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Tromboembolismo Pulmonar

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Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
Introdução 
Tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma síndrome 
clínica definida como a presença de trombos que 
impactam e ocluem vasos arteriais pulmonares, 
levando a uma grande variedade em suas 
manifestações clínicas. A grande maioria dos trombos 
é originária da trombose venosa profunda dos 
membros inferiores. Existem também outros tipos de 
embolismo pulmonar não causados por trombos, como 
a embolia gordurosa, gasosa ou tumoral que podem 
ocorrer apesar de serem muito menos comuns. 
O tromboembolismo pulmonar também pode ser 
subdividido em TEP agudo, subagudo e crônico. 
Pacientes com TEP agudo apresentam sintomas de 
início súbito no momento em que há a embolização do 
trombo para um dos ramos arteriais da circulação 
pulmonar. Alguns pacientes passam a apresentar 
sintomas no decorrer de dias ou poucas semanas após 
a embolização, sendo caracterizado TEP subagudo. Há 
também pacientes que apresentam TEP crônico, 
apresentando uma embolização na vasculatura 
pulmonar e desenvolvendo gradualmente (no decorrer 
de meses a anos) hipertensão pulmonar. 
 
 
Epidemiologia 
A incidência de TEP aumenta com a idade, 
principalmente nas mulheres, alcançando uma taxa de 
> 500 casos por 100.000 mulheres acima dos 75 anos. 
Não há consenso referente à prevalência do 
tromboembolismo pulmonar quanto a etnia e ao sexo, 
no entanto alguns estudos sugerem que a incidência 
do TEP é maior em homens do que em mulheres 
(respectivamente, 56 contra 48 casos por 100.000 
habitantes). 
 
Fatores de risco 
Tríade de Virchow, descrita no século XIX pelo 
pesquisador alemão, e que descreve os fatores que 
contribuem para a ocorrência de trombose: estase 
venosa, hipercoagulabilidade e lesão endotelial. 
 
 
 
 
 
Estase venosa: é a estagnação do sangue dentro da 
veia. Ocorre durante a inatividade prolongada, tal 
como permanecer sentado por longo período de 
tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas 
acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de 
deambulação, etc. 
ATENÇÃO! A estase venosa, um dos elementos da 
tríade de Virchow, apresenta grande correlação com a 
presença de imobilização. Isso faz do TEP uma grande 
preocupação entre pacientes internados, uma vez que 
um grande número desses pacientes, principalmente 
aqueles que que estão em período pós- -operatório ou 
em centros de terapia intensiva, não estão 
deambulando com frequência. Por isso a maioria dos 
hospitais possuem hoje protocolos de profilaxia 
mecânica e/ou farmacológica para TEP e TVP nesses 
pacientes. 
 
Classificação 
Podemos classificar o Tromboembolismo pulmonar 
conforme: 
• TEP provocada: a etiologia foi causada por alguma 
situação recente no período entre 6-12 semanas 
✓ Ex: Cirurgias recentes, fratura de fêmur, 
imobilização 
• TEP não provocada: não se sabe a etiologia do 
tromboembolismo pulmonar. 
✓ Ex: paciente previamente hígido sem 
comorbidades evolui com quadro TEP agudo. 
 
 • TEP maciça: ◊ Paciente hemodinamicamente 
instável (PAS<80mmHg) 
• TEP submaciça: ◊ Paciente está estável, porém 
apresenta disfunções miocárdicas no ecocardiograma 
(disfunção de ventrículo direito, áreas de hipocinesia). 
• TEP não maciça: ◊ Paciente estável e sem alterações 
miocárdicas, ou seja, aquele que não preenche aos 
critérios anteriores. 
O TEP é classificado de acordo com sua repercussão 
hemodinâmica. A instabilidade hemodinâmica é 
definida como pressão arterial sistólica (PAS) < 
90mmHg ou queda da PAS em mais de 40mmg em um 
intervalo de 40 minutos, e quando presente, configura 
quadro de TEP maciço ou de alto risco. Esses pacientes 
apresentam altas taxas de mortalidade nas primeiras 
72 horas do quadro e precisam ser trombolisados em 
uma unidade de terapia intensiva! Quando não há 
repercussão hemodinâmica, mas há sinais 
eletrocardiográficos ou ecocardiográficos de 
sobrecarga do ventrículo direito, o TEP é classificado 
como submaciço, ou de risco moderado. Os casos em 
que não há instabilidade hemodinâmica ou sobrecarga 
ventricular direita, são classificados como TEP de baixo 
risco. 
Quadro Clínico 
A sintomatologia do tromboembolismo pulmonar é 
inespecífica apresentando um amplo espectro clínico 
que vai de pacientes hemodinamicamente instáveis a 
paciente que cursam com sintomas gerais como tosse 
seca, taquipneia o que dificulta muitas vezes o 
diagnóstico e retarda o início da terapêutica. 
Classicamente existe uma tríade da TEP: dispneia, 
hemoptise e dor pleurítica. Porém nem todos os 
pacientes cursam com esta sintomatologia. Abaixo 
citaremos sinais e sintomas que somados à presença 
de fatores de risco, devem te fazer, pelo menos, 
postular TEP como hipótese diagnóstica. 
O sintoma mais prevalente nos pacientes com TEP é a 
dispneia, seguido pela dor torácica de caráter 
pleurítico e tosse, que pode se apresentar seca ou 
hemoptoica. Alterações hemodinâmicas como 
hipotensão e até mesmo choque obstrutivo são 
observados nos pacientes com TEP de alto risco, 
podendo estar associados a arritmias. Sintomas menos 
comuns que podem ser manifestados por pacientes 
com TEP são síncope, dor retroesternal, ansiedade e 
redução do do nível de consciência. 
✓ Dispneia 
✓ Dor torácica pleurítica 
✓ tosse 
Sinais que podem estar presentes nos pacientes com 
TEP são taquicardia (visto no eletrocardiograma, na 
forma sinusal), taquipneia, sinais de instabilidade 
(hipotensão/ PAS<90) hiperfonese de B2 na ausculta 
cardíaca (sugere existência hipertensão pulmonar), 
sibilos na ausculta respiratória, murmúrios vesiculares 
reduzidos (como consequência de atelectasias) e sinais 
de TVP como edema assimétrico em membros 
inferiores que pode ou não estar associado a dor, calor 
e rubor (sinais flogísticos) no local. Febre é um achado 
possível, porém muito incomum. 
 
 
CASO CLÍNICO! Paciente do sexo feminino, 27 anos 
usuária de anticoncepcional, comparece ao serviço de 
Pronto Atendimento relatando falta de ar e dor 
torácica de início súbito. Ao exame físico apresenta-se 
com taquipneia, saturação de O2: 92%, FC: 110 bpm, 
Pressão arterial: 120x80 mmHg. Qual a suspeita 
diagnóstica diante desse quadro? Não se esqueça de 
pensar no TROMBOEMBOLISMO PULMONAR!

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