Prévia do material em texto
NUT 159 Profa. Ingrid Fideles GESTÃO DE MATERIAIS Gestão de materiais- Conceitos Material: “Todas as coisas contabilizáveis que são constituintes da linha de atividade da empresa” no caso das Unidades de Alimentação e Nutrição os gêneros alimentícios são os principais materiais de trabalho (Viana, 2002) Administração de materiais: Pode ser definida como sendo as ações de planejamento, direção e controle de todas as atividades ligadas à aquisição de materiais para a formação de estoques desde o momento da sua concepção até seu consumo final ( Viana, 2002) Gestão de materiais- Conceitos Gestão de materiais: Conjunto de atividades que visa por meio das respectivas políticas de estoque ao pleno atendimento das necessidades da empresa, com a máxima eficiência a ao menor custo através do maior giro possível para o capital investido em materiais (Viana, 2002) Objetivos -Gestão de materiais Manter o equilíbrio entre estoque e consumo de forma a permitir o funcionamento da produção sem interrupções e respeitando o planejamento; Selecionar o melhor fornecedor para atendimento das necessidades da UAN; Garantir a aquisição de produtos dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pela UAN; Atividades na Gestão de Materiais Planejamento e previsão de materiais Aquisição Recebimento Armazenamento Controle de estoques e consumo ISOSAKI e NAKASATO, 2009. Gestão de Materiais Unidades de Alimentação e Nutrição Pesquisa e seleção dos fornecedores Descrição detalhada de cada item (especificação dos produtos) Controle de qualidade no recebimento Controle de estoques Acompanhamento dos relatórios gerenciais ISOSAKI e NAKASATO, 2009. Gestão de materiais Controle de compras Solicitações de compra Cotações Aprovação Pedidos Controle de estoque Entradas e saídas Lançamentos de notas fiscais Requisições Baixas no estoque Suprimento da cadeia de produção Controle dos fornecedores Controle dos produtos Rastreabilidade O que considerar na gestão de materiais? Tipos de materiais - UANs Gêneros alimentícios Descartáveis (fixos) Material de limpeza (fixos) Utensílios Equipamentos Uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Material de escritório Compras em Unidades de Alimentação e Nutrição Políticas de compras Classificação: Centralizado As compras são efetuadas pelo setor de compras da empresa ou instituição Vantagens Uniformidade Especialização dos compradores Maiores vantagens na negociação (grandes quantidades – possíveis reduções de custo) Políticas de compras Classificação: Descentralizado As compras são realizadas pela própria unidade de forma independente ( elas recebem do escritório central uma tabela com os preços dos fornecedores cadastrados para cada tipo de gênero); Vantagens Agilidade no atendimento e nas compras (menor quantidade) Melhor atendimento – maior proximidade entre o fornecedor e o comprador; Individualização do serviço ( conhecer melhor as particularidades de cada UAN); Misto As compras são efetuadas tanto pelo setor de compras da empresa como pela própria unidade; Vai depender do produto e da capacidade de negociação entre comprador e fornecedor; Seleção do fornecedor Na seleção do fornecedor deve ser considerado: Prazo de entrega (pontualidade); Capacidade real de fornecimento da quantidade solicitada; Preço ; Qualidade do produto fornecido; Prazo para pagamento; Localização em relação a UAN; Idoneidade; Seleção do fornecedor Na seleção do fornecedor deve ser considerado: Controle de qualidade realizado pelo comprador quanto as condições de entrega dos produtos Condições do veículo utilizado na entrega Acondicionamento dos gêneros Entregadores (adequação dos uniformes) VISITA TÉCNICA (Preencher ficha cadastral de fornecedores ) Importante que se dê prioridade a compra dos produtos de fornecedores cadastrados Seleção do fornecedor Na seleção do fornecedor deve ser considerado: Qualidade do produto a ser adquirido, através de: Testes de aceitabilidade Amostras do produtos a ser entregue Laudos técnicos: Composição centesimal Análises microbiológicas Cadastro do fornecedor Modelo de ficha de cadastro de fornecedor Informações cadastrais Dados como: endereço completo, telefone, CNPJ, inscrição estadual, nome do contato Tipo de pagamento Carteira, faturado, 5,7,10,15, 30 dias dias, boleto bancário, etc. Produtos que fornece Descrever quais são os produtos que fornece e suas especificações Observações Descrever pontos negativos e positivos do serviço deste fornecer, por exemplo quando for bem atendido ou quando for mal atendido Qualquer falha deve ser anotada, para que haja um histórico do relacionamento com o fornecimento. Número de cadastro Caso o fornecedor ofereça uma central de atendimento, registrar o número de cadastro do restaurante junto a essa central Fonseca, 2006. Arruda, 2002 Cadastro do fornecedor Previsão de compras O cardápio é a etapa inicial para a previsão e compra de gêneros. Pré-requisitos para a previsão de compras: Planejamento do cardápio; Conhecimento do per capita bruto médio da coletividade assistida; Quantidade média de refeições servidas diariamente por tipo de serviço (desjejum, almoço, jantar, ceia, lanches etc.); Quantidade do gênero existente em estoque e espaço disponível para estocagem; Características da matéria –prima. Previsão de compras Abreu et al., 2016 Pedido de compras É a efetivação das compras Documenta a solicitação ao fornecedor e auxilia na recepção dos gêneros para verificação da quantidade e tipo de produto Informações necessárias Fornecedor Cardápio Quantidade existente no estoque N° de refeições, serviços ou preparações Características do produto a ser adquirido Pedido de compras Algumas sugestões para o processo de compras Obter informações sobre os diversos tipos e qualidade de mercadorias disponíveis – de preferência solicitar aos fornecedores amostras das mercadorias para teste; Ao se adotar um tipo de produto na compra de mercadorias fazer um comparativo entre o valor da mercadoria in natura e as pré-processadas existentes no mercado; Comparar os preços entre fornecedores, não esquecer de ver qualidade e rendimento- as vezes os mais barato pode sair caro se o produto não for de qualidade ou tiver rendimento inferior. Pedido de compras Algumas sugestões para o processo de compras Avalie todos os possíveis fornecedores; Conserve uma quantidade mínima de fornecedores, se possível pelo menos 02 para cada grupo de mercadorias (carnes, polpas, semi- perecíveis e hortifruti); Envie os pedidos de compras em tempo viável para a entrega por parte dos fornecedores (principalmente para compras de grande volume); Requisite frequentemente a lista de preços- possibilita comparação de preços entre os fornecedores e redução dos custos Pedido de compras Algumas sugestões para o processo de compras: Mantenha catálogos de produtos atualizados; Mantenha um bom relacionamento com os representantes comerciais para manter-se bem informado- mantenha os contatos destes atualizados e em local de fácil acesso; Verificar a possibilidade de venda das embalagens vazias e/ou retiradas no recebimento, além de possibilitar uma fonte de renda para a UAN contribui para o meio ambiente. Medida sustentável: Especificação dos produtos Itens importantes: Nome correto do produto (designação do produto com maior especificidade possível) Marca (quando for possível especificar) Peso ou quantidade Tipo de embalagem Especificar se o produto é: In natura Processado Semi-processado Resfriado ou congelado Especificação dos produtos Itens importantes Hortaliças: com ou sem as folhas (limpo) como por exemplo: couve- flor,rabanete e repolho; Grau de maturação (verde, maduro, bem maduro); As frutas devem ser solicitadas por peso ou por unidade, evitar pedir caixas (pois podem não apresentar uniformidade no tamanho)- faz-se necessário estipular uma média de tamanho ou peso da fruta (padrão); Especificação dos produtos Exemplos de especificação de produtos: A) Polpa de fruta 5200kg de Polpa de fruta, natural, sabores diversos, com 100g, acondicionado em embalagem de polipropileno transparente, sem conservantes, devendo apresentar na embalagem a composição básica, as informações nutricionais e o prazo de validade. (http://www.acidadeicapui.com.br/2010/08/novo-edital-para-aquisicao-de-alimentos.html) http://www.acidadeicapui.com.br/2010/08/novo-edital-para-aquisicao-de-alimentos.html Especificação dos produtos Exemplos de especificação de produtos Arroz longo fino, agulhinha tipo 1, subgrupo polido, não ser de safra recente. Selecionados, não sendo necessário escolher e nem lavar para sua preparação.Produto 100% natural. Prazo de validade de 12 meses. Isento de mofo, de odores estranhos, insetos e de substâncias nocivas. Embalado em pacotes com 5 Kg, em plástico atóxico. A. Declarar marca nome e endereço do empacotador, prazo de validade, número de registro do produto no órgão competente e procedência. B. Amostra: Apresentar amostra, em embalagem mínima de 02 (dois) Kg, devidamente identificada, com rótulo contendo todas as informações do produto. C. Embalagem primária transparente incolor, termossoldada. A embalagem secundária deve ser fardo termossoldado, resistente, suportando o transporte sem perder sua integridade, com capacidade para 6 embalagens primárias, totalizando peso líquido de 30 g. http://www.aluminio.sp.gov.br/useruploads/files/licitacoes/chamada_01_2012_correto.pdf http://www.aluminio.sp.gov.br/useruploads/files/licitacoes/chamada_01_2012_correto.pdf Especificação dos produtos Exemplos de especificação de produtos: Óleo comestível de soja – Refinado, acondicionado em lata ou pet com 900 ml. Prazo mínimo de validade de 6 meses. A embalagem secundária do produto deverá ser caixas de papelão reforçado, adequada ao empilhamento recomendado, com abas superiores e inferiores lacradas com fita adesiva, resistentes às condições rotineiras de manipulação, transporte e armazenamento, garantindo a integridade do produto durante todo seu período de validade, capacidade 20 (vinte) unidades. O óleo deverá apresentar a composição e as características de identidade que lhe sejam próprias. O óleo de soja obedecerá aos seguintes critérios de qualidade para óleos comestíveis: a) Apresentação, aspecto, cheiro, sabor e cor peculiares ao mesmo e deverá estar isento de ranço e de outras características indesejáveis. b) Deverá ser obtido de matérias - primas de origem vegetal em bom estado sanitário, c) Apresentar- se-ão isentos de substâncias estranhas à sua composição e, de componentes indicativos de alteração do produto ou de emprego de tecnologia de fabricação inadequada. Características Organolépticas, Físico- Químicas, Microbiológicas e Microscópicas deverão obedecer ao Código Sanitário vigente. Rotulagem de acordo com legislação vigente. http://www.aluminio.sp.gov.br/useruploads/files/licitacoes/chamada_01_2012_correto.pdf http://www.aluminio.sp.gov.br/useruploads/files/licitacoes/chamada_01_2012_correto.pdf Especificação dos produtos Item Descrição do produto UND Quant . Valor UNIT. R$ Valor Total R$ 01 Leite de coco, acondicionado em embalagem original com 500 mL Unidade 500 02 Margarina vegetal, cremosa, com sal, acondicionada em embalagem original com 250g Unidade 300 03 Farinha de trigo, tradicional ( sem fermento), acondicionada em embalagem plástica original com 1 Kg Kg 300 04 Biscoito salgado, tipo Cream Cracker, acondicionado em embalagem original com 400g- Caixa com 20 pacotes Caixa 120 05 Macarrão tipo espaguete, acondicionado em embalagem original com 500g. Pacote 500 Importante: estabelecer prazo de validade do produto para entrega. Ex: Prazo de validade dos alimentos de no mínimo 1/3 de sua validade original. Especificação dos produtos Ficha de especificação de matéria-prima ou especificação de compra: 1. Nome do produto 2. Utilização do produto: dar possíveis utilizações ou se será utilizado em alguma preparação específica. 3. Descrição geral do produto: Fornecer uma descrição das principais características do produto, com as devidas precauções que devem ser tomadas quanto as possíveis indicações de baixa qualidade. Especificações de embalagem. Ex: pacotes de 01 Kg em embalagem plástica incolor. 4. Descrição detalhada: algumas dicas que ajudem a identificar os produtos, como tamanho da embalagem, variedades, marcas ( quando for possível), etc. 5. Procedimentos de testes: realizá-los no recebimento. Devem estar listadas as características que identifiquem o produto como sendo de boa qualidade ou estando em boas condições, como temperatura de recebimento, características organolépticas, estado das embalagens, etc. 6. Instruções especiais: caso existam informações adicionais a exemplo de procedimentos especiais ao transportar e receber o material, a exemplo da exigência de transporte em carros fechados ou em carros frigoríficos. 7. Fornecedores: indicar quais são os fornecedores deste produto para a sua compra ser rápida. 8. Quantidades de estoque máximo e mínimo: para dar referência do volume de compras. Fonseca, 2006. Cronograma de entrega Quando do pedido de compras aos fornecedores deve ser enviado um cronograma com o(s) dia(s) de entrega com as respectivas quantidades por dia e serve com parâmetro de avaliação do fornecedor Na definição do cronograma de entrega deve-se considerar : Cardápio Programação de pedidos Espaço físico para armazenamento ( Abreu et al, 2016) Ex: entrega de carnes 02 vezes na semana na terça e quinta -feira: Produto Segunda (27/04) Terça (28/04) Quarta (29/04) Quinta (30/04) Sexta (01/05) Alcatra 20 kg 30kg Coxão duro 35 kg Patinho 40 kg 25 kg Coxão mole 15 kg Filé especial 50 kg Recebimento de gêneros Etapa onde se recebe o material entregue por um fornecedor, avaliando o mesmo qualitativa e quantitativamente, segundo critérios pré-definidos. Quantitativo - Peso indicado na nota fiscal e peso real (peso descontado da embalagem); Observar data de validade e/ou de fabricação; Realizar avaliação sensorial (características organolépticas, cor, gosto, odor, aroma, aparência,textura e sabor) Observar condições das embalagens: devem estar limpas, íntegras e seguir as particularidades de cada alimento. Os alimentos não devem estar em contato com o papel não adequado (reciclado, jornais, revistas e similares), papelão ou plástico reciclado Lopes, 2004. Recebimento de gêneros Observar o entregador: deve estar com o uniforme adequado e limpo; Conferir a rotulagem: deve constar nome e composição do produto, lote, data de fabricação e validade, n° de registro no órgão oficial, CNPJ, endereço do fabricante e distribuidor, condições de armazenamento e quantidade (peso); Observar o certificado de vistoria do veículo de transporte; Realizar controle microbiológico e físico-químico, quando necessário, através de laboratório próprio ou terceirizado; Aferir as temperaturas e que devem ser registradas no ato do recebimento; Lopes, 2004. Recebimento de gêneros Arruda, 2002 Recebimento de gêneros Isosaki e Nakasato, 2009 Recebimento de gêneros Documentos utilizados no processo de recebimento: Pedido de compras Nota fiscal Fatura Registro de recebimento Nota de devolução Abreu et al, 2016 Estoque – Conceito Estoque pode ser considerado o armazenamento ou reserva de produtos a serem utilizados conforme a demanda A sua existência se dá pela impossibilidade de se conhecer com certeza absoluta a demanda dos consumidores São eficientes para garantir a disponibilidadedas mercadorias quando estas forem requisitadas. Estoque – Por que tê-lo? Conveniência de ter itens disponíveis para atender as exigências sem precisar adquirir produtos de última hora; Redução de custos proporcionada pela compra ou produção de quantidades ótimas; Segurança- Proteção contra erros de previsão ou registros imprecisos; Erros de planejamento (quantidade de gêneros) Provisão para flutuações de vendas ou produção Minimiza incertezas associadas ao suprimento de forma a garantir o funcionamento ininterrupto do processo produtivo e respeito ao planejamento. Abreu et al, 2016. Níveis de estoque Os níveis de estoque devem ser dimensionados conforme os seguintes fatores: Volume de venda ou de consumo de cada produto ; Área física da UAN disponível para o armazenamento; Condições de abastecimento; Disponibilidade financeira da empresa (capital de giro); Vaz, 2006. Os níveis de estoque devem ser planejados de forma a : Evitar o investimento em produtos que fiquem muito tempo em estoque = perda financeira (CAPITAL INVESTIDO SEM VENDA) Ou que falte mercadoria para o processo produtivo da UAN Níveis de estoque Estoque mínimo Também chamado de segurança, de proteção ou de reserva. É a menor quantidade de material que deverá existir no estoque, para prevenir qualquer eventualidade ou situação de emergência, provocada pelo consumo anormal do material inicialmente planejado É utilizado quando : O consumo foi superior ao previsto ou planejado Ocorre atrasos no tempo de processamento interno (pedidos de compras) Ocorre atraso no prazo de entrega (fornecedor) Cálculo do estoque mínimo: Estoque mínimo = Prazo de entrega x Consumo médio diário do produto Abreu et al, 2016. Níveis de estoque Estoque médio É o nível médio de estoque, no qual as operações de suprimento e consumo se realizam; Considera-se geralmente como sendo 50% da quantidade a pedir adicionado ao valor do estoque mínimo Cálculo do estoque médio: Estoque médio = Valor de 50 % da quantidade a ser consumida no período definido na compra* + valor do estoque mínimo. Abreu et al, 2016. * Período pode ser semanal, quinzenal ou mensal a depender da programação de compras da UAN. Níveis de estoque Estoque máximo É a maior quantidade de material que deverá existir na organização, para garantir o consumo até o próximo lote de reposição Não é muito usual por pois pode ocasionar prejuízos por recursos investidos nas mercadorias , além de dificultar o controle do estoque O cálculo do estoque máximo é feito com base em: a) Necessidade e programação do pedido b) Recursos financeiros disponíveis c) Espaço disponível para armazenamento da mercadoria d) Pode ser adicionado do estoque mínimo Abreu et al, 2016. Gestão de estoques Requisição diária de saída do estoque Formulário no qual são relacionados todos os gêneros alimentícios, os produtos descartáveis e material de limpeza necessários para um dia de produção. Utilidades: Permite prever a quantidade de produtos a ser retirada do almoxarifado. Dando a possibilidade de conferir com antecedência as quantidades e a existência do produto em estoque; Facilita a liberação de produtos do almoxarifado para a cozinha, por estarem listados e quantificados; Vaz, 2006. Gestão de estoques Requisição diária de saída do estoque Utilidades: Ajuda a controlar os desperdícios e desvios, uma vez que só serão entregues á cozinha os produtos a serem utilizados nas preparações USO FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO; Possibilita registrar complementos ou devoluções de produtos; Serve para apurar as quantidades consumidas dos produtos; Possibilita conferir a adequação do planejamento, quanto as quantidades de produtos colocadas como iniciais; Permite calcular os custos de cada serviço(almoço, jantar, desjejum, lanches) separadamente; Vaz, 2006. Gestão de estoques Ficha de controle de estoque: Controla o histórico de consumo; Movimentação de entrada e saída; Permite observar a evolução dos preços; Alerta para a necessidade de realizar pedidos de compras; Permite a identificação de desvios e furtos; Abreu et al, 2016 Gestão de estoques Isosaki e Nakasato, 2009 Gestão de estoques Isosaki e Nakasato, 2009 Gestão de estoques Critérios de organização e saída do estoque: PEPS- Primeiro que entra primeiro que sai Significa que a primeira mercadoria que entra é a primeira que deve sair. A mercadoria é retirada do estoque com seu preço real. PVPS- Primeiro que vence primeiro que sai Não leva em relação o custo mas sim o vencimento dos produtos independente de quando for comprado Abreu et al, 2016 Gestão de estoques Inventários Classificação: Inventário Permanente : é a relação dos dados disponíveis nas Fichas de Controle de Estoque, quando o controle for manual, ou o relatório de posição de estoque, quando informatizado; Proporciona informações rápidas e atualizadas que o inventário periódico, uma vez que as compras (entradas) ou requisições (saídas) são diariamente atualizadas; Gestão de estoques Inventários: Inventário periódico: consiste na pesagem e contagem física dos produtos estocados no almoxarifado, todas as vezes que se pretende conferir o estoque; No caso dos estoques geridos com uso de programas de controle de estoque, para a conferência da correta aplicação do sistema e de confiabilidade das suas informações; Itens do formulário para realização do inventário Relacionar os produtos existentes no estoque por unidade de estocagem (Unidade, Kg, mL, L , pacotes) Calcular o valor total de cada produto, multiplicando as quantidades pelos valores unitários Somar a quantidade total de cada produto, apurando os valores totais dos gêneros alimentícios de produtos de limpeza e descartáveis Somar os valores totais (R$) dos gêneros alimentícios, de produtos de limpeza e de descartáveis, apurando o valor total dos produtos em estoque. Controle de estoque- Formulários Arruda, 2002 Controle de estoque- etiquetas Arruda, 2002 Gestão de estoques Curva ABC Desenvolvida com base no estudo de Vilfredo Paretto, em 1897, sobre distribuição de renda na Itália Ferramenta gerencial que tem sido muito utilizada para a gestão de estoques em restaurantes; Permite ao administrador conhecer a contribuição da cada matéria –prima para o custo do estoque Identifica quais os produtos que devem ter o seu controle priorizado Vários programas gerenciais utilizam a Curva ABC como ferramenta Abreu et al, 2016. Gestão de estoques Curva ABC Em geral, nas UANs verifica-se que poucos itens são responsáveis pela maior contribuição para os custos enquanto uma grande quantidade tem pouca contribuição sobre eles Consiste na verificação, em um determinado período de tempo do consumo em valor monetário Gestão de estoques Curva ABC: Construção da curva Construção da tabela mestra Ordenar o consumo total por ordem decrescente de valor Obter o total do consumo acumulado Determinar o % com relação ao valor consumido • Interpretação do gráfico Classe A – grupo de maior valor de consumo e menor quantidade de itens e que devem ser gerenciados com maior atenção (Itens de alto custo) Classe B – grupo de situação intermediária (consumo mensal intermediário) Classe C – grupo de menor valor de consumo e maior quantidade de itens, justificando menor atenção no gerenciamento(menor custo). Abreu et al, 2016 Gestão de estoques Curva ABC A classificação dos itens em um grupo ou outro vai depender da empresa e do perfil de consumo desta; Na elaboração da curva pode levar em consideração o consumo mensal ou outro período que se deseje avaliar; Para cada item devem ser registrados os seguintes itens: Código do produto Nome Preço unitário médio Consumo no período Valor total doproduto consumido ( consumo x preço unitário) Estes são registrados em ordem decrescente de custo; Gestão de materiais Classificação geral da curva ABC Classe A: Corresponde geralmente a 20 % dos produtos consumidos e entre 60 a 70% do custo com matéria- prima; São poucos itens , porém vitais ao serviço; Os estoques máximo, mínimo e de segurança devem ser reduzidos ao exatamente necessário , sendo os mais controlados; Procurar melhor negociação junto aos fornecedores; Atentar para o controle das técnicas de manuseio e preparo para evitar perdas; Gestão de materiais Classificação geral da curva ABC Classe B: Corresponde geralmente a uma média de 30 % do total no número de itens e de 20 a 30 % do valor total; Exigem controle razoável ( não tão rigoroso) do seu estoque ; As classes A e B representam 50% dos gêneros estocados mas 90% do investimento total (custos); Classe C: Representada em geral por 50% dos itens consumidos e equivalendo a valores entre 5 a10 % do valor gasto no mês. A maioria dos itens dessa classe são considerados de uso trivial Gestão de materiais Exemplo de análise Curva ABC : Tendências na gestão de materiais Redução dos níveis de estoque: Redução da área necessária para estocagem e aumento da área de serviços, ou seja, distribuição; Sistema “just in time”: Técnica de origem da administração japonesa ; Sistema Toyota ; Nesse sistema os produtos são entregues com antecedência mínima somente de realizar o pré-preparo e preparo para a distribuição ; Deve ser mantido o estoque mínimo; Contudo para adoção do sistema deve-se levar em conta principalmente a localização da UAN e a disponibilidade de fornecedores confiáveis; Tendências na gestão de materiais Redução dos níveis de estoque: Uso de gêneros pré-processados para redução da estocagem e da área de produção; Tem-se que se ter cuidado com os aspectos nutricionais e o uso de aditivos, principalmente em unidades hospitalares; Sustentabilidade na gestão de materiais Ações para redução de resíduos: Realizar uma seleção criteriosa dos fornecedores; Aquisição de produtos adequados ao uso; Ter um bom sistema de controle de estoque; Realizar de forma adequada a transferência e o armazenamento dos produtos; Capacitação do funcionário para um adequado recebimento das mercadorias e sobre técnicas de armazenamento que evitem as perdas de produtos; Utilizar equipamentos adequados e manter os mesmos em boas condições de manutenção; Separar materiais recicláveis Estabelecer e efetuar controles de temperatura e procedimentos em todas as etapas. Pinto e Spinelli, 2015. Referências ABREU, Edeli Simioni; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO, Ana Maria de Souza, Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição : um modo de fazer. São Paulo: Ed.Metha, 6ed. 2016. ARRUDA, Gillian Alonso; Manual de Boas Práticas: unidades de alimentação e Nutrição- Volume II, São Paulo: Ed. Ponto Crítico,2002. FONSECA, M.T.; Tecnologias gerenciais de restaurantes. São Paulo,Ed. SENAC, 4ed., 2006. ISOSAKI, Mitsue; NAKASATO, Miyoko; Gestão de Serviço de Nutrição Hospitalar. Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2009. LOPES, Ellen; Guia para Elaboração dos Procedimentos Operacionais Padronizados. São Paulo: Ed. Varela, 2004. PINTO, A.M.S.; SPINELLI, M.G.N. Dietas saudáveis em unidades de alimentação e nutrição. In: PHILIPPI, S.T; AQUINO, R.C. Dietética: princípios para o planejamento de uma alimentação saudável. São Paulo: Ed. Manole, 2015. VAZ, Célia Silvério; Restaurantes : controlando custos e aumentando lucros. Brasília: LGE Editora, 2006. VIANA, João José; Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas 2002. Número do slide 1 Gestão de materiais- Conceitos Gestão de materiais- Conceitos Objetivos -Gestão de materiais Atividades na Gestão de Materiais Gestão de Materiais�Unidades de Alimentação e Nutrição Número do slide 7 O que considerar na gestão de materiais? Tipos de materiais - UANs Compras em Unidades de Alimentação e Nutrição Políticas de compras Políticas de compras Seleção do fornecedor Seleção do fornecedor Seleção do fornecedor Cadastro do fornecedor Número do slide 17 Previsão de compras Previsão de compras Pedido de compras Pedido de compras Pedido de compras Pedido de compras Especificação dos produtos Especificação dos produtos Especificação dos produtos Especificação dos produtos Especificação dos produtos Especificação dos produtos Especificação dos produtos Cronograma de entrega Recebimento de gêneros Recebimento de gêneros Recebimento de gêneros Recebimento de gêneros Recebimento de gêneros Estoque – Conceito Estoque – Por que tê-lo? Níveis de estoque Níveis de estoque Níveis de estoque Níveis de estoque Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Controle de estoque- Formulários Controle de estoque- etiquetas Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de estoques Gestão de materiais Gestão de materiais Gestão de materiais Tendências na gestão de materiais Tendências na gestão de materiais Sustentabilidade na gestão de materiais Referências