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Aula 3 - Microbiologia - Bactérias

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MICROBIOLOGIA 
MEDICINA FTC 2020.1 
 
 BACTÉRIAS 
 
Características gerais 
 A célula bacteriana é muito semelhante a 
uma célula eucariótica, a diferença básica é 
que a bacteriana não tem um núcleo, tem a 
região do genoma nucloíde porque ela é uma 
célula procariótica, DNA circular, vai ter um 
genoma a mais, que é o plasmideo, esse 
genoma pode ser transferido, conjugado, 
confere para uma outra bactéria que ela 
esteja transportando uma nova característica, 
um novo fator de virulência, a partir do 
momento que ela divide esse genoma com 
uma outra bactéria, ela pode fazer isso pelo 
pilus sexual. Não possui organelas, tem 
ribossomos (com a função de síntese 
protéica). Além de serem procariontes, tem 
uma característica singular delas que é a 
parede celular. Graças à composição química 
da parede celular das bactérias que as 
diferenciam em dois grupos: Gram positiva e 
Gram negativa. Nas bactérias tem a cápsula 
que faz o papel semelhante ao do envelope 
no vírus, nessa cápsula contem às fimbrias que 
são estruturas que serve para aderência das 
células epiteliais, a célula que a bactéria quer 
reconhecer, quer infectar. As bactérias podem 
ser moveis, através das estruturas chamadas 
de flagelo e imóveis que não possuem flagelo 
(estafilococos). 
 Tamanho: 0,2 a 2 μm de diâmetro, e 8 μm de 
comprimento. 
 
 
 
 Indivíduos que são fumantes têm mais 
predisposição à infecção por varias bactérias, 
inclusive uma das maiores causadoras de 
pneumonia é o Streptococcus pneumoniae. 
 
Formas bacterianas 
 
COCOS: São relativamente esféricos 
 
BACILOS: São ligeiramente alongados, com 
extremidades esféricas, podendo dispor ou 
não de flagelos. 
 
ESPIRAL OU ESPERILOS: Possuem uma ou mais 
curvatura, nunca são retas. Quando tem uma 
curvatura pequena são chamados de vibriões. 
Quando tem um formato helicoidal são 
chamados de espiroquetas. 
 
 
 
Dentro das varias tipos formas bacterianas elas 
precisam se multiplicar, as bactérias se 
reproduzem como fissão binária. Uma célula 
(forma um septo no meio dessa mesma célula 
e origina duas células filhas, pode acontecer 
dessas células ao se dividirem ficarem 
grudadas, e se dividirem em vários planos (1, 2, 
3...) e assim originando formas bacterianas 
diferentes, de cocos e bacilos. (Como por ex: 
diplococos, estafilococus, estreptococus). 
Aquele mesmo número de planos que a célula 
mãe foi divida, vai continuar nas células filhas. 
 
COCOS: Aqueles que se dividem em um pano 
são chamados de diplococos e estreptococos 
dois planos e permanecem em grupos de 
MICROBIOLOGIA 
MEDICINA FTC 2020.1 
 
quatro são conhecidos como tétrades. Os que 
se dividem em três planos e permanecem 
ligados uns aos outros em grupos de oito, em 
forma de cubo, são chamados de sarcinas. 
Aqueles que se dividem em múltiplos planos e 
formam agrupamentos em formato de cacho 
de uva ou lâminas amplas são chamados de 
estafilococos. Muitas vezes, essas 
características do grupo são úteis na 
identificação de certos cocos. 
 
 
 
 
BACILOS: Para os bacilos funcionam da 
mesma forma. E pode formar estreptobacilos, 
diplobacilos. Os bacilos podem ficar um lado 
do outro formando uma estrutura chamada 
de paliçada, na maioria das vezes eles se 
comportam de maneira individual são 
encontrados separados, mas podem ser 
encontrados na forma de estreptobacilos 
(bastonetes agrupados em cadeias), 
diplobacilos (agrupados aos pares) ou 
conjugados. 
O nome “bacilo” tem dois significados em 
microbiologia. Como acabamos de utilizar, a 
palavra bacilo se refere a uma forma 
bacteriana. Quando escrito em latim, em letra 
maiúscula e em itálico, refere-se a um gênero 
específico. Por exemplo, a bactéria Bacillus 
anthracis (serve também para as outras 
formas). 
 
 
 
ESPIRILOS: 
 
 
Ex: Leptospira sp (espiroqueta) 
MICROBIOLOGIA 
MEDICINA FTC 2020.1 
 
 
Estrutura externa à parede celular 
 
Glicocálice: Substância viscosa, rica em 
carboidratos, lipídeos, fosfolipideos. E quando 
essa camada está grossa, firmemente aderida 
a parede celular ela é chamada de cápsula. 
Podem ter bactérias capsuladas e bactérias 
não capsuladas. 
Geralmente quando a bactéria possui a 
cápsula, ela é mais patogênica, ela induz uma 
infecção mais severa, porque a cápsula 
também configura como um fator de 
virulência. 
A cápsula pode impedir a fagocitose (é um 
ato de englobar), isso favorece a presença do 
microorganismo naquele local, e isso é bom 
para ele se multiplicar, com isso levando a um 
desenvolvimento macroscópico que é a 
doença. A fagocitose pode ser feita quando a 
cápsula pode ser carregada negativamente, 
os neutrófilos e a membrana celular também 
são negativos e aí eles se repelem, na cápsula 
também pode ter a mesma natureza química 
da membrana, e a membrana não 
reconhece como algo estranho e por isso os 
macrófagos não fagocitam. 
Além disso, a cápsula pode impedir o 
ressecamento e a desidratação da bactéria, é 
importante para adesão (contem fimbrias, 
adesinas), microproteinas para que sejam 
reconhecidas por certos resíduos em cima 
dessa membrana da célula eucariótica, para 
que a bactéria fique grudada em certas 
superfícies. 
Ela também é importante para o biofilme, 
maioria das bactérias são capazes de formá-
lo. O biofilme é tipo uma comunidade 
bacteriana, uma colonização onde elas tem 
receptores e conseguem se aderir umas as 
outras, e não necessariamente o biofilme 
precisa ser da mesma espécie bacteriana, 
pode ser de espécies ou gêneros diferentes, e 
esse biofilme ta conectado em uma superfície 
ou em uma substância inorgânica, no vidro, 
na sonda do paciente internado, ou no tártaro 
(que fica no dente) que é um biofilme. O 
biofilme é favorável a bactéria porque ele 
pode formar cepas, atrapalha antibiótico. 
 
Flagelos 
Os flagelos eles estão ancorados na parede 
celular tanto das bactérias gram positivas quanto 
da gram negativa, externamente, é isso que dá 
mobilidade a bactéria. A presença de flagelos 
nas bactérias configura um fator de virulência, 
são armas que os microorganismos possuem para 
iniciar o processo de patogênese, de lesão do 
tecido, da célula. As espiroquetas não possuem 
esse flagelo ao redor das paredes, elas possuem 
endoflagelos (endo: dentro) passa por dentro do 
corpo da bactéria, por isso que elas têm esse 
formato. 
 
 
Parede celular 
Estrutura mais importante das bactérias, é 
composta basicamente de peptideoglicano, e 
ele que mantêm a rigidez, a forma bacteriana. É 
devido a essa camada de peptideoglicano que 
vai diferenciar as bactérias de gram positiva e 
gram negativa. A parede está entre a membrana 
citoplasmática e a cápsula. 
 
MICROBIOLOGIA 
MEDICINA FTC 2020.1 
 
Funções: 
Prevenção da lise celular 
Forma bacteriana 
Ponto de ancoragem de bactérias Gram+ e 
Gram - 
Composição química do peptídeoglicano 
É uma sequência de dissacarídeos (açúcar) 
unidos por pequenas cadeias de peptídeos. 
A parede celular bacteriana possui 
peptideoglicano, um polímero composto de NAG 
(acido acetilmurâmico) e NAM (acido 
acetilglicosamina) e cadeias curtas de 
aminoácidos. 
Os antibióticos agem exatamente nessa cadeia 
de polipeptídios. Cliva a rede (bolinhas azuis) 
fazendo com que fique frouxo, desestabilizando 
a parede celular então começa a ficar 
permeável, entra muito liquido e a bactéria 
explode e morre. 
GRAM POSITIVA: 
Estrutura espessa, rígida, formada por varias 
camadas de peptideoglicano (90%). Contem 
ácido teicóico. 
GRAM NEGATIVA: 
Formada por uma camada fina de 
peptideoglicano (10%) e uma membrana 
externa. Mais proteínas de transporte, LPS 
(lipopolissacarídeo) e a porção lipidica. Quando 
um microorganismo é fagocitado pelo 
macrófago que ele morre, o LPS é degradado e 
é liberada a porção lipídica (endotoxina A ou 
lipídeo A), é o LPS que causa a inflamação, ele 
que produz a liberação de citocina (são 
proteínas importantes no sistema imune, com 
mediadores químicos de comunicação entre as 
células, amadurecimento de células do sistemaimune...) ele leva a produção de citocinas 
inflamatórias que podem causar a febre, por 
exemplo. São mais resistentes a antibióticos. 
 
Toxina 
Quando a bactéria secreta uma proteína tóxica 
para uma célula ou tecido é chamada de toxina. 
 
As gram positivas só produzem exotoxinas. 
 
Somente as gram negativas que possuem 
endotoxinas. 
 
MICROBIOLOGIA 
MEDICINA FTC 2020.1 
 
Coloração de Gram 
 
 
Ambas as bactérias se coram com o violeta, 
porque ele é um corante básico, e tem afinidade 
por resíduos de ácidos presentes no citoplasma. 
O lugol tem iodo e ele tem afinidade pelo cristal 
de violeta, se liga ao cristal de violeta quando é 
colocado nas bacterias, ele forma uma 
macromolécula, continua roxo. 
O álcool nas gram negativas varre a membrana 
externa, ela tem a mesma natureza fosfolipídica 
da membrana citoplasmática, o álcool “tira” a 
camada lipidica, além de ele forma fóruns na 
fina camada de peptideoglicano, aí o corante 
sai, e as gram negativas ficam descoradas. Para 
visualizar precisa de um corante secundário para 
corar essas bacterias. 
A fucsina também funciona como corante 
básico. 
SEMPRE EM ROXO É GRAM POSITIVA 
E EM ROSA É GRAM NEGATIVA 
As bacterias são capazes de formar esporos ou 
endósporos que estão presentes em ambientes 
adversos, em condição desfavorável para seu 
crescimento/sua utilização. Ele diminui seu 
metabolismo, sua capacidade de água e forma 
uma capa a mais, ela passa a não expressar mais 
os genes que estão relacionados à reprodução, 
e passa a expressar os genes que estão 
relacionados à formação dessa capa. 
Quem forma os esporos é basicamente as gram 
positivas, isso não quer dizer que todas as gram 
positivas que irão formar, mas sim alguns gêneros. 
Os esporos são extremamente resistentes, e em 
condições favoráveis (quando encontra seu 
hospedeiro, pois é onde vai encontrar nutrientes, 
água) ocorre à germinação (volta a sua forma 
original). Só consegue ser destruído com 
esterilização. 
 
 
Os endósporos podem permanecer dormentes 
por milhares de anos. Um endósporo retorna ao 
seu estado vegetativo por um processo 
chamado de germinação. A germinação é 
desencadeada pelo calor alto, como aquele 
utilizado na produção de conservas, ou por 
pequenas moléculas, chamadas de germinantes. 
Os germinantes identificados até o presente 
momento são a alanina e a inosina 
MICROBIOLOGIA 
MEDICINA FTC 2020.1 
 
(nucleotídeos). Então, as enzimas do endósporo 
rompem as camadas extras que o circundam, a 
água entra e o metabolismo recomeça. Como 
uma célula vegetativa forma um único 
endósporo que, após a germinação, permanece 
uma célula única, a esporulação em bactérias 
não é um meio de reprodução. Esse processo 
não aumenta o número de células. 
Os endósporos bacterianos se diferem dos 
esporos formados pelos actinomicetos 
(procariotos) e pelos eucariotos, fungos e algas, 
os quais se destacam da célula parental e se 
desenvolvem em um novo organismo, o que 
representa uma reprodução. 
CASO 2 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO TR SUPERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO TR INFERIOR

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