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1 Pedido de Liberdade Provisoria

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA DO TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DE SALVADOR-BA
Mauro, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número _______, inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a concessão de
LIBERDADE PROVISÓRIA, com pedido subsidiário de fiança
nos termos do artigo 5º, LXVI da CRFB/88 e dos artigos 310, inciso III e 321 do Código de Processo Penal, e a contrario sensu, artigos 323 e 324 do CPP, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
I. DOS FATOS
O réu desta presente ação, foi preso em flagrante no dia 21 de março de dois mil e vinte e um, por volta das 22h00min, no interior de um bar situado na Rua Y, n. 40, bairro Z, da cidade de Salvador. O requerente foi preso em flagrante, tendo sido denunciado pela prática do crime previsto no artigo 121, caput, do Código Penal e, até o momento, encontra-se preso e recolhido.
II. DO DIREITO
De acordo com o Artigo 5º, em seu inciso LXVI da nossa Constituição Federal, ninguém poderá ser levado à prisão ou mantido nela, quando a lei admitir a liberdade provisória. O referido Artigo da nossa Carta Maior, preceitua no sentido de que não existe a possibilidade de deixar alguém preso, quando, a lei permite liberdade provisória.
No caso em tela, o réu, teve a sua prisão em flagrante decreta, porém, conforme o Artigo 310, Inciso III do Código de Processo Penal, o juiz possuía a opção de relaxar a prisão ilegal, converter a prisão em flagrante para preventiva, e o que nos importa é conceder a liberdade provisória. Assim, quando inexiste, os requisitos para prisão preventiva, não pode ser decretada a prisão antes do trânsito em julgado da decisão.
Ademais, o réu da presente ação, não oferece risco para a ordem pública e econômica, haja vista que é primário e portador de bons antecedentes, com residência fixa, conforme documentos anexos que comprovam, o que leva a concluir que não é um indivíduo usual a atividades criminosas, dessa forma, não preenche os requisitos do artigo 312, do CPP.
Portanto, tais fundamentos não se encontram presentes no caso. Assim, não existe vedação legal para que não seja concedida a Liberdade Provisória, visto que, a garantia da ordem pública não será abalada, por se tratar de réu primário. Além disso, o requerente não se enquadra nas situações dos artigos acima mencionados, e ausentes estão os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, razões pelas quais o requerente faz jus ao benefício da liberdade provisória, com recolhimento da fiança, pelos motivos já expostos.
Por fim, a liberdade provisória é a regra, devendo ser a prisão preventiva, em qualquer uma de suas formas, uma exceção dentro da sistemática processual penal brasileira.
III. DA AFINAÇABILIDADE DA CONDUTA
O delito em tese imputado ao requerente é afiançável, como decorrência de interpretação a contrario sensu dos artigos 323 e 324 do CPP, sendo a conduta estipulada pela autoridade judiciaria.
Dessa maneira, não há razão, portanto, para uma vez homologado o auto de prisão em flagrante, manter o requerente de forma indeferida no cárcere. Mais uma vez, invoca o preso à Constituição Federal, a qual assim determina, no dos Direitos Fundamentais.
IV. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência nos termos do artigo 310, inciso III, em combinação com o artigo 321, ambos do Código de Processo Penal, a concessão da liberdade provisória, visto que não há requisito autorizador para a decretação da prisão preventiva, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, quando intimado.
Subsidiariamente, postula-se a Vossa Excelência, nos termos do artigo 310, inciso III, em combinação com os artigos 321, 323 e 324, todos do Código de Processo Penal, a concessão da liberdade provisória mediante o arbitramento de fiança, com observância ao art. 350 do citado códex, visto que não há requisito autorizador para a decretação da prisão preventiva, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, quando intimado.
Requer-se ainda, a oitiva do ilustre representante do Ministério Público e competente expedição alvará de soltura.
Termos em que,
Pede Deferimento.
CIDADE, 00, MÊS, ANO
ADVOGADO
OAB Nº

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