupla, individual, ambientes e atividades diferenciadas como laboratórios, teatros, quadra, jogos didáticos, dança, música, etc., variando conforme a necessidade, tornando a aula diferente e prazerosa. Vale ressaltar que a criatividade do professor é um dos pontos chaves para lidar com esse tipo de situação. Qual a participação do Aprendiz no processo? As características do processo de aprendizagem estão relacionadas diretamente à maneira como ele ocorre. O conhecimento é constituído na interação como os meios físicos e sociais, num processo que depende das condições do aprendiz e das condições do meio. Jean Piaget e Lev Semenovich Vigotsky, dois grandes estudiosos da educação, desenvolveram teorias sobre a aprendizagem, de grande importância. Piaget defende o construtivismo cognitivo, segundo o qual o aprendizado decorre do desenvolvimento de processos mentais amplamente relacionados com a realidade do aprendiz. Na visão Piaget Iana, o desenvolvimento desses processos é fundamental e o estudioso o chama de construção do conhecimento. As visões dos dois estudiosos se complementam e levam a concluir que a construção do conhecimento depende tanto das condições do aprendiz, como das condições do meio. Além disso, a aprendizagem deve ser encarada como um processo dinâmico, no qual a participação ativa do aprendiz é fundamental. Nesse contexto, Vygotsky propõe o construtivismo social, que consiste no fato de o indivíduo desenvolver suas capacidades cognitivas a partir das interações que mantém com a comunidade onde vive. Percebe-se, então, que o caráter social da aprendizagem depende da interação, da mesma maneira que fica claro que o processo de aprendizagem ocorre de forma diferenciada para cada pessoa. É individual e, de certa maneira, imprevisível. É idiossincrático, ou seja, particular de cada pessoa. O interesse nesta palavra, idiossincrático, é que ela revela um significado bastante amplo, útil para o entendimento da individualidade no processo de aprendizagem: diz respeito à idiossincrasia, que é à disposição do temperamento de cada indivíduo, da sensibilidade de cada um e que faz com que cada pessoa reaja de uma maneira muito pessoal a cada situação. Isso mostra que a ideia fundamental na teoria construtivista é de que o processo de construção do conhecimento é feito pelo aprendiz e não causado por outro agente. Se a construção de conhecimento é um processo individual, conclui-se, então, que o professor pode ter dificuldade em causar diretamente a aprendizagem nos seus estudantes, embora tenha um importante papel a desempenhar nesse processo. Qual a natureza da aprendizagem? As teorias cognitivistas, defendem que a aprendizagem acontece através da relação do sujeito com o meio que o circunda, levando a uma organização interna como forma de interação com o mundo. Um Planejar o processo de ensino-aprendizagem (O que se faz quando se planeja? Como planejam os professores? O que se planeja?); 2 ) Selecionar e preparar os conteúdos disciplinares, relacionada com a capacidade de transformar o conhecimento cinético em conhecimento capaz de ser ensinado e aprendido. 3) Oferecer informações e explicações compreensíveis e bem organizadas (competência comunicativa), vinculada à produção comunicativa, ao reforço da compreensibilidade, à organização interna das mensagens e à conotação afetiva das mensagens. 4) Manejo das novas tecnologias, associada ao domínio das novas tecnologias como objeto de estudo, como recurso didático, e como meio de expressão e comunicação. 5) Conceber a metodologia e organizar as atividades, aliadas à organização dos espaços de aprendizagem, a seleção dos métodos, e seleção e desenvolvimento das tarefas instrutivas. 6) Comunicar-se e relacionar-se com os alunos, referente à competência para trabalhar com classes numerosas, construir um estilo de liderança e um clima favorável na sala de aula. 7) Tutoria, vinculado aos diversos tipos de tutorias, às funções do tutor universitário, aos dilemas da tutoria universitária, às condições do exercício da tutoria e à tutoria como empenho pessoal dos docentes universitários. 8) Avaliar, associada à necessidade de saber avaliar para o professor assumir seu papel facilitador e guia do aluno em seu processo de aprendizagem. Em tal sentido, o professor precisa conhecer a natureza e o sentido da avaliação na universidade, os componentes da avaliação (dados,valorações e decisões), o processo de planejamento, execução, avaliação e ajuste da avaliação etc. 9) Refletir e pesquisar sobre o ensino, associada à capacidade para analisar, documentadamente, o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido (refletir) e submeter a análises controladas os distintos fatores que afetam a didática universitária em cada um dos âmbitos científicos (pesquisa) e apresentar dossiê e relatórios sobre as diversas questões relacionadas com o ensino universitário (publicar). 10) Identificar com a instituição e trabalhar em equipe, trata-se de uma competência transversal no sentido de como todas as competências anteriores são afetadas pela integração dos professores na organização ou instituição e pela disposição (atitude) e atitude (técnica) para trabalhar coordenadamente com os colegas. Isto é, saber e querer trabalhar juntos num contexto institucional determinado. O que é fracasso escolar? O fracasso escolar pode ser compreendido como a consequência para um aluno da não apropriação do aprendizado. Os conceitos, habilidades, valores, conhecimento e a questão da cidadania não foram internalizados no aluno, culminando muitas vezes, em baixas notas, reprovação e, por fim, no abandono da escola pelo mesmo. Entretanto, assim como sugere Paulilo (2017), a ideia de fracasso escolar é histórica e perpassa inúmeras análises quanto ao seu emprego, assim, também aponta Pozzobon (2017) citando Lagana-Riordan e Col no artigo "Renomeando o Fracasso Escolar" que elucida algumas correlações ligadas ao termo como: dificuldades de aprendizado, problemas de comportamento, baixo desempenho escolar, distorção serie/idade/ano, abandono escolar precoce ou repetência e outras inúmeras associações. Desta forma, é preciso delimitar dentro de um campo de estudos o que se entende por fracasso escolar, o que estamos categorizando como fracasso? Fracasso em relação a que?. Dentro do campo da Sociologia da Educação, Pierre Bourdieu (1998) relaciona fracasso escolar voltado à origem social do aluno, ou seja, a escola reproduz a desigualdade social por meio de um saber erudito que é legitimado, estando à margem, ou seja, deslegitimado o saber das classes populares. Sua maior discussão voltasse para o capital cultural para teorizar seu conceito de fracasso escolar. Entretanto, Charlot (2000), faz outra leitura de fracasso escola contrapondo a teoria da reprodução de Pierre Bourdieu (1998). Charlot (2000) constrói sua teoria pautada na relação com o saber e vai dizer que não existem alunos fracassados mais sim alunos em situação de fracasso escolar. Por se tratar de uma concepção extremamente ampla, o fracasso escolar para Charlot (2000, p.14) “[...] é uma chave disponível para interpretar o que está ocorrendo nas salas de aula, nos estabelecimentos de ensino, em certos bairros, em certas situações sociais”, assim, não se remete apenas ao aprendizado, conforme o autor, mas também a eficácia dos docentes, sobre o serviço público, a igualdade de chances, sobre os recursos investidos pelo país no sistema educativo e vário outras questões. De acordo com Perrenoud (1995)[1], os alunos são considerados como tendo alcançado êxito ou fracasso na escola porque são avaliados em função de exigências manifestadas pelos professores ou outros avaliadores e seguem os programas determinados pelo sistema educativo. Define-se o fracasso escolar como consequência de dificuldades de aprendizagem, falta de conhecimento e competência. A necessidade de avaliação baseada na padronização favorece uma transposição didática conservadora, ou seja, desenvolve aquilo que se encaixa no modelo de avaliação. O sistema clássico de avaliação força os professores a preferir os conhecimentos isolados (raciocínio, comunicação, etc.), e sob a aparência da exatidão, a avaliação esconde uma grande dúvida: como se entender quando não se sabe, nem se explica ou justifica o que realmente se avalia? Ao falar de fracasso escolar, é importante observar quando as dificuldades de aprendizagem vêm encobrir a fragilidade da escola, centrando no aluno todo insucesso de sua não aprendizagem. A falta de conhecimento didático do corpo docente está na raiz do fracasso escolar. O fracasso muitas das vezes dá-se devido à educação infantil que o individuo em causa teve. A importância de uma sadia educação infantil é muito importante, e deve ser acompanhada diretamente dos pais (Pai Mãe), para que este tenha uma base bem acentuada. As principais causas do fracasso escolar são oriundas, em sua maior parte, dos sistemas de ensino que não conseguem atender às diversidades de necessidades presentes nas escolas, deixando de identificar onde se localizam as inadaptações à aprendizagem, e levar o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem, considerando como ponto crucial seu modo particular de se relacionar com o conhecimento, ou seja, a aprendizagem escolar. O fracasso escolar também pode ocorrer dependendo do contexto familiar, cultural, social e político que o indivíduo possa estar inserido. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fracasso_escolar#cite_note-1 Bourdieu (1998), o sucesso escolar alcançado pelo aluno não dependeria apenas de seus dons pessoais, mas também de sua origem social, o que coloca o aluno em condições mais ou menos favoráveis diante das exigências escolares. Bourdieu afirma que as estruturas sociais afetam o comportamento do indivíduo de dentro para fora e não o inverso. A pessoa então possui uma formação inicial vinda de seu ambiente social e familiar, ocupando assim uma posição específica na estrutura social, cada indivíduo então incorpora o que ele chama de habitus, que seria um conjunto de disposições para ação típica dessa posição que ocupa, passando a conduzir suas ações ao longo do tempo. Ou seja, a estrutura social de onde o indivíduo vem, conduz suas ações individuais, não de forma mecânica e nem rígida, mas princípios de orientação que seriam adaptadas pelo sujeito nas variadas circunstâncias de ação. Conclusão Então podemos concluir que devemos sempre estar atentos aos limites de aprendizagem do aprendiz suas dificuldades, suas limitações, e o que se domina também. Também temos que estar atentos as suas participações porque isso pode podem estar relacionados aos seus limites. E buscar sempre a natureza da aprendizagem se dedicando ainda mais para que o aluno se dedique e não aconteça o fracasso no ambiente escolar, pois, a educação e muito importante para o melhor desenvolvimento na vida em sociedade. Referências Educador.brasilescola.uol.com.br∕orientacao∕respeitando-oslimites-aprendizagem-de-cada-alunos www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensinoartigos/ensino-individual-processo-de- aprendizagem
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