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1 – Anestesia Local em Odontopediatria ⇀ Comportamento Infantil ⇀ Controle da DOR extremamente relacionado com o manejo infantil ⇀ Resposta complexa na criança ⇀ Nem sempre são capazes de descrever claramente suas sensações e experiências pessoais ⇀ Medo/ansiedade – potencializa a dor • Choro, queixa, gritos, gemidos • Aumento da pressão arterial • Frequência cardíaca • Sudorese • Vasoconstricção periférica • Agitação, imobilidade, proteção da área afetada ⇀ Métodos eficazes no controle do medo e ansiedade em crianças: • Utilização de modelos positivos • Utilização da comunicação com a criança • Ambiente de confiança • Controle farmacológico da dor e ansiedade ⇀ Não farmacológicos • Manejo Psicológico ⇀ Farmacológicos • Anestesia Local – controle da dor • Sedação – controle da ansiedade/medo • Anestesia Geral – controle da ansiedade/medo ⇀ Método auxiliar no tratamento dentário em crianças, auxiliando na qualidade, cooperação e rapidez de tratamento ⇀ Todo e qualquer procedimento clínico que venha a provocar dor “Suportar a dor, mesmo que em baixa intensidade, tem provocado consequências indesejáveis para o paciente” • Consciente – paciente está consciente • Baixa morbidade • Facilidade • Baixo índice de insucesso • Boa técnica – bom controle da dor Anestesia Local em Odontopediatria 2 – • Preparo psicológico da criança • Conhecimentos de anatomia, fisiologia e farmacologia • Escolha do material adequado • Delicadeza do profissional (puntura – inserindo a agulha no tecido, e infiltração lenta) • Boa técnica: tipo de tratamento + comportamento + profundidade • Confiança dentista-criança • Explicar o que vai acontecer e o que será sentido durante e após a anestesia • Formigamento, adormecimento: sensação transitória • Audiovisual • Falar durante o procedimento – o silencia pode atemorizar a criança • Reforçar o comportamento positivo ⇀ Segurança da técnica ⇀ Corre o risco de fratura, é maior no paciente infantil, porque ele pode se movimentar durante a técnica ⇀ Não penetrar por inteiro, deixar visível um bom pedaço da agulha ⇀ Comprimento: extra curta, curta (utilizamos essa) e longa (pode ser que utilize essa, depende da criança) ⇀ Calibre: 27G (ideal), mas se não puder compra a de 30G A agulha com comprimento curto (20-25 mm), com calibre 27G ⇀ Seringa carpule: visualmente já pode induzir a ansiedade e a potencializar a dor ⇀ Anestesia sem agulha: comfort-in (aplicação sob pressão) ⇀ Anestesia computadorizada – infusão gradual e lenta Ideal: Temperatura ambiente ⇀ Quente • Degradação de substâncias • Aumenta acidez • Reduz eficiência • Potencializa a dor ⇀ Fria • Observar a higiene bucal deficiente • Molares (1ºmolar) • Dentes que propiciem maior acúmulo de biofilme • Lesão incipiente em esmalte • Escolher tipo de selante mais apropriado para um paciente específico e o cenário clínico ⇀ São fármacos utilizados para bloquear temporariamente a condução nervosa dos impulsos 3 – nervosos, levando à perda ou diminuição da sensibilidade dolorosa na região onde foi aplicada a droga • Especificidade de ação • Reversibilidade • Solubilidade em água e em lipídios • Potência • Baixa toxicidade • Início rápido de ação • Duração de efeito adequada • Estabilidade • Esterilidade • Baixo custo • Não causar irritabilidade ⇀ Bases fisiológicas da transmissão neuronal ⇀ Os anestésicos locais atuam bloqueando condução do impulso nervoso ⇀ Os anestésicos se ligam a receptores específicos no canal de sódio (Na+), bloqueando a transferência de sódio necessária para a condução do impulso nervoso ⇀ Não tem despolarização e não perpetua o impulso nervoso • Bloqueiam a condução do impulso nervoso quando eles interferem nos canais de cálcio e potássio • Bloqueiam o canal, e eles param de realizar polarização/despolarização e assim não conduzem os impulsos nervosos • Apresentam-se na forma de aminas terciárias • São bases orgânicas fracas, pobremente solúveis em água • São comercializadas sob a forma de sais de hidrocloreto, o que aumenta sua hidrossolubilidade e estabilidade • O pH do tecido exerce influência sobre sua atividade ⇀ pH básico – absorção nos tecidos ⇀ pH ácido – absorção dificuldade (paciente com infecção/abscesso) ⇀ Diante de infecção, procurar fazer um bloqueio troncular, não fazer terminal infiltrativa ⇀ Parte verde • Confere lipossolubilidade • Facilita o transporte por barreiras celulares ⇀ Parte rosa • Une as porções hidrofílica e lipofílica • Sua união com o grupo aromático se faz por meio de ligações ÉSTER ou AMIDA 4 – • Relação com a duração de efeito e risco de reações alérgicas ⇀ Parte azul • Porção hidrofílica • Facilita a difusão em meio aquoso ⇀ Éster ▪ Formam soluções menos estáveis ▪ São mais alergênicos ▪ Duração de efeito menor * usado de maneira tópica ⇀ Amida ▪ Sofrem metabolismo hepático ▪ Maior duração de efeito ▪ Mais estáveis ▪ Com reações de hipersensibilidade menos frequentes ▪ Mais utilizado na odontologia Obs.: A potência de um anestésico local depende exclusivamente de sua estrutura química. Já a duração pode ser alterada pela adição de um vasoconstritor • Primeira escolha • Boa capacidade de penetração • Início de ação por volta de 2 a 3 minutos • Eficácia em concentração de 2% • Comercializada com ou sem vasoconstrictor • Forma comercial: Xilocaína, lidocaína ⇀ Não é meu anestésico de escolha • Reabsorvida mais lentamente que a lidocaína (menos dependente da adição de vasoconstrictores) • Rapidamente degrada pelo fígado • Potência e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína • Início de ação mais retardado (2 a 4 minutos) • Indicação: asma dependente de corticoide (sulfito) • Risco: metemoglobinemia e anemia • Vaso constrictor: felipressina • Reabsorção ainda mais lenta, mas não sofre metabolização tão rápida • Tempo de ação mais prolongado (cirurgias) Procaína Clorprocaína Tetracaína Benzocaína* Lidocaína Prilocaína Mepivacaína Bupivacaína 5 – • Menor capacidade de vasodilatação • Apresenta potência e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína • 2% com vasoconstrictor e 3% sem vasoconstrictor • Risco de traumas • Uso quando os procedimentos são mais demorados • Mepi sem vaso: para paciente cardiopata congênito • Concentração 4% • Melhor difusão em tecidos ósseos (mandíbula) • Crianças acima de 04 anos • Alto risco de parestesia como bloqueio (infiltrativa) • IDEAL: utilizar na mandíbula de maneira infiltrativa • Anestésico de longa duração • Apresenta potência quatro vezes maior que a lidocaína, e uma toxicidade quatro vezes menor • Tempo de duração: 5 a 9 horas • CONTRA-INDICADO na pediatria ⇀ Adiciona vasoconstrictor ao meu sal anestésico para que: ▪ Prologam a ação dos anestésicos locais ▪ Evitam reabsorção imediata ▪ Reduzem toxicidade sistêmica ▪ Possibilitam diminuição de quantidade de anestésicos ▪ Maior eficácia e segurança ▪ Diminui o sangramento ▪ Adrenalina ▪ Noradrenalina ▪ Levonordefrina ▪ Fenilefrina ▪ Vasoconstrictor adrenérgico é mais ácido ▪ Aumenta risco de dor durante a penetração ▪ Procedimentos simples e rápidos – utilizar sem vaso (mepivacaína sem vaso, 3%) ⇀ O que fazer? ▪ Infiltração lenta e gradual/distração/puntura delicada ▪ Concentração na corrente sanguínea, depende da quantidade aplicada ▪ Condição física e emocional ▪ Rapidez na injeção – joga mais anestésico na corrente sanguínea, anestesia mais dolorosa ▪ Via administração ▪ Quantidade da droga ⇀ Efeitos subjetivos: tontura,ansiedade, confusão, diplopia, 6 – tinitus, sonolência, dormência, formigamento oral ⇀ Efeitos objetivos: contração muscular, tremores, tagalerice (com fala lenta), e calafrio, seguido de convulsão, inconsciência e parada respiratória ⇀ Aumento da PA e FC ⇀ Vasodilatação, depressão do miocárdio, redução da PA, bradicardia e parada cardíaca ⇀ Alergia ⇀ Parestesias ⇀ Lesões de tecidos moles ⇀ Metemoglobinemia: prilocaína ⇀ Cardio-toxicidade: bupivacaína ⇀ Hipertemia maligna ▪ Avaliar possíveis doenças cardiovasculares ▪ Hipertireoidismo ▪ Diabete ▪ Gravidez ▪ Insuficiência hepática 1. Avaliar o paciente 2. Seleção adequada – menor concentração e menos tóxico 3. Dose 4. Vasoconstrictor – eficácia, duração, absorção, volume, toxicidade 5. Evitar injeção intravascular – aspiração 6. Injetar lentamente Duração Formulação Curta: 30 min Lidocaína sem vaso Mepivacaína sem vaso Intermediária: 60 min Lidocaína com vaso Mepivacaína com vaso Bupivacaína sem vaso Prolongada: 90 a 120 min Bupivacaína com vaso Tetracaína ⇀ O que preciso saber? • Qual anestésico • Dose máxima recomendada (DMR) • Concentração do anestésico/mL • 1 tubete de anestésico tem: 1,8 mL • Peso da criança (kg) ⇀ Criança • Menor volime • Fisiologia: metabolismo e atividade do SNC • Osso mais poroso e menos calcificado • Tipo de intervenção • Presença e intensidade de inflamação 7 – • Nível e sensibilidade do paciente ⇀ Dados necessários • Anestésico: Lidocaína • DMR: 4,4 mg/kg • Concentração do anestésico/mL (2%): 20 mg/1 mL • 1 tubete de anestésico: 1,8 mL • Peso da criança: 20 kg 1. Quantidade de anestésico em mg relativa ao peso 4,4 mg ------------------- 1 kg X mg -------------------- 20 kg X= 88 mg ⇀ Calcula primeiro o DRM e peso da criança 2. Quantidade de anestésico mg relativa ao volume do tubete 20 mg -------------------- 1 mL Y mg ---------------------- 1,8 mL Y= 36 mg ⇀ Calcula a concentração e o mL de um tubete 3. Número máximo de tubetes 1 tb ------------------- 36 mg Z ------------------------ 88 mg: Z = 2,4 tubetes • Manejo do comportamento • Linguagem acessível • Auxiliar sempre presente • Bandeja organizada (anestésico tópico, seringa, agulha e gaze) • Evitar expor agulha • Não focalizar na “dor” • Posição correta do paciente e operador • Mão do operador sempre apoiada • Distração • Não substitui uma boa técnica anestésica • Consegue anestesiar 2 mm de mucosa (benzotop) • Diminui a sensação dolorosa • Diminui ansiedade • *EMLA (Lidocaína + prilocaína) • Tecido queratinizado: gengiva inserida + palato -> EMLA 1. Secar a mucosa antes da aplicação 2. Evitar quantidades excessivas de anestésico tópico 3. Deixar o anestésico em contato com a mucosa e depois começa a punção de forma lenta e delicada • Depósito do anestésico ao redor das terminações nervosas • Puntura inicial: fundo de sulco mais próximo ao ápice dental 8 – ▪ Lábio bem estirado, agulha no vestíbulo o mais próximo da região apical do dente ▪ Inclinação da agulha ▪ Traciona-se o lábio contra o bisel da agulha ⇀ Incisivos e caninos na maxila e mandíbula ⇀ Remoção superficial de cárie ⇀ Exodontia de dentes parcialmente exfoliados ⇀ Quando vai anestesiar o palato ⇀ Primeiro: fundo de sulco ⇀ Segundo: inserir agulha atravessando a vestibular para palatina, injetando o anestésico, para que quando chegar na região do palato já está um pouco anestesiado ⇀Terceiro: retira a agulha da vestibular e vai para a palatina 9 –
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