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Patologi� - Cavidad� ora� Fenda� faciai� Queilosquise: anomalia de desenvolvimento labial superior; fusão incompleta do processo frontonasal com os processos da maxila -Pode ser uni ou bilateral; -Superficial ou chegar até a narina; -Consequência: dificuldade para sugar o leite; -Não se sabe a etiologia; -É compatível com a vida; As próximas duas possuem uma etiologia vinda de genes de risco ou também de influências ambientais (exposição a teratógenos que atrapalham a mitose). Em bezerros (palatosquise + artrogripose) o fator ambiental predominante é a ingestão de plantas tóxicas pela mãe (ex: cicuta e nicotiana). Palatosquise ou Fenda Palatina: falha na fusão dos processos palatinos laterais (abertura no palato) ● Primária: afeta o comecinho do palato duro; ● Se estende até o palato mole; -Afeta o osso e a mucosa da linha média do palato duro -Comunicação entre a cavidade oral e nasal -Consequências: caquexia pela dificuldade de mastigação e deglutição do alimento; podem aspirar o conteúdo ingerido desenvolvendo a pneumonia aspirativa (o leite por exemplo é um excelente meio de cultura para as bactérias) -Não compatível com a vida Queilopalatosquise: acometimento de lábio + palato -Não é compatível com a vida. Braquignatismo superior: encurtamento da maxila (parte superior da boca) -Visualmente percebe-se os dentes superiores encavalados (maneira de diferenciar do prognatismo) Braquignatismo inferior ou Micrognatia: encurtamento da mandíbula (parte inferior dos lábios) -’’Boca de papagaio” em equinos; para eles têm uma grande consequência pois não conseguem pegar o alimento (já que para isso eles utilizam os lábios e não a língua), podendo gerar a cólica equina pela não mastigação do alimento Prognatismo: prolongamento da mandíbula -Visualmente percebe-se o espaçamento dos dentes inferiores (diferenciando do braquignatismo superior) Agnatia- ausência de mandíbula, mais comum em cordeiros, podendo associar-se a: ● Microglossia: língua menor do que o normal ou ● Aglossia: ausência da língua; Estomatite� -Processo inflamatório da cavidade oral -Perda da integridade da mucosa oral: erosões (arranhão), ulcerações e necrose. Sinais clínicos predominantes: hipersalivação/sialorréia (por conta da dor) e anorexia (por dificuldade de mastigação). ESTOMATITE QUÍMICA Por lambeduras e ingestão de agentes químicos. ESTOMATITE TRAUMÁTICA Mastigação ou ingestão de materiais cortantes/perfurantes *Os equinos possuem a boca mais sensível. ESTOMATITE INFECCIOSA - Virais e Bacterianas Lesões na cavidade oral causadas por microrganismos *Estomatites vesiculares-virais Formam bolhas, estouram e viram úlceras ● Febre aftosa: Picornavírus (ruminantes e suínos)- não há tratamento ● Estomatite vesicular: Rhabdovírus (ruminantes, suínos e equinos) *Como as duas doenças possuem a mesma aparência (vesicular), só é possível diferenciar pelo PCR. Mas se o bovino que estiver contaminado, ter contato com equinos contaminados, provavelmente o diagnóstico será estomatite vesicular (já que a febre aftosa não atinge equinos). Ambas são altamente contagiosas, exigem notificação obrigatória. Ação do vírus em ambas as doenças: intracelular -Mucosa oral -Células epiteliais (dano) -Edema intracelular (por estar sofrendo lesão) -Lise celular (a célula se desfaz pelo inchaço) -Formação de vesículas/bolhas (junção de células rompidas) -Ruptura (afta) -Erosões/úlceras BOVINOS: salivação intensa; febre; feridas geralmente encontradas no palato duro, nos lábios e gengivas. Em casos mais graves, acomete os tetos. SUÍNOS: além da boca, também acomete nariz e dígitos. COMPLEXO ESTOMATITE VESICULAR EM BOVINOS (vírus epiteliotrópicos) 1-Febre aftosa 2-Estomatite vesicular 3-Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) Diagnóstico principal: secreção nasal 4-Diarreia Viral Bovina (BVO) *Ambas apresentam úlceras; mas se diferenciam por acometer outros locais + específicos (ex: secreção nasal e a diarreia) -Outros sinais: úlcera no rúmen e miocardite linfocítica. ESTOMATITE BACTERIANA Necrobacilose: necrose da boca dos bovinos --Fusobacterium necrophorum > está na boca e no solo --Necrosa quando penetra na mucosa --Pode entrar no casco também, por laceração (foot root) --Hálito fétido característico em bezerros (recomenda-se a eutanásia) --Macroscopicamente observa-se um centro saliente de material necrosado marrom-acinzentado, facilmente destacável ESTOMATITE EOSINOFÍLICA De origem imunomediada, não tem cura, apenas controle (ingestão de antibiótico para evitar mais contaminação e ingestão de imunossupressores). Síndrome do complexo eosinofílico felino -Eosinófilos: combatem parasitas; recrutamento deles em processos alérgicos (nos gatos, acabam migrando para a cavidade oral e lá causam inflamação). SINAIS CLÍNICOS ● Úlcera eosinofílica ● Placa eosinofílica ● Granuloma linear Etiologia: pouco conhecida; reação de hipersensibilidade a um antígeno desconhecido e também consequência da FIV/FELV -Fazer citologia ou biópsia para observar a presença de eosinófilos; ESTOMATITE LINFOPLASMOCÍTICA De origem imunomediada; Antes dos 3 anos de idade, apresentam gengivite crônica (sem presença de placa bacteriana); *Biópsia: presença de linfócitos e plasmócitos *Origem idiopática: sem causa definida *Somente em gatos com FIV ou FELV (uso de imunossupressores + antibióticos para controle). ESTOMATITES - Doenças sistêmicas Os rins eliminam uréia e metabolizam proteína. (NORMAL) ESTOMATITE URÊMICA Insuficiência Renal Crônica -Não eliminam uréia -Acaba evaporando e se misturando com a saliva (pois fica cumulada no sangue) -As bactérias da boca transformam a uréia em amônia (responsável por corroer a boca e assim aparecem as úlceras). DENTES ------------------------- -Hipoplasia de esmalte (secundária à cinomose) O vírus atrapalha a deposição de esmalte no dente durante a odontogênese (crescimento do dente) e atrapalha a deposição de esmalte. LÍNGUA ------------------------- -Congênitas: macroglossia (língua maior do que o normal); microglossia (língua menor do que o normal); persistência do freio/frênulo lingual (tratamento cirúrgico). -Glossite: *Actinobacilose (Actinobacillus lignieresii) ● "Língua de pau” - língua endurecida ● Presente em cascas de cereais ou espinhos presentes no alimento ● Causa inflamação e infecção granulomatosa localizadas profundamente nos tecidos da boca e nos linfonodos adjacentes em bovinos, pequenos ruminantes e equinos. SINAIS CLÍNICOS: posição anormal da língua, sialorréia, disfagia ou anorexia parcial INFLAMAÇÃO CRÔNICA por dificuldade em destruir o antígeno; presença de grânulos GLÂNDULAS SALIVARES ------------ Ptialismo/sialorréia: salivação em excesso Sialolitíase: formação de pedras (sialólitos) nas glândulas; deposição de minerais (carbonato de cálcio) em torno de um núcleo - por partículas que entram no ducto *Diagnóstico: raio-x (nota-se a presença de uma massa) *Consequências: -Sialodenite > inflamação pela compressão do cálculo -Rânula > dificuldade de drenagem; acúmulo de saliva abaixo da língua; também pode ocorrer por trauma -Sialocele/mucocele > rompimento da glândula salivar; a saliva se aloja no subcutâneo; ocorre por trauma ou inflamação (se não cicatrizar sozinha, o procedimento é cirúrgico) Alterações das tonsilas (amígdalas): -Inflamação (linfonodos aumentados) -Reatividade a processos infecciosos (resposta do sistema imune) -Neoplasias: linfoma Neoplasia� -Benignas: papiloma (originado de células epiteliais); épulis ou epúlides (tecidos de sustentação do dente) *Crescimento lento, da superfície para fora *Menos invasivas -Malignas: mastocitoma (mais comum na pele); fibrossarcoma (células mesenquimais-fibroblastos); melanoma em cão (melanócitos); carcinoma de células escamosas em gato (perca do formato normal; células de queratina da pele; crescem para dentro e ulceram o tecido; origem idiopática). PAPILOMAS ORAIS (CÃO) -Ocorre preferencialmente nos lábios, língua, palato, mucosa da faringe, esôfago. -Causa viral (papilomavírus); se instala emanimais imunocomprometidos (mais comum em animais jovens); -Verrugas com aspecto de couve-flor. -Causa ptialismo (sialorreia), halitose, hemorragia e infecções bacterianas secundárias. -Remoção cirúrgica; tratar a causa PAPILOMATOSE BOVINA -Causada pelo papilomavírus bovino do tipo 4 (BPV-4); -Encontrado na pele e boca; -Quando há inoculação do vírus, há uma autovacina, fazendo com que as lesões regridem conforme os anticorpos vão combatendo. EPÚLIDE OU HIPERPLASIA FIBRINOSA INFLAMATÓRIA -Proliferação dos tecidos dos ligamentos periodontais; crescimento excessivo do estroma; -Aumento difuso ou focal (nodular) da gengiva; tecido firme ou esbranquiçado ulcerado ou não; -Crescimento lento; pode haver caimento do dente; -Deve ser mandado para o histopatológico. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (CÃO) -Tumor maligno de queratinócitos da camada espinhosa -Aspecto ulcerado; crescimento rápido -Atinge principalmente as tonsilas e gengivas. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (GATO) -Invade os tecidos próximos e faz metástase para os linfonodos (palpação); -Carcinoma epidermoide (sinônimo) -Fazer inspeção completa da cavidade oral; raio-x; tomografia. MELANOMA -Neoplasia mais comum encontrada em cães; extremamente maligna; prognóstico desfavorável; -Pode atingir gengiva, palato mole e duro, lábios e mucosa bucal; -Massas nodulares de aspecto liso podenso ser melanótica (pigmentada) ou amelanótica (não pigmentada); -Crescimento rápido; metástases frequentes nos linfonodos regionais e nos pulmões, e também no SNC; FIBROSSARCOMA -Acomete mais as gengivas; -Aspecto de massas únicas e unilaterais, grandes, firmes, irregulares, branco-acinzentadas a róseas, de superfície lisa, pouco frequentemente ulceradas; gra -Cães com menos de 5 anos; -Gengiva superior: molares; gengiva inferior: parte anterior; -Metástase em linfonodos e pulmões.
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