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Logística de Armazenagem - Unidade 04 (aula 14)

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Prévia do material em texto

Grupo SER Educacional | Logística de Armazenagem 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS 
 
Direção Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA 
 
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR DE ARRUDA 
 
Autor 
MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA 
 
 
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
O Autor 
 
 
Mônica Patrícia Alcântara de Morais 
 
Olá. Meu nome é Mônica Alcântara. Sou formada em relações 
públicas com especialização em Administração em Marketing, com 
uma experiência técnico-profissional na área de gestão da cadeia 
de suprimentos de mais de 10 anos. Passei por empresas com a TIM 
Nordeste, Ericsson Gestão de Sistemas (EGS), Estaleiro Atlântico Sul 
e vários outros empreendimentos, sempre na área de Logística e 
Supply Chain . Participei da implantação do sistema SAP-R3 na TIM e 
de vários outros sistemas de automação e gestão empresarial. 
Estruturei vários projetos logísticos, como o da Rede TELEPORT de 
Educação, com unidades de ensino espalhadas em 13 estados da 
federação. Sou apaixonada pelo que faço e adora transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissõe s. 
Por isso fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar 
você nesta fase de muito estudo e trabalho. Então, conte comigo! 
 
 
MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA 
 
“ 
 
 
Iconográficos 
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua 
trilha de aprendizagem toda vez que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência; 
DEFINIÇÃO 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito; 
NOTA 
quando forem 
necessários 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento; 
IMPORTANTE 
as observações 
escritas tiveram 
que ser 
priorizadas para 
você; 
EXPLICANDO 
MELHOR 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado; 
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias; 
SAIBA MAIS 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento; 
REFLITA 
se houver a 
necessidade de chamar 
a atenção sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido sobre; 
ACESSE 
se for preciso 
acessar um ou mais 
sites para fazer 
download, assistir 
vídeos, ler textos, 
ouvir podcast; 
 
RESUMINDO 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens; 
ATIVIDADES 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada; 
TESTANDO 
quando o 
desenvolvimento de 
uma competência for 
concluído e questões 
forem explicadas; 
 
 
Sumário 
1 Localização, dimensionamento e mobiliário de armazéns ................................. 6 
1.1 Estratégia de localização ................................................................................... 6 
1.1.1 Armazém ou Centro de Distribuição de fábrica ................................................. 6 
1.1.2 Armazém ou centro de distribuição independente ............................................ 7 
1.1.4 Processo decisório sobre localização ............................................................... 7 
1.1.4.1 TERCEIRIZAÇÃO DE UM CD ........................................................................... 7 
1.1.4.2 COMPRAR, CONSTRUIR OU ALUGAR UM ARMAZÉM? ...................................... 8 
1.1.4.3 PROSPECÇÃO DA LOCALIZAÇÃO IDEAL ........................................................... 8 
1.2 Dimensionamento de um armazém .................................................................. 10 
1.2.1 Área de um armazém ................................................................................... 11 
1.2.2 Volumetria de um armazém .......................................................................... 12 
1.2.2.1 ESTUDO DE CASO ...................................................................................... 13 
1.2.2.2 SOLUÇÃO DE PROBLEMA ............................................................................ 14 
1.3 Mobiliário de um armazém .............................................................................. 16 
1.3.1 Estantes convencionais ................................................................................ 17 
1.3.2 Estante Drive-in/Drive-thru .......................................................................... 17 
1.3.3 Estante Push-Back ....................................................................................... 18 
1.3.4 Estante Live Storage..................................................................................... 20 
1.3.5 Estante Cantilever ....................................................................................... 20 
1.3.6 Estante longa para materiais leves ................................................................ 21 
1.3.7 Estante tipo Flow-Rack ................................................................................. 21 
1.3.8 Estante em dois níveis .................................................................................. 22 
Considerações Finais ............................................................................................ 23 
Atividades de Autoaprendizagem .......................................................................... 23 
Questionário Avaliativo ........................................................................................ 23 
Bibliografia.......................................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 6 
 
 
 
 
1 Localização, dimensionamento e 
mobiliário de armazéns 
 
INTRODUÇÃO: 
Até aqui estudamos detidamente as questões relacionadas ao 
processo de armazenagem. Mas existe um outro aspecto muito 
relevante para ser analisado ao se projetar um armazém. 
Considerando que grande parte dos armazéns integra redes de 
distribuição, sua localização é uma questão muito importante e faz 
parte da estratégia empresarial para maximizar os resultados em 
termos de rapidez na entrega dos produtos, além de redução dos 
custos operacionais. Ao longo desta aula iremos ter a oportunidade 
de conhecer as estratégias comumente utilizadas para a escolha de 
um local para construir ou locar um armazém. Na sequência iremos 
estudar os aspectos construtivos de um armazém, começando pelo 
seu dimensionamento até a composição de seu mobiliário, como 
estantes e compartimentos de armazenagem. 
 
1.1 Estratégia de localização 
 
Escolher um local para construir ou locar um armazém deve ser 
fruto de uma criteriosa análise de custo-benefício. Dependendo de 
sua natureza, a estratégia pode variar. 
 
1.1.1 Armazém ou Centro de Distribuição de fábrica 
Os CDs pertencentes a uma unidade produtiva devem estar 
localizados o mais próximo possível da unidade de produção, 
OBJETIVO: 
Ao término desta aula você será capaz de compreender a estratégia 
de localização e dimensionamento dos armazéns. 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 7 
 
 
 
facilitando o deslocamento dos materiais e a comunicação entre as 
unidades de armazenagem e os setores da indústria , reduzindo os 
custos de transporte. Mas, como todo CD, ele também deve 
apresentar uma boa posição geográfica de escoamento, próximo de 
estradas arteriais que facilitem o embarque e desembarque das 
mercadorias. 
 
1.1.2 Armazém ou centro de distribuição independente 
Para um CD independente, sua estratégia de localização pode variar 
entre estar o mais próximo possível da unidade produtiva ou da 
clientela. Diríamos que o melhor dos “mundos” seria estar em um 
ponto intermediário, pendendo mais para a unidade fabril. 
O perfil da clientela também interfere bastante. Um CD que atendea mais de uma indústria deve buscar o centro de gravidade 
geométrico entre elas, pendendo mais para aquelas de maior 
demanda. 
 
1.1.4 Processo decisório sobre localização 
A tomada de decisão quanto à localização deve acontecer desde o 
planejamento estratégico do CD, considerando primeiramente o 
nível de serviço ao cliente (SLA). Portanto, esta decisão deverá estar 
sempre atrelada à decisão do SLA pretendido, o que será um fator 
preponderante para a entrega do VALOR “tempo” ao cliente. 
Algumas outras questões estão sempre vindo à tona quando se 
pensa em criar um CD em algum lugar para atender os clientes: 
• Comprar, construir ou alugar? 
• Implantar uma operação própria ou terceirizada? 
 
1.1.4.1 TERCEIRIZAÇÃO DE UM CD 
A depender da natureza do produto e do contexto mercadológico, 
sobretudo da malha de transportes da região, em certas 
circunstâncias um operador logístico pode ser uma alternativa 
estratégica para elevar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 8 
 
 
 
O grau de competitividade frente aos concorrentes. Porém, 
terceirizando ou não um CD, o fator “localização” continua sendo um 
ponto muito importante e determinante para a competitividade da 
organização. 
Essa tomada de decisão deve ser permeada por muitos cálculos de 
custo-benefício, onde alguns elementos devem entrar nessa conta, 
como: custo do frete, mão de obra, aluguel, custos de energia 
elétrica, investimentos e equipamentos de movimentação e 
infraestrutura, entre inúmeros outros. Tudo isto deve ser colocado 
em uma balança e comparado ao custo da terceirização, que 
geralmente é cobrado em termos variáveis, por unidade 
armazenada e movimentada. 
 
1.1.4.2 COMPRAR, CONSTRUIR OU ALUGAR UM ARMAZÉM? 
Se a decisão for por não se ter uma operação terceirizada, resta 
ainda uma nova decisão: comprar, construir ou alugar? Essa é uma 
decisão exclusivamente imobiliária. Cada organização apresenta 
uma política quanto a este assunto. Essa política normalmente está 
ligada às diretrizes estratégicas do núcleo societário da 
organização. 
O que podemos afirmar sobre esse assunto é que a tendência do 
mercado é cada vez mais optar por locar unidades de 
armazenagem. Quanto mais aparelhada ela estiver, mais acertada 
será a decisão. Alugar um armazém é uma alternativa bem mais 
barata, pois elimina certos custos como aquisição de terrenos, além 
de reduzir os investimentos em obra civis. 
 
1.1.4.3 PROSPECÇÃO DA LOCALIZAÇÃO IDEAL 
Para encontrar a melhor localização possível para um CD é preciso 
fazer uso de certos recursos cartográficos e estatísticos. Os 
sistemas de posicionamento global (GPS) e geoprocessamento 
(Google Maps) podem ser fortes aliados para esta tomada de 
decisão. 
Para atender a dois ou mais centros produtivos, normalmente é 
preciso efetuar cálculos de equidistância geográfica, com o objet ivo 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 9 
 
 
 
de achar o centro de gravidade (ou centro medianeiro) entre os 
diversos pontos onde serão realizadas as cargas e descargas de 
mercadorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Exemplo de localização de um CD na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Fontes: o autor, 
adaptado de Google Maps© . 
 
 
IMPORTANTE 
É preciso tomar bastante cuidado com esses 
cálculos. Muitas vezes o centro medianeiro 
geográfico não representa o ponto ideal, pois 
aspectos como as condições viárias devem ser 
levados em consideração. Algumas ferramentas 
profissionais oferecidas pela Google, como o “My 
Maps” e o “Earth” podem contribuir bastante com 
essa tomada de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas não há nada instalado naquele local, tampouco rodovias que 
possam ser utilizadas em um rápido processo de escoamento. 
Então, se considerarmos outros fatores como segmentos viários e 
proximidade com o porto do Rio de Janeiro, por exemplo, teremos a 
“localização 2” como a ideal. Outro aspecto relevante é o volume de 
produção das três unidades produtivas. Assim, a média ponderada, 
com os pesos desses três pontos, será a melhor forma para se 
chegar à tomada de decisão. 
1.2 Dimensionamento de um armazém 
 
O dimensionamento de armazéns requer conhecimentos básicos de 
geometria plana e espacial. Esses conhecimentos são fundamentais 
para se calcular o tamanho que um armazém deve ter com base na 
aproximação de volumes e áreas geométricas. 
 
 
 
 
 
 
EXPLICANDO MELHOR 
A figura a seguir ilustra um exemplo de situação 
geográfica para a escolha de um local para 
instalação de um CD. Como dá para perceber, 
existem três pontos de escoamento de 
mercadorias. Se a decisão estratégica for 
meramente geométrica, o melhor lugar para a 
implantação deste CD para atender a unidades 
produtivas em Santa Cruz, Barra da Tijuca e 
Nilópolis será o centro medianeiro marcado no 
mapa como “Localização 1”. 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 11 
 
 
 
1.2.1 Área de um armazém 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
A → Área do retângulo; 
b → Comprimento da base; 
h → Altura do retângulo. 
 
A = b . h 
h 
 
b 
 
 
RUA W 
(PRINCIPAL) 
RUA X 
RUA Y 
R
U
A
 D
 
R
U
A
 C
 
R
U
A
 B
 
R
U
A
 A
 
DEFINIÇÃO 
A área de um armazém é o resultado a soma da 
área útil coma área inaproveitável. Os armazéns 
são normalmente instalados em galpões 
retangulares. Ainda aqueles que possuem 
módulos assimétricos, podem ser decompostos 
em subáreas retangulares. Assim, para 
calcularmos a área de um armazém, ou parte 
dele, basta aplicarmos a fórmula do cálculo da 
área de um retângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 12 
 
 
 
1.2.2 Volumetria de um armazém 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para calcularmos o volume de um armazém, convém decompô-lo 
em, pelo menos, duas figuras geométricas espaciais, de modo que 
tenhamos seu espaço útil de armazenamento reduzido a um cubo, 
como mostra a figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Armazém. Fonte: https://pixabay.com/pt/armaz%C3%A9m-adega-isom%C3%A9trica-
edif%C3%ADcio-1427960/ 
 
 
 
 
 
L P 
DEFINIÇÃO 
Volumetria, como o próprio nome diz, é a análise 
do conjunto de medidas de volume de um objeto, 
ou seja, do espaço que ele ocupa. 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 13 
 
 
 
Ora, se separarmos a estrutura de telha do restante do armazém, 
teremos que o espaço interno de armazenagem terá justamente a 
forma geométrica de um cubo, onde poderemos calcular seu 
volume pela fórmula: 
 
Vu = h . p . L 
Onde: 
Vu → Volume útil de armazenagem; 
h → Altura máxima de uma estante dentro do armazém; 
p → Profundidade do armazém, medida da porta da frente até a 
parede traseira; 
L → Largura do armazém. 
Evidentemente este ainda não é o Volume Útil do armazém, pois aí 
estão incluídos os espaços aéreos por sobre os corredores e áreas 
de circulação. Deste modo, a melhor maneira de aproximar o 
volume útil calculado do real é a decomposição em figuras 
geométricas ainda menores, como por exemplo, os volumes 
ocupados pelas estantes que ocupam o armazém. Assim, o volume 
útil do armazém será a soma dos volumes de todas as estantes 
instaladas. 
Dependendo do propósito do cálculo que se queira fazer, a 
obtenção do volume do armazém como um todo já atende ao 
objetivo. Por exemplo, antes de se adquirir e instalar as estantes, 
não é possível calcular seus volumes, mas é possível estimarmos o 
volume total que estas ocuparão quando estiverem instaladas, por 
aproximação. 
 
1.2.2.1 ESTUDO DE CASO 
Deseja-se alugar um galpão para a instalação de um armazémde 
produtos eletrônicos. Cada caixa deste produto mede 60cm por 
50cm de fundo, e uma altura de 30cm. Sabemos que cada pallet 
mede 1,00m x 1,20m. É possível empilhar até 5 caixas, uma em cima 
da outra, sem causar avarias aos produtos embalados. O galpão 
que a empresa tem em vista para locar mede 30 metros de frente, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 14 
 
 
 
50 metros de profundidade e 8 metros de altura. É necessário 
armazenar, no mínimo, 50.000 caixas simultaneamente. Em virtude 
do tipo de empilhadeira utilizada, as ruas ao redor das quadras no 
armazém não podem ter menos de 3m de largura. Verifique se este 
galpão é viável para o negócio da empresa. 
 
1.2.2.2 SOLUÇÃO DE PROBLEMA 
O galpão tem um volume total de 30m x 50m x 8m = 12.000 m3, que 
representa 12.000 litros. Mas para termos uma noção do que seria o 
volume útil deste armazém, temos que rabiscar um pequeno layout 
considerando a área útil e a área inaproveitável do que seria um 
armazém instalado neste galpão. Veja a sugestão ilustrada na 
figura a seguir. 
 
 
Figura 3 - Exercício de aprendizagem - Layout sugerido para o armazém 
 
Percebamos que, em virtude da limitação das ruas, construímos 4 
quadras que, com os recuos necessários, ficaram com 11m de 
largura (latitudinal) por 20,5m de profundidade (longitudinal), cada 
uma, o que resulta em 225,5m2 de área plana ocupada por quadra. 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sabemos ainda que um pallet mede 1m x 1,2m. Logo, ele ocupará 
1,2m2 de área plana. Dividindo-se 225,5 por 1,2 teremos que, cada 
quadra comportará 187,91 pallets. Como este número só pode ser 
inteiro, teremos 187 pallets acomodadas por quadra. 
Mas cada caixa mede 60cm por 50cm de área plana, o que 
representa exatamente a metade das dimensões de um pallet. Logo, 
a área de cada pallet será quatro vezes maior que a da caixa, de 
onde se deduz que cada pallet conseguirá acomodar 4 caixas do 
produto a ser armazenado. Portanto, a quantidade de caixas por 
quadra será 187 x 4 = 748 caixas. 
Mas esta quantidade considera apenas a projeção da caixa no plano 
(área plana). Sabemos que cada pallet poderá comportar até 5 
caixas empilhadas, o que faz multiplicar-se o número de caixas 
acomodadas 
por pallet. Logo, a quantidade de caixas armazenáveis em uma 
quadra passa a ser 5 vezes maior, ou seja, 748 x 5 = 3.740. 
Mas será que este empilhamento excederá a capacidade do pé-
direito do galpão, que é de 8m? Vejamos então: se a altura de cada 
caixa é de 30cm, o empilhamento máximo de caixas poderá chegar 
a 5 x 30cm = 1,5m. Temos uma sobra, portanto, de 8m – 1,5m = 6,5m. 
Mas, o que faremos com esta sobra, se a capacidade de 
empilhamento já se esgotou? 
A resposta é simples, podemos lançar mão de estantes ou gaiolas, 
permitindo expandir a capacidade de armazenamento vertical das 
caixas. Considerando que cada prateleira da estante pode ter uma 
altura de 1,6m, para poder acomodar bem o lote de 5 caixas 
empilhadas e paletizadas (com uma margem de 10cm para 
comportar a altura da palete), teremos como acomodar mais 4 lotes 
NOTA 
Os termos ruas e quadras são utilizados na área de 
armazenagem para representar as divisões internas 
do armazém, tal como utilizamos para dividir os 
bairros de uma cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 16 
 
 
 
de 5 caixas empilhadas verticalmente. Assim, 5 lotes vão medir, 
somados, exatamente 5 x 1,6m = 8m. 
Logo, cada quadra poderá conter 3.740 caixas x 5 lotes = 18.700 
caixas. Como serão 4 quadras no armazém, teremos 18.700 x 4 = 
74.800 caixas, um número bem maior que as 50.000 necessárias. 
Portanto, este galpão é viável para ser locado pela empresa . 
 
1.3 Mobiliário de um armazém 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embora o mobiliário de um armazém se estenda a tudo isto, vamos 
focar os móveis destinados à armazenagem propriamente dita: as 
estantes. 
O pé-direito (ou altura) do armazém é melhor aproveitado com o uso 
de estantes, pois o sistema de armazenagem é vertical. Entretanto, a 
altura máxima dessas estantes deve ser limitada ao alcance máximo 
das empilhadeiras empregadas no sistema. Deste modo, a partir de 
8 metros, há necessidade de uso de equipamentos especiais, como 
guinchos, guindastes, entre outros. 
Mas o uso de estantes também traz desvantagens. Entre elas, a 
maior é a baixa densidade de estocagem (stock) em virtude de 
serem necessários corredores para a circulação das empilhadeiras. 
Para tanto, faz-se necessário que o projetista do armazém 
dimensione e distribua bem o leiaute das instalações, para 
aproveitar ao máximo a capacidade volumétrica do armazém. 
A seguir iremos destrinchar os principais tipos de estantes e suas 
aplicações em unidades de armazenagem. 
DEFINIÇÃO 
Entendemos por mobiliário de um armazém, o conjunto de 
estantes e dispositivos necessários à acomodação dos itens 
estocados, incluindo todos os móveis e infraestrutura 
interna da parte administrativa. 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 17 
 
 
 
 
1.3.1 Estantes convencionais 
 
Esse tipo de estante, como mostra a foto da figura a 
seguir, é utilizado para armazenagem de cargas 
paletizadas, exigindo o uso de empilhadeiras para a 
carga e descarga de materiais. A grande vantagem desse 
tipo de estante está no fato de não ser necessário o 
deslocamento de carga para a localização ou 
movimentação de qualquer outra. 
 
Já para produtos leves, são 
utilizadas outras estantes, que permitam a 
arrumação de uma grande variedade de 
produtos. Essas estantes, como ilustrado 
na figura a seguir, podem ser facilmente 
montadas e desmontadas, e são 
compatíveis com grande parte dos 
equipamentos de movimentação. 
1.3.2 Estante Drive-in/Drive-thru 
 
 
Nesta modalidade, as estantes permitem que o equipamento 
automotor adentre em sua estrutura para facilitar a carga e 
descarga dos produtos paletizados. Se por um lado isto facilita 
a movimentação, por outro expõe a estrutura a uma maior 
fragilidade e instabilidade estrutural, aumentando os riscos de 
acidentes. Neste tipo de estrutura a seletividade é baixa, ou 
seja, a remoção dos pallets é realizada de modo mais lento. 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Estantes convencionais para 
carga paletizada. 
Fonte: 
http://www.imam.com.br/logistica/im
ages/stories/edicoes/ed.249/porta-
paletes-convencionais-simples-
eficientes-1.jpg (Acesso em 25/06/2017) 
 
Figura 2 - Estante convencional plástica para 
produtos leves não paletizáveis . 
Imagem disponível na Internet pelo link: 
http://www.gasparinimercosul.com.br/images/
cmsone/catalog/logistica/zoom/traversi_medi_
leggeri_11281.jpg (Acesso em 25/06/2017) 
 
Figura 3 - Estantes para pallets drive-
in. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-
Vj5QyhKN4CI/T3MfAP80j9 I/AAAAAAAA
AB0/BsBmBHgck8g/s1600/Drive-In.jpg 
(Acesso em 25/06/2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 18 
 
 
 
A principal diferença entre o drive-in e o drive-thru (veja as 
duas figuras respectivamente) é que, no primeiro, a 
empilhadeira de não consegue atravessar os corredores, 
enquanto que, no segundo isto é possível em virtude de a 
arrumação ser feita na parte superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.3 Estante Push-Back 
 
Nesse sistema, os pallets são colocados em trilhos com uma 
discreta inclinação, permitindo a ação da gravidade para o 
empilhamento horizontal em cada nível da estante. 
Figura 4 - Estantes para pallets drive-
thru. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
FVu732pPMsU/T3MfFRmR0LI/AAAAAAA
AAB8/HlcQsxKynwA/s1600/Drive-
Thru.jpg (Acesso em 25/06/2017) 
 
NOTA 
Essestipos de estrutura são utilizados quando a 
agilidade da carga e descarga não é tão importante 
quanto o aproveitamento de espaço, pois, como 
podemos observar, a necessidade de corredores 
diminui bastante nesse sistema de armazenamento. 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 19 
 
 
 
 
Figura 5 - Estante para pallets em Push-Back. Fonte: 
http://estanteriasdinamicas.xyz/gallery_gen/943c6c456c960fbd062b4d7ff75cdebd_300x144.jp
g (Acesso em 25/06/2017) 
 
Como pode ser observado na ilustração anterior, quando da 
remoção de um pallet, os outros descem naturalmente, por 
gravidade, ficando sempre um deles na parte frontal. Essa 
característica aumenta a seletividade dessa estrutura, apesar de 
limitar o número de pallets na profundidade, que é apenas de dois a 
cinco, em média. 
Nesse sistema, os pallets deslizam sobre trilhos, o que torna o 
mecanismo complexo quanto aos aspectos de manutenção. 
Cuidados com acidentes também devem ser tomados, pois o 
desgaste natural desses trilhos, associado ao mau uso dos 
equipamentos de movimentação, pode acarretar queda dos 
produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3.4 Estante Live Storage 
 
As estantes Live-Storage são também conhecidas como 
estantes para pallets dinâmicos. Apesar de muito 
semelhante ao Push-Back, a ação gravitacional nesse 
sistema é controlada por roletes em vez de trilhos. Os 
pallets vão deslizando sob velocidade controlada pelos 
roletes, que formam uma espécie de esteira para facilitar o 
deslocamento com segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.5 Estante Cantilever 
 
Também conhecida como “estante para materiais pesados 
não paletizáveis”, este tipo de estante é utilizado para 
armazenagem de produtos pesados sem o uso de pallets. É 
fortemente recomendado para materiais de grande 
comprimento, normalmente, em formato tubular ou em 
barra. 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 - Estante para pallets 
dinâmico ou Live Storage. Fonte: 
http://www.apcstoragesolutions.co.za/
uploads/bulk_product_images/thumbn
ail/Live-Storage-Pallet-Racking-03.jpg 
(Acesso em 25/06/2017) 
 
NOTA 
A velocidade neste sistema é mais elevada do que 
nos outros, uma vez que o operador não tem controle 
sobre a velocidade do fluxo da carga. 
Figura 7 - Estantes Cantilever para 
materiais não paletizáveis . Fonte: 
https://mecaluxbr.cdnwm.com/estrutu
ras-outros-sistemas/estrutura- 
 
NOTA 
Como principal vantagem deste sistema podemos 
destacar a facilidade de acesso para carga e descarga 
dos materiais estocados, além de ser completamente 
desmontável. 
Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 21 
 
 
 
 
1.3.6 Estante longa para materiais leves 
 
Este tipo de estrutura é recomendado para o 
armazenamento de cargas leves, mas que possuem um 
tamanho expressivo. 
 
 
 
 
 
1.3.7 Estante tipo Flow-Rack 
 
A estante Flow-Rack é utilizada na armazenagem de cargas leves, 
em caixas, acomodadas em um plano inclinado com trilhos, 
permitindo a flutuação dos produtos até à outra extremidade, como 
mostra a figura seguinte. 
 
Figura 9 - Estante Flow-Rack. Fonte: 
http://www.engesystems.com.br/imagens/informacoes/estante -flow-rack-01.jpg (Acesso em 
25/06/2017) 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Estante para materiais leves 
de grande volume. Fonte: 
http://www.imam.com.br/logistica/im
ages/stories/img-pag20-1.jpg (Acesso 
em 25/06/2017) 
 
NOTA 
Quando da remoção de uma caixa, as demais descem 
naturalmente, por gravidade, posicionando-se sempre 
na parte frontal. Essa característica aumenta a 
seletividade desta estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3.8 Estante em dois níveis 
 
Trata-se de um tipo de estante convencional que, por ser 
alta o suficiente para estar fora do alcance da coleta 
manual, necessita de escada para permiti-la. 
A estrutura forma corredores ao longo do primeiro andar. 
O aproveitamento de espaço vertical (pé-direito do 
armazém) é, sem dúvida, a principal vantagem deste 
sistema, que permite ainda uma maior seletividade na 
coleta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Estante em dois andares. 
Fonte: 
http://www.funcionalmoveisdeaco.com.
br/produtos/imagens/334_projetos_es
peciais_estantes_mezanino.jpg (Acesso 
em 25/06/2017) 
 
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Considerações Finais 
SAIBA MAIS: 
 
Quer se aprofundar no tema desta aula? Recomendamos o 
acesso às seguintes fontes de consulta e conhecimento: 
Artigo: “Procedimento para escolha da localização de um centro 
regional de distribuição e recolha de equipamentos” (CÂNDIDO & 
CAMPOS, 2010), acessível pelo link 
http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper364.pdf (Acesso 
em 25/06/2017). 
 
Atividades de Autoaprendizagem 
ATIVIDADES: 
Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o 
enunciado de sua atividade de autoaprendizagem proposta 
para esta aula. Se você está fazendo o seu curso 
presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades. Se você 
estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), 
acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e 
realize a atividade de modo online. Você pode desenvolver esta 
atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. 
Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu 
ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? 
Submeta o resultado em uma postagem diretamente em seu 
ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! 
 
Questionário Avaliativo 
TESTANDO: 
Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi 
abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva 
atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você 
estiver fazendo este curso a distância, acesse o QUIZ (Banco de 
Questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem. 
 
http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper364.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
 
CÂNDIDO, N. R., & CAMPOS, V. B. (2010). Procedimento para escolha da localização 
de um centro regional de distribuição e recolha de equipamentos. Braga: Uminho. 
Acesso em 25 de Jun de 2016, disponível em 
http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper364.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
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