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PIM III NOTA 8,5

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UNIVERSIDADE PAULISTA
João Domingues Prates Neto RA 2099516
PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO MORATO: PIM III
Francisco Morato 2020
UNIVERSIDADE PAULISTA
João Domingues Prates Neto RA 2099516
PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO MORATO: PIM III
Projeto Integrado Multidisciplinar para obtenção do título de 
Tecnólogo em Gestão Pública apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP
Orientador(a):
Francisco Morato 2020
RESUMO
A prefeitura de Francisco Morato está no norte da região metropolitana de São Paulo
na microrregião de Franco da Rocha, está num município com área territorial de
49,001 km² e serve a uma população estimada de 177.633 pessoas, conforme
IBGE(2020).
O objetivo deste trabalho é apresentar a prefeitura municipal de Francisco Morato
tendo como prioridade o enfoque das relações humanas no trabalho, utilizando-se
nisso ferramentas estatísticas e a apreciação de aspectos contábeis disponibilizados
por esta prefeitura, em especial, no que concerne a avaliação da dívida pública.
Também buscar-se-á uma elementar (e não menos fundamental) verificação do
sistema legal trabalhista desta prefeitura na ótica das necessidades em Recursos
Humanos. Fez-se também uma verificação in situ do desenvolvimento dos
processos gerenciais e de seus reflexos sobre os trabalhos num nível operacional.
Ter-se-á uma noção da aplicação dos recursos e dos fatores que concorreram para
o desempenho da cidade em índices do IBGE, por exemplo. Ao fim, dar-se-á
sugestões para um melhor desenvolvimento dos processos gerenciais baseando-se
para tanto nas observações qualificadas e quantificadas neste trabalho.
Palavras-chave: Prefeitura Municipal de Francisco Morato; governança pública em
Francisco Morato; Recursos Humanos na Prefeitura de Francisco Morato;
Endividamento e Lei de Responsabilidade Fiscal na Prefeitura de Francisco Morato;
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………….……….05
2. RECURSOS HUMANOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA…………...……..07
2.1 TEORIA X DE MACGREGOR: UM FANTASMA DA MODERNIDADE….08
2.2 COMUNICAÇÃO: UMA SOLUÇÃO SIMPLES E AUSENTE………..…...08
3. CONTABILIDADE……………………….……………………………….….….13
3.1 ENDIVIDAMENTO E LRF…………….……………………………….…...13
4. ESTATÍSTICA APLICADA…………………………………………………...….19
4.1 APENAS ¼ ACIMA DA LINHA DA POBREZA: UMA CONDENAÇÃO?.19
4.2 IMPLICAÇÕES LEGAIS QUANTO AO VALE-TRANSPORTE…..….….19
4.3 UMA FIGURAÇÃO E UMA INFERÊNCIA…………………………..……….20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS….…..…………………………………..………..23
6. REFERÊNCIAS………………………………………………………..……….24
5
1. INTRODUÇÃO
A Prefeitura de Francisco Morato, desde a sua fundação em 21 de março de 1965
tem a missão de “desenvolver políticas públicas, oferecer serviços e promover a
cidadania, a justiça social e a qualidade de vida para a comunidade moratense.”. Está a
frente do Município de Francisco Morato que pertence a Região Metropolitana de São
Paulo, microrregião de Franco da Rocha. Está na Zona Norte da Região Metropolitana de
São Paulo (conforme lei estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011) e, por consequência,
integra-se ao Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de
São Paulo (PDUI), conforme Câmara de Vereadores (2020).
Outro aspecto informado por esta instância do poder público são os investimentos
em infraestrutura, dentre os quais o término das obras em 2016, do terminal de ônibus
urbano, anexo à estação de trens que foi reconstruída recentemente (conclusão em
setembro de 2020, vários meses antes da previsão inicial) e pretende ainda, como de fato
já está, oferecer um novo padrão de qualidade de trem, trabalho este que a CPTM
implementa em toda sua rede.
Segundo a Câmara de Vereadores (2020), a cidade tem vários problemas de
infraestrutura, dentre os quais o difícil acesso por via rodoviária, o que obstrui a instalação
de um parque industrial. Mesmo com as melhorias na Rodovia Tancredo Neves, tal
estrada, no nível da cidade, não comporta trânsito pesado. Buscando corrigir este
problema pretende-se criar uma alça de acesso para a rodovia Fernão Dias, o que
simplifica a criação de um parque industrial nas áreas livres na cidade naquele local, algo
que também agilizaria a conexão com a capital. A prefeitura deste município tem levado
adiante um plano de revitalização do centro com a adaptação do entorno do terminal
urbano de ônibus para o trânsito destes veículos. Tem-se implementado também a
melhoria contínua da pavimentação das ruas, com dezenas de quilômetros asfaltados no
que era chão de terra, bem como o recapeamento de várias estradas. Objetiva-se com
isso uma melhora da qualidade de vida dos moratenses, o que de fato tem se
desenvolvido ao longo destes anos.
Atualmente a Prefeitura de Francisco Morato tem a sua frente Renata Torres de
Sene, 16º prefeito desta cidade. Ela tem feito um trabalho forte no sentido de organizar as
contas públicas, o que ficará visível a partir da demonstração neste trabalho. Inaugurou o
prédio novo da prefeitura, estrutura forte com mais de 10 andares que revigorou o espaço
6
de trabalho dos funcionários do município e que estava há décadas parada (vinha-se
utilizando prédios bastante precários no atendimento ao público e para funções internas).
Infelizmente, também ficará claro a dificuldade da Prefeitura quanto a aspectos de
governança corporativa dado que a mesma tem guardado ainda elementos fortes das
organizações weberianas da época da ditadura e elementos ainda anteriores a esta.
Ficará claro com este trabalho que a modernização tem sido superficial e tem sido
preservados traços de clientelismo do velho modo de se fazer política. A prefeita tem sob
seu comando 2340 funcionários entre cargos comissionados, de confiança e
concursados, nas mais diversas áreas e funções (a estrutura organizacional da Prefeitura
estará descrita neste trabalho).
7
2. RECURSOS HUMANOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Prefeitura Municipal de Francisco Morato insere-se na era da industrialização
neoclássica como uma organização nos moldes weberianos tendo elementos da era da
informação, porém tais elementos estão como que de empréstimo, não desenvolveram-se
com pleno vigor e de um modo natural. Percebe-se que os sistemas de informação
servem como substitutos de máquina de escrever e fichário essencialmente, não tem
servido para facilitar e tornar rápido o trabalho da administração pública, exceto
incidentalmente (Carvalho, 2014). A Coordenadoria de Recursos Humanos, órgão
pertencente a Secretaria Municipal de Finanças e Gestão parece ter uma função
meramente operacional, não inserindo-se de modo forte e decisivo no desenvolvimento e
controle do fator humano no ambiente de trabalho desta prefeitura, não parece haver ou
desenvolver-se uma estratégia de desenvolvimento do elemento humano, sequer um
mero controle nos moldes weberianos da Teoria X tem sido feita, o que gera uma
impressão forte de descaso com a máquina pública no que se refere a estes elementos
cruciais.
Aparentemente não tem-se a adequada retroalimentação (feedback) operacional, a
ponte entre o que está sendo feito na parte operacional da Prefeitura de Francisco Morato
e o planejamento tático e estratégico desta prefeitura. Vemos isso pela falta do uso
adequado do supervisor e da auditoria interna. Os funcionários sofrem pouca avaliação
por órgãos externos ao serviço do qual fazem parte, resumindo-se a pequenos
questionários que eventualmente pipocam no e-mail dos funcionários e cujas respostas
parecem não ter efeito sobre o andamento da máquina pública, passando 1,25 a
impressão de que se tratam de um ritual administrativo sem importância. Não existe um
veículo de informações sério entre o gabinete do prefeito e os funcionários da cidade, de
modo que desviosde conduta, ingerências e uma série enorme de mazelas
administrativas em RH são como que sufocadas na percepção dos funcionários (na visão
popular “é mais fácil deixar para lá do que criar caso”, o que gera uma frustração
crescente entre os funcionários e reduz o engajamento dos mesmos com o serviço
público). 
Outro elemento negativo importante é que não existe um jornal interno na prefeitura
no qual circulem informações pertinentes ao reconhecimento dos direitos do funcionário
público ou ao melhor desenvolvimento de seus deveres para com a 1,25 população do
8
município (um jornal de RH para desenvolvimento do fator humano), ou ao menos tais
jornais não estão disponíveis no ambiente interno das repartições públicas para uso dos
funcionários (muitos deles jamais viram nenhuma coisa neste sentido e todos os
interpelados desconhecem a circulação de tais informações). 
2.1 TEORIA X DE MACGREGOR: UM FANTASMA DA MODERNIDADE
A Teoria X de MacGregor alimenta-se fartamente em ambientes assim
desenvolvidos, e percebemos que aplicam-se percepções e ações compatíveis com tal
teoria (Carvalho, 2014). O setor responsável pelos Recursos Humanos desta prefeitura
parece ignorar práticas fisiológicas no modus operandi organizacional, ou seja, os
sistemas de informação, elemento moderno consolidador do modus operandi típico da
Teoria Y tem servido como a ferramenta correta aplicada no tempo errado (vinho novo em
odres velhos), perpetua vícios antes de saná-los. A Teoria Y bem como o respectivo
ferramental em Recursos Humanos que lhe cabe fazem sentido numa geração que tenha
passado pela Teoria X e que já não subsista nela, inferimos isso a partir da obra de
Carvalho (2014). Ora, a prática do fisiologismo na administração muito claramente é parte
da Teoria X, residuo lamentável de épocas remotas que vem se perpetuando em parte da
administração pública. Mais corretamente os esforços deveriam ser aplicados na correção
de práticas atreladas a Teoria X (fisiologismos, dentre outras) do que uma tentativa
insensata de tratar com um indivíduo que não está ali. A melhora nos índices financeiros
da Prefeitura de Francisco Morato é explicada dominantemente em função da excelência
da atuação do governo do estado e em certa medida pelo governo federal, mais do que
pela atuação do governo local. 
2.2 COMUNICAÇÃO: UMA SOLUÇÃO SIMPLES E AUSENTE
Percebe-se claramente uma ausência generalizada de um sistema de sugestões
bem estruturado, algo que permita ao funcionário de modo casual ou eventualmente
anônimo interagir por diversos meios com a administração central. Dessa forma
deficiências materiais (falta crônica de materiais entre outros fatores) e deficiências
operacionais (processos e procedimentos mal implantados que geram ociosidade
excessiva do servidor ou subutilização, coisas que eventualmente geram incômodos e
constrangimentos no ambiente de trabalho e que não tem um procedimento expresso
9
visando saná-los, dentre outras deficiências operacionais) passam desapercebidas.
Ninguém melhor que o servidor para dizer se a própria função está ou não sendo bem
exercida, porém a ausência de uma via de escoamento destas deficiências destituída de
constrangimentos de caráter pessoal prejudica severamente o andamento de muitas
atividades.
10
TABELA 1. Secretarias e Órgãos Municipais da Prefeitura de Francisco Morato
com os respectivos componentes do Organograma constitutivo
Secretaria ou Órgão Componentes do Organograma Constitutivo
A Secretaria Municipal de Governo a) Coordenadoria de Gabinete;
b) Coordenadoria de Comunicação Social, 
Imprensa e Relações Públicas;
c) Coordenadoria do Fundo de Solidariedade;
d) Ouvidoria;
e) Coordenadoria de Segurança;
f) Coordenadoria de Convênios.
Secretaria Municipal de Negócios 
Jurídicos e Cidadania 
a) Coordenadoria de Negócios Jurídicos;
b) Procuradoria Geral do Município;
c) Comissão Permanente Processante;
Secretaria Municipal de Receitas e 
Desenvolvimento Econômico
a) Coordenadoria da Receita;
b) Coordenadoria da Dívida Ativa;
c) Coordenadoria de Fiscalização;
d) Coordenadoria de Cadastro;
e) Coordenadoria de Trabalho, Empreendedorismo
e Desenvolvimento Econômico
Secretaria Municipal de Obras a) Coordenadoria Municipal de Meio Ambiente;
b) Coordenaria Municipal de Engenharia ;
c) Coordenadoria Municipal de Obras;
d) Coord. Municipal de Infraestrutura e Serviços;
e) Coord. Municipal de Mobilidade e Habitação;
f) Coordenadoria Municipal de Trânsito;
g) Coordenadoria de Defesa Civil;
Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social
Coordenadoria Técnica de Assistência e 
Desenvolvimento Social e Atenção à Pessoa
Portadora de Deficiência
Secr. Municipal de Cultura e Turismo Coordenadoria de Cultura e Turismo
Secretaria Municipal de Finanças e 
Gestão
a) Coordenadoria de Auditoria Interna;
b) Coordenadoria de Tesouraria;
c) Coordenadoria de Administração;
d) Coordenadoria de Recursos Humanos;
e) Coordenadoria de Finanças;
f) Coordenadoria de Previdência Social;
g) Coordenadoria de Planejamento;
Secretaria Municipal de Esportes, 
Lazer 
Coordenadoria de Esportes e Lazer
Gerência Municipal
Fundo Social de Solidariedade
Serviço de Assistência Médica de 
Francisco Morato SAME
Secretaria Municipal de Educação
a) Coordenadoria de Educação Infantil;
b) Coordenadoria de Ensino Fundamental e 
Educação de Jovens e Adultos;
c) Coordenadoria Administrativa;
Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Francisco Morato: disponível em
http://www.franciscomorato.sp.gov.br/site/governo
11
TABELA 2. Escolas da SME e respectivo número de matriculados
Escola da Secretaria Municipal de Educação Número de alunos matriculados
E.I. Alfredo Volpi 143 alunos matriculados
E.M. Almeida Junior 223 alunos matriculados
E.I. Profª Eliana Mª. de Paula Oliveira 288 alunos matriculados
E.M. Anísio Spínola Teixeira 629 alunos matriculados
E.M. Anita Malfatti 199 alunos matriculados
E.I. Antonio Pacheco do Nascimento 169 alunos matriculados
E.M. Brigadeiro Roberto Brandini 604 alunos matriculados
E.M. Cândido Portinari 223 alunos matriculados
E.M. Carlos Drummond de Andrade 861 alunos matriculados
E.M. Castro Alves 356 alunos matriculados
E.M. Clarice Lispector 257 alunos matriculados
E.M. Cora Coralina 1.071 alunos matriculados
E.F. Dr. Francisco Morato / Machado de Assis / 
Pref. José Bezerra Sanches
917 / 473/ 384 alunos matriculados 
respectivamente
E.M. Edite Pereira de Arruda 312 alunos matriculados
E.M. Egon Schaden 773 alunos matriculados
E.M. Elba Nobrega Sobral 660 alunos matriculados
E.M Érico Veríssimo 1.050 alunos matriculados
E.M. Fanny Goldberg 465 alunos matriculados
E.M. Fernando Pessoa 302 alunos matriculados
E.M. Antonio Muniz 425 alunos matriculados
E.M. Antonio Federzoni 331 alunos matriculados
E.M. Giuliano Cecchettini 980 alunos matriculados
E.M. Graciliano Ramos 473 alunos matriculados
E.M. Isabel Lupianhes Romera Ryan 1.202 alunos matriculados
E.M. Radialista Jaime Gonçalves 593 alunos matriculados
E.M. João Guimarães Rosa 299 alunos matriculados
E.M. Leonardo da Vinci 453 alunos matriculados
E.M. Lima Barreto 140 alunos matriculados
E.M. Amado Pinto de Santana 359 alunos matriculados
E.M. Monteiro Lobato 271 alunos matriculados
E.M. Olavo Bilac 385 alunos matriculados
E.M. Padre Luiz Sergio P. Nascimento 1.036 alunos matriculados
E.M. Paulo Freire 1.339 alunos matriculados
E.M. Profª. Sandra Regina Coelho Rodrigues 203 alunos matriculados
E.M. Profª.Hosue Morita Aoki 776 alunos matriculados
E.M. Profª.Lairce dos Santos Lupianha 306 alunos matriculados
E.M. Profª.Tânia Fernandes 1.053 alunos matriculados
E.M. Rachel de Queiroz 90 alunos matriculados
E.M. Ruth Rocha 61 alunos matriculados
E.M. Profª Sonia Regina Francisco de Oliveira 80 alunos matriculados
E.M. Tarsila do Amaral 67 alunos matriculados
E.M. Tatiana Belink 62 alunos matriculados
E.M. Ulisses Silveira Guimarães 411 alunosmatriculados
E.M. Vanda Terezinha Nalin 927 alunos matriculados
E.M. Zelia Gattai 190 alunos matriculados
Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Francisco Morato: disponível em 
http://www.franciscomorato.sp.gov.br/site/governo
12
Figura 1. Organograma da Administração Municipal Direta conforme ANEXO I da LEI
MUNICIPAL N° 2.807, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2014
Fonte: site da Câmara de Vereadores do Município de Francisco Morato, disponível em: 
https://www.legislacaodigital.com.br/FranciscoMorato-SP/LeisOrdinarias/2807/m1
13
3. CONTABILIDADE
Na parte de contabilidade deste trabalho iremos enfatizar especialmente o
endividamento conforme a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Considerou-se que
outros índices como os de liquidez (geral, imediata, seca e corrente) fazem mais sentido
na órbita de outros modelos de administração pública, qual seja, a empresa pública e as
autarquias. Dado que nosso objetivo é perceber a saúde contábil real do órgão público em
estudo, a Prefeitura de Francisco Morato, a LRF e seu reflexo sobre o endividamento
tornaram-se o foco inevitável de nossa atenção.
3.1 ENDIVIDAMENTO E LRF
Para compreendermos o endividamento devemos observar a LRF (Lei de
Responsabilidade Fiscal) que é a base legal a partir do qual é feito todo regramento
jurídico referente a endividamento público em municípios. Realmente, não podemos falar
em endividamento municipal sem considerarmos a LRF, e para tanto alguns aspectos
conceituais são necessários. Um destes elementos é o índice de endividamento RLF
(ELRF) que nos é apresentado por Matias e Campello (2000 apud Gerigk, Ribeiro e Santos,
2014, p. 131); Kohama (2000 apud Gerigk, Ribeiro e Santos, 2014, p. 131) e Andrade (2007
apud Gerigk, Ribeiro e Santos, 2014, p. 131). Este Índice de Endividamento LRF indica o
percentual de endividamento total em relação a Receita Corrente Líquida, definida pela LRF
segundo a fórmula:
 
ELRF=
Dívida Consolidada
Receita Corrente Líquida
Outra é similar, porém utiliza a Dívida Consolidada Líquida (DCL) em oposição a
DC (no ELRF). Nesse sentido as Resoluções do Senado Federal n° 40 e 43/2001,
estabelecem o limite das dívidas de longo prazo em 120% da Receita Corrente Líquida
(RCL)
Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a partir do
encerramento do ano de publicação desta Resolução, não poderá exceder,
respectivamente, a: 
14
I - no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente
líquida, definida na forma do art. 2º; e 
II - no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita
corrente líquida, definida na forma do art. 2º. 
Fonte: Diário Oficial da União (DOU) de 21/12/2001 (p. 6, col. 2), disponível em : 
https://legis.senado.leg.br/norma/562458/publicacao/16433576
Figura 2. Percentual limite para o Endividamento dos municípios
Fonte:
https://www.tesourotransparente.gov.br/historias/visao-integrada-das-dividas-da-uniao-dos-estados-do-
distrito-federal-e-dos-municipios acesso em 09/10/2020
Obviamente que devemos também compreender de onde vem a Receita Corrente
Líquida (RCL) e apropriadamente temos a figura seguinte que esclarecerá as
componentes. Na sequencia, da mesma forma, temos as componentes da Dívida
Consolidada (DC).
15
Figura 3. Componentes da Receita Corrente Líquida (RCL)
Fonte: https://www.tesourotransparente.gov.br/historias/visao-integrada-das-dividas-da-uniao-dos-estados-
do-distrito-federal-e-dos-municipios acesso em 09/10/2020
Figura 4. Composição da Dívida Consolidada (DC)
Fonte: https://www.tesourotransparente.gov.br/historias/visao-integrada-das-dividas-da-uniao-dos-estados-
do-distrito-federal-e-dos-municipios acesso em 09/10/2020
16
Por fim chegaremos a conclusão do raciocínio nas duas figuras seguintes,
extraídas das tabelas de dívidas da Prefeitura de Francisco Morato, em cujas quais temos
uma linha de particular interesse frente ao apresentado até agora, qual seja (% da DC
sobre a RCL) cujo valor anterior ao exercício de 2019 era 2,0000 (valor percentual), e no
primeiro quadrimestre de 2019 foi para 1,8467, progredindo no segundo quadrimestre de
2019 para 4,1871. Comparativamente, no ano seguinte (2020) estes 3 valores foram
respectivamente 5,3959 e também 5,4613 e finalmente 5,0362. Isso revela uma DC muito
pequena frente a RCL, valores que tem aumentado, porém não de um modo significativo.
A Dívida Consolidada (DC) deduzida das disponibilidades de caixa e demais
haveres financeiros nos dá a Dívida Consolidada Líquida (DCL) cujas tabelas abaixo na
linha (% da DCL sobre a RCL) nos revela os valores. Para o ano de 2019, por exemplo,
no primeiro e segundo quadrimestres temos respectivamente, 20,6741 e 16,3792 (valores
negativos), já para o ano subsequente (2020) temos nos mesmos quadrimestres
respectivamente 15,1646 e 13,1244 (valores negativos). Ora, os valores estipulados como
limite pela LRF foram de 120% (valores positivos), ou seja, revela-se um superavit várias
vezes superior a DCL. Claramente a Prefeitura de Francisco Morato apresenta um perfil
de dívidas favorável.
17
Figura 5. Demonstrativo de Apuração da Dívida Consolidada Líquida – DCL
até o segundo quadrimestre de 2019
18
Figura 6. Demonstrativo de Apuração da Dívida Consolidada Líquida – DCL até o
segundo quadrimestre de 2020
19
4. ESTATÍSTICA APLICADA
Conforme a TABELA 3 logo abaixo, extraída dos dados disponibilizados pela
Prefeitura de Francisco Morato, temos que a moda está na faixa salarial de R$ 2000 até
R$ 2200. Apenas 95 funcionários (em azul na tabela) recebem acima de R$ 4600 mensais
(4,06%). Temos também que 1704 funcionários de um total de 2340 (72,82%) recebem de
R$ 800 até R$ 2400 por mês (em laranja na tabela). Ou seja, aproximadamente ¾ dos
funcionários recebem menos de R$ 2400 por mês, valor dos quais 14% será deduzido
para o fundo previdenciário da prefeitura restando-lhes menos de R$ 2064 líquidos por
mês. 
4.1 APENAS ¼ ACIMA DA LINHA DA POBREZA: UMA CONDENAÇÃO?
Por amostragem, entre os primeiros 135 funcionários tem-se que 44 são homens e
os demais mulheres, ou seja, apenas 1/3 dos funcionários, mantidas as proporções da
primeira amostragem, são homens. Conforme a Câmara de Francisco Morato (2020) a
taxa de fecundidade (filhos por mulher) é de 3,77 e para homens é de 0,02. Dessa forma
podemos presumir que cada funcionário desta prefeitura tenha em média 2 filhos
aproximadamente e casado sustentará família com aproximadamente 6 membros
(homem, mulher e 4 crianças). Ora, dado que ¾ dos funcionários recebem líquidos até R$
2064 teremos uma renda média por membro da família de até R$ 344 por mês,
equivalente a US$ 2 por dia considerado atualmente o limite marginal para pobreza.
4.2 IMPLICAÇÕES LEGAIS QUANTO AO VALE-TRANSPORTE
O fato alarmante disso tudo é que a prefeitura deste município não fornece sequer
vale-transporte para seus funcionários, contentando-se em fornecer um auxílio transporte
que para a maioria dos funcionários não cobre o trajeto integralmente, pouco menos de
R$ 100 mensais que cobririam parte dos trajetos de um único transporte, sequer a
integralidade de um único e necessário transporte. E dado que a distância da sede desta
prefeitura até o terminal principal de ônibus da cidade de Francisco Morato é superior a 1
quilômetro (ver figura abaixo) tem-se por evidente a necessidade do vale-transporte. Os
servidores públicos federais e estaduais recebem por padrão o vale-transporte e da
mesma forma a quase totalidade dos municípios da região metropolitana de São Paulo,
20
sendo Francisco Morato uma lamentável exceção. Ora, é direito constitucional do cidadão
receber salário digno capaz de cobrir suas necessidades básicas, dentreas quais
transporte, conforme a Constituição Federal:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social: 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim; 
Fonte: Constituição Federal da República Federativa do Brasil, disponível:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
Demonstra-se assim que a prefeitura não tem suficientemente preocupação sequer
com o cumprimento do rigor legal, quanto mais desenvolver uma politica de bem-estar social
apropriada. Trata-se portanto de uma amostragem de um fator aleatório básico e suas
implicações legais e organizacionais, tem-se a noção de que se em algo tão básico falta o
fundamental é porque a ingerência é alta, portanto qualquer melhora nos índices é melhor
explicada por fatores externos (atuação da iniciativa privada ou do governo do estado). 
4.3 UMA FIGURAÇÃO E UMA INFERÊNCIA
Usemos uma figuração: se em um armazém vemos os ratos correndo pelas
prateleiras e um chão sujo associados a um descaso crônico no atendimento, presumimos
que os métodos gerências estratégicos e táticos não estão sendo bem feitos, ainda que
estejamos focando em essência os aspectos operacionais, seria no mínimo exótico crer que
num armazém assim utilizem-se métodos gerenciais de controle topo de linha ou uma
organização estratégica bem feita, talvez seja demais crer que uma contabilidade básica
seja feita com adequação. Ora, da mesma forma podemos por uma amostragem
operacional inferir que ausenta-se no alto escalão do governo municipal uma real
preocupação com a resolução dos problemas básicos que afetam a população deste
município.
21
Tabela 3. Quantidade de funcionários conforme faixa salarial
Quantidade de
Funcionários
Faixa Salarial em R$ 
(mínimo e máximo)
1 5600 5800
1 6000 6200
1 7200 7400
1 7800 8000
1 10000 10200
2 6600 6800
3 6200 6400
5 4800 5000
7 3800 4000
8 5800 6000
8 14400 14600
14 4400 4600
14 5400 5600
16 5000 5200
17 4000 4200
18 2600 2800
20 4600 4800
23 2800 3000
28 3000 3200
45 3400 3600
46 800 1000
63 4200 4400
82 2400 2600
94 1200 1400
113 3200 3400
145 3600 3800
157 1000 1200
174 1600 1800
175 1400 1600
192 1800 2000
415 2200 2400
451 2000 2200
22
Figura 7. Distância entre o Terminal Central e a sede da Prefeitura. 
Fonte: google maps, 2020
Figura 8. Distância entre o Terminal Central – sede Prefeitura (visão por satélite)
23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Prefeitura Municipal de Francisco Morato encontra-se financeiramente estável e
em consolidação, porém organizacionalmente precária. Faltam, portanto, investimentos
em Recursos Humanos e no sistema de controle da máquina pública, dado que sobra
capital para investimento, o que foi verificado na análise das dívidas na parte de
contabilidade deste trabalho, mas tal investimento não é feito ou o é de modo precário.
6. REFERÊNCIAS
Aspectos Gerais - Município de Francisco Morato. Disponível em:
http://www.camarafranciscomorato.sp.gov.br/site/index/aspectosgerais. Acesso: 10/10/20
Brasil. Resoluções do Senado Federal n° 40 de 21/12/2001. Dispõe sobre os limites
globais para o montante da dívida pública consolidada e da dívida pública mobiliária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em atendimento ao disposto no art. 52, VI
e IX, da Constituição Federal. Diário Oficial da União, Brasília, 21 dez. 2001. coluna 2, p.
6. Disponível em : https://legis.senado.leg.br/norma/562458/publicacao/16433576.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em
10/10/2020.
Brasil. Tesouro Nacional Transparente. Visão Integrada das Dívidas da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Disponível em:
https://www.tesourotransparente.gov.br/historias/visao-integrada-das-dividas-da-uniao-
dos-estados-do-distrito-federal-e-dos-municipios. Acesso em 09/10/2020.
Gerigk W, Clemente A, Ribeiro F. O PADRÃO DO ENDIVIDAMENTO PÚBLICO NOS
MUNICÍPIOS BRASILEIROS DE PORTE MÉDIO APÓS A LEI DE RESPONSABILIDADE
FISCAL. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL. 2014;6(1):122-140.
Francisco Morato. Câmara Municipal de Francisco Morato. LEI MUNICIPAL N° 2.807, DE
17 DE NOVEMBRO DE 2014. Dispõe sobre a alteração da Lei Municipal n° 2.633/2012,
de 4 de abril de 2012, alterada pela Lei Municipal nº 2.703/2013, de 9 de abril de 2013,
que dispõe sobre a estrutura administrativa da Prefeitura do Município de Francisco
Morato e dá outras providências. Disponível em:
https://www.legislacaodigital.com.br/FranciscoMorato-SP/LeisOrdinarias/2807/m1.
Acesso em 07/10/2020.
Francisco Morato. Prefeitura de Francisco Morato. Secretarias e Orgãos Municipais.
Disponível em: http://www.franciscomorato.sp.gov.br/site/governo. Acesso em
07/10/2020.
Carvalho, VLL. Recursos humanos na administração pública. São Paulo: Editora Sol;
2014.
GUIA de normalização para apresentação de trabalhos acadêmicos da Universidade
Paulista. Revisada e atualizada pelas bibliotecárias Alice Horiuchi e Bruna Orgler
Schiavi. São Paulo: Biblioteca Universidade Paulista, UNIP, 2012.
Santos EM. Contabilidade. São Paulo: Editora Sol, 2020.
Silva EF, Melo WC. Estatística aplicada. São Paulo: Editora Sol, 2012.

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