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- A2 LITERATURA BRASILEIRA E CONTEMPORANEIDADE_ NATHALIA LEÃO

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14/04/2021 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6218773/de2652ae-2c26-11e7-9458-0242ac11000e/ 1/7
Local: Sala 3 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA 
Acadêmico: EAD-IL80050-20211A
Aluno: NATHALIA AREA LEAO GARCIA DE SOUZA 
Avaliação: A2-
Matrícula: 20172300004 
Data: 8 de Abril de 2021 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 8,00/10,00
1  Código: 38315 - Enunciado: “A sua obra é memorialística, pois não se restringe ao individual, contempla o coletivo, a narração de suas
histórias e as de pessoas comuns e sujeitos renomados. A sua escrita é também autobiográfica, quando centrada em si, sendo ao mesmo
tempo narradora e personagem de suas histórias, atestando o pacto autobiográfico. [...]/Essa identidade há em suas obras, assim como a
escrita biográfica, num sentido mais social, focada nos acontecimentos e trajetórias de vidas das pessoas que conviveu, divulgando os
acontecimentos cotidianos, eventos políticos e as particularidades de certos indivíduos dos quais narra às suas histórias. [...]”(Fonte:
CARNEIRO, M. L. T. Memórias de uma jovem anarquista. In:  FRAGA, M.; MEYER, M. (orgs.). Seminário Zélia Gattai: Gênero e Memória.
Salvador: FCJA; Museu Carlos Costa Pinto, 2002. Disponível em: http://www.usp.br/proin/download/artigo/artigo_zelia_gattai.pdf. Acesso
em: 20 mar. 2020.) 
Maria Luiza Tucci Carneiro afirma que a escritora Zélia Gattai contempla, além de questões individuais, o coletivo em sua obra. Um dos
principais acontecimentos que servem de pano de fundo para a elaboração literária de seu principal livro, Anarquistas, Graças a Deus
(1979), engloba:
 a) A imigração italiana no Brasil, com a resistência da esquerda na primeira metade do século XX.
 b) O golpe militar, com a resistência de setores importantes da sociedade após 1964, até a redemocratização.
 c) Ênfase de valores ideológicos liberais, da propriedade privada e da crítica à equidade social.
 d) A Proclamação da República, com os conflitos entre grupos rivais em fins do século XIX.
 e) A libertação dos escravos, seguida dos problemas da desigualdade social entre os séculos XIX e XX.
Alternativa marcada:
a) A imigração italiana no Brasil, com a resistência da esquerda na primeira metade do século XX.
Justificativa: Resposta correta: A imigração italiana no Brasil, com a resistência da esquerda na primeira metade do século XX. O livro
Anarquistas, Graças a Deus engloba temas relacionados à imigração italiana e à vida dos trabalhadores italianos na cidade de São
Paulo.  Distratores:A Proclamação da República, com os conflitos entre grupos rivais em fins do século XIX. Errada. O livro claramente lida
com temas relacionados aos anos finais da República Velha, por volta da década de 1920 em diante. A libertação dos escravos, seguida
dos problemas da desigualdade social entre os séculos XIX e XX. Errada. O livro fica distante do século XIX, flagrando um momento em que
a cidade de São Paulo se expande.O golpe militar, com a resistência de setores importantes da sociedade após 1964, até a
redemocratização. Errada. O livro não discorre especialmente sobre o golpe de 1964 e a época da ditadura. Ênfase de valores ideológicos
liberais, da propriedade privada e da crítica à equidade social. Errada. O livro trata dos eventos narrados sob uma perspectiva dos
movimentos de esquerda.
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2  Código: 38425 - Enunciado: “Voltando ao Brasil [da Itália], em 1962, pude participar de um dos momentos mais esperançosos de nossa
vida política: a união estratégica de todas as forças progressistas (socialistas, comunistas, trabalhistas, cristãs de esquerda, democratas
radicais) em torno de um projeto histórico, a luta pelas reformas de base, que se estendem até março de 1964, quando o golpe udeno-
militar desbaratou os militantes e inaugurou a ditadura. Paradoxalmente, esse clima intensamente politizado, que expulsou da nossa
universidade os mestres mais engajados (cito o nome de Florestan Fernandes, que vale por todos), foi quase imediatamente substituído
pela onda universitária do estruturalismo linguístico, muito pouco sensível aos dramas de nossa história política, e da história em geral...
[...].” (Fonte: ENTREVISTA com Alfredo Bosi sobre crítica literária. In: CORDEIRO,  R. et al. [org.] A crítica literária em perspectiva. Cotia, SP:
Ateliê Editorial, 2013.  p. 314.) Com base no excerto descrito é possível afirmar que:
 a) O excerto deixa claro que não há relação dentre ideologia e estética, pois a arte não pode seguir um conjunto de ideias específico,
de direita, centro ou esquerda.
 b) O clima intelectual politizado de antes do golpe de 1964 foi severamente combatido pelas forças de repressivas e pelos
movimentos de direita.
 c) A crítica literária e movimentos artísticos seguiram rumos diferentes, desde a época pré-golpe, visto que a crítica se mostra de
direita e a arte, de esquerda.
 d) Não houve relações substanciais entre os movimentos críticos da época ditatorial e a produção literária contemporânea, como se
nota até os dias de hoje.
 e) As relações entre arte e política mudaram de rumo após o golpe de 1964, visto que a arte se tornou, abruptamente, conservadora e
liberal.
Alternativa marcada:
b) O clima intelectual politizado de antes do golpe de 1964 foi severamente combatido pelas forças de repressivas e pelos movimentos de
direita.
Justificativa: Resposta correta: O clima intelectual politizado de antes do golpe de 1964 foi severamente combatido pelas forças de
repressivas e pelos movimentos de direita.O crítico Alfredo Bosi, membro da ABL, demonstra que houve um duro combate aos
movimentos de esquerda por parte dos militares após o golpe de 1964. Distratores:As relações entre arte e política mudaram de rumo
após o golpe de 1964, visto que a arte se tornou, abruptamente, conservadora e liberal. Errada. Não se pode afirmar que as relações
mudaram abruptamente, pois houve muitos movimentos de combate mesmo após do golpe de 1964, como no teatro, na literatura e na
música.Não houve relações substanciais entre os movimentos críticos da época ditatorial e a produção literária contemporânea, como se
nota até os dias de hoje. Errada. Muito pelo contrário, houve muitas críticas à época ditatorial, abertas ou veladas, como notamos em
Chico Buarque, Antônio Callado e Caio Fernando Abreu.A crítica literária e movimentos artísticos seguiram rumos diferentes, desde a
época pré-golpe, visto que a crítica se mostra de direita e a artem de esquerda. Errada. O excerto crítico de Alfredo Bosi desconstrói essa
narrativa, pois uma das funções da crítica é relacionar ética e estética, consciente dos movimentos históricos.O excerto deixa claro que
não há relação dentre ideologia e estética, pois a arte não pode seguir um conjunto de ideias específico, de direita, centro ou esquerda.
Errada. Alfredo Bosi explicita que pode haver relações entre ideologia e estética, como a união em torno de ideias progressistas, com base
na liberdade de escolha do artista.
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3  Código: 38427 - Enunciado: “Os iniciadores do Grupo Noigandres (fundado em 1952) sempre pensaram alto, em termos de mundo, da
poesia mundial e, do Brasil, como parte integrante do Planeta Terra. O que a poesia mundial havia feito até então? Era daí que deveriam
começar e partiram para o ambicioso empreendimento: contribuir com acréscimos para a poesia brasileira e mundial.”(Fonte: KHOURI, O.
Noigrandes e invenção. FACOM, n. 16, p. 23, 2º.sem. 2006. Disponível em:
http://www.faap.br/revista_faap/revista_facom/facom_16/omar.pdf. Acesso em: 10 jul. 2020). Sobre a histórica revista Noigandres, sabe-
se que o trio formado pelos seguintes nomes deixou umamarca indelével desde sua concepção, publicação e circulação:
 a) Haroldo de Campos (1929-2003), Augusto de Campos (1931) e Décio Pignatari (1927-2012).
 b) Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Manuel Bandeira (1886-1968) e João Cabral de Melo Neto (1920-1999).
 c) Ferreira Gullar (1930-2016), José Lino Grünewald (1931-2000) e Vinicius de Moraes (1913-1980).
 d) Cora Coralina (1889-1985), Adélia Prado (1935) e Conceição Evaristo (1946).
 e) Cecília Meireles (1901-1964), Mário Quintana (1906-1994) e Manoel de Barros (1916-2014).
Alternativa marcada:
a) Haroldo de Campos (1929-2003), Augusto de Campos (1931) e Décio Pignatari (1927-2012).
Justificativa: Resposta correta:Haroldo de Campos (1929-2003), Augusto de Campos (1931) e Décio Pignatari (1927-2012). Correta.
Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari formaram o grupo Noigandres, aos quais se juntaram, posteriormente, Ronaldo
Azeredo e José Lino Grünewald. Os autores que fundaram o grupo, aliás, são considerados os grandes representantes do concretismo
brasileiro. Distratores:Cora Coralina (1889-1985), Adélia Prado (1935) e Conceição Evaristo (1946). Errada. As autoras foram importantes
nomes da literatura brasileira na contemporaneidade, mas não têm ligação com as bases da poesia concreta. Para citar apenas um ponto
de substancial divergência, lidam com aspectos da vida privada e com o cotidiano.Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Manuel
Bandeira (1886-1968) e João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Errada. Os autores mencionados são importantes referências para o grupo
Noigandres, pois foram a base da tradição contra a qual um diálogo combativo foi instaurado pelos poetas concretos.Cecília Meireles
(1901-1964), Mário Quintana (1906-1994) e Manoel de Barros (1916-2014). Errada. Os poetas aqui mencionados são ligados a uma poesia
fortemente subjetiva e reflexiva, bem diferente da proposta dos poetas concretos.Ferreira Gullar (1930-2016), José Lino Grünewald (1931-
2000) e Vinicius de Moraes (1913-1980). Errada. Ferreira Gullar aproximou-se do grupo e logo se distanciou, questionando a ausência de
ligação com a vida prática. Por outro lado,  José L. G. foi agregado ao movimento depois, com uma grande contribuição — ainda pouco
reconhecida — ao movimento concreto. Vinicius de Moraes, por sua vez, era um escritor relativamente conhecido quando o concretismo
foi lançado e caminhava, paulatinamente, para os movimentos da MPB.
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4  Código: 38316 - Enunciado: “[...] O pai de Felipe não tem nome. A narração sem eu e os diálogos raros mergulham o leitor no cotidiano do
protagonista, escritor que vive em Curitiba. No começo do livro, o Cristovão Tezza ficcional está no hospital e espera para conhecer seu
filho, nascido horas antes. A criança que chega traz as características da síndrome de Down. O pai deseja a morte do filho. Como a vida lhe
nega essa saída, ele busca outras. Entrelaçada aos eventos posteriores ao nascimento de Felipe está a trajetória anterior do pai: os
episódios da juventude, estudos em Coimbra, emprego clandestino, o curso de Letras.../À medida que o tempo com o filho avança, o
sentimento inicial se transforma. O pai se assombra quando um incidente lhe mostra o próprio coração. Só descobriu a dependência que
sentia do filho no dia em que Felipe desapareceu pela primeira vez. ‘[...] o mesmo filho que ele desejou morto assim que nasceu, e que
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agora, pela ausência, parece matá-lo’. [...]”(Fonte: CARDOSO, E. Sobre erros, não ditos, buscas e redenção. Valor Econômico, São Paulo, 3
dez. 2010. Disponível em: http://www.cristovaotezza.com.br/critica/ficcao/_umerroemocional/p_03122010valoreconomico.htm. Acesso
em: 7 jun. 2020.) Examinando a apreciação crítica sobre o livro O  filho eterno, de Cristóvão Tezza, é possível concluir que:
 a) A figura do pai mostra-se fraca, e o romance não apresenta qualquer possibilidade de redenção.
 b) A trama do romance é construída com muita perspicácia, entrelaçando autobiografia e ficção.
 c) O enredo romanesco é elaborado de modo fragmentado, sem clara sucessão de eventos temporais.
 d) O romance não apresenta aspectos intimistas, embora seja construído em primeira pessoa.
 e) Não há modos de aproximação com a tendência autoficcional do romance contemporâneo.
Alternativa marcada:
b) A trama do romance é construída com muita perspicácia, entrelaçando autobiografia e ficção.
Justificativa: Resposta correta: A trama do romance é construída com muita perspicácia, entrelaçando autobiografia e ficção. O romance
tem uma forte perspectiva autobiográfica, sem deixar de ser ficcional, ou seja, situar-se no universo da criação literária.  Distratores:O
romance não apresenta aspectos intimistas, embora seja construído em primeira pessoa. Errada. O romance não é construído em primeira
pessoa, além de apresentar elementos da intimidade e da vida privada.O enredo romanesco é elaborado de modo fragmentado, sem
clara sucessão de eventos temporais. Errada. O enredo é cuidadosamente construído, de modo que observamos o nascimento da criança
e o amadurecimento dos personagens. A figura do pai mostra-se fraca, e o romance não apresenta qualquer possibilidade de redenção.
Errada. A figura do pai, inicialmente tendendo à pusilanimidade, torna-se forte e sensível.Não há modos de aproximação com a tendência
autoficcional do romance contemporâneo. Errada. Há muitas similaridades com a autoficção, embora o romance seja construído em
terceira pessoa, de modo a objetivar os eventos narrados.
5  Código: 38310 - Enunciado: “A autoficção é uma máquina produtora de mitos do escritor, que funciona tanto nas passagens em que se
relatam vivências do narrador quanto naqueles momentos da narrativa em que o autor introduz no relato uma referência à própria
escrita, ou seja, a pergunta pelo lugar da fala (O que é ser escritor? Como é o processo da escrita? Quem diz eu?). Reconhecer que a
matéria da autoficção não é a biografia mesma, e sim o mito do escritor, nos permite chegar próximos da definição que interessa para
nossa argumentação. Qual a relação do mito com a autoficção? O mito, diz Barthes (2003, p. 221), ‘não é uma mentira, nem uma
confissão: é uma inflexão’. ‘O mito é um valor, não tem a verdade como sanção.’ A autoficção participa da criação do mito do escritor, uma
figura que se situa no interstício entre a ‘mentira’ e a ‘confissão’. A noção do relato como criação da subjetividade, a partir de uma
manifesta ambivalência a respeito de uma verdade prévia ao texto, permite pensar a autoficção como uma performance do autor.”(Fonte:
KLINGER, D. Escrita de si como performance. Revista Brasileira de Literatura Comparada, n. 12, p. 23-24, 2008. Disponível em:
http://www.abralic.org.br/downloads/revistas/1415542249.pdf. Acesso em: 6 jun. 2020.) A relação entre autoficção e performance do
autor pode ser verificada, com base em cuidadosa mediação crítica, na forma romanesca do seguinte escritor:
 a) Décio Pignatari.
 b) Dalton Trevisan.
 c) Nelson Rodrigues.
 d) Cristovão Tezza.
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 e) Ferreira Gullar.
Alternativa marcada:
d) Cristovão Tezza.
Justificativa: Resposta correta: Cristovão Tezza.  Cristovão Tezza é reconhecido como um dos principais romancistas brasileiros,
articulador cuidadoso das “escritas de si”, como a tendência à autoficção, sem deixar de explorar outras vertentes. Distratores:Décio
Pignatari. Errada. Décio Pignatari é um dos representantes do movimento concretista, tendo se dedicado à poesia, não ao
romance.Ferreira Gullar. Errada. Ferreira Gullar exerceu importante papel como poeta e ensaísta no Brasil contemporâneo; portanto, não é
romancista.Nelson Rodrigues. Errada. Nelson Rodrigues é um de nossos grandes dramaturgos; não trabalhou com a autoficção
especificamente.DaltonTrevisan. Errada. Dalton Trevisan é conhecido como avesso a tratar das experiências pessoais; assim, não trabalha
com a autoficção.
6  Código: 38312 - Enunciado: “O espaço negativo imediato, a casa agonizante, não encontra no Brasil ideal contrastante, mas uma situação
de mal-estar. A ausência de horizontes alternativos externos evoca uma ausência de horizontes alternativos para o próprio sujeito definir
o que quer, o que pretende ser e fazer, sentir e pensar. O estado de indeterminação é descrito como ‘vida suspensa’: ‘ Não era bom nem
mau: era apenas perfeito, sem pensamentos nem aflições, eu poderia ficar para sempre ali naquela espécie não exatamente de morte,
mas de vida suspensa’.” (Fonte: GINZBURG, J. Exílio, memória e história [...]. Literatura e Sociedade, v. 10, n. 8, p. 36-45, 2005. Disponível
em: http://www.revistas.usp.br/ls/article/view/19617. Acesso em: 20 mar. 2020. p. 39.) 
A análise desenvolvida pelo crítico e professor universitário Jaime Ginzburg, considerando os traumas da ditadura militar iniciada com o
Golpe de 1964, liga-se mais fortemente à narrativa de natureza autobiográfica de:
 a) Nelson Rodrigues.
 b) Caio Fernando Abreu.
 c) Zélia Gattai.
 d) Dalton Trevisan.
 e) Bernardo Carvalho.
Alternativa marcada:
b) Caio Fernando Abreu.
Justificativa: Resposta correta: Caio Fernando Abreu.Caio Fernando Abreu é, dentre os escritores mencionados nas alternativas, aquele
que vivenciou a experiência de confronto com a ditadura, o exílio e o isolamento social. 
Distratores:Nelson Rodrigues. Errada. Nelson Rodrigues não tem como característica lidar com traumas da ditadura. Além disso, sua
percepção sobre o momento é tida por intelectuais como dúbia.Dalton Trevisan. Errada. Dalton Trevisan é considerado um autor reticente
quanto a lidar com aspectos de sua vida particular. Questões sociais não são frontalmente postas em tom autobiográfico.Bernardo
Carvalho. Errada. Bernardo Carvalho não vivenciou os tempos da ditadura. Possui obras fortemente conectadas com seu tempo, mas já
dialogando com os tempos de redemocratização.Zélia Gattai. Errada. Zélia Gattai é uma escritora que tem uma comunicabilidade
incompatível com os traumas e a violência vivenciados do ponto de vista coletivo e pessoal, tal como posto por Jaime Ginzburg.
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7  Código: 38299 - Enunciado: “Trata-se de uma voz narrativa implacável: contando a história como sendo a história vivida por alguém —
um ele e não um eu — o narrador manifesta no entanto uma intimidade em relação aos pensamentos mais inconfessados da personagem,
que deixa o leitor desconfiado: será que este narrador não está falando de si mesmo? A questão pode ocupar a cabeça do leitor por algum
tempo, e, se se tratar de leitor paciente, ele talvez volte atrás algumas páginas para conferir: é mesmo uma história em terceira pessoa? /
É. / É uma história em terceira pessoa. /Mas é uma história em terceira pessoa que em certos momentos trata o ele como tu, ou seja, o
protagonista pai-do-Felipe desliza para uma segunda pessoa, interlocutora explícita, sendo nesta condição interpelado a queima-roupa
pelo narrador. Assim por exemplo: ‘[...] você vive soterrado pelo instante presente, e a presença do Tempo — essa voracidade absurda — é
irredimível, como queria o poeta. Vire-se. É a sua vez de jogar. Há um silêncio completo à sua volta.”(Fonte: LAJOLO, M. Um autor, um
narrador e nenhum herói. Revista Linha Mestra, n. 5, dez. 2007. Disponível em:
http://www.cristovaotezza.com.br/critica/ficcao/f_filhoeterno/p_13_marisa_lajolo.htm. Acesso em: 5 jun. 2020. ) 
Com relação à obra ficcional de Cristóvão Tezza, elabore um texto dissertativo-argumentativo discorrendo sobre a tensão entre o gênero
autoficcional e a opção pelo romance em terceira pessoa.
Resposta:
A  temática desenvolvida na obra de Cristóvão Tezza mescla a narrativa autêntica da própria experiência - "autoficção",  com um
distanciamento , não se envolvendo. Usa o lugar confortável da terceira pessoa  a fim de garantir a sua liberdade como narrador a partir
da impessoalidade e da força construtiva.  O autor trabalha com dados biográficos de forma explicita, pois no livro o tema central é a
narrativa  da história real de seu filho que tem síndrome de Down. Dessa forma garante  que  mesmo usando a sua história não cai na
subjetivação e no narcisismo.  Essa atitude paradoxal de Tezza dá o tom da sua obra muito personalizada.
Justificativa: Expectativa de resposta:O livro, como Marisa Lajolo aponta, contém uma ambiguidade no que diz respeito à figuração do
narrador. A história é em terceira pessoa, mas observamos, por seu andamento e por deslocamentos pronomes presentes, além das
coincidências entre vida e arte, que se trata de uma maneira escorregadia de apresentar uma narrativa autobiográfica, que tende à
objetivação de terceira pessoa. Cristóvão Tezza é um escritor conhecido quando lança O Filho Eterno, de modo que, imediatamente, a
crítica desvenda um conjunto de semelhanças entre a vida do escritor e a trajetória do narrador de terceira pessoa, como sua família, sua
profissão etc. A complexidade do pai narrado é profundamente ligada à natureza humana, aos dilemas cotidianos e à precariedade da
vida, de modo que a estratégia da terceira pessoa parece ser mais um modo de optar por jogar luz à estratégia da ficcionalização do eu,
com suas diversas nuances, portanto, à autoficção.
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8  Código: 38489 - Enunciado: “[...] refletir sobre nossos critérios de valoração, entender de onde eles vêm, por que se mantêm de pé, a que
e a quem servem... Afinal, o significado do texto literário — bem como da própria crítica que a ele fazemos — se estabelece num fluxo em
que tradições são seguidas, quebradas ou reconquistadas e as formas de interpretação e apropriação do que se fala permanecem em
aberto. Ignorar essa abertura é reforçar o papel da literatura como mecanismo de distinção e da hierarquização social, deixando de lado
suas potencialidades como discurso desestabilizador e contraditório.” (Fonte: DALCASTAGNÈ, R. Um território contestado: literatura
brasileira contemporânea e as novas vozes sociais. Revista Iberical, Paris, n. 2, p. 16-17, 2012. Disponível em: http://iberical.paris-
1,00/ 1,50
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ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6218773/de2652ae-2c26-11e7-9458-0242ac11000e/ 7/7
sorbonne.fr/wp-content/uploads/2012/03/002-02.pdf. Acesso em: 20 fev. 2019.) 
Caracterize a produção artística do grupo de rap Racionais MC's, ressaltando argumentos para defender uma leitura literária atenta aos
hibridismos do contemporâneo, com ênfase ao encontro entre cuidadosa elaboração estética e ética de resistência.
Resposta:
A produção artística do grupo de rap Racionais MC´s  é conhecida como uma das expressões mais influentes  para a  cultura de resistência
no cenário contemporâneo, buscando o engajamento e dando voz aos personagens periféricos e da contra hegemônicos da cultura.  Nas
suas letras eles buscam a desestabilização, novos valores estéticos, éticos e uma justiça social com novos olhares sobre a sociedade O
grupo  trabalha temas sensíveis da realidade da periferia  de forma impactante e bem estruturada sobre  a violência da polícia e da
sociedade em geral, desigualdade social, tráfico de drogas,  facções do crime,  racismo, miséria e o desalento dos jovens de periferia sem
perspectivas. Sua relevância se observa por  terem seu álbum "Sobrevivendo ao Inferno" ( 1997)  sido escolhido como leitura obrigatória
do vestibular da UNICAMP.  A partir do hibridismo contemporâneo,   a literatura dos Racionais MC´s  invade outros espaços , como forma
de expressão social  e coletiva  causando reflexão crítica e conscientização social. 
Justificativa: Expectativa de resposta:O grupo de rap Racionais MC's é considerado uma das vozes culturais mais importantes da
contemporaneidade, tanto queseu álbum Sobrevivendo no inferno (1997) foi escolhido como leitura obrigatória para vestibular de
ingresso na Unicamp. É relevante pontuar, na resposta à questão, que as letras são extremamente cuidadas e impactantes. Do ponto de
vista do sentido, o grupo refere-se sempre a temas sensíveis ligados à periferia, como desigualdade social, racismo, miséria, violência
institucional, violência policial, crime organizado, tráfico de drogas, falta de perspectivas para o jovem de periferia etc. No que tange aos
hibridismos do contemporâneo também a literatura “invade” outros espaços, como forma de expressão pessoal e coletiva. No caso do
grupo de rap, entre os anos 1990 e 2000, pode-se dizer que antecipava-se uma luta por espaços renovados de conscientização social.

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