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trabaho civil IV

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JÉSSICA SANTOS OLIVEIRA – 202003234362
PRÁTICA SIMULADA IV
WEB 09
EXMO. SR. DR. JUÍZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO
Processo nª
PAULO CASTRO brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nª_, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nª_, endereço eletrônico _, residido e domiciliado na _, situado na _, vem, por meio de seu advogado OAB/UF, legalmente qualificado, com endereço eletrônico e endereço profissional _, onde receberá intimações (art. 39, I), (qualificação), vem, perante a Vossa Excelência, com todo o acatamento e respeito, com fundamento nos arts. 560 e 561 e seguintes do CPC, propor a presente 
AÇÃO DE REITEGRAÇÃO DE POSSE 
Em face de Silvia Brandão (qualificação), RG_, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob o nª_, residido e domiciliado na _, situado na _, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I – DOS FATOS
Paulo Castro e Sílvia Brandão mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e dezembro de 2014, quando decidiram separar-se. O período de convivência não foi antecedido de qualquer convenção sobre o regime de bens dos companheiros. Como não haviam adquirido quaisquer bens durante aquele período, e como Sílvia, ao tempo da separação, se achava desempregada, Paulo anuiu à permanência de Sílvia, por tempo indeterminado, no imóvel que até então servira de residência aos companheiros, situado no Rio de Janeiro. Tal imóvel fora adquirido por Paulo, mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. Paulo retirou-se do imóvel, passando a morar em outro, tomado por ele em locação. Passados mais de dois anos do fim da união estável, Paulo promoveu a notificação extrajudicial de sua ex-companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel situado no Rio de Janeiro. A notificação foi efetivamente recebida por Sílvia e o prazo concedido na notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha deixado o imóvel. 
II – FUNDAMENTAÇÃO
As ações possessórias, também denominadas de interditos possessórios ou ações interditais, estão previstas em nosso ordenamento jurídico, nos artigos 926 e 932 ambos do CPC, contemplando as seguintes modalidades: manutenção de posse, a reintegração de posse e o interdito proibitório. A ação de manutenção da posse tem por o objetivo assegurar ao possuidor, em caso de turbação (perda parcial da posse), o exercício regular de seu direito possessório. 
Pressupõe-se que o possuidor haja sofrido agressão da sua posse, sem dela ter sido privado. Já a reintegração da posse é a ação possessória que tem por finalidade recuperar a posse perdida, (perda total da posse) em caso de esbulho, e requer a exclusão total da posse do possuidor que o esbulhou. 
A jurisprudência é no mesmo sentido segundo julgados que integram a presente:
1ª Ementa DES. LEILA MARIANO - Julgamento: 30/09/2011 - SEGUNDA CAMARA CIVEL APELAÇÃO CÍVEL. Ação de Reintegração de Posse. Sentença de procedência do pedido inicial e de improcedência do pedido contraposto. Apelo da parte ré que não merece acolhimento. Preliminar de nulidade do decisum. Rejeição. Inexistência do alegado cerceamento de defesa. Prova oral pretendida de influente para o desate da controvérsia. Aplicação do art. 130 do CPC. Acervo probatório que revela o desdobramento da posse, em virtude da celebração de comodato verbal, por prazo indeterminado, sobre o imóvel objeto da ação. Denúncia do contrato. Notificação para desocupação voluntária. Desatendimento.
Transmudação da posse justa em injusta pelo vício da precariedade. Inteligência do art. 1.200 do CC. Esbulho possessório configurado. P reenchimento dos requisitos insertos no art. 927 do CPC. Retomada do imóvel que se impõe. Termo inicial da taxa de ocupação que deve corresponder à data de exaurimento do prazo consignado na notificação judicial. Insucesso pretendido direito de retenção e de indenização por benfeitorias, dada a ausência de produção de prova robusta apta a demonstrá-las. Manutenção do decisum. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO RECURSO, NOS TERMOS DO ART. 557, CAPUT DO CPC. 
II.1 – DA TUTELA ANTECIPADA 
Estão presentes os requisitos autorizadores para a concessão da tutela antecipada, quais sejam, verossimilhança das alegações e prova inequívoca, consubstanciados na notificação extrajudicial, bem como dano de difícil reparação consistente no esbulho praticado pela ré, em conformidade com o exposto no art. 273, inc. I CPC.
III – DOS PEDIDOS 
Dante ao exposto, requer
a) A concessão de tutela antecipada, inaudita altera pars expedição do mandado de reintegração de posse em favor do autor;
b) A citação da ré;
c) desde já a requisição de força policial para acompanhar o Sr. Oficial de Justiça quando do cumprimento do mandado liminar. 
d) ao final, julgamento totalmente procedente, condenando-se os réus aos ônus da sucumbência;
IV – DAS PROVAS 
Proteste-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, principalmente juntada de novos documentos, prova oral e pericial, sem exceção de outras que possam ser indicadas no momento oportuno, na amplitude do art. 322 CPC.
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se a presente causa o valor de R$_ para efeitos meramente fiscais, de acordo com o art. 258 CPC.
Local e Data
Advogado
OAB

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