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1 Beatriz da Silva Araujo; T5C; MAD Neisseria gonorrhoeae (genococo) • Diplococo gram negativo • Intracelular facultativa: células epiteliais e neutrófilos (invadem) → Fatores de crescimento • Aeróbias • Mesófilas • Cresce em meio de cultivo (ágar) no laboratório • Catalase positiva → Fatores de virulência • Fimbria do tipo IV - Adesão frouxa – nas células epiteliais (boca, vagina, eritrócitos) • OPA – opacidade da colônia - Adesão forte às células • PORB (porina) - proteína que forma poro e permite INVASÃO do gonococo na célula hospedeira. - Parece evitar a formação do fagolisossomo em neutrófilos (EVASINA – dribla o sistema imune) • LOS (LIPO-OLIGOSSACARÍDEO) – TOXINA - endotoxina – atua nos danos celulares pois estimula a produção de TNF, protease e fosfolipases (processo inflamatório) • IgA1 protease - Enzima que cliva IgA1 humana (anticorpo que protege mucosa), colonizando o epitélio. EVASINA. • Variação antigênica – mudança genética no patógeno - pode ocorrer pelo processo de transformação, adquirindo facilmente DNA exógeno de amostras heterólogas de neisseria Diagnostico → É realizado por meio do exame bacterioscópico das secreções uretral, cervical, orofaríngea, retal ou conjuntival, corado pelo método de Gram, e através do cultivo das secreções para o isolamento e a identificação do gonococo. * No homem o sedimento do primeiro jato de urina também pode ser utilizado para o exame bacterioscópico. Tratamento → Para o tratamento da gonorreia sem complicações é preconizado o uso de uma dose única de ceftriaxona, 250 mg, acompanhada de azitromicina doxiciclina Chlamydia trachomatis • Possui membrana externa semelhante à Gram negativa, não se cora em gram. 2 Beatriz da Silva Araujo; T5C; MAD • Tem duas morfologias: corpo elementar e reticulado, que somados são chamados de inclusão • Gostam de invadir macrófagos e células epiteliais. • Intracelular obrigatória – incapacidade gerar ATP – parasitas de energia celular • Corpo elementar (CE): forma infectante • Corpo reticulado (CR): forma reprodutiva • Inclusões (CE + CR + endossomo • INTRACELULAR OBRIGATÓRIA: (células epiteliais, macrófagos etc.) *invasão celular → formação do corpo reticulado (multiplicam-se por fissão binaria) → reorganizam-se em corpos elementares (desenvolvimento de uma grande inclusão citoplasmática) → liberação dos corpos elementares infecciosos. → Fatores de crescimento • Cresce em células no laboratório • Metabolismo limitado (um dos menores genomas). Incapaz de gerar ATP → Fatores de virulência Relacionados ao ciclo biológico: • CE adere, através do MOMP (proteína de adesão), à célula humana e internaliza • CR sofre replicação (fagossomo não se funde com lisossomo) Diagnostico → O diagnóstico das infecções por clamídias pode ser feito pelo exame citológico direto, isolamento da bactéria em cultura de células apropriadas ou por outros métodos, testes sorológicos clássicos e imunofluorescência e métodos moleculares Tratamento Os antibióticos de escolha são as tetraciclinas e os macrolídeos. Virulência X Patogênese → Destruição direta das células → Resposta inflamatória, através da produção de citocinas Transmissão de ambas • Qualquer tipo de relação sexual • Mãos contaminas na conjuntiva • Parto (atingindo a conjuntiva do RN) Manifestação clinicas (mulheres) – para as duas doenças • Corrimento vaginal - Não é frequente • Cervicite mucopurulenta - Inflamação da mucosa endocervical - Mulheres assintomáticas (70-80%) - Complicações: doença inflamatória pélvica, problemas na tuba uterina (gravidez ectópica e infertilidade) 3 Beatriz da Silva Araujo; T5C; MAD Manifestação clinicas (homens) – para as duas doenças • Corrimento frequente • Uretrite gonocócia - corrimento purulento - Complicações: epididimite, prostatite, disseminação via hematogênica (rara) • Uretrite não genococica - corrimento não purulento Manifestações clinicas homens e mulheres – clamídia - Linfogranuloma venéreo (LGV) ✓ Tropismo celular bacteriano: macrófagos – inflamação crônica GRANULOMATOSA ✓ Objetivo do granuloma: conter o agente agressor, sinalização prolongada de citocinas. Manifestações clinicas (recém nascidos) → Recém-nascidos (oftalmia ou conjuntivite neonatal) Momento do parto até 28 dias depois N. gonorrhoeae: perfura epitélio córneo íntegro Complicações: cegueira, infecção sistêmica, pneumonia etc. Treponema pallidum • Causadora da sífilis • Espiroqueta delgada (muito fina: 0,15 μm de largura e 10 a 15 μm de comprimento) com ENDOFLAGELO • Gram negativo (não se cora em Gram devido ser muito delgado) • Via de transmissão sexual e vertical. • Notificação compulsória • Mais comum na população gay → Fatores de crescimento Fatores de crescimento e bioquímicos (algumas incógnitas) • Não cultiváveis em meios clássicos. Conseguiram cul2var em células de coelho (bactéria fas2diosa), mas somente por 6 gerações. Crescimento 4 Beatriz da Silva Araujo; T5C; MAD demorado bacteriano pode caracterizar a infecção crônica na Sífilis. Dependente de algumas vias metabólicas das células humanas • Microerófilas / anaeróbias → Fatores de virulência – (muito virulento!) não é muito estudado por não ser curavável • Adesina • Endoflagelo (extremamente móvel – movimento de “saca-rolha”) As proteínas do endoflagelo são antigênicas e estimulam as respostas humoral e celular • Morfologia muito delgada (permite passagem) • Hialuronidase (degrada o ácido hialurônico presente na substância fundamental do tecido humano, aumentando a capacidade de invasão do micro-organismo) MANIFESTAÇÕES CLINICAS ESTÁGIO PATOLOGIA Primário cancro Secundário Exantema palmar Linfadenopatia Condiloma plano Neurossifilis (assintomática) Latente Não se observa sinais e sintoma, sendo o diagnostico realizado exclusivamente por meio de testes imunológicos latente recente – até 1 ano de infecção e latente tardia – 1 ano de infecção terciário Neurossifilis: assintomática Meningovascular Tabes dorsal paresia geral aortite: aneurismas Congênita Aborto tardio ou natimorto infantil: exantema osteocondrite periostite fibroses hepática e pulmonar escolar: ceratite intersticial dentes de hutchinson surdez Sífilis primária • Lesão no local de inoculação • Característica da lesão primaria: macula ou pápula vermelha escura que progride rapidamente para uma ulceração denominada cancro duro • Lesão indolor com borda endurecida, fundo liso e brilhante • Lesão desaparece com ou sem tratamento • Altamente contagiosa • 4-6 semana após o contato Sífilis secundária • Disseminação da bactéria no organismo, via hematogênica ou linfática 5 Beatriz da Silva Araujo; T5C; MAD • Características da lesão secundária: exantema maculopapular avermelhado principalmente em mãos e pés. Pápula pálida e úmida, denominada CONDILOMA, na região anogenital e outras • Meningite, hepatite, nefrite (depósito de imunocomplexo), periostite • Lesão desaparece com ou sem tratamento (permanece 4-12 semanas) • 1-6 meses do contato inicial • Febre; alopecia Sífilis terciária • Paciente pode passar estágio primário e secundário subclínico • Manifestações clínicas 3-12 anos ou mais, após contágio • Características da lesão na pele e mucosa: granulomatosa nodular (GOMA) • Alterações clínicas: gomas em ossos e fígado / lesões degenerativas no sistema nervoso (ex.: demência, paresia etc.) / lesões no sistema cardiovascular etc. • Danos teciduais → Reação de hipersensibilidade • Neurossífilis, tabes dorsais(invasão do SNC → meningite persistente) • Lesões ósseas, aortite Sífilis congênita • Mãe não tratada ou inadequadamente tratada → Pode ocorrer em qualquer fase da gestação e em qualquer fase da doença. Mas o que é mais prevalente? • Aborto, natimorto, óbito perinatal, Sífilis congênita • A Sífilis Congênita é dividida em: - Precoce (até o segundo ano de vida): assintomático ou baixo peso, prematuro, hapatoesplenomegalia etc. - Tardia (após segundo ano de vida): Ibia em “lâmina de sabre”, articulações de Clutton, nariz “em sela”, dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de Hutchinson), surdez neurológica, dificuldade no aprendizado etc. Diagnóstico Exames diretos (microscopia de campo escuro) → Imunoflorescência direta material corado ou biopsia PCR Testes imunológicos → Testes treponêmicos (específicos) 6 Beatriz da Silva Araujo; T5C; MAD - TPHA (hemaglutinação e aglutinação passiva) -FTA-ABS (imunodeficiência indireta) ESPECIFICO, PODE SER CICATRIZ IMUNOLÓGICA DE INFECÇÃO ANTERIOR; - EQL (quimioluminescência) - ELISA (imunoenzimático indireyo) - TESTES RÁPIDOS – média de 30min → Testes não treponêmicos (não específicos) - VDRL (se estiver alto, a sífilis é recente, é bastante usado para controle da doença) - RPR - TRUST *negativo não exclui diagnostico Quais situações que podem gerar um falso positivo não treponêmicos? VDRL (+) e FTA- ABS (-) ✓ Lúpus eritematoso; hepatite crônica; usuário de drogas ilícitas injetáveis, hanseníase, gestação, vacinação Indicação do SUS 1- Teste treponêmico 2- Se der (+), teste não treponêmico 3- Monitoramento do tratamento, através do VDRL (até cair) Tratamento → Penicilina é a melhor droga de escolha para todos os tipos de sífilis; doxiciclina em casos de alergia à penicilina → Acompanhamento da evolução da doença pelo VDRL Importância do VDRL ✓ Teste qualitativo: auxilia na triagem da Sífilis (presença de anticorpos anti- cardiolipina), uma vez que o teste treponêmico reagente pode indicar cicatriz imunológica ✓ Teste quantitativo: verifica a titulação (níveis) de anticorpos anti- cardiolipina. A titulação cai com um tratamento bem sucedido. Exame importante para monitorar tratamento. No período do tratamento, DEVE ser utilizado o VDRL. Importância das diluições no VDRL. Acompanhar se a infecção diminuiu, entre outras funções. O título é indicado pela última diluição da amostra que ainda apresenta reatividade (presença de anticorpos, através da floculação)
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