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História da Historiografia Brasileira - AD1 -2021 2 - 6º Período

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCHS 
LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
/UNIRIO/CEDERJ 
 
 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO DISTÂNCIA - 2021.1 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA 
Coordenação: Ricardo Salles 
Nome: Paulo de Morais Oliveira 
Matricula: 18216090094 Polo: Resende 
 
 
 
 Caro (a) aluno (a): 
 Essa é a sua primeira AD. Leia o enunciado e as instruções com atenção. 
 
A partir da leitura das aulas 2 e 3 e dos artigos de apoio indicados, elabore um texto dissertativo a partir do 
seguinte tema: 
 
“A historiografia do IHGB e a construção da nação brasileira.” 
 
Instruções para o texto: 
 
 I) Deverá ter, no máximo, duas laudas (sem contar referências bibliográficas). 
 II) A ELABORAÇÃO do texto deverá ser feita em Microsoft Word ou similar; Fonte Times New 
 Roman ou Arial; espaçamento 1,5; margens 2,0; letra 11; Parágrafos justificados. 
 III) O ENVIO deverá OBRIGATORIAMENTE ser feito em formato pdf. Trabalhos enviados em 
 outros formatos, inclusive word ou similar, NÃO SERÃO ACEITOS. 
 
 IV) O trabalho deverá conter ao menos uma referência a cada um dos textos de apoios indica- 
 dos. As referências poderão vir na forma de citações diretas, com nota de rodapé, ou de outras 
 formas quaisquer desejadas por você, desde que pertinentes ao desenvolvimento dos argumen- 
 tos no texto. 
 V) O trabalho deverá obrigatoriamente dialogar com os conteúdos das aulas 2 e 3 da disciplina. 
 VI) Citações de outros textos fora dos indicados não são obrigatórias, mas serão valorizadas, desde 
 que pertinentes ao desenvolvimento dos argumentos. 
 VII) Trabalhos fora das indicações aqui feitas ou fora do tema poderão ser zerados. 
 VIII) Procure ser claro e objetivo na elaboração de seu texto. 
 
Textos de apoio (disponíveis, também, como material complementar na plataforma, na seção “Exercícios e 
Complementos”): 
 
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico 
Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional. In: Estudos Históricos. Nº 1. Rio de Janeiro: FGV, 1988, p. 
5-27. 
 
TURIN, Rodrigo. Entre “antigos” e “selvagens”: notas sobre os usos da comparação no IHGB. In: Revista de 
História. Número Especial. São Paulo: USP, 2010, p. 131-146. 
 
 
 
 
 
 Inegavelmente o IHGB tornou-se uma instituição primordialmente importante no tocante ao 
estabelecimento de uma historiografia necessária a manutenção da documentação e arquivamento de fontes 
primárias contendo fatos, dados, informações e documentos imprescindíveis a construção da história do Brasil. 
Consoante a lição 2 do caderno didático, no contexto da conceituação estabelecida em relação a formação dos 
estados nacionais a partir da Revolução Francesa, poder-se-ia aplicar a futura formação da nação brasileira o 
conceito desenvolvido por Benedict Anderson, isto é, do Estado pensado doravante em termos de 
nacionalidade. 
 Não fosse a criação do IHGB provavelmente ser-nos-ia um exercício mental dos mais difíceis a tentativa 
de compreendermos a verdadeira história da nação brasileira. A partir de sua criação no ano de 1838 o IHGB 
transformou-se em uma ferramenta imprescindível para o arquivamento da memória da história nacional. O 
seu surgimento deu-se em um momento no qual o Império enfrentava enormes dificuldades e inexoravelmente 
quando o Brasil necessitava urgentemente de uma [...] escrita da história nacional brasileira no século XIX 
[...]. – (ESCOSTEGUY, 2013, p. 7). 
 Facilmente se observa no contexto da aula de número 2 do caderno didático o quanto o registro da 
história haveria de contribuir para a necessária formação de uma identidade nacional a fim de que sobre esta 
fosse estabelecida uma sólida base para a formação da nação brasileira. Seria inimaginável conceber a ideia 
de uma nação enquanto inexistisse a formação de uma identidade própria. Comprovadamente, José Bonifácio 
tinha esse ideário em mente, contudo, pensava em termos do Império Português e não do Brasil em si. Porém, 
Frei Caneca à frente de seu tempo, argumentava que a palavra nação era o equivalente a palavra pátria. 
Pensando no conceito de nação como o lugar do nascimento do cidadão interpretou-se o pensamento de Caneca 
como o de defensor da formação de uma identidade coesa entre aqueles que se julgavam pertencer a nação 
onde nascera. 
 Ao contrário disso, na concepção do Reformismo Ilustrado nas últimas décadas do século XVIII a ideia 
de nação fazia parte do ideário ligado diretamente aos [...] quatro cantos do mundo [...] – (ESCOSTEGUY, 2013, 
p. 21). Notadamente, tal asserção era excludente em razão de que se referia a totalidade do Império Português 
e não ao Brasil. Designadamente, contudo, além de José Bonifácio, um outro intelectual importante e influente 
corroborava peremptoriamente com essa ideologia, ou seja, dom Rodrigo Coutinho. 
 Não obstante, em consonância com a aula 3 de nosso caderno didático vê-se que somente após a renúncia 
de Pedro I percebeu-se o quanto o País carecia da premente necessidade de que se pensasse no tecimento da 
construção de sua própria história. E, um dos grandes expoentes dessa concepção da construção da história 
nacional foi o visconde de Cairu. Porém, o alicerce sobre o qual firmar-se-ia tal construção inexoravelmente 
seria o IHGB. Entrementes, ainda em uníssono com uma reflexão baseada na aula 3 de nosso caderno didático, 
compreende-se claramente que o IHGB nasceu exatamente em meio a enormes querelas políticas, brigas pelo 
poder, guerras, insurreições, mas, acima de tudo em face da necessidade urgente da formação de uma 
identidade nacional. 
 A verdade, porém, é que existiam controvérsias relacionadas a construção da nação brasileira. 
Permanecia a discussão em torno de quem seriam os incluídos e quais seriam os excluídos. Manoel Guimarães 
expôs bem essa questão na abordagem de seu artigo ao fazer menção a dificuldade enfrentada na 
implementação de um projeto nacional em face do trabalho humano forçado e a presença de [...] populações 
indígenas [...]. – (GUIMARÃES, 1988, p. 6). Pensar, porém, em construir um ideário nacional que redundasse 
na construção e unificação de uma nação brasileira forte e coesa, seria tarefa das mais difíceis em virtude da 
enorme miscigenação de raças: brancos, mulatos, negros e etc. Precipuamente, não se pode olvidar também 
dos defensores apaixonados pela ideia de branqueamento da raça. 
 Manoel Guimarães identificou o ponto crucial quando salientou a importância de se definir qual a forma 
de escrita seria utilizada para se descrever a história do País. Em suas próprias palavras: [...] dando-lhe uma 
identidade própria capaz de atuar tanto externa quanto internamente [...] – (GUIMARÃES, 1988, p. 6). 
Entrementes, à vista disso, Rodrigo Turin no que lhe concerne, traz-nos uma abordagem interessante sobre o 
açodamento precipitoso do IHGB no tocante a [...] construção (...) de uma história nacional ainda inexistente 
[...]. – (TURIN, 2010, p. 132). 
 Fica claro, no entanto que tanto Manoel Guimarães quanto Rodrigo Turin reconhecem que o IHGB tinha 
plena consciência de inserir nos registros históricos a real necessidade da inclusão dos povos indígenas no 
conjunto de ideias de construção da nação brasileira. Inegavelmente tais povos eram os habitantes originais 
desse território quando da chegadados europeus. Rodrigo Turin condenou a atitude de Varnhagem o qual 
considerou insignificante a contribuição dos indígenas no processo civilizatório do Brasil. No entanto, 
Gonçalves de Magalhães tinha pensamento contrário ao do iminente historiador e diplomata, tendo escrito um 
texto defendendo-os. Desse modo, no tocante a conclusão final com base na etnografia sobre os povos 
indígenas, coube ao IHGB a insigne responsabilidade de construir suas argumentações históricas em torno da 
importância destes para a formação da nação brasileira. 
 Por sua parte, o botânico Carl Von Martius saiu em defesa da formação da nação brasileira incluindo 
os povos indígenas ao lado dos brancos e dos negros. Tal fato tornava o Brasil uma nação inigualável aos olhos 
do mundo. E esse modelo aferidor apresentado por Martius é o ponto central dessa dissertação em face de que 
na formação de uma identidade nacional dever-se-ia gradativamente desvinculá-la daquela aspiração 
monarquista centralizada unicamente na pessoa do Imperador. O próprio IHGB aclamou o texto sobre como 
escrever a História do Brasil redigido por Martius como aquele que atendeu brilhantemente o programa 
estabelecido. Doravante, as argumentações traçadas pelo ilustre intelectual alemão seriam seguidas pela 
notória instituição. 
 Martius ofereceu, portanto, sua singular contribuição a construção dessa unidade nacional; ainda que 
tenha centralizado o branco como uma parte de enorme importância indispensável na tecitura do progresso e 
construção da história impar e singular da população estabelecida em toda a extensão territorial brasileira, 
deixou claro que somente poder-se-ia pensar a existência de um povo autenticamente brasileiro desde que 
fossem necessariamente consideradas estas três raças distintas, isto é, brancos, negros e índios. 
 Notadamente, ainda que um dos principais expoentes do IHGB, isto é, Varnhagem tenha divergido 
abertamente de Carl Von Martius ao contradizer a sua defesa da formação do povo brasileiro com base nas 
três raças mencionadas, o IHGB adotou a premissa esposada por Martius e valendo-se dela como um firme 
alicerce - construiu suas bases para a formação de uma identidade nacional do Brasil contribuindo dessa forma 
para a construção da história nacional, participando desse modo da formação da nação brasileira. 
Referências bibliográficas: 
Escosteguy Filho, João Carlos. História da historiografia brasileira v. 1. / João Carlos Escosteguy Filho, Ricardo 
Salles. - Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2013. 225 p. ; 19 x 26,5 cm. ISBN: 978-85-7648-912-2 1. História. 
2. Historiografia brasileira. I. Salles, Ricardo. 2.Título. CDD: 981 
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico 
Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional. In: Estudos Históricos. Nº 1. Rio de Janeiro: FGV, 1988, p. 
5-27. 
 
TURIN, Rodrigo. Entre “antigos” e “selvagens”: notas sobre os usos da comparação no IHGB. In: Revista de 
História. Número Especial. São Paulo: USP, 2010, p. 131-146.

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