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Ministério da Educação Universidade Federal do Piauí - UFPI Programa de Pós Graduação em Ciências Agrárias – PPGCA Programa em Agronomia - PPGA Disciplina: Fisiologia de Sementes Docente: Prof. Dr. Francisco de Alcântara Discentes: Carlos Pedro de Menezes Costa e Elyzama Lima Santos Teresina/Bom Jesus – PI Dezembro, 2020 FISIOLOGIA DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES Importância do Estudo de Sementes Conceituação de Germinação Partes da Semente Processo de Germinação Exigências para a Germinação Considerações Finais Introdução Fatores que influenciam a Germinação ÍNDICE Composição Química da Semente Referências Conceituação de Germinação INTRODUÇÃO 3 Mayer & Poljakoff-Mayber, 1975 Germinação pode ser encarada como uma sucessão de etapas que determina, em uma semente quiescente e com baixo teor de água, a retomada das atividades metabólicas e o início da formação de uma plântula, a partir do embrião. Marcos-Filho, 1986 Germinação compreende uma sequência ordenada de eventos metabólicos que resulta no reinício do desenvolvimento do embrião, originando uma plântula. Conceituação de Germinação INTRODUÇÃO 4 Copeland & Me Donald, 1995 Germinação de uma semente e a retomada de crescimento do embrião, que resulta na ruptura da cobertura da semente e na emergência da plântula. Jann & Amen, 1980 Fisiologicamente, consiste na retomada do metabolismo e do crescimento e no reinício da transcrição do genoma. Bioquimicamente, se refere a diferenciação sequêncial dos caminhos oxidativos e de síntese e a retomada de processos bioquímicos característicos do crescimento vegetativo e do desenvolvimento. Importância do estudo da semente Manutenção e melhoramento de plantas cultivadas; Manutenção de germoplasma; Recursos para reflorestamento e recomposição da vegetação; Mecanismos de manutenção e renovação das populações naturais; A semente é um dos principais recursos para o manejo agrícola e silvícola de populações de plantas; Essencial para a alimentação humana e de muitos animais, constituindo a base de sua fonte alimentícia. INTRODUÇÃO 5 INTRODUÇÃO 6 O que de fato é uma semente Partes da Semente INTRODUÇÃO 7 OBS: A anatomia da semente varia amplamente entre diferentes grupos de plantas. A reserva de uma semente é uma importante fonte de energia e de compostos estruturais para a nova planta que surge após a germinação. Os principais compostos de reserva são: proteínas, lipídeos e carboidratos (carboidratos solúveis, amido e carboidratos de parede celular como os mananos, arabinogalactanos e galactoglucomananos). Composição Química da Semente INTRODUÇÃO 8 Exigências para a Germinação INTRODUÇÃO 9 Exigências para a Germinação INTRODUÇÃO 7 Exigências para a Germinação INTRODUÇÃO 11 Exigências para a Germinação INTRODUÇÃO 12 Hormônios vegetais - Germinação INTRODUÇÃO 13 Ácido Abscísico (ABA): inibe a germinação das sementes. Produzido durante a maturação. Promove a aquisição da tolerância à Estimula o acúmulo de reservas nas sementes. Mantém o embrião maduro em estado de dormência (evita viviparidade). Giberelina (GA): promove a germinação das sementes. Produzido após a embebição INTRODUÇÃO 14 INTRODUÇÃO 15 INTRODUÇÃO 16 Macharel e Macharel (2012) INTRODUÇÃO 17 Representação esquemática da sequência de eventos que caracterizam o repouso fisiológico pós-maturação GERMINAÇÃO 18 Retomada do desenvolvimento do embrião, originando uma plântula. Requer quantidades adequadas de água, temperatura, oxigênio e com frequência luz. Compreende uma sequência ordenada de atividades metabólicas iniciadas a partir da embebição. GERMINAÇÃO 19 Curso do processo da germinação de sementes do tomate em diferentes potenciais hídricos ambientais. (De G. Leubner [http://www.seedbiology.de], utilizando dados de Liptay e Schopfer, 1983.) PROCESSO DE GERMINAÇÃO 20 A germinação pode ser dividida em três fases correspondentes as fases de absorção da água FASES DA GERMINAÇÃO Fase I As sementes secas absorvem agua rapidamente pelo processo de embebição. Fase II Fase III A absorção de agua pela embebição declina e os processos metabólicos, incluindo a transcrição e a tradução, são reiniciados. O embrião expande, e a radícula emerge da casca da semente. A absorção de agua reinicia devido a um decréscimo no Ψ a medida que a plântula cresce, e as reservas de nutrientes das sementes são completamente mobilizadas. Bewley et. al., 2012. O PADRÃO TRIFÁSICO DA ÁGUA 21 Bewley et. al., 2012. O PADRÃO TRIFÁSICO DA ÁGUA 22 Fases da embebicao das sementes (Bewley et. al., 2012). PROCESSO DE GERMINAÇÃO 23 FASES DA GERMINAÇÃO Bewley et. al., 2012. PROCESSO DE GERMINAÇÃO 24 Fase I Embebição - Embebição ocorre gradativamente, com o umedecimento inicial dos tecidos mais próximos à superfície; - É estabelecida uma “frente de hidratação”, à medida que a água caminha para o interior da semente. - Variações no grau de hidratação do embrião e endosperma ou do eixo e cotilédones dependem da composição química, morfologia e variações da permeabilidade da cobertura. - A quantidade de água absorvida pela semente deve ser suficiente não só para iniciar, mas também para garantir a continuidade do processo de germinação. PROCESSO DE GERMINAÇÃO 25 Fase I Embebição Captação de água por diferentes partes de sementes de soja (A) e de aveia (B) durante a germinapao (Burch e Delouche, 1959). PROCESSO DE GERMINAÇÃO 26 Fase I Embebição Velocidade de absorção de água por diferentes espécies (Burch e Delouche, 1959). PROCESSO DE GERMINAÇÃO 27 Fase II Processo Bioquímico Preparatório Drástica redução da velocidade de embebição e respiração Ex: Espécies com Fase II: milho, soja, feijão, rabanete, ervilha, amendoim, Pinus Ex: Espécies sem Fase II: arroz, trigo, mamona, cevada, aveia, centeio, alface Digestão: reservas substâncias solúveis e difusíveis Translocação: pontos de crescimento do embrião Assimilação: formação de novos tecidos PROCESSO DE GERMINAÇÃO 28 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Digestão das reservas Principais enzimas hidrolíticas envolvidas na mobilização de reservas nutricionais das sementes PROCESSO DE GERMINAÇÃO 29 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Translocação e assimilação dos nutrientes Alterações no peso da matéria seca do eixo embrionário e dos cotilédones de Vigna sp. durante a germinação (Mayer e Poljakooff-Mayber, 1075). PROCESSO DE GERMINAÇÃO 30 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Metabolismo, energia e Respiração PROCESSO DE GERMINAÇÃO 31 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Mobilização de reservas no ambiente natural, a reservas serão utilizadas como fonte de matéria e energia para a germinação e principalmente para o desenvolvimento de uma plântula a partir do crescimento embrionário; Nas Fases I e II è decomposição de reservas, com formação de produtos mais simples, solúveis e difusíveis; Atividade enzimática (amilases, lipases, proteases, peptidases) PROCESSO DE GERMINAÇÃO 32 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório O processo geral de mobilização de reservas em sementes I - Reservas de produção principal de energia no início da germinação (sacarose e oligossacarídeos da série rafinósica). Dois tipos de reserva II - Reservas que são usadas pelas plântulas em crescimento e que servem para a transferência de matéria dos tecidos de reserva para as estruturas em desenvolvimento na plântula. 33 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Mobilização de lipídeos de reserva em sementes Conversão de gorduras em açucares durante a germinação de sementes oleaginosas. (A) Fluxo de carbono durante a degradação de ácidos graxos e gliconeogenese (B) Micrografia ao microscópio eletrônico de uma célula do cotiledone armazenador de óleos de uma plântula de pepino, mostrando glioxissomos, mitocôndrias e corpos lipídicos. 34 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Mobilização de proteínas dereserva em sementes A hidrólise das proteínas de reserva aos seus aminoácidos constituintes é realizada por proteases classificadas de acordo com sua atividade hidrolítica. 35 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Mobilização de amido de reservas armazenadas - A camada de aleurona dos cereais é um tecido digestivo especializado circundando o endosperma amiláceo 7 Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Mobilização de amido de reservas armazenadas Estrutura de um grão de cevada e funções de vários tecidos durante a germinação. (A) Diagrama das interações do início da germinação. (B) Micrografias da camada de aleurona de cevada (B) e protoplastos da aleurona de cevada em um estagio precoce. Fase II - Processo Bioquímico Preparatório Mobilização de amido de reservas armazenadas Fase II - Processo Bioquímico Preparatório A GA aumenta a transcrição do mRNA da O receptor de GA, GID1, promove a degradação de reguladores negativos da resposta a Giberelina 38 39 Fase III - Crescimento Divisão e/ou expansão cellular; Protrusão da raiz primária (ruptura do tegumento); Novo impulso a embebição e atividade respiratória: sementes atingem > 65% de água. 40 Fase III - Crescimento Formação da Plântula Importância do tipo de Germinação 41 Fase III - Crescimento Fases de Germinação do Milho 42 Fase III - Crescimento Fases de Germinação da Soja Fatores que influenciam a Germinação 43 Fatores que influenciam a Germinação 44 Fatores que influenciam a Germinação 45 Fatores que influenciam a Germinação 46 Fatores que influenciam a Germinação 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS 48 As sementes têm a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e desenvolvimento da agricultura. Livros: Kerbauy, G.B. Fisiologia Vegetal. 2ª Edição. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008. Taiz, L. & Zeiger, E. Fisiologia Vegetal. 4ª Edição. Artmed, Porto Alegre, 2009. Kendrick, R.E., Frankland, B. Fitocromo e crescimento vegetal. São Paulo: EPU: Editora da Universidade de São Paulo, 1981. Whatley, J. M. A luz e a vida das plantas. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1982. Baskin, C.C. & Baskin, J.M. 2004. A classification system for seed dormancy. Seed Science Research 14: 1-16. Silveira, F.A.O. 2013. REFERÊNCIAS 49 Obrigado(a) pela atenção! ellyzama17@gmail.com@hotmail.com carlos.pedromenezes@ifpi.edu.br (11) 9 9887-9101 (89) 9 9468-6257