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SISTEMA DE CONTROLE DA QUALIDADE Alan Thomas Pezzatto Controlando a qualidade Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer o papel do controle da qualidade na busca pela confor- midade dos processos. � Definir a operação da pirâmide de controle e o conceito de capacidade de processos. � Identificar as principais atribuições e responsabilidades dos diferentes níveis hierárquicos no processo de controle da qualidade. Introdução O controle da qualidade é uma ferramenta que auxilia a gestão das or- ganizações na busca pela excelência em processos de fabricação. Com o mercado muito dinâmico, é imprescindível que as empresas tenham informações e controle dos requisitos necessários para que o produto acabado tenha qualidade satisfatória. Com o intuito de manter essa satisfação e uma melhoria contínua nos seus processos, empresas buscam o controle da qualidade como base nos seus sistemas. Neste capítulo, você vai ver o conceito de controle da qualidade na conformidade dos processos, será definida a capacidade de processos e as operações da pirâmide de controle. E por fim, verá uma abordagem dos diferentes níveis hierárquicos no processo de controle da qualidade. Controle da qualidade na conformidade dos processos Assim como o conceito de qualidade, a expressão controle da qualidade tem evoluído com o passar dos anos. Antes, esse conceito era abordado de uma forma mais restrita, baseada somente na análise da conformidade quanto às especificações técnicas e passou para uma abordagem mais encorpada, abor- dando outros fatores como os qualitativos, emergentes e sistêmicos (STIKIN; SUTCLIFFE; SCHOROEDER, 1994 apud BARTZ, 2007). Segundo Bartz (2007), em respostas às demandas vindas da evolução dos sistemas de pro- dução e abrangência do significado da qualidade surgiram, então, mudanças na forma de realizar o controle da qualidade. O controle da qualidade teve início nas inspeções visuais do produto fina- lizado, passando por uma inspeção formal, realizada por sistemas de medidas, gabaritos e acessórios durante a produção, evoluindo para a tomada de decisão no início da cadeia de produção, levando em consideração, que, assim, o produto teria controle de qualidade no final da produção. Diante desse fato, o controle da qualidade só terá êxito com a responsabilidade de toda a organização. Feigenbaum (1994) definiu o controle de qualidade como um sistema efetivo para integrar relativos ao desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade a todos os grupos da organização, de forma a habilitar áreas essenciais da empresa, como marketing, engenharia, produção e serviços, a desenvolver suas atividades a um nível mais econômico possível, com a finalidade primeira de atender, plenamente, as necessidades do consumidor. Para Defeo e Juran (2015) , o controle é um processo gerencial universal que visa garantir que todos os processos operacionais mais importantes se- jam estáveis, de modo a evitar mudanças adversas e garantir que as metas de desempenho planejadas sejam atingidas. Esse controle inclui controle de produtos, serviços, processos e instalações. Na Figura 1, Juran (2015) expõe duas zonas de controle. A primeira mostra que o processo está teoricamente “controlado”, porém, está sendo conduzido em um nível inaceitável de desperdício. Então o autor diz que para passar para um nível de maior controle e desempenho, com menos desperdícios e, também, sem picos esporádicos, deve-se ter melhoria ao invés de mais controle, ou seja, ações para modificar o nível de desempenho do processo. Controlando a qualidade2 Figura 1. Níveis de controle de qualidade. Fonte: Adaptada de Juran e Defeo (2015). Lições aprendidas Tempo Nova zona de controle de qualidade In íc io d as op er aç õe s Cu st o da m á qu al id ad e 0 0 20 40 Pico eventual Zona original de controle de qualidade Desperdício crônico (uma oportunidade para melhoria) M el ho ria da q ua lid ad e Planejamento da qualidade Controle da qualidade (durante operações) Com o novo nível de desempenho alcançado, torna-se necessária maior rigidez, estabelecendo novos controles e melhoria contínua para impedir que retorne ao nível anterior ou um nível pior ainda. Redução da variabilidade do processo Campos (1992) disse que, para o controle da qualidade, é fundamental a organi- zação ter processos padronizados. A execução em conjunto dos procedimentos que compõem o controle de qualidade possibilita a mesma atividade para um determinado produto ou serviço, o que dá à organização o padrão desejado (SITKIN; SUTCLIFFE; SHROEDER, 1994). Quando o processo chega ao nível padrão de executar todas as tarefas e procedimentos até o produto ou serviço acabado, o foco passa a ser revisar essas tarefas e procedimentos com o intuito de identificar possíveis pontos de melhoria no processo de maneira que fique mais eficiente e eficaz, reduzindo ou até mesmo acabando com os defeitos de fabricação. O controle realizado dessa forma ajuda, também, a melhoria na qualidade do produto, impedindo que falhas que acontecem no início dos processos passem adiante. 3Controlando a qualidade Teboul (1991) apud Bartz (2007), na tentativa de diminuir as variações em um processo de fabricação, propôs o implemento de inciativas baseadas na prevenção, como mostra a Figura 2. O processo de controle pode evoluir mesmo que as causas comuns, de defeitos, já estejam controladas. Figura 2. Impacto na redução da variabilidade na evolução do processo. Fonte: Adaptada de Teboul (1991 apud BARTZ, 2007). Processo controlado (tratamento das causas especiais) Processo fora de controle (presença de causas especiais) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Limite de controleMedida de uma característica Novo limite de controle Processo controlado (redução da dispersão)T em po A Figura 2 anterior mostra que o tempo e o aperfeiçoamento contínuo do processo reduz de modo satisfatório a dispersão de dados. A estabilidade do processo está atrelada ao controle de qualidade e à mudança nos níveis de desempenho esperados (JURAN; GODFREY, 1998). Kume (1993) diz que o princípio de que os defeitos diminuirão conforme as variações sejam reduzidas é válido independentemente do processo em estudo. A qualidade está diretamente relacionada com a entrega de produtos em conformidade nos processos, ou seja, produtos que estejam dentro dos requisitos e necessidades especificados. Para isso, como foi abordado até aqui, o controle de qualidade nos processos torna-se útil, porém, deve-se ter cuidado com o Controlando a qualidade4 dinamismo dos processos e requisitos, pois, com o tempo, terão mudanças e, com isso, os controles também deverão sofrer reparos. Capacidade de processos e pirâmide de controle Pode-se definir a capacidade de um processo como sendo algo intrínseco do processo, ou seja, a capacidade de um determinado processo em produzir determinados equipamentos idênticos, por um período longo de tempo com determinadas especificações e características desejáveis. Tem como um dos objetivos analisar se o processo será ou não viável e autossustentável para a organização. Para Defeo e Juran (2015), a capacidade dos processos é um dos conceitos mais importantes no processo de planejamento de qualidade e controle dele. Segundo Silveira ([2013]), é a partir da avaliação de viabili- dade e sustentabilidade que o fabricante terá que decidir se continuará com a produção, alterará o processo ou até mesmo cancelará. Para isso, existem indicadores que auxiliam, como a capacidade de processo (Cp) e o índice de capacidade de processo (Cpk). Avaliar a capacidade de um processo é bastante importante, uma vez que permite quantificar a forma de como um processo pode produzir produtos aceitáveis. Como resultado, os gerentes e engenheiros de uma fábrica podem priorizar melhorias necessárias e identificar os processos que não precisam de atençãoimediata (SILVEIRA, [2013], documento on-line). Avaliação da capacidade do processo A avaliação da capacidade de um processo é feita por uma estrutura conhecida como análise de capacidade do processo (ACP). Essa estrutura é definida, segundo Silveira ([2013]), como um método de melhoria em que são anali- sadas e avaliadas características de um determinado produto com o objetivo de determinar qual a capacidade que o processo necessita ter para satisfazer as características e as especificações em estudo. A maneira mais comum de conseguir essa análise é por meio dos índices de capacidades (IC). Os ICs são índices específicos que comparam saídas dos processos reais com os limites de especificações para uma determinada característica. Ou seja, mostra qual a real capacidade do processo em cumprir a sua função requerida e traduzir em um produto de qualidade, satisfazendo as necessidades exigidas. Os ICs mais comuns são Cp e Cpk. 5Controlando a qualidade Medição de Cp e Cpk A Cp e o Cpk são índices que apontam se o processo está fabricando produtos dentro de uma faixa de especificação e assim indicam se a produtividade está o suficientemente aceitável. Esses índices são muito importantes na fase do desenvolvimento de produto, pois nessa fase inicial, a análise do histórico dos índices de capacidade de peças similares pode permitir que sejam escolhidos processos e especificações coerentes que sejam eficazes estatisticamente. Adicionalmente, eles também se fazem importantes durante a homologação do processo, pois podem revelar processos problemáticos antes da entrada de produtos na linha de produção. Para fazer o estudo de capacidade e desempenho, é necessário medir e identificar as diferentes fontes de variabilidade do processo, ou seja, é necessário que o processo esteja sob controle estatístico de processo. Os conceitos de estatística deverão ser utilizados para separar os efeitos da variabilidade das chamadas “causas comuns” (inerentes ao processo) das “causas especiais” (derivadas de variáveis específicas e controláveis). Fonte: Silveira ([2013]). Para ver um exemplo de cálculo dos índices Cp e Cpk, acesse o link: https://goo.gl/dqvKgz Pirâmide de controle As organizações têm diversos itens que andam em conjunto para que a empresa possa atingir a qualidade total. Esses itens são compostos por: compra da matéria-prima, sua venda, baixa de estoque, fornecedores, controle de custo, desenvolvimentos de produtos e processos, relações entre funcionários, entre tantos outros objetos, que um só gestor não consegue acompanhar e resolver todos simultaneamente (DEFEO; JURAN, 2015). Em virtude disso, a pirâmide de controle surgiu para que esses trabalhos fossem divididos tendo como plano de delegação o nível hierárquico apre- sentado na Figura 3 a seguir. Controlando a qualidade6 Figura 3. Pirâmide de controle. Fonte: Defeo e Juran (2015). Controles executivos: balanced scorecard Controle de macroprocessos por gestores Controle pelos trabalhadores Controle automatizado Nota-se que o uso da pirâmide, a gestão da qualidade, proporciona um envol- vimento integral da organização, em que tudo parte de uma base sólida e vai se transferindo de nível em nível, até atingir o topo, onde encontra-se o líder maior. Assim, a pirâmide de controle é um processo de gestão descentralizada. Segundo Drucker (1999), a gestão descentralizada é um conjunto de princí- pios e processos que permitem o envolvimento dos colaboradores na tomada de decisão, para tanto, os colaboradores precisam ter acesso à informação e ao controle de execução para que eles possam participar na resolução de problemas, por exemplo. Investir nos funcionários para garantir uma gestão menos centralizada pode trazer vários benefícios, dentre eles a velocidade e a produtividade, mas existe outro benefício que tem ligação com o clima da empresa: as pessoas gostam de receber responsabilidades e ter poder de decisão (DAFT, 2005). 7Controlando a qualidade Entretanto, para se atingir a qualidade total desejada, é necessário que as partes evolvidas tenham clareza dos requisitos e das suas responsabilidades. Além disso, a gestão deve assegurar que o controle respeite as frequências planejadas e cumpram seu papel da melhor forma possível. Para que isso ocorra, é preciso ter um acompanhamento (DEFEO; JURAN, 2015). Conclui-se que com o uso da pirâmide, o controle da qualidade se torna mais efetivo, uma vez que se trata de um processo descentralizado, ou seja, com controles automatizados nas operações de rotinas. Quando os colabora- dores operacionais são capacitados e responsáveis para fazer intervenções e quando a sistematização dos indicadores para decisões vitais fica a cargo da direção, o processo flui de maneira mais conjunta, em menos tempo e com maior eficiência. Níveis hierárquicos do processo de controle de qualidade A pirâmide da qualidade é dividida nos seguintes níveis hierárquicos (co- meçando pela base): controle automatizado; controle pelos trabalhadores; controle de macroprocessos por gestores; e controles executivos: balanced scorecard. O controle automatizado também pode ser chamado de controle pela tec- nologia que não se utiliza de meios humanos, fica na base da pirâmide. Junto aos ciclos de feedback, há os processos à prova de erro que atuam sem a interferência humana, exceto para a manutenção das instalações. Segundo Defeo e Juran (2015), esses processos não humanos geram controle sobre a maioria das coisas, uma vez que os itens são controlados e monitorados exclusivamente pela tecnologia e o controle funciona em tempo real. Esse é o único nível da pirâmide que não necessita da intervenção humana. O controle de qualidade se dá por bilhões de cifras que em suas sequências provocam o efeito desejado. Entretanto, com cifras tão gigantescas, as opor- tunidades para erro são enormes (DEFEO; JURAN, 2015). Por isso, é necessário haver um ciclo de feedback para que haja uma pe- quena taxa de erros. Radman e Wagner (1988) apontam os três processos que envolvem esse ciclo: Controlando a qualidade8 � Um processo de seleção de alta fidelidade que encaixa as “letras” certas, usando combinações químicas do tipo chave e fechadura. � Um processo de revisão para a leitura da letra mais recente, e sua remoção se estiver incorreta. � Um processo de ação corretiva para retificar os erros detectados. É viável incumbir aos trabalhadores muitas das decisões de controle de qualidade. Para Juran e Defeo (2015), a incumbência das decisões designam benefícios importantes nas relações humanas e na direção das operações. Defeo e Juran (2015) apontam os seguintes principais benefícios: redução do ciclo de feedback; aumento do sentimento de propriedade dos trabalhadores em relação aos processos operacionais, muitas vezes referido como empode- ramento; e liberação dos supervisores e líderes para dedicarem seu tempo ao planejamento e à melhoria. Ao se ter como base toda a gestão da organização nos macroprocessos, é possível ter um amplo controle de processos naturalmente, entre eles: otimiza- ção do tempo; facilidade na hora de tomar decisões; foco total em processos; e acompanhamento de KPIs de processo (MAIS CONSULTORIA, 2017). O que é KPIs? KPIs significa “indicadores chave de performance”. São indicadores especí- ficos que medem a eficiência dos processos da organização (MAIS CONSULTORIA, 2017). Os gestores devem evitar se envolver muito na tomada de decisões sobre o controle de qualidade. Segundo Defeo e Juran (2015), as principais atribuições dos gestores são: � Tomar as poucas decisões vitais. � Oferecer critérios para distinguir as poucas decisões vitais das demais. Como exemplo, veja o Quadro 1 a seguir. � Delegar as restantes sob um processo de tomada de decisão que fornece as ferramentas e o treinamento essenciais. 9Controlando a qualidade Fonte: Adaptado de Juran e Defeo (2015). Nos níveis operacionais Nos níveis gerenciais Metas de controleCaracterísticas de produtos e processos em especificações e procedimentos Foco empresarial, poder de venda dos produtos e competitividade Sensores Tecnológicos Sistemas de dados Decisões a serem tomadas Conformidade ou não? Satisfaz as necessidades dos clientes ou não? Quadro 1. Contraste do controle de qualidade em dois níveis: operacional e alta gerência O que é balanced scorecard? “O conceito de balanced scorecard (BSC) pode ser definido como um modelo de gestão estratégica que auxilia a mensuração dos progressos das empresas rumo às suas metas de longo prazo, a partir da tradução da estratégia em objetivos, indicadores, metas e iniciativas estratégicas” (PAULILLO, 2018, documento on-line). Observe a Figura 4 a seguir. De acordo com Lochini (2013), no topo da pirâmide deve haver um incentivo por porte da liderança, a qual deve criar subsídios para que a qualidade seja estabelecida em todos os níveis da empresa. Conclui-se que, ao se identificar as principais atribuições e responsabili- dades dos diferentes níveis hierárquicos no processo de controle da qualidade, a qualidade deve ser defendida no topo da pirâmide, entretanto, sua base deve estar fixa e enraizada, uma vez que é na base que existe a automação da organização, que é a que constrói um alicerce sólido para que a pirâmide se constitua e se fundamente. Controlando a qualidade10 Figura 4. O modelo balanced scorecard. Fonte: Adaptada de Kaplan e Norton (1992). Perspectiva �nanceira Objetivo Indicadores Perspectiva processos internos Objetivo Indicadores Perspectiva aprendizagem e conhecimento Objetivo Indicadores Perspectiva clientes Objetivo Como somos vistos pelos nossos clientes Como nos veem os nossos investidores? Em que processos teremos de ser excelentes? Somos capazes de continuar a melhorar e a criar valor? Indicadores 1. O número de atividades a serem controladas em uma empresa é enorme: políticas de preços, relações com fornecedores, controles de custos, estoques, projetos de novos produtos, etc. Não é funcional centralizar todos esses controles em poucas lideranças, sendo uma alternativa para tal a divisão desse trabalho em uma pirâmide de controle. Na base dessa pirâmide estão os controles automatizados. Em que consistem esses controles? a) São controles realizados pelos trabalhadores após os ciclos de feedbacks. b) São processos sem intervenção humana monitorados por ferramentas tecnológicas e acompanhados em tempo real. c) São os controles contemplados no balanced scorecard (BSC). d) São os controles vitais realizados pelos escalões gerenciais. e) São controles administrativos relacionados aos aspectos financeiros e comerciais. 11Controlando a qualidade 2. A capacidade dos processos é um dos conceitos de conformidade e controle mais importantes no processo de planejamento da qualidade. Sobre capacidade de processos, é CORRETO afirmar que: a) a aplicação prioritária desse conceito ocorre durante a operação dos processos. b) todos os processos operacionais têm uma uniformidade inerente na produção de produtos, porém essa uniformidade não pode ser quantificada para os estágios de planejamento. c) a uniformidade inerente aos processos operacionais contribui para a elaboração do planejamento, ainda que não tenha relação com as metas do processo. d) quanto maior a estabilidade e a uniformidade do processo, maior a necessidade de mensuração e manutenção frequentes. e) os responsáveis pelo planejamento do controle da qualidade devem ter uma rigorosa compreensão do conceito de capacidade de processo e sua aplicação em ambas as áreas de planejamento, tanto dos processos operacionais como dos controles. 3. A conformidade do processo será validada pela interpretação das diferenças observadas entre o desempenho real e as metas do processo. Quando o desempenho atual for diferente das metas projetadas, deve-se buscar as causas. Sobre causas comuns e especiais de variação, é INCORRETO afirmar que: a) causas especiais são tipicamente eventuais e muitas vezes têm origens em variáveis individuais. b) elas também são conhecidas como causas atribuíveis e não atribuíveis de variação. c) as inconformidades de processos observadas geralmente se originam por uma dessas duas formas: a mudança observada é causada pelo comportamento de uma variável importante no processo (ou pela entrada de uma nova variável importante) ou a mudança observada é causada pela inter-relação de diversas variáveis menores no processo. d) causas comuns são tipicamente eventuais e muitas vezes têm origens em causas individuais. e) causas comuns, em razão da inter-relação entre múltiplas variáveis menores, são mais difíceis de diagnosticar. 4. A diretoria ou o grupo de gerentes que compõem a hierarquia gerencial será responsável pelo controle dos macroprocessos, o que representaria o topo da pirâmide de controle. Sobre os controles realizados pela hierarquia gerencial, é CORRETO afirmar que: a) devem evitar critérios para distinguir as decisões vitais das demais decisões. b) delegar as decisões que não sejam vitais, mediante um processo de tomada de decisão que forneça as ferramentas e o treinamento essenciais. c) esses líderes devem se envolver de maneira aprofundada na tomada de decisões sobre o controle de qualidade. Controlando a qualidade12 d) tomar muitas decisões vitais. e) centralizar a tomada de decisões. 5. Sobre o planejamento voltado para o controle e, em especial, os pontos "críticos para a qualidade (CTQ): clientes e suas necessidades”, é INCORRETO afirmar que: a) esse planejamento busca transpor a lacuna da falta de contato entre os colaboradores e os clientes. b) o objetivo do planejamento voltado para o controle é oferecer o sistema (os conceitos, a metodologia e as ferramentas) para que os colaboradores possam manter estáveis os processos operacionais. c) o planejamento do controle das atividades fundamentais fica, tradicionalmente, sob responsabilidade daqueles que planejam os processos gerenciais. d) inclui informações para as equipes operacionais sobre as necessidades dos clientes. e) o planejamento do controle já foi designado às equipes de desenvolvimento de produtos, aos engenheiros ou especialistas da qualidade, às equipes multifuncionais de design, aos supervisores de departamentos e aos trabalhadores operacionais. BARTZ, C. F. Identificação de melhorias no processo de controle da qualidade em em- preendimentos habitacionais de baixa renda. 138 fls. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. CAMPOS, V. F. Qualidade total: padronização de empresas. 4. ed. Belo Horizonte: Fun- dação Christiano Ottoni, 1992. DAFT, R. L. Administração. 6. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. DEFEO, J. A.; JURAN, J. M. Fundamentos da qualidade para líderes. Porto Alegre: Book- man, 2015. DRUCKER, P. Desafios gerencias para o século XXI. São Paulo: Thomson Pioneira, 1999. FEIGENBAUM, A. V. Controle da qualidade total: gestão e sistemas. São Paulo: Makron Books, 1994. v. 1. JURAN, J. M.; GODFREY, A. B. Juran’s quality handbook. 5. ed. New York: McGrawHill, 1998. KAPLAN, R. S.; NORTON, D.P. The balanced scorecard: measures that drive perfor- mance. Harvard Business Review, n. 70, jan./fev. 1992. Disponível em: <https://hbr. org/1992/01/the-balanced-scorecard-measures-that-drive-performance-2>. Acesso em: 14 ago. 2018. 13Controlando a qualidade KUME, H. Métodos estatísticos para a melhoria da qualidade. São Paulo: Gente, 1993. LOCHINI, T. F. A qualidade deve vir do alto da pirâmide. 2013. Disponível em: <http:// www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-qualidade-deve-vir-do-alto-da- piramide/72048/>. Acesso em: 14 ago. 2018. MAIS CONSULTORIA. Controle de processos: os benefícios da gestão por processos. 2017. Disponível em: <http://maisconsultoria.com.br/site/controle-de-processos/>.Acesso em: 14 ago. 2018. PAULILLO, G. Balanced Scorecard: conceito, perspectivas e como aplicar. 2018. Disponí- vel em: <https://www.agendor.com.br/blog/balanced-scorecard-conceito/>. Acesso em: 14 ago. 2018. RADMAN, M.; WAGNER, R. The high fidelity of DNA duplication. Scientific American, v. 259, n. 2, p. 40-47, ago. 1988. SILVEIRA, C. B. Cp e Cpk: índices de capacidade de um processo. 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