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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Escola de Nutrição Gestão de materiais Profª. MSc. Martha Luisa Machado Outubro, 2019 NUT 159 Unidades de Alimentação e Nutrição INTRODUÇÃO Após a elaboração do cardápio que será desenvolvido na unidade, deve-se planejar como será realizada a compra, o fornecimento, o recebimento, o armazenamento e o controle do estoque. INTRODUÇÃO Gestão de materiais Processo dinâmico e complexo que envolve várias etapas e uma grande quantidade de informações e de tomada de decisões. Previsão de compras Estoque Política de compras Recepção e armazenamento de mercadorias Gestão de materiais Abreu, 2009 Tipos de materiais na UAN Alimentar: Gêneros alimentícios que compõe as preparações do cardápio, temperos e bebidas. Não alimentar: Diretos: materiais utilizados pelos usuários, tais como: talheres, copos, guardanapos, palito de dente, sacos para lanches, embalagens isotérmicas. Indiretos: materiais utilizados durante a produção e distribuição das refeições, como: luvas descartáveis, papel manteiga, papel alumínio, papel filme. Será resolvida pelos administradores de cada UAN. • Sujeito a fatores como: Localização da UAN; Espaço físico; Facilidade de transporte das mercadorias; Disponibilidade financeira da UAN; Espaço para armazenamento. Política de compras • Atenção: Condições do estabelecimento; Idoneidade; Capacidade real de fornecimento; Localização em relação à UAN; Quantidade e qualidade dos produtos; Preço e condições de pagamento; Veículo de entrega; Acondicionamento de mercadorias; Ficha cadastral da empresa. Fornecedores Política de compras Política de compras Funções do Serviço de Nutrição • Elaborar descritivo detalhado dos itens, de acordo com a necessidade e legislação vigente; • Elaborar a previsão dos itens necessários, por período (semanal, mensal), de acordo com a natureza do produto; • Encaminhar a previsão ao departamento de compras. Política de compras Modelo de descrição de produto Item Descrição Un Quantidade 1 Carne bovina desossada, tipo coxão mole, congelada, cada peça embalada à vácuo individualmente em embalagem impermeável e amplamente protegida. Dizeres de rotulagem com data de fabricação, prazo de validade e selo S.I.F. Kg 1.000kg 2 Tomate, tamanho médio a grande, consistência firme, sem sujidades, pele lisa. Kg 100kg 3 Farinha de milho, tipo fubá, embalagem de 500g. Dizeres de rotulagem, fata de fabricação, prazo de validade, informação dos ingredientes e composição nutricional. Marca de referência: Vitamilho Un 100 4 Refrigerante 1ª linha sabor cola, lata com 350mL, dizeres de rotulagem, data de fabricação e prazo de validade, informação dos ingredientes e composição nutricional. Marca de referência: Coca-cola e Pepsi-cola. Un 12.000 Solicitação de compra Quem é o fornecedor; Qual o cardápio que será desenvolvido; O que e quanto existe em estoque; O número de refeições, serviços ou preparações; Os tipo de serviços do estabelecimento; As quantidades per capita de cada produto; O tipo de produto a ser adquirido: • In natura • Processado • Pronto • Congelado ou resfriado Política de compras Vaz, 2011 Valor financeiro disponível para as compras; Realizar cotação dos gêneros a serem comprados; Melhor data para faturamento da nota; Estabelecer um cronograma com a data das entregas; Condições e espaço para armazenamento; Os pedidos devem ser conferidos no momento em que forem realizados e o nome da pessoa que os recebeu deve ser registrado também. Política de compras Solicitação de compra Vaz, 2011 Solicitação de compra A periodicidade de entrega: • Diária • 2 ou 3 vezes na semana • Quinzenal • Mensal ou por período maior O tipo de abastecimento: • Sistema just in time • Sistema de entrega parcelada • Sistema de compras feitas por funcionários em centrais de abastecimento, supermercados Política de compras Vaz, 2011 Sistemas de abastecimento • Entrega com antecedência mínima; somente para pré-preparo, preparo e distribuição. Sistema Just time • Compras são negociadas por um longo período, porém as entregas são realizadas em períodos menores. Sistema de recebimento parcelado de produtos • A venda é feita por atacado, com ou sem entrega. Sistema de compras em atacadistas, cooperativas ou clubes de compra Vaz, 2011 Sistemas de abastecimento Sistema Just time Vantagens • Redução da necessidade da área de estoque; • Redução de equipamentos de refrigeração para estocagem; • Redução de recursos humanos; • Redução do estoque; • Evita investimentos desnecessários com produtos em estoque. Desvantagens • Dificuldade de que a mercadoria seja entregue no momento exato; • Dificuldade em encontrar fornecedores; • Necessário treinamento da equipe; • Dificuldade em convencer a administração. Vaz, 2011 Sistemas de abastecimento Sistema de recebimento parcelado de produtos Vantagens • Redução da necessidade de espaço para estocagem; • Melhora do fluxo de caixa: diferentes datas de pagamento; • Assegura que comprador e fornecedor fiquem com a compra e a venda garantidas. Desvantagens • Queda na qualidade do produto entregue; • O preço é estabelecido previamente, caso o valor diminua no mercado, o preço acertado será mantido. Vaz, 2011 Sistemas de abastecimento Vantagens • Estabelecimentos funcionam como almoxarifado, principalmente do pequeno empresário, que busca ou recebe produtos somente para alguns dias; • Redução da área de estocagem; • Aquisição de produtos com bons preços. Desvantagens • Alguns estabelecimentos não fazem entrega de produtos; • Incerteza de encontrar o produto planejado no cardápio. Sistema de compras em atacadistas, cooperativas ou clubes de compra Vaz, 2011 Fornecedores Política de compras Abreu, 2009 Fornecedores Política de compras Abreu, 2009 Sistemas de compras Melhor aproveitamento de verbas, de pessoal e maior controle Demora no fornecimento; não atende as especificidades e as emergências Sistema Centralizado Sistemas de compras Autonomia para atender as especificidades e urgências; fornecimento mais ágil Menor volume de compras e menor poder de negociação; dificuldade de auditoria no processo de compra Sistema Descentralizado Sistemas de compras Centraliza compras de grandes volumes e descentraliza as de pequenos volumes. Menor poder de negociação em pequenos volumes. Sistema dinâmico Sistema Misto Setor público - Licitações Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; Garante o princípio da isonomia; Seleciona a proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento sustentável. Modalidades de compras Concorrência Convite Tomada de preços Modalidades de compras Concorrência Quaisquer interessados podem concorrer, desde que, comprovem possuir os requisitos mínimos para participação. Convite Interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa. Tomada de preços Interessados cadastrados ou que atenderam ao requisitos para cadastramento até o terceiro dia anterior ao recebimento das propostas. As modalidades serão determinadas em função de limites, tendo em vista, o valor estimado da contratação: Para compras e serviços Modalidade Limite Convite Até R$80.000,00 Tomada de preços Até R$650.000,00 Concorrência Acima de R$650.000,00 Modalidades de compras Dispensa de licitação: negociações inferiores a 10% do limite máximo estipulado em cada modalidade. Setor público - Pregão Lei nº 3.555, de 08 de agosto de 2000; “Regulamento para a modalidade de licitação denominadapregão, para a aquisição de bens e serviços comuns”; A disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão pública, por meio de propostas de preços escritas e lances verbais; Busca garantir uma compra mais econômica, segura e eficiente; Pode ser presencial ou eletrônico. Modalidades de compras Setor público - Pregão Setor público - Pregão Previsão de compras Tipo e imagem do estabelecimento Estilo de operação e sistema de serviço Ocasião para a qual o item é necessário Disponibilidade financeira e política de suprimento da unidade Disponibilidade, oportunidade, tendência do preço e do suprimento Os cardápios planejados O per capita bruto dos alimentos O número estimado de refeições que serão oferecidas A frequência de utilização dos gêneros no período de previsão Espaço de armazenamento disponível Quantidade existente no estoque Características da matéria-prima Sazonalidade Previsão de compras Os cardápios planejados O per capita bruto dos alimentos O número estimado de refeições que serão oferecidas • Etapa anterior à solicitação das compras. Correlacionada com: Compra de itens estocáveis mensal e inexistência de um planejamento rígido de cardápio Definir as preparações que serão utilizadas e a frequência de utilização no período. Previsão de compras Sazonalidade Alta de preços Entre safras Distância dos fornecedores Manutenção de ESTOQUES Previsão de compras Abreu, 2009 Previsão de compras A base para um bom planejamento de compras é a definição da quantidade de um ingrediente per capita. Per capita Peso bruto a ser comprado Quantidade a ser liberada do estoque Custos Valor nutricional de cada ingrediente e da preparação O valor per capita pode ser consultado em tabelas disponíveis na literatura que fornecem valores médios de consumo. Existe a necessidade de adaptação do valor à realidade da empresa, conhecendo o perfil e os hábitos alimentares dos clientes. Previsão de compras Considere uma unidade que serve 1.200 refeições ao dia. A quantidade de patinho a ser comprada por pessoa foi estabelecida em 200g (peso bruto). Dessa forma, teremos: Cálculo da quantidade de patinho a ser comprada: 200g de patinho X 1.200 refeições 240.000 / 1000 240.000g 240 kg Silva, 2016 Previsão de compras Obtenção do per capita por meio da preparação finalizada, obtendo-se o peso total, bem como, a porção ideal para consumo: Ao elaborar um bolo de laranja, foram necessários 350g de farinha de trigo, entre outros ingredientes. Após o preparo do bolo, foi determinado que uma porção, que serve uma pessoa, pesa 60g. Dessa forma, após o preparo do bolo evidenciou-se que este servia 20 porções. Peso total do bolo pronto: 20 porções x 60g = 1.200g E, assim, para os demais ingredientes do bolo. 350g de farinha / 20 porções = 17,5g de farinha de trigo Silva, 2016 Previsão de compras É imprescindível para definir a quantidade de alimento no seu estado bruto a ser comprado, considerando o que será perdido ao longo da produção; O ideal é que cada unidade elabore a sua tabela de fator de correção. Quais as implicações de erros nessa estimativa? O que influencia no valor do FC? Fator de correção FC = Peso bruto Peso líquido (após pré-preparo ou antes da cocção) Silva, 2016 Previsão de compras Fator de correção Considera-se que uma unidade comprou 240kg de patinho, para servir 1.200 refeições. Após o pré-preparo, verificou-se que a quantidade de carne limpa pesava 230kg. Qual é o fator de correção? FC = 240kg (peso bruto) 230kg (peso líquido) FC = 1,043 Silva, 2016 Previsão de compras Utilizado para grãos e alimentos que são deixados de remolho; Avaliar o aumento de peso pela hidratação à qual o produto foi submetido; Valor do IR da proteína de soja = 2,00. Indicador de reidratação IR = Peso do alimento reidratado Peso do alimento seco Philippi, 2014 Previsão de compras É definido pela perda ou ganho que ocorre no processo de cocção; Avaliar a reprodutibilidade durante o cozimento e também o rendimento da preparação. Índice de cocção IC = Peso do alimento pronto para servir Peso líquido (após pré-preparo ou antes da cocção) Valores maiores que 1: ganho na cocção Valores menores que 1: perda na cocção Silva, 2016 Previsão de compras Índice de cocção Ainda considerando como o exemplo o anterior, considera-se que, após a cocção do patinho, para preparação de bife de panela, o peso final da carne foi de 150kg. Teremos: IC = 150kg (peso pronto para servir) 230kg (peso líquido) IC = 0,652 Silva, 2016 Solicitação ao fornecedor Realizar a cotação de preços com os fornecedores de todas as mercadorias necessárias; Pode ser diária, semanal, quinzenal ou mensal. Cronograma de entrega Data para entrega das mercadorias; Deve considerar o cardápio, a programação de pedidos e o espaço de estoque; Organizar o recebimento e avaliar fornecedores. Recebimento Análise quantitativa e qualitativa: Verificar o peso real e o peso indicado na nota fiscal; Verificar o prazo de validade dos produtos; Verificar a integridade e limpeza das embalagens; Fazer avaliação sensorial dos alimentos (cor, odor, aparência, textura e sabor); Monitorar a temperatura de alimentos perecíveis, com registro em planilha (conforme Portaria CVS nº5/2013). Recepção e armazenamento Funções do Setor de recebimento • Conferência da nota fiscal com o pedido de compra; • Recebimento o produto após avaliação qualitativa e quantitativa; • Preenchimento a ficha de avaliação do material; • Encaminhar o material para o armazenamento e a nota fiscal para pagamento. Recepção e armazenamento Ficha de recebimento de materiais Isosaki e Nakasato, 2009 Manual de recebimento Recepção e armazenamento Descrição das atividades Responsabilidades da área Classificação dos gêneros Orientações quanto à conferência Frequência e horário de entregas Itens de checagem Normas de armazenamento Critérios sanitários Isosaki e Nakasato, 2009 Gêneros perecíveis • Deterioram com facilidade; • Entrega diária ou em dias alternados. Gêneros não perecíveis • Suportam tempo maior de estocagem; • Sacarias e enlatados. Gêneros semiperecíveis • São intermediários; • Batata, cebola, alho e farinhas de um modo geral. Recepção e armazenamento Armazenamento Recepção e armazenamento Armazenamento Gêneros perecíveis: • Armazenados em refrigeradores ou congeladores conforme a CVS nº 5/2013; RESFRIADOS CONGELADOS Portaria CVS nº 5/2013 Recepção e armazenamento Produtos congelados Portaria CVS nº 5/2013 Gêneros semiperecíveis e não perecíveis: • Armazenados em despensas; • Organizados conforme a data de validade, sistema PVPS (Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai). Recepção e armazenamento Estoque de não perecíveis: Local limpo, organizado, ventilado, sem luz solar direta, livre de entulho e material tóxico; Respeitar o espaçamento mínimo de 10cm x 60cm x 25cm; Manter a organização dos alimentos de acordo com o tipo de produto; As embalagens devem estar limpas; Tudo deve estar adequadamente identificado e protegido. Etiquetas: Recepção e armazenamento Recepção e armazenamento Modelos de etiquetas Rosa e Monteiro, 2014 Recepção e armazenamento Modelos de etiquetas Rosa e Monteiro, 2014 Do ponto de vista financeiro, devem ser reduzidos. Nível de estoque Custos de armazenamento Custo de área útil, controle de temperatura, iluminação e manutenção da área. Importante para minimizar custos, evitar falta de produtos e permitir a racionalização do trabalho. Estoque Fatoresde custos A gestão de materiais objetiva a minimização de custos; Os materiais precisam ser adquiridos e repostos de forma econômica; O que, quanto e como comprar! Aquisição de materiais Total de compra de materiais Manutenção do estoque Espaço, aeração, iluminação e mão de obra Custo de reposição Valor desde a emissão do pedido até a entrega Pedido por lote Quantidade economica- mente vantajosa e periodicidade de entrega Padronização Emprego de cada material ao maior número de aplicações Estoque Ficha de estoque Estoque Abreu, 2009 Ficha de estoque Estoque Isosaki e Nakasato, 2009 Ficha de retirada Estoque Tipos de estoque Estoque disponível Quantidade física de materiais existentes no almoxarifado. Estoque físico Ativo: • Sofre alterações de entradas e saídas. Inativo: • Deve ser estudada a sua eliminação. Reserva operacional: • Manutenção de instalações e equipamentos. Estoque Estoque empenhado Materiais com destino pré-determinado, mas que permanecem no almoxarifado. Estoque físico Tipos de estoque Estoque Vantagens Conveniência de ter o item disponível; Redução de custos proporcionada pela compra ou produção de quantidades ótimas; Proteção contra erros de previsão ou registros imprecisos; Proteção contra erros de planejamento; Provisão para as flutuações de vendas ou produção. Ferramentas para controle de estoque Estoque Controle de estoque Permitir o gerenciamento do fluxo de materiais da unidade; Estabelecer o momento adequado de reposição de materiais; Realizar inventários periódicos; Identificar e retirar do estoque os itens vencidos ou danificados; Fornecer subsídios para o controle do consumo físico-financeiro da unidade. Funções Controle de estoque Definição de estoques máximos e mínimos Sistema ABC de estoques Níveis de estoque Estoque máximo Estoque médio Estoque mínimo Estoques máximo e mínimo funcionam sempre como níveis de alerta. Estoque Níveis de estoque Estoque máximo Estoque médio Estoque mínimo • Estoque de segurança; • Menor quantidade de material que deve existir na UAN; • Causas para ultrapassem do limite mínimo: • Consumo maior que o previsto; • Atraso no tempo de processamento interno; • Atraso no prazo de entrega. Estoque Exemplo Estoque Considere os seguintes dados: Produto: arroz branco Prazo de entrega de emergência: 2 dias Consumo médio diário: 20 kg Estoque mínimo: ? Estoque mínimo = 40 kg Estoque mínimo = 2 dias x 20 kg Níveis de estoque Estoque máximo Estoque médio Estoque mínimo • Consumo de aquisição; • Nível médio de material armazenado; • Nível onde operações de suprimento e consumo se realizam; • 50% da quantidade a pedir mais o estoque mínimo. Estoque médio = prazo de entrega x consumo médio Estoque Exemplo Estoque Considere os seguintes dados: Produto: arroz branco Prazo de entrega do fornecedor: 5 dias Consumo médio diário: 20 kg Estoque médio ou consumo de aquisição: ? Estoque médio = 100 kg Estoque médio = 5 dias x 20 kg Estoque médio = prazo de entrega x consumo médio Níveis de estoque Estoque • Ponto de pedido: • Momento em que deve ser feito o pedido ao fornecedor, para evitar a falta do produto. PP = estoque mínimo + estoque médio Onde: PP = ponto de pedido Exemplo Estoque Considere os seguintes dados: Produto: arroz branco Estoque mínimo: 40 kg Estoque médio: 100 kg Ponto de pedido: ? Ponto de pedido = 140 kg (sendo 40 kg para suprir qualquer necessidade e 100 kg para o consumo até chegar o produto) Ponto de pedido = 40 kg + 100 kg Ponto de pedido = estoque mínimo + estoque médio Níveis de estoque Estoque máximo Estoque médio Estoque mínimo • Maior quantidade de material que deve existir na UAN; • Nível acima do qual a UAN não pretende operar, sob pena de estar desperdiçando recursos; • Causas para a ultrapassem: • Consumo menor que o previsto; • Redução no tempo de processamento interno; • Antecipação no prazo de entrega. Estoque Exemplo Estoque Considere os seguintes dados: Produto: arroz branco Consumo médio diário: 20 kg Periodicidade de pedido: 10 dias Estoque mínimo: 40kg Estoque máximo: ? Estoque máximo = 240 kg Estoque máximo = 40 kg = (20kg x 10 dias) Resumindo: Estoque Estoque mínimo: 40kg (até recebe a entrega emergencial) Estoque médio: 100kg (quantidade para consumir, após efetuar o pedido de compra ao fornecedor, até chegar o produto) Ponto de pedido: 140kg (Quantidade suficiente para esperar a reposição com prazo de entrega normal e para atender a uma situação de emergência) Estoque máximo: 240kg (o quanto precisa adquirir de produtos para evitar estoque em excesso ou falta) Ferramenta gerencial; Proporciona ao administrador conhecer a contribuição de cada matéria-prima utilizada no montante geral da produção; Os itens podem ser classificados em ordem decrescente. Itens A Itens B Itens C Estoque Sistema ABC de estoques Curva ABC 70% dos investimentos representam 20% do estoque; Poucos itens, porém vitais; Preços mais elevados, geralmente; Estoques máximo e mínimo reduzidos ao necessário. Estoque Curva ABC 20% do investimento corresponde a aproximadamente 30% do estoque; Gêneros intermediários; Controle razoável de estoque. Estoque Curva ABC 10% do investimento correspondem a 50% dos gêneros estocados; Maioria considerado de uso trivial; Não são vitais para o serviço; Estoque de segurança pode ser elevado. Estoque Curva ABC 1) Definir se a curva ABC será relacionada ao montante comprado, estocado ou consumido, de matéria-prima ou produtos de limpeza; 2) Montar uma tabela com as seguintes colunas: itens, produtos, quantidade, preço unitário médio, preço total e percentual sobre o montante do estudo; 3) Relacionar o preço total de cada produto em ordem decrescente; 4) Apurar o montante total, somando o preço total de cada produto; 5) Calcular os percentuais do preço de cada produto em relação ao montante total, da seguinte forma: 1) Multiplica-se o preço total de cada produto por 100, e 2) Divide-se o valor encontrado pelo montante de todos os produtos. Curva ABC Vaz, 2011 6) Determinar quais produtos pertencem a cada classe (A, B e C); 7) Realizar regra de 3. Curva ABC A Curva ABC B Curva ABC C Curva ABC Estoque Inventários • Registro contínuo de cada item do estoque; • Pode ser informatizado; • Fichas de kardex (por tipo de alimentos ou por grupos de gêneros). • Informação imediata sobre os itens do estoque. Inventário perpétuo Os dois devem coincidir, pequenas diferenças podem vir a acontecer. Estoque Inventários • Registro real do itens existentes ao finalizar um período; • Realizado por mais de uma pessoa. Inventário físico Estoque Devem ser realizados também em câmaras frigoríficas, refrigeradores e freezers. Determinação do custo e valor total do estoque. Critérios de avaliação de estoque Custo médio ponderável (CM) • Utiliza a média do custo de aquisição • Calculado a cada nova entrada. Sistema PEPS • Primeiro que entra deve ser o primeiro a sair; • Mercadoria é retirada com seu preço real. Sistema UEPS • Último preço é considerado; • Custo irreal, superestimado; • Proibido pela legislação fiscal CM = VSA + VE EN VSA = valor do saldo anterior (R$) VE = valor da entrada (R$) EN = estoque novo (entrada + saldo) Estoque Exemplo Estoque Exemplo Estoque Considere o dia 25 na Ficha de Controle de Estoque anterior: Produto: arroz Valor do saldo anterior (VSA): R$ 800,00 Valor de entrada(VE): R$ 300,00 Estoque novo (EM): 600 kg (400 kg que já estavam no estoque mais 200 kg que chegaram) CM = 800 + 300 600 CM = VSA + VE EN CM = R$ 1,83 Gestão de materiais Importante para controle financeiro da UAN Política de compra bem estabelecida Controle de estoque efetivo Recepção e Armazenamento correto Menor perda com descarte de produtos não utilizados Maior investimento financeiro em outros setores Referências - ABREU, E. S., SPINELLI, M. G. N., PINTO, A. M. S. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. 3 ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Metha, 2009. - BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm>. - BRASIL. Decreto nº3.555, de 8 de agosto de 2000. Aprova o Regulamento para a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3555.htm>. - BRASIL, Resolução - RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388704/RESOLU%25C3%2587%25C3%258 3O-RDC%2BN%2B216%2BDE%2B15%2BDE%2BSETEMBRO%2BDE%2B2004.pdf/23701496- 925d-4d4d-99aa-9d479b316c4b>. Acesso em: 02 fev 2019. Referências - ISOSAKI, M. N. Gestão de serviço de nutrição hospitalar. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. - MEZOMO, I. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6 ed. rev. e atual., Barueri, SP: Manoel, 2015. - SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças Centro de Vigilância Sanitária. Divisão de Produtos Relacionados à Saúde. Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013. Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção, anexo. Disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/PORTARIA%20CVS- 5_090413.pdf>. Acesso em: 05 mai 2019. - SILVA, E. M.M. A importância da Técnica dietética em Alimentação Coletiva. In: OLIVEIRA, T. C. Administração de unidades produtoras de refeições: desafios e perspectivas. 1 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. - TEIXEIRA, S., MILET, Z., CARVALHO, J., BISCOTINI, T. M. Administração aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição. São Paulo: Atheneu, 2000. - VAZ, C. S. Restaurantes – controlando custos e aumentando lucros. Brasília: Editora Metha, 2011. Imagem: http://precisofalar.com.br/acontecendo/alimentacao-saudavel-vale-inventar.html
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