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Habilidade I – Bloco 2 - Discussão 1 1) Quais os componentes da anamnese? Identificação, queixa principal, história de doença atual, interrogatório sintomático, antecedentes pessoais e familiares, hábitos de vida, condições socioeconômicas e culturais. 2) Quais os componentes da identificação de um paciente? Nome, idade, sexo/gênero, cor/etnia, estado civil, profissão, local de trabalho, naturalidade, procedência, residência, nome da mãe, religião, nome do responsável, cuidador e/ou acompanhante; filiação a órgãos/instituições previdenciárias e planos de saúde. 3) Qual a importância da identificação do paciente? Apresenta múltiplos interesses; o primeiro deles é de iniciar o relacionamento com o paciente; para a confecção de fichários e arquivos, que nenhum médico ou instituição pode dispensar, também tem os pontos de vista pericial, sanitário e médico-trabalhista. 1) Como se colhe a queixa principal e duração? Em poucas palavras, registra-se a queixa principal que levou o paciente a procurar o médico, repetindo se possível as expressões por ele utilizadas. Qual o motivo da consulta?; Porque o (a) senhora(a) me procurou?; o que o(a) está incomodado no momento? 2) Como anotar a queixa principal? Repetindo, se possível, as expressões por ele utilizada, um sintoma e sua duração. 3) Qual a importância deste item? A queixa principal funcionará como um norteador para a realização do restante da anamnese, do exame físico e, por conseguinte, do próprio diagnóstico. 1) O que é a história da moléstia ou doença atual? É um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a data atual. 2) Como colher a HDA ou HMA? Deixe que o paciente fale sobre sua doença, determine o sintoma-guia; descreva o sintoma-guia com suas características e analise-o minuciosamente; use o sintoma-guia como fio condutor da história e estabeleça as relações das outras queixas com ele em ordem cronológica; verifique se a história obtida tem começo, meio e fim; não induza respostas; apure evolução, exames e tratamentos realizados em relação a doença atual; leia a história que escreveu para o paciente, a fim que ele possa confirmar ou corrigir algum dado relatado, ou mesmo acrescentar alguma queixa esquecida. 3) Quais os itens principais da HDA? Encontrar o sintoma-guia; determinar a época em que tiver início aquele sintoma; investigar a maneira como evoluiu o sintoma. Concomitantemente com a análise da evolução do sintoma-guia, o examinador estabelece as correlações e as inter-relações com outras queixas. Os sintomas principais devem ser bem caracterizados, com descrição de (1) localização, (2) qualidade, (3) quantidade ou gravidade, (4) sequência cronológica, inclusive início, duração e frequência, (5) situação em que acontecem, (6) fatores que agravam ou aliviam os sintomas e (7) manifestações associadas. 4) Quais as características semiológicas importantes a serem questionadas na HDA? (1) determinar o sintoma-guia, (2) marcar a época do seu início, (3) usar o sintoma-guia como fio condutor da história e estabelecer relações das outras queixas com ele, (4) verificar se a estória tem começo, meio e fim. 5) Quais os elementos que compõem a análise de qualquer sintoma? Início, características do sintoma, fatores de melhora ou piora, relação com outras queixas, evolução, situação atual. 6) Investigar doenças preexistentes e medicações em uso? Deve-se indagar sobre a doença preexistente, pois, se tiverem relação com a doença atual, produzem um contexto clinico que torna possível associar uma à outra. Os medicamentos usados devem ser registrados, inclusive nome, dose, via de administração e frequência de uso. Fazer também uma lista de remédios caseiros, drogas vendidas, sem prescrição, vitaminas, minerais ou fitoterápicos, pílula anticoncepcional e remédios emprestados de membros da família ou amigos. Vale a pensa pedir ao paciente que traga toda a medicação que utiliza, para que se possa conferi-la. O paciente costuma estabelecer um nexo entre uma doença preexistente e o uso de um ou mais medicamentos. Mas nem sempre é assim. O(s) medicamento(s) em uso pode(m) ser justificado(s) pelo paciente pela presença de sintomas não esclarecidos. Não é raro, inclusive, que seja automedicação. Cumpre ressaltar, ao propósito, o elevado contingente de pacientes que procura assistência médica ou internação hospitalar em consequência de efeitos colaterais de medicamento. Esta situação é muito frequenta em pacientes idosos. 7) O que pesquisar nos antecedentes pessoais e familiares? Na História Familiar, esboce ou sistematize em diagramas a idade e a saúde, ou a idade e a causa de óbito de cada parente imediato, inclusive os pais, avós, irmãos, filhos e netos. Faça uma revisão das seguintes situações e registre sua presença ou ausência na família: hipertensão, doença coronariana, níveis elevados de colesterol, AVC, diabete, doença renal ou tireoidiana, câncer (tipo específico), artrite, tuberculose, asma ou pneumopatia, cefaleia, distúrbios convulsivos, doença mental, suicídio, dependência de álcool ou drogas e alergias, bem como sintomas semelhantes aos descritos pelo paciente. A História Pessoal e Social tenta capturar a personalidade e interesses do paciente, fontes de apoio, forma como lida com problemas, pontos fortes e temores. Deve incluir: profissão e última série escolar cursada, situação domiciliar e dos entes queridos, fontes de estresse, tanto recentes quanto de longa data; experiências importantes na vida, como serviço militar, história ocupacional, situação financeira e aposentadoria; atividades de lazer, crenças religiosas e espirituais; e atividades da vida diária (AVD). O nível de função de base tem particular importância no caso de pacientes mais velhos ou incapacitados. A História Pessoal e Social também comporta estilo de vida e hábitos que promovam a saúde ou criem risco, como exercício e dieta, incluindo frequência de exercícios, padrão habitual de consumo diário de alimentos, uso de suplementos ou restrições dietéticas e consumo de café, chá ou outras bebidas que contenham cafeína. Devem ser listados também hábitos de segurança, inclusive uso de cinto de segurança, capacetes de moto ou bicicleta, bloqueadores solares, detectores de fumaça e outros dispositivos relacionados a riscos específicos. Pode-se também optar por incluir quaisquer práticas de cuidados alternativos com a saúde. Antecedentes Pessoais. Nos indivíduos de baixa idade, a análise dos antecedentes pessoais costuma ser feita com mais facilidade do que em outras faixas etárias. Às vezes, uma hipótese diagnóstica leva o examinador a uma indagação mais minuciosa de algum aspecto da vida pregressa. Passos a serem seguidos: antecedentes fisiológicos (gestação e nascimento, dentição, engatinhar e andar, fala, desenvolvimento físico, controle dos esfíncteres, aproveitamento escolar, puberdade, menarca, características do ciclo menstrual) e antecedentes patológicos (doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias, traumatismo, antecedentes familiares: os antecedentes começam com a menção ao estado de saúde dos pais e irmãos do paciente. Se for casado, inclui-se o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos. Se tiver algum doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade. Em caso de falecimento, indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu. Pergunta-se sistematicamente sobre a existência de enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, doenças alérgicas, doença renal coronariana, AVC, dislipidemias, úlcera péptica, colelitíase e varizes, que são doenças de caráter familiar mais comuns. Quando o paciente é portador de uma doença de caráter hereditário, tais como hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos, erros metabólicos, torna-se imprescindível um levantamento genealógico mais rigoroso e, neste caso, recorre-se às técnicas de investigação genética). 8) Como e oque pesquisar em hábitos de vida e condições socioeconômicas e culturais do paciente? Hábitos de vida: alimentação, habitação, ocupação atual e ocupações anteriores, atividades físicas, hábitos, condições socioeconômicas, condições culturais, vida conjugal e ajustamento familiar. Condições culturais: partir de algo simples como grau de escolaridade (alfabetizado ou não) é a maneira mais prática de abordar este aspecto da anamnese. Todavia, é o conjunto de dados vistos e ouvido que permitirá uma avaliação. É importante destacar que as condições culturais não se restringem ao grau de escolaridade, mas abrangem a religião, as tradições, as crenças, os mitos, a medicina popular, os comportamentos e hábitos alimentares. Para facilitar o registro, sugerimos três alternativas: nível cultural baixo, médio e elevado. Neste item, cabe incluir elementos sobre a vida religiosa do paciente. Este item pode ser exemplificado pelo fato de os seguidores da seita Testemunha de Jeová não admitirem transfusão de sangue. Bruna Lago Data é importante GPA: gravidez, parto, aborto
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