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Grupo SER Educacional | Logística de Armazenagem 1 Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Direção Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR DE ARRUDA Autor MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS O Autor Mônica Patrícia Alcântara de Morais Olá. Meu nome é Mônica Alcântara. Sou formada em relações públicas com especialização em Administração em Marketing, com uma experiência técnico-profissional na área de gestão da cadeia de suprimentos de mais de 10 anos. Passei por empresas com a TIM Nordeste, Ericsson Gestão de Sistemas (EGS), Estaleiro Atlântico Sul e vários outros empreendimentos, sempre na área de Logística e Supply Chain . Participei da implantação do sistema SAP-R3 na TIM e de vários outros sistemas de automação e gestão empresarial. Estruturei vários projetos logísticos, como o da Rede TELEPORT de Educação, com unidades de ensino espalhadas em 13 estados da federação. Sou apaixonada pelo que faço e adora transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissõe s. Por isso fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Então, conte comigo! MÔNICA PATRÍCIA ALCÂNTARA “ Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA quando forem necessários observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO quando o desenvolvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Sumário 1 Localização, dimensionamento e mobiliário de armazéns ................................. 6 1.1 Estratégia de localização ................................................................................... 6 1.1.1 Armazém ou Centro de Distribuição de fábrica ................................................. 6 1.1.2 Armazém ou centro de distribuição independente ............................................ 7 1.1.4 Processo decisório sobre localização ............................................................... 7 1.1.4.1 TERCEIRIZAÇÃO DE UM CD ........................................................................... 7 1.1.4.2 COMPRAR, CONSTRUIR OU ALUGAR UM ARMAZÉM? ...................................... 8 1.1.4.3 PROSPECÇÃO DA LOCALIZAÇÃO IDEAL ........................................................... 8 1.2 Dimensionamento de um armazém .................................................................. 10 1.2.1 Área de um armazém ................................................................................... 11 1.2.2 Volumetria de um armazém .......................................................................... 12 1.2.2.1 ESTUDO DE CASO ...................................................................................... 13 1.2.2.2 SOLUÇÃO DE PROBLEMA ............................................................................ 14 1.3 Mobiliário de um armazém .............................................................................. 16 1.3.1 Estantes convencionais ................................................................................ 17 1.3.2 Estante Drive-in/Drive-thru .......................................................................... 17 1.3.3 Estante Push-Back ....................................................................................... 18 1.3.4 Estante Live Storage..................................................................................... 20 1.3.5 Estante Cantilever ....................................................................................... 20 1.3.6 Estante longa para materiais leves ................................................................ 21 1.3.7 Estante tipo Flow-Rack ................................................................................. 21 1.3.8 Estante em dois níveis .................................................................................. 22 Considerações Finais ............................................................................................ 23 Atividades de Autoaprendizagem .......................................................................... 23 Questionário Avaliativo ........................................................................................ 23 Bibliografia.......................................................................................................... 24 Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 6 1 Localização, dimensionamento e mobiliário de armazéns INTRODUÇÃO: Até aqui estudamos detidamente as questões relacionadas ao processo de armazenagem. Mas existe um outro aspecto muito relevante para ser analisado ao se projetar um armazém. Considerando que grande parte dos armazéns integra redes de distribuição, sua localização é uma questão muito importante e faz parte da estratégia empresarial para maximizar os resultados em termos de rapidez na entrega dos produtos, além de redução dos custos operacionais. Ao longo desta aula iremos ter a oportunidade de conhecer as estratégias comumente utilizadas para a escolha de um local para construir ou locar um armazém. Na sequência iremos estudar os aspectos construtivos de um armazém, começando pelo seu dimensionamento até a composição de seu mobiliário, como estantes e compartimentos de armazenagem. 1.1 Estratégia de localização Escolher um local para construir ou locar um armazém deve ser fruto de uma criteriosa análise de custo-benefício. Dependendo de sua natureza, a estratégia pode variar. 1.1.1 Armazém ou Centro de Distribuição de fábrica Os CDs pertencentes a uma unidade produtiva devem estar localizados o mais próximo possível da unidade de produção, OBJETIVO: Ao término desta aula você será capaz de compreender a estratégia de localização e dimensionamento dos armazéns. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 7 facilitando o deslocamento dos materiais e a comunicação entre as unidades de armazenagem e os setores da indústria , reduzindo os custos de transporte. Mas, como todo CD, ele também deve apresentar uma boa posição geográfica de escoamento, próximo de estradas arteriais que facilitem o embarque e desembarque das mercadorias. 1.1.2 Armazém ou centro de distribuição independente Para um CD independente, sua estratégia de localização pode variar entre estar o mais próximo possível da unidade produtiva ou da clientela. Diríamos que o melhor dos “mundos” seria estar em um ponto intermediário, pendendo mais para a unidade fabril. O perfil da clientela também interfere bastante. Um CD que atendea mais de uma indústria deve buscar o centro de gravidade geométrico entre elas, pendendo mais para aquelas de maior demanda. 1.1.4 Processo decisório sobre localização A tomada de decisão quanto à localização deve acontecer desde o planejamento estratégico do CD, considerando primeiramente o nível de serviço ao cliente (SLA). Portanto, esta decisão deverá estar sempre atrelada à decisão do SLA pretendido, o que será um fator preponderante para a entrega do VALOR “tempo” ao cliente. Algumas outras questões estão sempre vindo à tona quando se pensa em criar um CD em algum lugar para atender os clientes: • Comprar, construir ou alugar? • Implantar uma operação própria ou terceirizada? 1.1.4.1 TERCEIRIZAÇÃO DE UM CD A depender da natureza do produto e do contexto mercadológico, sobretudo da malha de transportes da região, em certas circunstâncias um operador logístico pode ser uma alternativa estratégica para elevar Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 8 O grau de competitividade frente aos concorrentes. Porém, terceirizando ou não um CD, o fator “localização” continua sendo um ponto muito importante e determinante para a competitividade da organização. Essa tomada de decisão deve ser permeada por muitos cálculos de custo-benefício, onde alguns elementos devem entrar nessa conta, como: custo do frete, mão de obra, aluguel, custos de energia elétrica, investimentos e equipamentos de movimentação e infraestrutura, entre inúmeros outros. Tudo isto deve ser colocado em uma balança e comparado ao custo da terceirização, que geralmente é cobrado em termos variáveis, por unidade armazenada e movimentada. 1.1.4.2 COMPRAR, CONSTRUIR OU ALUGAR UM ARMAZÉM? Se a decisão for por não se ter uma operação terceirizada, resta ainda uma nova decisão: comprar, construir ou alugar? Essa é uma decisão exclusivamente imobiliária. Cada organização apresenta uma política quanto a este assunto. Essa política normalmente está ligada às diretrizes estratégicas do núcleo societário da organização. O que podemos afirmar sobre esse assunto é que a tendência do mercado é cada vez mais optar por locar unidades de armazenagem. Quanto mais aparelhada ela estiver, mais acertada será a decisão. Alugar um armazém é uma alternativa bem mais barata, pois elimina certos custos como aquisição de terrenos, além de reduzir os investimentos em obra civis. 1.1.4.3 PROSPECÇÃO DA LOCALIZAÇÃO IDEAL Para encontrar a melhor localização possível para um CD é preciso fazer uso de certos recursos cartográficos e estatísticos. Os sistemas de posicionamento global (GPS) e geoprocessamento (Google Maps) podem ser fortes aliados para esta tomada de decisão. Para atender a dois ou mais centros produtivos, normalmente é preciso efetuar cálculos de equidistância geográfica, com o objet ivo Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 9 de achar o centro de gravidade (ou centro medianeiro) entre os diversos pontos onde serão realizadas as cargas e descargas de mercadorias. Figura 1 - Exemplo de localização de um CD na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Fontes: o autor, adaptado de Google Maps© . IMPORTANTE É preciso tomar bastante cuidado com esses cálculos. Muitas vezes o centro medianeiro geográfico não representa o ponto ideal, pois aspectos como as condições viárias devem ser levados em consideração. Algumas ferramentas profissionais oferecidas pela Google, como o “My Maps” e o “Earth” podem contribuir bastante com essa tomada de decisão. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 10 Mas não há nada instalado naquele local, tampouco rodovias que possam ser utilizadas em um rápido processo de escoamento. Então, se considerarmos outros fatores como segmentos viários e proximidade com o porto do Rio de Janeiro, por exemplo, teremos a “localização 2” como a ideal. Outro aspecto relevante é o volume de produção das três unidades produtivas. Assim, a média ponderada, com os pesos desses três pontos, será a melhor forma para se chegar à tomada de decisão. 1.2 Dimensionamento de um armazém O dimensionamento de armazéns requer conhecimentos básicos de geometria plana e espacial. Esses conhecimentos são fundamentais para se calcular o tamanho que um armazém deve ter com base na aproximação de volumes e áreas geométricas. EXPLICANDO MELHOR A figura a seguir ilustra um exemplo de situação geográfica para a escolha de um local para instalação de um CD. Como dá para perceber, existem três pontos de escoamento de mercadorias. Se a decisão estratégica for meramente geométrica, o melhor lugar para a implantação deste CD para atender a unidades produtivas em Santa Cruz, Barra da Tijuca e Nilópolis será o centro medianeiro marcado no mapa como “Localização 1”. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 11 1.2.1 Área de um armazém Onde: A → Área do retângulo; b → Comprimento da base; h → Altura do retângulo. A = b . h h b RUA W (PRINCIPAL) RUA X RUA Y R U A D R U A C R U A B R U A A DEFINIÇÃO A área de um armazém é o resultado a soma da área útil coma área inaproveitável. Os armazéns são normalmente instalados em galpões retangulares. Ainda aqueles que possuem módulos assimétricos, podem ser decompostos em subáreas retangulares. Assim, para calcularmos a área de um armazém, ou parte dele, basta aplicarmos a fórmula do cálculo da área de um retângulo. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 12 1.2.2 Volumetria de um armazém Para calcularmos o volume de um armazém, convém decompô-lo em, pelo menos, duas figuras geométricas espaciais, de modo que tenhamos seu espaço útil de armazenamento reduzido a um cubo, como mostra a figura a seguir. Figura 2 – Armazém. Fonte: https://pixabay.com/pt/armaz%C3%A9m-adega-isom%C3%A9trica- edif%C3%ADcio-1427960/ L P DEFINIÇÃO Volumetria, como o próprio nome diz, é a análise do conjunto de medidas de volume de um objeto, ou seja, do espaço que ele ocupa. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 13 Ora, se separarmos a estrutura de telha do restante do armazém, teremos que o espaço interno de armazenagem terá justamente a forma geométrica de um cubo, onde poderemos calcular seu volume pela fórmula: Vu = h . p . L Onde: Vu → Volume útil de armazenagem; h → Altura máxima de uma estante dentro do armazém; p → Profundidade do armazém, medida da porta da frente até a parede traseira; L → Largura do armazém. Evidentemente este ainda não é o Volume Útil do armazém, pois aí estão incluídos os espaços aéreos por sobre os corredores e áreas de circulação. Deste modo, a melhor maneira de aproximar o volume útil calculado do real é a decomposição em figuras geométricas ainda menores, como por exemplo, os volumes ocupados pelas estantes que ocupam o armazém. Assim, o volume útil do armazém será a soma dos volumes de todas as estantes instaladas. Dependendo do propósito do cálculo que se queira fazer, a obtenção do volume do armazém como um todo já atende ao objetivo. Por exemplo, antes de se adquirir e instalar as estantes, não é possível calcular seus volumes, mas é possível estimarmos o volume total que estas ocuparão quando estiverem instaladas, por aproximação. 1.2.2.1 ESTUDO DE CASO Deseja-se alugar um galpão para a instalação de um armazémde produtos eletrônicos. Cada caixa deste produto mede 60cm por 50cm de fundo, e uma altura de 30cm. Sabemos que cada pallet mede 1,00m x 1,20m. É possível empilhar até 5 caixas, uma em cima da outra, sem causar avarias aos produtos embalados. O galpão que a empresa tem em vista para locar mede 30 metros de frente, Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 14 50 metros de profundidade e 8 metros de altura. É necessário armazenar, no mínimo, 50.000 caixas simultaneamente. Em virtude do tipo de empilhadeira utilizada, as ruas ao redor das quadras no armazém não podem ter menos de 3m de largura. Verifique se este galpão é viável para o negócio da empresa. 1.2.2.2 SOLUÇÃO DE PROBLEMA O galpão tem um volume total de 30m x 50m x 8m = 12.000 m3, que representa 12.000 litros. Mas para termos uma noção do que seria o volume útil deste armazém, temos que rabiscar um pequeno layout considerando a área útil e a área inaproveitável do que seria um armazém instalado neste galpão. Veja a sugestão ilustrada na figura a seguir. Figura 3 - Exercício de aprendizagem - Layout sugerido para o armazém Percebamos que, em virtude da limitação das ruas, construímos 4 quadras que, com os recuos necessários, ficaram com 11m de largura (latitudinal) por 20,5m de profundidade (longitudinal), cada uma, o que resulta em 225,5m2 de área plana ocupada por quadra. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 15 Sabemos ainda que um pallet mede 1m x 1,2m. Logo, ele ocupará 1,2m2 de área plana. Dividindo-se 225,5 por 1,2 teremos que, cada quadra comportará 187,91 pallets. Como este número só pode ser inteiro, teremos 187 pallets acomodadas por quadra. Mas cada caixa mede 60cm por 50cm de área plana, o que representa exatamente a metade das dimensões de um pallet. Logo, a área de cada pallet será quatro vezes maior que a da caixa, de onde se deduz que cada pallet conseguirá acomodar 4 caixas do produto a ser armazenado. Portanto, a quantidade de caixas por quadra será 187 x 4 = 748 caixas. Mas esta quantidade considera apenas a projeção da caixa no plano (área plana). Sabemos que cada pallet poderá comportar até 5 caixas empilhadas, o que faz multiplicar-se o número de caixas acomodadas por pallet. Logo, a quantidade de caixas armazenáveis em uma quadra passa a ser 5 vezes maior, ou seja, 748 x 5 = 3.740. Mas será que este empilhamento excederá a capacidade do pé- direito do galpão, que é de 8m? Vejamos então: se a altura de cada caixa é de 30cm, o empilhamento máximo de caixas poderá chegar a 5 x 30cm = 1,5m. Temos uma sobra, portanto, de 8m – 1,5m = 6,5m. Mas, o que faremos com esta sobra, se a capacidade de empilhamento já se esgotou? A resposta é simples, podemos lançar mão de estantes ou gaiolas, permitindo expandir a capacidade de armazenamento vertical das caixas. Considerando que cada prateleira da estante pode ter uma altura de 1,6m, para poder acomodar bem o lote de 5 caixas empilhadas e paletizadas (com uma margem de 10cm para comportar a altura da palete), teremos como acomodar mais 4 lotes NOTA Os termos ruas e quadras são utilizados na área de armazenagem para representar as divisões internas do armazém, tal como utilizamos para dividir os bairros de uma cidade. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 16 de 5 caixas empilhadas verticalmente. Assim, 5 lotes vão medir, somados, exatamente 5 x 1,6m = 8m. Logo, cada quadra poderá conter 3.740 caixas x 5 lotes = 18.700 caixas. Como serão 4 quadras no armazém, teremos 18.700 x 4 = 74.800 caixas, um número bem maior que as 50.000 necessárias. Portanto, este galpão é viável para ser locado pela empresa . 1.3 Mobiliário de um armazém Embora o mobiliário de um armazém se estenda a tudo isto, vamos focar os móveis destinados à armazenagem propriamente dita: as estantes. O pé-direito (ou altura) do armazém é melhor aproveitado com o uso de estantes, pois o sistema de armazenagem é vertical. Entretanto, a altura máxima dessas estantes deve ser limitada ao alcance máximo das empilhadeiras empregadas no sistema. Deste modo, a partir de 8 metros, há necessidade de uso de equipamentos especiais, como guinchos, guindastes, entre outros. Mas o uso de estantes também traz desvantagens. Entre elas, a maior é a baixa densidade de estocagem (stock) em virtude de serem necessários corredores para a circulação das empilhadeiras. Para tanto, faz-se necessário que o projetista do armazém dimensione e distribua bem o leiaute das instalações, para aproveitar ao máximo a capacidade volumétrica do armazém. A seguir iremos destrinchar os principais tipos de estantes e suas aplicações em unidades de armazenagem. DEFINIÇÃO Entendemos por mobiliário de um armazém, o conjunto de estantes e dispositivos necessários à acomodação dos itens estocados, incluindo todos os móveis e infraestrutura interna da parte administrativa. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 17 1.3.1 Estantes convencionais Esse tipo de estante, como mostra a foto da figura a seguir, é utilizado para armazenagem de cargas paletizadas, exigindo o uso de empilhadeiras para a carga e descarga de materiais. A grande vantagem desse tipo de estante está no fato de não ser necessário o deslocamento de carga para a localização ou movimentação de qualquer outra. Já para produtos leves, são utilizadas outras estantes, que permitam a arrumação de uma grande variedade de produtos. Essas estantes, como ilustrado na figura a seguir, podem ser facilmente montadas e desmontadas, e são compatíveis com grande parte dos equipamentos de movimentação. 1.3.2 Estante Drive-in/Drive-thru Nesta modalidade, as estantes permitem que o equipamento automotor adentre em sua estrutura para facilitar a carga e descarga dos produtos paletizados. Se por um lado isto facilita a movimentação, por outro expõe a estrutura a uma maior fragilidade e instabilidade estrutural, aumentando os riscos de acidentes. Neste tipo de estrutura a seletividade é baixa, ou seja, a remoção dos pallets é realizada de modo mais lento. Figura 4 - Estantes convencionais para carga paletizada. Fonte: http://www.imam.com.br/logistica/im ages/stories/edicoes/ed.249/porta- paletes-convencionais-simples- eficientes-1.jpg (Acesso em 25/06/2017) Figura 2 - Estante convencional plástica para produtos leves não paletizáveis . Imagem disponível na Internet pelo link: http://www.gasparinimercosul.com.br/images/ cmsone/catalog/logistica/zoom/traversi_medi_ leggeri_11281.jpg (Acesso em 25/06/2017) Figura 3 - Estantes para pallets drive- in. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/- Vj5QyhKN4CI/T3MfAP80j9 I/AAAAAAAA AB0/BsBmBHgck8g/s1600/Drive-In.jpg (Acesso em 25/06/2017) Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 18 A principal diferença entre o drive-in e o drive-thru (veja as duas figuras respectivamente) é que, no primeiro, a empilhadeira de não consegue atravessar os corredores, enquanto que, no segundo isto é possível em virtude de a arrumação ser feita na parte superior. 1.3.3 Estante Push-Back Nesse sistema, os pallets são colocados em trilhos com uma discreta inclinação, permitindo a ação da gravidade para o empilhamento horizontal em cada nível da estante. Figura 4 - Estantes para pallets drive- thru. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/- FVu732pPMsU/T3MfFRmR0LI/AAAAAAA AAB8/HlcQsxKynwA/s1600/Drive- Thru.jpg (Acesso em 25/06/2017) NOTA Essestipos de estrutura são utilizados quando a agilidade da carga e descarga não é tão importante quanto o aproveitamento de espaço, pois, como podemos observar, a necessidade de corredores diminui bastante nesse sistema de armazenamento. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 19 Figura 5 - Estante para pallets em Push-Back. Fonte: http://estanteriasdinamicas.xyz/gallery_gen/943c6c456c960fbd062b4d7ff75cdebd_300x144.jp g (Acesso em 25/06/2017) Como pode ser observado na ilustração anterior, quando da remoção de um pallet, os outros descem naturalmente, por gravidade, ficando sempre um deles na parte frontal. Essa característica aumenta a seletividade dessa estrutura, apesar de limitar o número de pallets na profundidade, que é apenas de dois a cinco, em média. Nesse sistema, os pallets deslizam sobre trilhos, o que torna o mecanismo complexo quanto aos aspectos de manutenção. Cuidados com acidentes também devem ser tomados, pois o desgaste natural desses trilhos, associado ao mau uso dos equipamentos de movimentação, pode acarretar queda dos produtos. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 20 1.3.4 Estante Live Storage As estantes Live-Storage são também conhecidas como estantes para pallets dinâmicos. Apesar de muito semelhante ao Push-Back, a ação gravitacional nesse sistema é controlada por roletes em vez de trilhos. Os pallets vão deslizando sob velocidade controlada pelos roletes, que formam uma espécie de esteira para facilitar o deslocamento com segurança. 1.3.5 Estante Cantilever Também conhecida como “estante para materiais pesados não paletizáveis”, este tipo de estante é utilizado para armazenagem de produtos pesados sem o uso de pallets. É fortemente recomendado para materiais de grande comprimento, normalmente, em formato tubular ou em barra. Figura 6 - Estante para pallets dinâmico ou Live Storage. Fonte: http://www.apcstoragesolutions.co.za/ uploads/bulk_product_images/thumbn ail/Live-Storage-Pallet-Racking-03.jpg (Acesso em 25/06/2017) NOTA A velocidade neste sistema é mais elevada do que nos outros, uma vez que o operador não tem controle sobre a velocidade do fluxo da carga. Figura 7 - Estantes Cantilever para materiais não paletizáveis . Fonte: https://mecaluxbr.cdnwm.com/estrutu ras-outros-sistemas/estrutura- NOTA Como principal vantagem deste sistema podemos destacar a facilidade de acesso para carga e descarga dos materiais estocados, além de ser completamente desmontável. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 21 1.3.6 Estante longa para materiais leves Este tipo de estrutura é recomendado para o armazenamento de cargas leves, mas que possuem um tamanho expressivo. 1.3.7 Estante tipo Flow-Rack A estante Flow-Rack é utilizada na armazenagem de cargas leves, em caixas, acomodadas em um plano inclinado com trilhos, permitindo a flutuação dos produtos até à outra extremidade, como mostra a figura seguinte. Figura 9 - Estante Flow-Rack. Fonte: http://www.engesystems.com.br/imagens/informacoes/estante -flow-rack-01.jpg (Acesso em 25/06/2017) Figura 8 - Estante para materiais leves de grande volume. Fonte: http://www.imam.com.br/logistica/im ages/stories/img-pag20-1.jpg (Acesso em 25/06/2017) NOTA Quando da remoção de uma caixa, as demais descem naturalmente, por gravidade, posicionando-se sempre na parte frontal. Essa característica aumenta a seletividade desta estrutura. Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 22 1.3.8 Estante em dois níveis Trata-se de um tipo de estante convencional que, por ser alta o suficiente para estar fora do alcance da coleta manual, necessita de escada para permiti-la. A estrutura forma corredores ao longo do primeiro andar. O aproveitamento de espaço vertical (pé-direito do armazém) é, sem dúvida, a principal vantagem deste sistema, que permite ainda uma maior seletividade na coleta. Figura 10 - Estante em dois andares. Fonte: http://www.funcionalmoveisdeaco.com. br/produtos/imagens/334_projetos_es peciais_estantes_mezanino.jpg (Acesso em 25/06/2017) Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 23 Considerações Finais SAIBA MAIS: Quer se aprofundar no tema desta aula? Recomendamos o acesso às seguintes fontes de consulta e conhecimento: Artigo: “Procedimento para escolha da localização de um centro regional de distribuição e recolha de equipamentos” (CÂNDIDO & CAMPOS, 2010), acessível pelo link http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper364.pdf (Acesso em 25/06/2017). Atividades de Autoaprendizagem ATIVIDADES: Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o enunciado de sua atividade de autoaprendizagem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? Submeta o resultado em uma postagem diretamente em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! Questionário Avaliativo TESTANDO: Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você estiver fazendo este curso a distância, acesse o QUIZ (Banco de Questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem. http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper364.pdf Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 24 Bibliografia CÂNDIDO, N. R., & CAMPOS, V. B. (2010). Procedimento para escolha da localização de um centro regional de distribuição e recolha de equipamentos. Braga: Uminho. Acesso em 25 de Jun de 2016, disponível em http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/PDF/Paper364.pdf Logística de Armazenagem | Mônica Alcântara | 25
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